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Seis homens de nacionalidade boliviana foram presos em flagrante, neste sábado, 25, em São Paulo, suspeitos de atuarem como ‘mulas’ do tráfico engolindo drogas para fazer o transporte. Eles foram abordados por agentes da Polícia Civil a bordo de um ônibus de turismo procedente da Bolívia. Os seis suspeitos levavam no estômago um total de 454 cápsulas de cocaína, que pesaram 1,8 quilo da droga.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o serviço de inteligência da Polícia Civil tinha informações de que algumas pessoas vinham com cocaína dentro do corpo no ônibus de turismo. O veículo com 20 passageiros, todos bolivianos, saiu do país vizinho na quinta-feira, 23, atravessou o Mato Grosso do Sul e passou por Dracena, no oeste paulista.

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Agentes da 2ª Delegacia de Patrimônio do Departamento de Investigações Criminais (Deic) passaram a monitorar o ônibus desde o km 45 da rodovia Castelo Branco, em Araçariguama. A equipe acompanhou o deslocamento do coletivo de turismo até a entrada da capital, na Marginal Pinheiros, onde o ônibus foi abordado.

O veículo foi levado para a sede do Deic, em Santana, na zona norte da capital, onde todos os passageiros foram submetidos a exame de Raio X. Seis estavam com a droga no estômago.

Eles foram encaminhados para o pronto-atendimento da Santa Casa de Misericórdia, na Vila Buarque, onde receberam medicação para expelir a cocaína. Após a alta médica, os investigados foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Conforme a Polícia Civil, as investigações continuam para identificar qual seria o destino final da cocaína e outros possíveis envolvidos no esquema de tráfico com cobaias humanas. As ‘mulas’ são aliciadas para engolir as cápsulas com cocaína em troca da passagem e de uma quantia em dinheiro.

No dia 4 deste mês, um boliviano de 25 anos procurou atendimento médico no Pronto-Socorro de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, após passar mal. Durante os exames, foi descoberto que ele estava com 20 cápsulas de cocaína no estômago e precisou passar por uma cirurgia para a retirada da droga.

Nesta quinta-feira, 23, um jovem de 24 anos foi preso em flagrante, em São Paulo, suspeito de aliciar pessoas para o tráfico internacional de drogas. Ele foi detido quando treinava outras 33 pessoas para engolir drogas e levar para a Europa.

No local foram apreendidos passaportes, anotações do tráfico, celulares, cartões de banco e quase 1 kg de cápsulas de cocaína que seriam engolidas. Por se tratar de suspeita de tráfico internacional, a Polícia Federal assumiu as investigações.

Ainda segundo a Secretaria de Segurança Pública, eles confessaram que faziam a ingestão de drogas para viajar a outros países, como França, Holanda, Espanha e Irlanda. Os detidos são dos Estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Nenhum dos suspeitos teve a identidade divulgada pela polícia, o que impossibilitou o contato da reportagem com suas defesas.

Uma operação deflagrada nesta sexta-feira (18) em São Paulo libertou oito imigrantes bolivianos vítimas de trabalho análogo à escravidão em uma confecção no Bom Retiro, no centro da capital paulista. Durante a operação, que foi chamada de Andrápodon, duas pessoas responsáveis pela confecção foram presas por tráfico de pessoas e organização criminosa.

Segundo as investigações, as vítimas chegavam a trabalhar 14 horas por dia e depois dormiam no mesmo local, ao lado da máquina de costura.

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A operação foi realizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania, por meio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de São Paulo (NETP), e pela Polícia Civil, com agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) e da 1ª Delegacia Seccional da capital.

“Há um trabalho repressivo de prender esses traficantes, que acabam enganando essas pessoas com falsa promessa de oportunidades e de melhor vida”, disse Fernando José da Costa, secretário de Justiça e Cidadania.

“Há também um trabalho humanitário, feito pela Secretaria de Justiça e Cidadania do estado de São Paulo. São três etapas: a primeira inicia hoje, que é a etapa do acolhimento: essas pessoas serão direcionadas a um lugar melhor. A segunda é um trabalho já relacionado à capacitação: essas pessoas farão cursos de português, profissionalizantes, que é um trabalho de inclusão social e profissional. E vem junto o trabalho de regularização através do Centro de Integração da Cidadania do Imigrante (CIC) e do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, acrescentou o secretário.

Desde 2019, o NETP já recebeu 37 denúncias de casos de tráfico de pessoas, trabalho análogo à escravidão, adoção ilegal, exploração laboral da prostituição e exploração sexual e de desaparecimento. Desse total, 12 denúncias resultaram em força-tarefa e contribuíram para o resgate de 206 vítimas.

A Polícia Federal em Pernambuco prendeu, no último fim de semana, três bolivianos com passaportes falsos no Aeroporto Internacional dos Guararapes - Gilberto Freyre, no Recife. Os presos tinham como destino a Espanha e disseram aos agentes que o objetivo da imigração era buscar trabalho e moradia. O primeiro caso notificado à PF foi o de uma mulher, presa ao tentar embarcar para o país europeu com um passaporte espanhol contendo indícios de falsificação, na madrugada da sexta-feira (31) para o sábado (1º).

De acordo com a polícia, o carimbo que constava no passaporte não era original. A companhia aérea notou que o documento era adulterado e acionou as autoridades. A mulher afirmou que possui dupla nacionalidade e que os filhos ainda moram na Espanha. Ela também foi flagrada com outro documento de identidade escondido no sapato e disse que o registro pertencia à sua irmã.

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A Adidância da Polícia Federal em Madri fez contato com a Polícia Nacional da Espanha e confirmou que os dados no sistema de passaportes são autênticos, porém as digitais não coincidem com a pessoa que se apresentou para embarque. A detida foi indiciada pelo crime de falsidade ideológica e, após a audiência de custódia, foi liberada para responder em liberdade até que o caso seja concluído pela PF.

O segundo caso foi um flagrante ocorrido no domingo (2), envolvendo um casal. Os funcionários da companhia aérea identificaram a suspeita de falsificação e acionaram a Polícia Federal, que localizou e prendeu a dupla suspeita ainda no aeroporto da capital.

Durante o interrogatório, os bolivianos disseram ter recebido os passaportes na cidade de Cochabamba, na Bolívia, e que iriam para a cidade de Málaga, na Espanha, para viver e trabalhar. Assim como no caso do dia anterior, as duas pessoas foram indiciadas pelo crime de falsidade ideológica.

Cerca de 100 latino-americanos, entre eles 40 crianças, encontram-se acampados diante da prefeitura de uma cidade próxima de Paris, depois de terem sido expulsos de um prédio que ocupavam. Entre os que se encontram no acampamento, estão colombianos, venezuelanos, peruanos, bolivianos e cubanos.

Nos últimos nove meses, eles fizeram seu lar em um armazém abandonado na cidade de Saint-Ouen, fugindo da pobreza e da falta de oportunidades em seus países. Em 30 de julho, em virtude de uma decisão judicial, foram expulsos do local.

Desde então, 130 pessoas, sendo 40 crianças e várias grávidas, vivem em barracas de campanha diante da prefeitura da cidade. Pela manhã, precisam desfazer o acampamento antes da chegada dos policiais. Os imigrantes contam com a ajuda de voluntários e com doações de moradores.

"Sabemos que somos imigrantes e, infelizmente, alguns não se portam muito bem. Mas o prefeito não nos conhece, não sabe que tipo de pessoas somos. Gostaríamos que nos conhecesse", afirma Mauricio Gómez, um colombiano que atua como pastor da comunidade improvisada.

A prefeitura de Saint-Ouen diz que não corresponde a ela cuidar dos imigrantes. Alguns estão na condição de asilados, mas a maioria se encontra em situação ilegal. O município alega que foi preciso desalojá-los do armazém que ocupavam, porque está prevista a construção de uma escola no local.

Procuradas pela AFP, as autoridades regionais disseram que se ofereceu alojamento em hotéis para 29 famílias com filhos, à espera de uma solução mais definitiva.

Duas pessoas foram presas na noite dessa quarta-feira (9) suspeitas de terem participado da morte de uma família de bolivianos em Itaquaquecetuba, no estado de São Paulo. Os suspeitos são dois homens, de 27 e 33 anos de idade, cujos nomes não foram revelados pela Polícia Civil.

 
Segundo a polícia, a dupla foi detida em cumprimento ao mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Um terceiro suspeito ainda está foragido.

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O caso

Os corpos de Jesus Reynaldo Condori Sanizo, de 39 anos, de sua esposa Irma Morante Sanizo, de 38 anos, e do filho do casal, Gian Abner Morante Condori, de 8 anos, foram encontrados pela Polícia Militar na noite de terça-feira (8) dentro de sacos plásticos.  

Segundo relato do dono do imóvel onde estavam os cadáveres, a casa foi alugada para o marido da irmã de uma das vítimas.

Os corpos de três bolivianos que estavam desaparecidos desde dezembro de 2018 foram encontrados esquartejados, na noite desta terça-feira (8), em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. As vítimas foram identificadas como Jesus Reynaldo Condori Sanizo, de 39 anos, e Irma Morante Sanizo, de 38, e o filho do casal, Gian Abner Morante Condori, de apenas 8 anos. O suspeito do crime, um parente também boliviano que trabalhava com as vítimas, está foragido.

O suspeito viajou e não deu notícias depois do desaparecimento da família. De acordo com a Polícia Civil, a mulher dele falou para a polícia sobre o aluguel da casa, localizada no bairro Jardim Paineira. Policiais militares foram ao local e malas foram encontradas no banheiro dos fundos. As partes dos corpos das vítimas estavam dentro de sacos plásticos em três malas.

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O dono do imóvel afirmou que a casa foi alugada pelo suspeito para servir como depósito de máquinas de confecção. Familiares reconheceram as vítimas, que tiveram as identidades confirmadas por uma perícia preliminar.

A família, que tinha uma pequena confecção na região do Brás, no centro da capital, desapareceu no dia 23 de dezembro. Parentes na Bolívia chegaram a fazer campanhas em redes sociais na tentativa de obter informações sobre o paradeiro dos bolivianos.

Conforme o delegado Eliardo Amoroso Jordão, do 1º Distrito Policial de Itaquaquecetuba, o suspeito dos assassinatos é cunhado de uma das vítimas e veio da Bolívia para trabalhar com a família na confecção, mas houve um desentendimento por questões financeiras. Após planejar a morte da família, segundo o delegado, ele pediu a um amigo que alugasse a casa com o pretexto de servir como depósito de máquinas.

O amigo e um funcionário ajudaram no transporte dos equipamentos. Eles foram ouvidos na manhã desta quarta-feira (9) e negaram conhecimento das mortes. Ainda segundo o delegado, tudo indica que o casal e a criança foram assassinados em São Paulo e as malas com os corpos foram transportadas para Itaquaquecetuba.

Jordão vai encaminhar à Justiça pedido de prisão do suspeito. Como o desaparecimento foi denunciado à Polícia Federal do Brasil e da Bolívia, o homem já é procurado também pela Interpol.

A Prefeitura de Guarulhos em parceria com o Consulado da Bolívia realiza atendimento móvel para os bolivianos que residem na cidade, neste sábado (28), no CEU Ponte Alta, das 8h às 17h.

A ação tem como objetivo emitir certificados de registro civil, como nascimento, matrimônio, morte, registro de dupla nacionalidade, certificados de antecedentes criminais, além de aconselhamento sobre procedimentos de imigração, conselho de ações consulares, passaportes e documento de controle de entrada e saída de carros de turistas.

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“Esta ação entre a Prefeitura e o Consulado da Bolívia vai proporcionar aos bolivianos que moram em Guarulhos acesso à cidadania mediante serviços públicos aos quais se têm direitos”, disse a diretora de Relações Federativas e Internacionais da PMG, Marianne Antunes.

Serviço:

Data: 28/07/2018
Horário: 8h às 17h

Local: CEU Ponte Alta. Avenida Florestan Fernandes, s/nº - Jd. Ponte Alta

Os bolivianos não migram para o Brasil apenas para costurar. Segundo o consulado da Bolívia, mais de 100 mil bolivianos residem em São Paulo. A Bolívia é um país de desigualdade financeira e poucas oportunidades de emprego, tornando o Brasil um país atrativo.

A boliviana Nicole Stephany, de 18 anos, mora há sete anos na região do Pimentas, em Guarulhos, e sonha em voltar para a Bolívia para estudar medicina. “Os brasileiros costumam pensar que bolivianos só querem trabalhar com confecções de roupas, mas não é isso que procuro”, diz.

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Nicole não consegue arrumar emprego, mas afirma que nunca sofreu preconceito no Brasil por ser boliviana. “Na rua, na escola, no bairro onde moro não sofro e nunca sofri preconceito por causa da minha nacionalidade. Minha maior dificuldade tem sido conseguir ingressar no mercado de trabalho”, conta.

 

Virgínia Cali Flores, de 41 anos, entrou no Brasil de maneira ilegal para procurar emprego, há 16 anos. Ela trabalhava como costureira em jornadas que duravam de 5h da manhã até 1h da manhã do dia seguinte.

 

“Vim com meu irmão para trabalhar por dois anos mas, como não me pagaram direito, eu tive que ficar aqui e acabei gostando, pois a gente daqui é muito”, explica Virgínia, cuja situação hoje já está regularizada.

 

Ela conta que já sofreu preconceito uma vez em um hospital. “Tinha tanta criança no hospital Tatuapé que os médicos foram ficando tudo nervoso, por que os brasileiros querem ser atendidos já e não têm paciência. O médico disse que a gente veio para o Brasil e tudo quer de graça, aí eu falei que não queremos nada de graça, nós também pagamos impostos, aluguel, mercado e nosso documento também vale dinheiro, então nada é de graça para nós”, conta.

 

O boliviano Roberto Cristiano, de 33 anos, é pedreiro e mora em Guarulhos há dez anos. “No ônibus, percebo olhares diferentes”, diz. Ele pretende voltar para seu país natal. “Se Deus quiser voltarei. Vim para o Brasil porque as condições para viver aqui eram melhores que na Bolívia mas hoje, devido à crise financeira que o Brasil enfrenta, a Bolívia está melhor para viver”, afirma.

 

 

Por Celso de Farias e Cleber Soares

 

 

 

 

 

 

 

Policiais do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) apreenderam 115 cápsulas de cocaína na região de Cáceres, no Mato Grosso. Dois bolivianos, um maior e um adolescente, estavam transportando a droga dentro do estômago. A apreensão ocorreu no último domingo (5), mas foi divulgada nessa terça (7).

Os suspeitos tentavam passar pela barreira sanitária do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) quando despertaram a atenção dos agentes. Segundo a Polícia, eles estavam nervosos e não sabiam explicar onde exatamente iriam ficar, alegaram apenas que parentes os buscariam quando chegassem na rodoviária.

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Durante a revista, os agentes encontraram com cada um dos suspeitos valores que variavam entre R$ 150 e R$ 165 – quantia que segundo a polícia é cobrada por mulas para o transporte do entorpecente.

Sob a suspeita de que a dupla estivesse transportando drogas no estômago, eles seguiram para o Hospital Regional onde exames constataram a presença de 115 cápsulas – 48 com o menor e 67 com o maior.

A dupla estava acompanhada de um terceiro boliviano, que não transportava drogas, mas também foi detido. Após expelir as cápsulas, eles foram encaminhados para a Delegacia Especial de Fronteira (DEFRON).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi bastante festejado neste sábado, 24, durante a visita que fez à III Feira da Alasita, promovida pela comunidade boliviana em São Paulo. Entre muitos pedidos de fotos e discursos em defesa dos bolivianos, o ex-presidente foi chamado de "pai da integração social da América Latina" e ouviu os bolivianos pedirem direito de voto no Brasil.

O rápido discurso de Lula no pequeno palanque foi precedido por diversos elogios do apresentador da festa, que o chamou de "o imigrante mais famoso do Brasil" e "pai da integração social da América Latina". Após término do discurso o apresentador retomou a palavra e puxou o protesto dos bolivianos. "Aqui vivo, aqui voto", gritava o público debaixo de chuva.

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Ao assumir o microfone, o deputado estadual eleito José Américo (PT-SP) afirmou que o preconceito das elites impede a integração sugerida por Lula. "Só o preconceito das elites das Américas impede uma integração ainda maior", afirmou o petista.

Em visita tumultuada de pouco mais de uma hora à feira, o ex-presidente posou para muitas fotos com bolivianos empunhando bandeiras do país e experimentou a saltenha, uma espécie de pastel típico da Bolívia. Depois de comer, Lula foi presenteado com uma caixa cheia de Saltenhas.

Descontentes com a falta de registro em carteira e a carga horária elevada nas indústrias de confecções na capital paulista, muitos bolivianos estão migrando para o Sul de Minas Gerais. No mês passado, dez deles começaram a trabalhar em uma indústria de garrafas térmicas em Pouso Alegre (MG), cidade que nos últimos meses recebeu muitas empresas e precisa de mão-de-obra para atender à nova demanda.

Um peruano também já está em atividade na companhia e outros quatro bolivianos devem chegar nesta semana. "Um vai comentando com outro e a notícia se espalha", diz Van Der Laam Oliveira, gerente de Recursos Humanos da Invicta, empresa que contratou os estrangeiros. Segundo ele, todos os contratados estão legalizados e têm desempenhado bem o trabalho.

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Quem chega portando apenas o chamado "RG Estrangeiro" tem ajuda da empresa para regularizar a situação. Segundo Van Der Laam Oliveira, os brasileiros também são bons de serviço, mas com a oferta de vagas em alta na cidade, a rotatividade é muito grande e a mão-de-obra nacional não está dando conta.

Condições

No novo emprego, os bolivianos têm, além do salário em carteira e horário fixo, benefícios como assistência médica. "Aqui a gente trabalha a quantidade certa de horas por dia", diz o auxiliar de produção Selvin Moreno. Boliviano, ele lembra que, nas confecções de roupas de São Paulo, a carteira não era assinada e a carga horária nem sempre se resumia às oito horas diárias de trabalho como combinado. Por isso, ele e os demais teriam optado por seguir para Pouso Alegre. Na cidade mineira, eles estão produzindo garrafas, galões e caixas térmicas que são exportados para mais de 40 países.

Pouso Alegre tem apresentado anualmente quase o dobro de crescimento econômico em relação ao índice nacional, sendo, em Minas Gerais, a primeira em desenvolvimento econômico. Na cidade, somente nos últimos cinco anos, foram criadas 11.350 vagas de emprego, de acordo com números fornecidos pela prefeitura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prisão de Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, suspeito de matar o garoto boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5, durante um assalto na madrugada de sexta-feira, 28, continua sendo uma prioridade para a polícia paulista. "Vamos capturar esse assassino", afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, na manhã desta quarta-feira, 3. O corpo do garoto foi enterrado nessa terça-feira, 2, na Bolívia.

Segundo Grella, investigadores estiveram em 30 locais à procura do suspeito na terça. Três acusados do crime estão presos.

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Brayan foi morto em um assalto à casa em que morava com a família e outros bolivianos na região de São Mateus, na zona leste de São Paulo. A mãe dele, a costureira Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, disse que o filho, chorando, pediu aos criminosos para "não morrer", mas levou um tiro na cabeça. A família estava havia seis meses no Brasil - o casal trabalhava em um ateliê de costura.

Uma rede de solidariedade se formou em torno da família após o crime. Um empresário doou R$ 4,5 mil, valor levado pelos bandidos. Patrícia Vega, advogada que representa a família, afirma que tem recebido ofertas de ajuda de todo o Brasil. Uma conta bancária será aberta para receber as doações, segundo ela.

A morte do garoto Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, criou uma rede de solidariedade de bolivianos no Brasil. Um empresário e presidente de uma organização não governamental (ONG) de direitos humanos que não quis se identificar deu R$ 4,5 mil à família para cobrir o que foi levado pelos ladrões. "Estou tentando fazer minha parte."

Outros contribuíram como podiam. De origem boliviana, a advogada Patrícia Veiga defende a família de graça. Patrícia ajudou a comprar uma roupa branca para vestir Brayan para o velório. A família buscou, sem sucesso, uma peça de roupa do Pica-Pau; o menino queria um boneco do personagem de aniversário, que seria neste sábado, 6. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, convocou para esta terça-feira (2), uma reunião extraordinária para discutir medidas de proteção aos estrangeiros no Brasil. O encontro foi agendado após a morte do garoto Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, imigrante da Bolívia que morava com os pais em São Mateus, na zona leste de São Paulo.

Brayan foi morto num assalto à casa em que morava com a família e outros bolivianos, na sexta-feira (28). A mãe dele, a costureira Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, disse que o filho pediu aos criminosos para "não morrer". Mas, como ele chorava muito, os ladrões deram um tiro na cabeça do menino. A família estava havia seis meses no Brasil - o casal trabalhava em um ateliê de costura.

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Integrantes da Comissão para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) analisarão medidas para dar mais proteção e garantia de direitos aos estrangeiros. "Não vou mais me perguntar o que move um ato desses, que é a total desvalorização da vida, mas o que podemos fazer para aumentar a segurança e as garantias das pessoas que vêm procurar oportunidades no Brasil", disse Maria do Rosário.

A Conatrae e o CDDPH debaterão, em João Pessoa, o acordo do Mercado Comum do Sul (Mercosul) sobre direito à residência, que fixa uma série de medidas de proteção para os imigrantes legais. "Queremos dar aos estrangeiros que buscam mais oportunidades no Brasil a possibilidade de ir e vir, assim como de uma vida melhor com proteção máxima."

Enterro

Os pais de Brayan desembarcaram nesta segunda-feira na Bolívia, onde enterrarão a criança nesta terça-feira. A cerimônia será no povoado onde moravam, Takamara, a duas horas do centro de La Paz. O Consulado da Bolívia assumiu as despesas do translado, com o apoio de uma companhia aérea.

"Nunca havia visto algo assim. Estou ainda assustado. Brayan pedia para voltar para a Bolívia, estava acostumado mais com a vida lá", disse o pai, Edberto Yanarico Quiuchaca, de 28 anos, antes de embarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele e Veronica dizem que não pretendem mais voltar ao Brasil.

Prisões

A polícia deteve neste domingo, 30, um rapaz de 17 anos suspeito de ter participado do assalto. Um quarto acusado, também adolescente, fugiu. No sábado, 29, a polícia havia anunciado a prisão de Paulo Henrique Martins, de 19 anos, e de Felipe dos Santos Lima, mais conhecido como "Tripa", de 18. Em depoimento, o adolescente detido neste domingo teria dito que Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, foi o autor do disparo. A polícia ainda não localizou Campos e também procura outro suspeito, Wesley Soares Pedroso, de 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma família boliviana sofreu com a violência praticada por ladrões, na noite de ontem, que invadiram sua residência, no número 112 da Rua Leste B, em Guarulhos, na Grande São Paulo, agrediram dois homens e planejavam estuprar uma menina de 13 anos. Uma das vítimas conseguiu chamar a Polícia Militar (PM), que chegou a tempo de impedir maior tragédia. Dois assaltantes foram detidos e outros cinco fugiram.

Uma menina de 16 anos, que havia estudado com uma das vítimas, fazia parte do bando. Ela pediu para chamar a conhecida e, quando esta abriu o portão, os criminosos a renderam e invadiram a casa. Em dois carros usados pela quadrilha, um Stilo e um Gol, esperaram dois assaltantes, um em cada veículo. Outros dois vigiavam, a pé, o lado de fora, e três entraram na residência, um deles armado. O boliviano Rodrigo Bedregão, de 27 anos, contou que todos foram obrigados a deitar no chão. "Meu pai teve dificuldades para se abaixar e levou chutes. Um primo meu, que gritou por socorro, foi agredido a coronhadas", relatou.

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Ao todo sete vítimas estavam na casa. Uma delas conseguiu se trancar em um quarto sem os criminosos perceberem e chamou a polícia. "Eles chegaram a desabotoar a calça da minha irmã, de 13 anos, e iriam estuprá-la se a PM não tivesse chegado", disse Rodrigo.

O cabo da PM Valdir Martins, do 31º Batalhão, chegou com sua equipe no local e ouviu os dois carros arrancando. "Os três que estavam na casa viram as viaturas e fugiram por uma viela", contou Valdir. Os dois vigias, a menina de 16 anos e Eduardo Rodrigues de Souza, de 21, foram detidos. Ele tem passagem por receptação. Os bandidos ainda conseguiram roubar celulares e dinheiro. O caso foi registrado no 7º Distrito Policial (DP) de Guarulhos.

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