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As Bolsas dos EUA fecharam esta quarta-feira, 1 em alta, em reação a positivos divulgados pela manhã. Os dados fizeram crescer o otimismo quanto aos números oficiais do nível de emprego em junho, que saem nesta quinta-feira. O mercado também reagiu positivamente à notícia de que o governo da Grécia enviou nova proposta aos credores internacionais. O anúncio de uma grande fusão no setor de seguros também contribuiu para a alta.

Nos EUA, a Challenger, Gray & Christmas informou que as grandes empresas norte-americanas anunciaram 287.672 demissões em junho, com crescimento de 17% em relação a junho do ano passado. A ADP (Advanced Data Processing) informou que foram criados 237 mil postos de trabalho no setor privado em junho, superando a expectativa de 220 mil.

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O índice de atividade industrial dos gerentes de compras (PMI) do ISM subiu a 53,5 em junho, de 52,8 em maio; a expectativa era 53,2; já o índice PMI industrial da Markit ficou em 53,6 em junho, de 54,0 em maio. Os investimentos em construção cresceram 0,8% em maio, quando a expectativa era uma expansão de 0,5%.

A alta foi liderada pelas ações do setor financeiro, depois do anúncio da maior fusão de todos os tempos na área de seguros. A ACE concordou em comprar a Chubb por US$ 28,3 bilhões. As ações da ACE subiram 0,80% e as da Chubb avançaram 26,12%.

Entre as componentes do índice Dow Jones, as ações do grupo Travelers, do mesmo setor, subiram 2,73%. As da DuPont caíram 3,94%, depois de completada a separação de sua subsidiária Chemours.

O índice Dow Jones fechou em alta de 138,40 pontos (0,79%), em 17.757,91 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 26,25 pontos (0,53%), em 5.013,12 pontos. O S&P-500 fechou em alta de 14,31 pontos (0,69%), em 2.077,42 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Bovespa abriu a sessão desta segunda-feira, 22, em alta, acompanhando a trajetória de seus pares no exterior, embora com fôlego limitado. Às 10h55, o Ibovespa subia 0,16%, aos 53.835,93 pontos. Desde cedo, na Europa, o envio das propostas da Grécia aos credores traz otimismo e as principais praças acionárias da região operam com fortes ganhos, apesar de declarações pouco animadoras de alguns dos ministros de Finanças da zona do euro, que se reuniram hoje pela manhã.

As atenções dos mercados estão voltadas para a reunião de líderes europeus, que buscam uma solução para o problema da dívida da Grécia. No domingo, 21, Atenas enviou uma proposta de reforma aos credores, que incluem aumento de impostos e corte de gastos militares. A expectativa é de que seja alcançado um acordo e com isso a Grécia evite um calote e consiga pagar 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que vencem no dia 30.

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Voltando ao cenário doméstico, há pouco o Banco Central divulgou a Nota do Setor Externo referente ao mês de maio, sem grandes impactos nos mercados locais. Os Investimentos Diretos no País (IDP, antes chamados de IED) voltaram a ser suficientes para cobrir o rombo nas contas externas. Segundo informações divulgadas da autoridade monetária, esses recursos trazidos por estrangeiros e que são destinados para o setor produtivo somaram US$ 6,608 bilhões em maio. O resultado ficou acima das estimativas apuradas pelo AE Projeções com instituições financeiras, que iam de US$ 3,7 bilhões a US$ 4,5 bilhões, com mediana de US$ 4,2 bilhões.

A Bovespa tenta acompanhar o bom humor das bolsas internacionais nesta quinta-feira, 11, mas nesta manhã titubeou e chegou a cair, pressionada pelo recuo das ações da Petrobras, enquanto os papéis de bancos e da Vale ajudam a dar o reforço positivo. As ações ON da Embraer também subiam e lideravam ganhos, reagindo à compra de 20 aeronaves da empresa pela Delta Airlines.

O dólar à vista avançava mais de 1% ante o real e os juros futuros sobem sob o efeito do tom mais duro da ata do Copom. As taxas futuras, no entanto, desaceleraram na última hora em um movimento de correção do forte avanço visto mais cedo. Às 10h33, o Ibovespa tinha alta de 0,41%, aos 54.095,22 pontos.

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As ações ordinárias da Oi também recuavam. Segundo fontes, a empresa anunciou sua emissão em euros ao mercado europeu, propondo inicialmente um retorno na região de 6% para papéis de seis anos. A companhia pretende recomprar até 600 milhões de euros em bônus 2016 que pagam cupom de 5,625%, 500 milhões de euros em bônus 2017 com cupom de 4,375%, 250 milhões de euros em bônus 2017 com cupom de 5,242% e 730 milhões de euros em bônus 2017 com cupom de 5,125%.

No exterior, o Dow Jones subia 0,37%, o Nasdaq tinha alta de 0,34% e o S&P 500 avançava 0,32%. A Bolsa de Londres subia 0,43%, a de Paris tinha alta de 1,48% e a de Frankfurt estava em +1,33%.

Nesta manhã, o ministro de Finanças francês, Michel Sapin, disse que as condições são positivas para a Grécia chegar a um acordo com seus credores nos próximos dias, após uma reunião ocorrida ontem entre o premiê grego e os líderes da França e Alemanha, em Bruxelas. Já Jens Weidmann, integrante do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE), disse que o risco de insolvência da Grécia aumenta a cada dia, mas o mercado está mais apoiado hoje na expectativa de que um acordo seja fechado.

A Bovespa deu sequência na abertura dos negócios aos ganhos, que já se acumulavam em 4,93% nas últimas três sessões. Na máxima, por volta das 10h19, o Ibovespa subiu 0,90%, aos 58.574,79 pontos, puxada pelos papéis da Vale, Petrobras e siderúrgicas. O viés de alta nas bolsas europeias e dos futuros em Nova York também apoiou esses ganhos iniciais. Porém, com a abertura das bolsas em Wall Street, também no campo positivo, os investidores estrangeiros passaram a vender essas ações, pressionando a bolsa local. Às 10h52, o Ibovespa caía 0,48%, aos 57.773,62 pontos. Petrobras PN ainda subia 0,70% e a ON, +0,77%, sustentada pelo avanço do petróleo no exterior. Vale PNA recuava 1,13%; e Gerdau PN, -2,62%.

Em Wall Street, após abrirem com leves altas, as bolsas passaram a recuar diante do avanço do petróleo. Não houve reação significativa por enquanto aos dados de geração de postos de trabalho pelo setor privado dos Estados Unidos em abril. Pesquisa da ADP mostrou criação de 169 mil empregos no mês passado, abaixo das 205 mil novas vagas esperadas. Às 10h54, o Dow Jones caía 0,48%; Nasdaq recuava 0,44%; e S&P 500 -0,39%.

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O dado da ADP é considerado uma tendência para o relatório mensal sobre o mercado de trabalho do governo dos EUA (payroll), que engloba o setor público e será divulgado na sexta-feira. A percepção é de que se o payrool também confirmar números abaixo das expectativas, podem aumentar as chances de um adiamento do início do aperto monetário no país.

No campo corporativo, o setor de siderurgia analisa os balanços da CSN e da Gerdau, enquanto o setor de bebidas avalia os números da Ambev no primeiro trimestre de 2015.

A Ser Educacional S.A. , um dos maiores grupos privados de educação do Brasil e líder nas regiões Nordeste e Norte informa que seus acionistas aprovaram a criação de um conselho fiscal para o exercício de 2015.

Segundo José Janguiê Diniz, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, o pedido foi realizado por um dos acionistas. "Teve o nosso apoio desde o princípio, sem a necessidade da representatividade mínima do capital votante que exige a regulamentação. Entendemos que a instalação de um conselho fiscal será um mecanismo relevante para aprimorar nossa governança e transparência para o mercado de capitais e a sociedade como um todo", afirmou.

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O conselho fiscal recém eleito será presidido por Renato Chaves e terá os senhores Guilherme Quintão e Reginaldo Alexandre como membros efetivos. Todos os membros possuem extensa experiência em contabilidade e finanças, sendo que maioria foi ou continua sendo membro de conselhos fiscais e de administração de diversas empresas de capital aberto do mercado brasileiro.

"A Companhia possui um histórico de adoção de melhores práticas de governança corporativa, tendo sido auditada desde praticamente sua criação por firmas de auditoria independentes 'big four' e desde 2007, muito antes do IPO, já possuía um conselho de administração instalado que contava com dois membros independentes", explica Jânyo Diniz, presidente do Grupo Ser Educacional.

Com informações de assessoria

As bolsas de Nova York encerraram a sexta-feira, 6, em queda, após uma sessão cheia de altos e baixos. Os investidores se mostraram preocupados com a situação da Grécia, depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou o rating do país de B para B-, mantendo-o em observação para possível novo rebaixamento.

Segundo autoridades gregas, a Grécia poderá ficar sem dinheiro no fim de fevereiro se os credores internacionais não fornecerem recursos extras para o país. O ministro da Economia, George Stathakis, afirmou hoje que a necessidade de fundos até junho é de um valor entre 4 bilhões de euros e 5 bilhões de euros.

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"Tivemos fortes altas nesta semana e os investidores não querem manter posições longas. As notícias sobre a Grécia foram um bom gatilho para a realização de lucros", diz JJ Kinahan, da TD Ameritrade.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,34%, aos 17.824,29 pontos, e o S&P 500 baixou 0,34%, para 2.055,47 pontos. O índice Nasdaq teve retração de 0,43%, aos 4.744,40 pontos. Na semana, porém, o Dow Jones acumulou alta de 3,84%; o S&P 500 subiu 3,03%; e o Nasdaq ganhou 2,36%.

Outro fator que influenciou o comportamento dos investidores hoje foram os dados do mercado de trabalho nos EUA. Os números melhores que o esperado do relatório de empregos divulgado hoje trouxeram de volta as especulações em torno do momento em que se dará o início do ciclo de alta nos juros americanos. Taxas mais elevadas reduzem a atratividade das ações.

De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o país criou 257 mil empregos em janeiro, mais que a previsão de 237 mil vagas feita pelos analistas.

O presidente do Fed de Filadélfia, Charles Plosser, disse que preferiria elevar as taxas de juro mais cedo, e não mais tarde. Já o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, destacou que o crescimento da economia dos EUA é vigoroso o suficiente para justificar uma elevação das taxas de juro no segundo semestre, embora continue preocupado com a inflação baixa e com um crescimento lento dos salários.

As bolsas de Nova York aceleraram no fim do pregão e fecharam esta segunda-feira, 2, com altas robustas, influenciadas pela avanço nos preços do petróleo. O índice Dow Jones subiu 1,14%, para 17.361,04 pontos, acompanhado pelo S&P 500, que teve elevação de 1,30%, aos 2.020,85 pontos. O índice Nasdaq fechou na máxima do dia, aos 4.676,69 pontos, com ganho de 0,89%.

Após semanas em queda, o petróleo começa a ensaiar uma recuperação e, em Nova York, já se aproxima novamente de US$ 50 por barril, enquanto o Brent segue rumo aos US$ 55 por barril. O avanço da commodity deu força às ações do setor, que puxaram os ganhos desta sessão.

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Os papéis da Chevron subiram 3,44% e os da ExxonMobil tiveram alta de 2,47%. O balanço da ExxonMobil, que mostrou resultados melhores que o esperado, levou otimismo ao mercado e contribuiu para o avanço das bolsas.

Durante a maior parte do dia, entretanto, os principais indicadores acionários de Wall Street oscilaram entre altas e baixas, mostrando que os investidores seguem preocupados com as perspectivas para a economia global.

Os dados da economia americana divulgados hoje não agradaram. O índice de atividade do setor de manufatura dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu para 53,5 em janeiro, de 55,5 em dezembro. A queda foi maior que a prevista por analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam recuo a 54,3. Números acima de 50 indicam expansão da atividade.

Além disso, os investimentos em construção nos EUA subiram 0,4% entre novembro e dezembro, bem menos que a perspectiva de alta de 0,8% no período. Os gastos dos consumidores americanos, por sua vez, caíram 0,3% entre novembro e dezembro, mas o resultado ficou em linha com a previsão dos economistas.

As bolsas de Nova York fecharam a sessão desta quarta-feira, 28, em queda, após os investidores avaliarem o comunicado da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Num primeiro momento, os investidores não viram muitos motivos para alterar suas estratégias, já que o documento manteve o tom do comunicado anterior. Entretanto, o analista do Société Générale, Sebastien Galy, observou que uma frase pode indicar que o banco central dos EUA está "pronto para ser mais agressivo do que o esperado" se for necessário.

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Galy destacou a seguinte frase: "No entanto, se as informações futuras indicarem progresso mais rápido em direção aos objetivos de emprego e inflação do Comitê do que o Comitê espera atualmente, então os aumentos na faixa meta da taxa dos FED funds provavelmente ocorrerão mais cedo do que o antecipado atualmente."

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,13%, aos 17.191,37 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 1,35%, para 2.002,16 pontos, e o Nasdaq baixou 0,93%, para 4.637,99 pontos.

A queda do petróleo contribuiu para a retração, ao pesar sobre as ações de energia. Os papéis da Chevron baixaram 4,20% e os da ExxonMobil perderam 3,30%.

Mais cedo, o mercado reagiu ao bom desempenho apontado pelas companhias americanas no trimestre passado. As ações da Apple chegaram a disparar mais de 7% depois que a empresa reportou, na noite de ontem, lucro recorde de US$ 18 bilhões, impulsionado pelas vendas de seu novo iPhone. Os papéis fecharam com alta de 5,65%.

As ações Yahoo! chegaram a subir mais de 3% em reação aos ganhos trimestrais acima do esperado e à notícia de que a companhia vai separar sua participação na chinesa Alibaba em uma outra empresa, que terá capital aberto. Os papéis, porém, fecharam em queda de 3,19%.

As ações da fabricante de aviões Boeing avançaram 5,40%, depois que a empresa informou lucro de US$ 1,47 bilhão no quarto trimestre de 2014 e superou as previsões dos analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

As bolsas de Nova York fecharam a sessão desta segunda-feira, 26, em leve alta, depois que analistas afirmaram que o possível estresse financeiro na Grécia após a vitória do partido de esquerda Syriza nas eleições deste domingo não deve se espalhar para outros países da região.

Há, ainda, a percepção de que o programa de estímulo de 1,1 trilhão de euros do Banco Central Europeu (BCE), anunciado na semana passada, deixará o mercado menos vulnerável aos temores de ruptura da zona do euro que em crises anteriores.

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O índice Dow Jones fechou em alta de 0,03%, aos 17.678,70 pontos; o S&P 500 avançou 0,26%, aos 2.057,09 pontos; e o índice Nasdaq ganhou 0,29%, aos 4.771,76 pontos.

Operadores afirmam que os negócios ficaram dentro da normalidade hoje, mesmo com a cidade de Nova York se preparando para uma nevasca potencialmente histórica, esperada para amanhã à tarde.

"As pessoas que trabalham aqui estão preparadas para lidar com todo tipo de evento", diz Keith Bliss, da Cuttone & Co. A Bolsa de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) pretende funcionar normalmente nesta terça, apesar da esperada tempestade. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Bovespa confirmou a expectativa de uma abertura em queda, com a cautela externa abrindo espaço para uma realização de lucros antes da divulgação do relatório oficial do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll) de dezembro, previsto para as 11h30. O sinal negativo também é registrado nos índices futuros das Bolsas de Nova York e nas principais bolsas europeias.

Às 10h31, o Ibovespa caía 1,59%, aos 49.151,47, na mínima até então. Na máxima, marcou 49.955 pontos (+0,02). A Petrobras, que ontem fechou acima de R$ 9,00, voltava a testar esse patamar. A ação ON valia R$ 8,82, com queda de 2,22%, no horário acima, enquanto a PNA, R$ 8,97 (-2,29%).

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As ações da Vale, por sua vez, registravam baixa de 1,29% na PNA e de 1,40% na ON. Hoje o preço do minério de ferro caiu 1,1% em relação a ontem indo para US$ 69,8 a tonelada no mercado à vista chinês.

Outro destaque são as units do Santander, cujos papéis recuavam 2,80% há instantes, seguindo o desempenho das ações da matriz do banco em Madri. O Santander Espanha informou que vendeu 1,2 bilhão de ações, a 6,18 euros cada, levantando 7,5 bilhões de euros (US$ 8,89 bilhões) numa operação de aumento de capital, segundo comunicado divulgado pelo banco espanhol. O valor de 6,18 euros representa um desconto de cerca de 10% em relação ao preço do papel na quinta-feira, 8, à tarde, após o regulador de mercados da Espanha suspender negócios com as ações na Bolsa de Madri. A Bolsa de Madri caía 2,81% às 10h32.

Em Wall Street, os índices futuros das bolsas de Nova York sugeriam queda na abertura. O Dow Jones futuro caía 0,30%, o S&P 500 perdia 0,32% e o Nasdaq recuava 0,20%. O payroll, que sai 11h30, antes da abertura dos negócios, às 12h30, pode confirmar ou mudar essa direção.

A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta terça-feira, 23, com o índice Dow Jones pela primeira vez acima dos 18 mil pontos, em seu 36º fechamento em nível recorde em 2014. O S&P-500 fechou em nível recorde pela 51ª vez no ano. O Nasdaq, porém, fechou em baixa, pressionado pela queda das ações do setor de biotecnologia. O volume de negócios foi reduzido, por causa dos feriados.

O mercado reagiu positivamente à revisão final do PIB dos EUA no terceiro trimestre, que mostrou uma taxa anualizada de crescimento de 5,0%, a maior em 11 anos (em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a expansão foi de 2,7%).

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Vários outros indicadores foram divulgados nesta terça: a renda pessoal teve um crescimento de 0,4% em novembro, quando a expectativa era de +0,5%; os gastos com consumo (PCE) cresceram 0,6% em novembro, superando a previsão de +0,5%; o índice de preços dos gastos com consumo, considerado o indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve, recuou 0,2% em novembro em relação a outubro, com alta de 1,2% em comparação com novembro do ano passado; o núcleo do índice de preços do PCE teve variação zero em novembro, com alta de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2013.

O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan ficou em 93,6 em dezembro, abaixo da expectativa de 93,8, mas acima dos 88,8 de novembro.

As encomendas de bens duráveis caíram 0,7% em novembro, quando a expectativa era um crescimento de 3,0%. As vendas de imóveis residenciais novos tiveram uma queda de 1,6% em novembro, para a taxa anualizada de 438 mil unidades, quando a expectativa era de 460 mil. O índice de atividade regional do Fed de Richmond subiu a 7 em dezembro, de 4 em novembro.

Desde que fechou pela primeira vez acima dos 17 mil pontos, o Dow levou 119 sessões para chegar aos 18 mil. Este foi o quinto mais rápido salto de mil pontos para o Dow; o mais rápido foi em 1999, quando o índice subiu dos 10 mil pontos para os 11 mil em apenas 24 sessões.

Para muitos investidores, o rali ainda tem espaço para prosseguir. "Os lucros são o que vai conduzir os preços das ações a partir daqui, e os dados do PIB são relativamente encorajadores para o crescimento orgânico das empresas", disse David Klaskin, da Oak Ridge Investments.

A estrategista Quincy Krosby, da Prudential Financial, disse que a melhora dos indicadores deverá apoiar a perspectiva de o Federal Reserve começar a elevar as taxas de juro em 2015. Mas ela não tem a expectativa de que o mercado reaja negativamente a essa ideia, porque a aceleração do crescimento econômico melhora a perspectiva para os lucros das empresas. "Entramos num período em que boas notícias voltam, cada vez mais, a ser boas notícias", afirmou. "Estatisticamente, este é um período muito forte para o mercado. O fato de o Fed dizer que será paciente é um catalisador extra", acrescentou.

As ações do setor de biotecnologia voltaram a cair, em semana marcada pela recusa de gestoras de planos de saúde nos EUA a incluir em seus "cardápios" medicamentos considerados muito caros. Entre os destaques negativos da sessão estavam ações como Celgene (-6,50%), Reneron Pharmaceuticals (-4,58%) e Biogen Indec (-4,69%).

Por causa do feriado do Natal, a Bolsa de Nova York fecha mais cedo nesta quarta-feira, às 16h (de Brasília).

O índice Dow Jones fechou em alta de 64,73 pontos (0,36%), em 18.024,17 pontos, depois de ter alcançado a máxima de 18.069,22 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 16,00 pontos (0,33%), em 4.765,42 pontos. O S&P-500 fechou em alta de 3,63 pontos (0,17%), em 2.082,17 pontos, com máxima intraday em 2.086,73 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Bovespa abriu em alta nesta segunda-feira, 10, acompanhando o exterior, mas não deu continuidade ao movimento durante a sessão. À tarde, se firmou em baixa, pressionada principalmente pelas ações de Vale e Petrobras. E nos ajustes ainda renovou as mínimas, com ao redor de 1% de perdas. O giro mais fraco acabou amplificando as ordens de vendas neste início de semana.

O Ibovespa terminou a sessão em queda de 0,93%, aos 52.725,38 pontos. Na mínima, registrou 52.716 pontos (-0,95%) e, na máxima, 53.830 pontos (+1,14%). No mês, acumula perda de 3,48% e, no ano, ganho de 2,37%. O giro financeiro totalizou apenas R$ 4,807 bilhões. Os dados são preliminares.

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Amanhã é feriado do Dia do Veterano nos EUA e isso deve enxugar a liquidez dos mercados. Aqui, ainda, o investidor já está na defensiva na ausência de novidades do Planalto, sem nenhum sinal de um novo ministro para a vaga de Guido Mantega na Fazenda.

Os dados chineses divulgados no final de semana deram justificativa para as compras, mais cedo, e para as vendas, na releitura. Sobretudo os números da balança, que mostraram importações menores do que as previsões. De cara, os especialistas avaliaram que Pequim anunciaria mais estímulos. Mas, depois, ponderaram que isso é ruim para a venda de commodities, os preços desses produtos caíram e afetaram os papéis de empresas como Vale e Petrobras.

Vale fechou em baixa de 3% na ON e de 2,51% na PNA. Petrobras ON recuou 2,61% e a PN, 2,03%. A estatal foi prejudicada também pela reportagem do jornal britânico Financial Times do final de semana, que informava sobre duas investigações em andamento sobre a Petrobras: uma criminal, na Justiça dos EUA, e outra civil, na Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários norte-americana). A informação desencadeou temores de que a negociação dos ADRs da companhia em Nova York possa ser suspensa. A empresa divulga balanço na próxima sexta-feira.

No exterior, as bolsas europeias terminaram em alta e as norte-americanas se encaminhavam para o mesmo fim, apesar de terem perdido fôlego agora à tarde. Às 17h15, o Dow Jones subia 0,12%, o S&P tinha ganho de 0,20%, e o Nasdaq avançava 0,26%.

A Lenovo mal concluiu a compra da Motorola e já está de olho em outra empresa. Rumores apontam que multinacional chinesa estaria disposta a pagar entre US$ 15 e US$ 18 por ações da BlackBerry. A compra de 100% dos papéis por este valor totalizaria um pagamento entre US$ 8 bilhões e US$ 9,5 bilhões pela companhia do canadense.

Os rumores surgiram em 2013, quando a Lenovo confessou que estaria disposta a adquirir outras companhias. Dez meses depois, a fabricante chinesa, enfim, saiu às compras. Mas em vez de comprar BlackBerry, arrematou a Motorola, que pertencia a Google, por 2,91 bilhões dólares.

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A chegada da BlackBerry no portfólio da Lenovo poderia reforçar a marca no mercado corporativo, que é a principal fonte de receitas da canadense.

Os rumores sobre a compra já estão impactando a Bolsa de Valores no mundo. Nesta segunda-feira (20), as ações  BlackBerry subiram mais de 3%.

A aversão ao risco continua ditando o ritmo dos mercados domésticos nesta quinta-feira, 16, que também são influenciados pela corrida presidencial no Brasil, que indica que a disputa vai ser definida no voto a voto. Esses fatores internos e externos embutem perdas aceleradas da Bovespa, ao redor de 2,5%, mas o comportamento dos ativos globais foi atenuado após o avanço acima do esperado da produção industrial norte-americana em setembro, no maior aumento mensal em três anos.

Às 10h37, o Ibovespa caía 2,53%, aos 54.714,35 pontos, um pouco distante da pontuação mínima do dia, em baixa de 3,57%, aos 54.132 pontos. Neste horário, apenas duas ações figuravam entre os destaques de maiores altas, Suzano PNB (+1,23%) e Fibria ON (+0,16%), ao passo que as perdas eram lideradas pelos papéis ON e PN da Petrobras, com -6,36% e -6,30%.

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Os negócios locais repercutem a situação de empate técnico entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na corrida pelo segundo turno das eleições presidenciais, após as pesquisas Ibope e Datafolha confirmarem, na quarta-feira, 15, à noite, os números divulgados na semana passada. Ambos os levantamentos mostraram a mesma vantagem numérica do tucano frente à petista, com 51% das intenções de votos válidos contra 49%, respectivamente.

A margem de erro de ambas as pesquisas é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O Ibope ouviu 3.010 eleitores entre os dias 12 e 14 de outubro, enquanto o Datafolha entrevistou 9.081 eleitores entre terça-feira, 14, e ontem. Agora, as atenções se voltam para o novo debate entre Dilma e Aécio na TV, às 18 horas.

É válido lembrar que mesmo com o tombo de ontem, de -3,24%, o Ibovespa ainda acumula ganho de 2,93% desde o pregão seguinte ao primeiro turno das eleições, quando o tucano surpreendeu o mercado com sua arrancada nas urnas.

Já em Nova York, os índices futuros apontavam desde cedo para uma abertura em queda, embora o menor apetite por ativos mais arriscados tenha sido atenuado pelo crescimento de 1,0% da atividade da indústria nos Estados Unidos no mês passado ante agosto, acima da previsão de +0,4%, e no ritmo mais acelerado em pelo menos três anos. No mesmo horário, em Wall Street, o Dow Jones recuava 0,75% e o S&P 500 perdia 0,92%, nos primeiros minutos após o início do pregão.

Mais cedo, foi informado que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu fortemente nesta semana para o menor nível desde abril de 2000, indicando melhora no mercado de trabalho do país. Na semana encerrada em 11 de outubro, houve 23 mil solicitações a menos, caindo para 264 mil, após ajustes sazonais. O resultado ficou muito abaixo do esperado, de um total de 290 mil pedidos. As novas solicitações têm se mantido abaixo da marca dos 300 mil por cinco semanas consecutivas - maior intervalo abaixo desse patamar desde 2006.

Logo mais, às 11 horas, saem o índice de confiança das construtoras e o índice de atividade regional em Filadélfia, ambos referentes a outubro. Às 11h30, é a vez dos estoques semanais de petróleo e derivados.

Além dos balanços de Goldman Sachs e da UnitedHealth Group, anunciados mais cedo, a Delta Airlines também informou seu resultado financeiro no trimestre passado, quando teve lucro de US$ 357 milhões, em relação a igual período de 2013. O lucro por ação foi de US$ 0,42, ante previsão de US$ 1,18. É válido lembrar que ontem as empresas aéreas estiveram entre os destaques de queda nas bolsas de Nova York, depois de o governo dos EUA confirmar o segundo caso de transmissão do vírus Ebola no país.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (29) que os mercados de ativos no Brasil estão registrando volatilidade recentemente basicamente em função de questões externas. Ele citou, por exemplo, as expectativas geradas em nível global pelo processo de normalização da política monetária nos EUA que está sendo adotada pelo Federal Reserve (Fed - banco central norte-americano). O ministro também fez menção a outros temas, como a evolução da economia da China e o plebiscito realizado na Escócia sobre a independência do Reino Unido, que foi negada nas urnas.

"Várias moedas têm se desvalorizado. Bolsa e câmbio têm movimentos mais rápidos porque esses mercados no Brasil são mais sofisticados", apontou Mantega. "A bolsa esteve por vários meses em alta, como ocorreu com outros países emergentes", destacou o ministro. "Alguns players gostam de utilizar (questões eleitorais) para fazer resultado. Há uma volatilidade que interessa a alguns", apontou.

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A presidente Dilma Rousseff reagiu com irritação às especulações das bolsas de valores dizendo que essa variação do mercado em função das pesquisas eleitorais é "ridícula". Para a presidente, "especulação tem limite" e "tem alguém ganhando dinheiro com isso", assegurando que não é ela.

A reação da presidente foi a uma pergunta sobre a oscilação do mercado nos últimos dias, quando as ações da bolsa caíram e o dólar subiu por causa da melhoria dos índices da pesquisa a favor da reeleição da petista. "Acho ótima a reação da bolsa. Quando a bolsa cai, eu falo: será que eu subi?", ironizou. "Está ficando ridículo isso. Especulação tem limite. E acho que tem gente ganhando com isso e eu não sou. Eu perco", desabafou a presidente, em tom de irritação. "Eu acho desagradável o fato de acharem que uma coisa está vinculada à outra, quando sobe ou quando desce", completou.

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Dilma evitou ainda comentar as últimas pesquisas publicadas nesta sexta-feira, 19. Pelo Datafolha, a presidente lidera no primeiro turno, abrindo uma diferença de 7 pontos em relação a Marina Silva, do PSB, apesar de, no segundo turno, a petista estar 2 pontos atrás de sua adversária. "Eu não comento pesquisas. Nunca comentei", declarou a presidente, justificando que "pesquisa é o retrato de um momento".

As corretoras deverão passar por um movimento intenso de consolidação no próximo ano, tentando driblar um cenário de baixos volumes negociados na Bolsa e de fuga do investidor pessoa física da renda variável. A expectativa é que, a partir do ano que vem, corretoras se unam mirando a redução de custos e dando espaço para a especialização. Algumas instituições destacam que poderão, até mesmo, aumentar o foco na pessoa física.

Essa nova fase da vida das corretoras acontece como consequência da implantação do novo modelo de acesso à Bolsa, que vem sendo desenvolvido há mais de um ano e meio e resultou de uma própria demanda do segmento, que cria as figuras de participante de negociação pleno (PNP) e o participante de negociação (PN) e retirará, da última, a obrigação do depósito de uma garantia de R$ 25 milhões na Bolsa, que é exigida de todas as corretoras plenas. "Assim elas poderão usar esse valor para investimentos e desenvolvimento do negócio", disse o diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto.

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Segundo corretoras consultadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o modelo recém divulgado pela BM&FBovespa está sendo visto com bons olhos, embora ainda existam algumas dúvidas sobre alguns detalhes do novo modelo. Mas a percepção geral é de que as instituições participantes do mercado poderão ter maior capacidade de atrair novos investidores, diminuir os custos e conseguir se manter competitivas no mercado. Vale lembrar que em 2013 muitas corretoras independentes fecharam o ano no vermelho.

"Essa é a primeira vez na história que temos um acesso diferenciado à Bolsa. Isso é, de fato, uma evolução e vai proporcionar a chance para que as corretoras se tornem mais especializadas e se foquem em atender os clientes", afirma Alexandre Atherino, sócio-fundador da Guide Investimentos. O novo modelo de acesso deverá estar em pleno funcionamento no início de 2015, segundo a Bolsa.

A Guide, segundo Atherino, já mantém algumas conversas com instituições que devem optar em ser PNs. As instituições com essa opção farão o atendimento ao cliente, mas a liquidação e o acesso ao ambiente de negociação da bolsa, no entanto, serão realizados por intermédio de uma corretora PNP. "Queremos ter PNs plugadas a nós, mas como isso andará ficará mais claro a partir do ano que vem", disse o sócio da Guide. Segundo Atherino, hoje, na estrutura atual da Guide, entre cinco e 10 PNs poderão ser "facilmente plugadas".

Os atuais intermediários que estão hoje autorizados a atuar na Bolsa, os PNPs, poderão migrar para o modelo PN, se fizer sentido ao negócio, e, após o descredenciamento como PNP, solicitar a retirada das garantias. O movimento contrário também será permitido, "a qualquer momento", desde que sejam atendidas as condições estabelecidas pela Bolsa.

Na visão do diretor da Alpes Corretora, Expedito Araujo, o novo modelo de acesso permitirá que as PNs busquem nichos de clientes ou usem sua expertise em determinados segmentos e operações e, até mesmo, aumentem sua capilaridade e prospectem mais clientes. "Do lado das PNPs, algumas delas podem, como já vem ocorrendo, centralizar as operações das PNs, melhorando a escalabilidade dos custos pra ambos os lados", destaca Araujo.

Atherino, da Guide, concorda que para as corretoras plenas a diluição de custo trará ganhos e ajudará, assim, nos negócios. Além disso, afirma, a sua expectativa é de que, com o novo modelo, a Guide possa oferecer aos PNs que estejam ligados a ela uma série de produtos, como os de renda fixa, de forma que essas corretoras possam ter um leque maior de opções a seus clientes. Esse processo, em sua visão, já poderá ser considerado, em si, um movimento de consolidação do mercado.

Terceirização

As instituições que atuam hoje "por conta e ordem", ou seja, que terceirizam parte de execução de ordens, usando a estrutura tecnológica de outras instituições para realizar operações para seus clientes na bolsa de valores, terão até o fim deste ano para se enquadrarem às regras do novo modelo de acesso. Todas essas instituições, assim, terão de ser no mínimo PN. O modelo de conta e ordem foi uma estratégia usada pelas instituições para conseguirem reduzir custos e obterem de volta a garantia depositada na Bolsa, em um movimento que antecedeu, assim, a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do novo modelo de acesso, que ocorreu há poucas semanas.

Tendo como um dos motivos a redução de custos, há cerca de um ano, a Magliano Corretora tomou a decisão de operar por conta e ordem e, assim, passou a terceirizar a estrutura da CGD Securities. "Com isso, conseguimos nos estruturar mais, focar no core business. Nos Estados Unidos, essa estrutura já é muito comum", destaca o diretor-presidente da Magliano, Raymundo Magliano Neto. A corretora, por exemplo, fará parte da lista de Pns. Magliano conta que com a retirada da garantia, por exemplo, a corretora investiu no escritório e aperfeiçoou o relacionamento com os clientes.

Algumas corretoras já bateram em sua porta para saberem mais sobre essa estrutura, mas Magliano acredita que muitas delas estavam esperando o aval da CVM para o novo modelo de acesso à Bolsa para tomarem a decisão. Ele acredita que hoje há espaço no mercado brasileiro para seis PNPs atuarem, sem contar as corretoras de bancos, e que as PNPs que decidirem se tornar PNs deverão levar cerca de seis meses para se prepararem para a transição. Esse foi o tempo que a Magliano levou para conseguir operar por conta e ordem, destaca.

O presidente da Associação Nacional de Corretoras e Distribuidoras (Ancord), Carlos Alberto Souza Barros, disse que o modelo PN e PNP é uma "evolução" que contou com a participação das corretoras, sendo que o modelo de acesso começou a ser revisitado entre os anos de 2012 e 2013, quando muitos bancos e distribuidoras optaram em operar por conta e ordem. "Com isso, todo o sistema - Bolsa, Corretoras, Distribuidoras - fica mais robusto e os clientes que são atendidos pelo PN passarão a ter acesso ao Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízo", destaca. Souza Barros destaca que, a partir do próximo ano, cerca de 60 corretoras que atuam hoje por conta de ordem deverão fazer parte a lista de PNs.

É consenso entre os analistas que está mais difícil apontar boas escolhas de investimento na bolsa de valores, principalmente com a deterioração das perspectivas para a economia observada nas últimas semanas. A recomendação dos especialistas é abrir mão de análises setoriais e avaliar os papéis caso a caso. "A única solução é escolher as ações, analisando caso a caso, o famoso 'stock pick'. Neste momento, não faria uma escolha setorial, por exemplo. É preciso avaliar o quanto determinado papel está descontado em relação a outros do setor", afirma Sergio Goldman, sócio da Maximizar Gestão de Patrimônio.

Depois da safra de balanços do segundo trimestre, Daniel Gewehr, analista do Santander, espera uma revisão para baixo nas estimativas dos analistas para as empresas. A estratégia atual da instituição é aposta em papéis com menor correlação com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo e de companhias com histórico comprovado de vantagem competitiva. "Selecionamos empresas que apresentam retorno do capital acima do custo de capital nos últimos cinco anos e market share acima de 10%, com tendência estável ou crescente", afirma Gewehr.

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Entre as escolhas do Santander, está a administradora de planos de saúde Qualicorp. "Acreditamos que é uma companhia que não vai sofrer com a inflação, como empresas de outros setores, e que consegue expansão de margem, mesmo em um cenário desafiador", diz Gewehr, em referência aos reajustes de preços previstos em contrato.

James Gulbrandsen, sócio da NCH Capital, gestora especializada em mercados emergentes e com sede em Nova York, também vive à procura de bons cases de investimento e considera um deles a Linx, fornecedora de soluções em software de gestão para o varejo. "Estamos com o papel em nosso portfólio desde a oferta inicial de ações e não diminuímos a posição. Acreditamos que o crescimento da Linx independe da economia", afirma Gulbrandsen.

Outra aposta da NCH Capital é Odontoprev, que possui uma estratégia de vendas segura, "independentemente da direção da economia". "Enxergamos como um papel bem defensivo", diz.

Blue chips

Para Gulbrandsen, as blue chips hoje contam com upside limitado. Há cerca de dois a três anos, os investidores estrangeiros estavam vendidos em Brasil, explica. E pela primeira vez desde então, eles voltaram a investir no País. Os recursos, naturalmente, foram destinados aos papéis mais líquidos. Ao longo dos próximos três trimestres, em sua avaliação, será a vez de as small caps se recuperarem.

Já a principal aposta de Sergio Goldman, da Maximizar, é a Mills, prestadora de serviços especializados de engenharia. "É a história que acompanhamos mais de perto. Independentemente do cenário macroeconômico e do resultado das eleições, o investimento em infraestrutura vai aumentar significativamente nos próximos anos", justifica.

"A Mills participa de muitas obras de infraestrutura e é a única empresa com essa característica listada em bolsa hoje", argumenta Goldman.

O momento difícil vivido pelas companhias é facilmente traduzido em números. Gewehr, do Santander, relata que entre as 116 empresas cobertas pela instituição, 50% divulgaram resultados do segundo trimestre deste ano abaixo da estimativa. Em média, as companhias registraram lucro líquido 6% abaixo do projetado, ao passo que o Ebitda foi 5% menor.

"Ano conta ano, no segundo trimestre, o Ebitda das empresas cresceu 5% e o lucro, 8%. Isso mostra uma desaceleração em relação aos primeiros seis meses do ano, quando o Ebitda cresceu 13% e o lucro, 12%", relata Gewehr. "O que isso implica? Existe risco de revisão para baixo na estimativa dos analistas para o ano inteiro", afirma o analista.

Para Goldman, sócio da Maximizar Gestão de Patrimônio, a propensão de um investidor aplicar na bolsa de valores hoje é baixa. "Houve deterioração das perspectivas nas últimas semanas. E o cenário já era ruim", diz.

O Caged de junho foi visto como um divisor de águas por analistas. A baixa geração de empregos impressionou economistas. Um mês depois, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontou que o desempenho econômico doméstico nos primeiros seis meses de 2014 foi o mais baixo desde a crise financeira internacional de 2008. Já nesta semana foi divulgado o Caged de julho, que apresentou o pior saldo para o mês em 15 anos. As famílias estão endividadas e o cenário a frente ainda embute uma elevação dos preços administrados.

Construção e siderurgia

Os setores de construção civil e siderurgia são os que correm mais risco de revisões para baixo, diz Gewehr. Ele relata que os resultados do segundo trimestre de muitas construtoras foram surpresas negativas e lembra que o segmento passa por dificuldades.

"O setor perdeu muita relevância em bolsa. Hoje representa cerca de 1%, mas já chegou a representar 7%, no auge", afirma. "Estamos neutros no setor. Mas vemos com bons olhos a Eztec, que possui retorno sobre patrimônio de 25%, com alavancagem de praticamente zero", acrescenta Gewehr.

Quanto a siderurgia, Gewehr relata que possui Usiminas no portfólio. Mas ele vê risco de revisão para baixo não só desta empresa como também do setor. "O setor automotivo não que vai ter recuperação forte, mas está chegando próximo do fundo do poço, o que significa que pode melhorar levemente", opina.

Ele explica que apesar da fraca demanda interna de aço, Usiminas segue no portfólio porque acredita que o papel já "sofreu demais". "A ação acumula queda de cerca de 40% no ano. É um recuo muito forte", diz.

O conceito de defensivo

O momento é de aposta em papéis defensivos. Mas Gewehr tem hoje um conceito diferente de ação defensiva. "Prefiro empresas que apresentam crescimento de lucro, ainda que não paguem dividendos extraordinariamente altos", diz.

Uma das empresas que mais agrada ao analista é Kroton. Apesar de acumular valorização de quase 70% neste ano, Gewehr diz que, ao avaliar o valuation, ainda se trata de uma aplicação interessante. Outra é o Pão de Açúcar, que por meio do negócio de supermercados apresenta uma característica defensiva.

Por outro lado, o setor de energia, que antigamente era visto como defensivo por investidores, um bom pagador de dividendos, passou por um revés, após a Medida Provisória 579, que aborda a prorrogação das concessões do segmento, e deixou de ser o queridinho daqueles que priorizam o dividend yield. "Estamos underweight no setor", diz.

A Bovespa aproveitou a agenda vazia e a queda das bolsas no exterior para finalmente engatar uma realização de lucros, após acumular pouco mais de 6% de ganhos nas seis sessões anteriores. Petrobras, principal responsável pela alta acumulada nos últimos dias, também sentiu mais as ordens de vendas, o que não impediu as ações de terminarem a semana com ganhos de 4%.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,99%, aos 58.407,32 pontos. Na mínima, registrou 58.164 pontos (-1,40%) e, no ano, 58.992 pontos (estável). Subiu pela segunda semana consecutiva, 2,54%. No mês, tem alta de 4,62% e, no ano, de 13,40%. O giro financeiro totalizou R$ 4,932 bilhões.

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Os mercados amargaram perdas no exterior. A Europa, prejudicada pelas tensões na Ucrânia, depois que um comboio de caminhões russos entrou no país sem autorização. Após o fechamento das praças acionárias, a Otan informou que a Rússia usou sua artilharia contra forças ucranianas tanto de seu próprio território como de dentro da Ucrânia.

Nos EUA, as atenções estavam voltadas para as declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no simpósio de Jackson Hole. E ela reforçou o que já trouxe a ata do Fomc divulgada na quarta-feira: o mercado de trabalho se recuperou mais rapidamente do que previa do BC e isso pode significar uma antecipação do início do aperto monetário do país.

Yellen ponderou, no entanto, que o Fed tende a ficar mais acomodatício se a economia decepcionar. As bolsas passaram oscilando ao redor da estabilidade. No final, o Dow Jones recuou 0,22%, aos 17.001,22 pontos, S&P recuou 0,20%, aos 1.988,41 pontos, e o Nasdaq subiu 0,14%, aos 4.538,55 pontos. Na semana, acumularam, respectivamente, +2,03%, +1,71% e +1,65%.

À tarde, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse, em Jackson Hole, que a instituição está pronta para modificar sua política, embora espere que as medidas decididas em junho ajudem a estimular a demanda, como previsto. As bolsas dos EUA e a brasileira não foram impactadas pela declaração.

No Brasil, Petrobras fechou em -1,89% na ON e -1,78% a PN. Vale ON terminou em baixa de 0,60% e Vale PNA, de 0,92%. Bradesco PN caiu 1,57%, Itaú Unibanco PN, 1,13%, BB ON, 0,46%, e Santander unit, 0,97%.

A Bovespa encerrou nesta terça-feira (22) seu terceiro pregão consecutivo de alta e, apesar de sustentar em boa parte da tarde o patamar de 58 mil pontos, ele não se concretizou no fechamento. Nestas três sessões em alta, a bolsa avançou 4,21%, depois de ganhar 0,61% hoje. O índice terminou aos 57.983,32 pontos, acumulando alta de 9,06% em julho e 12,57% em 2014 até agora. O giro financeiro totalizou R$ 6,662 bilhões.

A alta foi puxada principalmente pelas expectativas com relação à pesquisa de intenção de votos que o Ibope divulga ainda hoje, além do IPCA-15 ligeiramente abaixo da mediana das projeções, bem como pelos dados favoráveis nos EUA e pelo clima mais ameno de aversão a risco no exterior.

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Os papéis da Petrobras, mais uma vez, ajudaram a sustentar os ganhos do índice, ao avançarem pela décima sessão seguida. A ON terminou em +0,05% e a PN, em +0,72%.

Vale, seguindo suas pares no exterior, em meio à expectativa de medidas de estímulo na China e depois de o Goldman Sachs ter reiterado compra para as ações, ficou quase 1% mais cara: +0,98% a ON e +0,96% a PNA.

O setor financeiro, que ontem saltou depois de a Procuradoria Geral da República (PGR) ter revisado de R$ 441,7 bilhões para R$ 21,87 bilhões o impacto dos planos econômicos, hoje teve um pregão volátil. No final, Bradesco PN recuou 0,34%, Itaú Unibanco PN, 0,20%, Banco do Brasil ON subiu 0,69% e Santander unit avançou 0,60%.

Nos EUA, o Dow Jones terminou em alta de 0,36%, aos 17.113,54 pontos, o S&P subiu 0,50%, aos 1.983,53 pontos, e o Nasdaq teve valorização de 0,71%, aos 4.456,02 pontos.

O índice de preços ao consumidor (CPI) em junho registrou +0,3% em junho ante maio, em linha com as previsões, mas o núcleo ficou ligeiramente abaixo, 0,1% ante 0,2%. O mercado gostou porque os números apoiam a perspectiva da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, de que a inflação continua moderada.

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