Tópicos | aulas de educação física

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O setor de academias de ginástica vem obtendo um crescimento bastante expressivo nos últimos anos. É o que mostram dados divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Entre 2007 e 2012, o aumento nesse ramo de estabelecimentos foi de 133%, saltando de 9,3 mil para 21,7 mil. A expectativa do Sebrae é que esse número continue crescendo. 

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Em Pernambuco, a quantidade dessas empresas cresce também no interior do estado. Segundo dados do Conselho Regional de Educação Física da 12º Região/Pernambuco-Alagoas (Cref12/PE-AL), nos últimos cinco anos houve um aumento de 50% no número de academias registradas em Pernambuco. No total, há 670 unidades no Estado; destas, 250 estão no interior. 

Entre os fatores apontados estão o aumento da preocupação com a saúde e a busca por um corpo perfeito. O empreendedor interessado em abrir uma academia deve oferecer serviços voltados à saúde, como atividades leves que melhorem a qualidade de vida, orientação para se alimentar bem e dicas de postura. Profissionais preparados para orientar os alunos também são essenciais em uma boa academia, pois o resultado positivo dos clientes depende de um bom acompanhamento. 

No Recife, academias de médio, grande e pequeno porte disputam espaço entre o público ao oferecer diferentes alternativas de atividades. No bairro do Cordeiro, Zona Oeste da cidade, há menos de um ano a Academia K13 vem atraindo a população do bairro para desenvolver um hábito que, até então, era desconhecido da maioria. “Quando eu abri a K13, poucos sabiam o que era uma academia. Com o tempo toda a comunidade passou a conhecer os benefícios, passou a frequentar”, comenta Kelson Pereira, de 41 anos, dono do estabelecimento. 

Com equipamentos de segunda mão e uma estrutura simples, a academia de Kelson, que é formado em educação física pela UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, foi montada no quintal da casa de seu pai. Com um investimento inicial relativamente baixo e a ajuda de amigos e familiares, Kelson introduziu o hábito saudável entre os moradores da região onde mora. Com cerca de 200 alunos matriculados dos mais diversos perfis, entre pedreiros, manicures e policiais, aposentados e estudantes, Kelson comenta que a academia mudou a vida das pessoas do bairro. “Tudo agora é academia, virou um ponto de encontro do pessoal, tanto pra quem quer melhorar a saúde, quanto por questão de estética”, acrescenta. 

Uma das maiores diferenças entre as academias de bairro e as de grande porte é, além da estrutura e do preço, a proximidade criada entre o público e os donos do empreendimento. “Aqui eu não sou só um professor, sou um amigo, as pessoas me veem como referência, vêm me perguntar o que devem fazer, o que não devem, sou quase um psicólogo”, comenta Kelson, que já estagiou em um grande centro de fitness da cidade. “Aqui o pessoal é quase uma família. Conversa, quer saber da vida, como foi o final de semana, diferentemente de academias maiores, onde o pessoal está mais centrado no exercício, não interage tanto”, diz. 

 

Do treino para o futuro profissional

André Gustavo descobriu na academia a futura profissão

Mais que um lazer ou um passatempo, as academias podem servir de caminho para os jovens encontrarem o que querem para o futuro. É o caso de André Gustavo, 17, que foi aprovado no curso de educação física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aluno da Academia K13, André descobriu no esporte a profissão que quer seguir. "Eu sempre gostei de esportes, e depois de começar a malhar eu percebi o que queria para minha vida. Quero seguir carreira e estudar fisiologia do exercício", comenta o jovem. 

 

Empreender para o crescimento

Localizada no Derby, área central do Recife, próxima a grandes faculdades e instalada em um bairro residencial, a Academia Treno vem crescendo entre as unidades da cidade. Para o supervisor e professor de musculação, Pedro Henrique, 25, o público da Treno busca a saúde como maior objetivo. “Antes, as pessoas buscavam as academias mais por estética. Hoje, com o avanço nos estudos, percebe-se a importância da ginástica para a saúde. Com isso, conseguimos atingir um público maior”, comenta. 

Em dois anos de atividade, a Treno já conta com cerca de 1.500 alunos matriculados nas diversas opções de atividade da academia, como musculação, ginástica, dança, luta e pilates. “Pretendo aumentar o estabelecimento. Já estamos expandindo o prédio e, futuramente, penso em abrir outras unidades”, diz Edgar Guadagnano, 27, proprietário da Treno. 

Academias de médio e grande porte atraem alunos de classes A e B

Com uma mensalidade média de R$ 160, a Treno tem um público baseado nas classes A e B. “Durante a manhã, vêm mais idosos, que buscam atividades voltadas à saúde. À noite, o público maior é de jovens, que trabalham mais o lado estético”, comenta Edgar. Segundo o supervisor Pedro Henrique, que já trabalhou em academias pequenas, a diferença entre os públicos dos estabelecimentos de grande e pequeno porte está no direcionamento. “As pessoas nas academias pequenas, muitas vezes, não sabem o que buscam. Nas academias maiores, o público já vem com um objetivo”, diz. 

Independentemente do tamanho ou do público alvo, o mais importante em uma unidade de ginástica é oferecer as melhores condições para os alunos desenvolverem a atividade física com segurança e conforto. Ter profissionais habilitados, que possam instruir os clientes da melhor forma, e equipamentos de qualidade e em manutenção constante é essencial para manter o público fiel. Com o grande número de academias ofertadas, ter o melhor é o diferencial que vai destacar a empresa dentro do mercado.

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Quem tenta praticar qualquer tipo de esporte no “espaço chamado de quadra”, na Escola Estadual Edwiges de Sa Pereira, no bairro de Tejipió, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, corre sérios riscos de sofrer um ferimento. O piso do ambiente não é nada adequado para prática esportiva e mais parece um asfalto para a circulação de carros, que, se alguém cair, terá problemas.

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Para piorar a situação, algumas rachaduras podem, a qualquer momento, provocar a queda das crianças que, com muito sacrifício, fazem aulas de educação física. No meio do cimento, misturado com brita, que deixa o piso mais “grosso”, uma vegetação rasteira pode ser vista, deixando clara a falta de manutenção do espaço.

Em dias ensolarados, os estudantes sofrem com a alta temperatura, uma vez que a quadra não possui cobertura. Então, a solução seria praticar esportes em dias de chuva? Essa também não é a saída. Quando chove, o local fica cheio de poças de água, dificultando mais ainda as atividades. O tamanho também não é o ideal e a quadra fica ao lado da sala da direção da escola, que já teve várias telhas quebradas por causa de boladas.

“É muito complicado para os meninos fazerem qualquer tipo de atividade na quadra. A situação é precária. Existe até um terreno ao lado que pode ser comprado para construção de um novo local, mas, até agora, a Secretaria de Educação não apresentou proposta”, diz um dos integrantes da diretoria da escola, que preferiu não ser identificado. “A quadra é pequena e o sol é muito quente. Quando a gente cai, o coro fica no chão. É muito ruim fazer educação física aqui”, declara um estudante, que não terá o nome revelado pela nossa reportagem.

A Edwiges de Sá Pereira é apenas uma das muitas escolas públicas de Pernambuco que não têm quadras em boas condições para a prática das aulas de educação física e ações de lazer. Um professor de educação física da rede estadual que não quis se identificar, afirmou que algumas aulas são realizadas em pátios ou espaços improvisados, justamente pelas quadras não apresentarem as condições necessárias ou pelas escolas não a possuírem.

No mês de abril deste ano, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizou uma pesquisa sobre a situação de 206 escolas da rede estadual. De acordo com o levantamento, desse número, 76 unidades não têm quadra, 31 espaços não possuem cobertura e nove escolas precisam de manutenção nas quadras.

Mais reclamações

Também no bairro de Tejipió, a Escola Estadual Alberto Torres, que atende alunos dos ensinos fundamental e médio, até tem uma quadra de tamanho decente e piso liso. Porém, o espaço que serve para atender os 1,2 mil estudantes da unidade não tem cobertura.

“A gente já mandou ofício para a Secretaria de Educação, mas, até agora, não tivemos retorno. Os alunos pedem quadra com cobertura e temos que aguardar a decisão da Secretaria”, conta a diretora da escola, Girselha Queiróz.

Ao lado da Alberto Torres funciona outra escola estadual, a Poeta Joaquim Cardoso. Segundo o agente administrativo da unidade, Leonildo Viana, em torno de mil alunos estudam no local, que oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Se os alunos quiserem fazer educação física ou simplesmente desempenhar outra atividade terão que se apertar em um espaço bem pequeno, com duas “barrinhas”. Ironicamente, o local, que mal dá para crianças brincarem de futebol, tem uma placa com os dizeres “Área de Esportes”. Não é preciso ser um professor de educação física para entender que a área não tem condições comportar algumas atividades esportivas.  

Resposta da Secretaria de Educação do Estado

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação informou que fará obras nas escolas, mas sem datas de realização.

Segue nota na íntegra:

A Secretaria de Educação do Estado (SEE) informa que há previsão de construção de quadra coberta com vestiário para a Escola Edwiges de Sá Pereira e também de cobertura da quadra da Escola Alberto Torres, ambas em Tejipió. 

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