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A liberação do aborto foi discutida entre os candidatos à Presidência da República nesta sexta-feira (28), no debate da TV Globo para o segundo turno das eleições. Na ocasião, Lula (PT) leu uma declaração de Bolsonaro (PL) quando ainda era deputado federal, em 1992, na qual ele defende a distribuição de pílulas abortivas para as mulheres.

O petista leu um trecho do discurso de Bolsonaro à época: “‘Não adianta uma multidão de brasileiros subnutridos sem condições de servir ao seu País. Conclui o então deputado, que oferece que seja distribuído pílula de aborto para a sociedade brasileira em 1992’. Você falou isso ou não?”, questionou Lula, em provocação. 

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Ao se defender do próprio discurso, Bolsonaro diz que não lembrava do que havia dito. “30 anos atrás? Não confunda com pílula do dia seguinte”, disse. “Outra coisa, 30 anos atrás, eu posso mudar. Agora você, a poucos dias, falou claramente que abordo é questão de saúde pública, que as madames iam fazer aborto lá fora e aqui dentro as mulheres faziam outras coisas”, lembrou. O chefe de Estado completou, ainda, o uso do Cytotec, remédio abortivo. 

“Você é abortista, Lula. Você é abortista convicto. E você sempre trabalhou com isso. As suas ex-ministras dos Direitos Humanos trabalhavam com isso. Então, você é abortista. Pegou uma matéria de 30 anos atrás que nem lembro mais do que se tratava”, repetiu. 

Em resposta, Lula assegurou ser contra o aborto e exaltou “respeitar a vida”. “Eu sou contra o abordo e as minhas mulheres eram contra o aborto. Minha mulher [Janja] é contra o aborto. Eu respeito a vida porque eu tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Portanto, se você quis jogar a culpa do aborto em alguém, jogue em você memo, porque em mim não cola”, garantiu.

Quatro dias após o primeiro turno das eleições e prestes a reiniciar, oficialmente, a campanha para o 2º turno, o presidente Jair Bolsonaro autorizou a nomeação de até 625 policiais rodoviários federais cujo curso de formação se encerra nesta quinta-feira, 6.

A informação foi divulgada pela Secretaria-Geral da Presidência da República que, em nota, evocou 'exceção' para a vedação de nomeação de servidores em período eleitoral. O órgão fala em nomeação 'necessária ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais'.

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"O Ministério da Justiça e Segurança Pública ponderou que devido às demandas do período eleitoral e às demandas das viagens no período de feriados e férias do final de 2022 e início de 2023, além de outras questões, a não nomeação imediata de pessoal para a Polícia Rodoviária Federal comprometeria o funcionamento inadiável das atividades de segurança pública e segurança viária", diz a Secretaria.

De acordo com o órgão, o número de candidatos que serão nomeados pode variar em razões de fatores como 'desistências, reprovações no curso de formação, candidatos sub judice e vagas disponíveis'.

"Assim como na Polícia Federal, na Polícia Rodoviária Federal existe curso de formação como parte integrante do concurso público. Como decorrência, tem-se pessoas que já estavam, antes do período eleitoral, realizando, em regime de dedicação exclusiva, o curso de formação e cuja nomeação já era algo há muito programado. A não homologação prévia do concurso público decorreu do fato de que por ser o curso de formação parte integrante do concurso público o concurso ainda estava, tecnicamente, em curso", sustentou ainda a Secretaria.

Auxílio Brasil

Também na largada do segundo turno das eleições, Bolsonaro compartilhou uma notícia de anúncio do 13º para mulheres que recebem o Auxílio Brasil, sem dar mais detalhes. Além disso, o governo também antecipou o calendário de pagamentos do benefício em outubro.

Após Ivete Sangalo incentivar coro anti-Bolsonaro durante seu show nessa quarta-feira (29), Fábio Almeida, seu empresário, apoiou a atitude da cantora em entrevista ao portal Splash. “Ela só deu voz ao povo”, afirmou em trecho.

Durante show da cantora de 49 anos no Rio Grande do Norte, o público puxou coro de “Ei Bolsonaro, vai tomar no c*”, em críticas ao presidente brasileiro. Ivete, no palco, fingiu não escutar e pediu para que cantassem mais alto e logo depois incentivou os fãs entoarem. “Mais alto, para que ele possa escutar onde estiver”, disse a baiana.

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Ivete, antes taxada como “isentona política” na internet, saiu do palco aplaudida pelos fãs por conta da atitude de apoio ao coro contra Jair Bolsonaro (PL).

Confira vídeo do momento:

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Eleita na onda do bolsonarismo e apoiadora do governo, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) avalia que o presidente Jair Bolsonaro deveria cobrar uma "fatura" dos partidos do Centrão que têm cargos no governo. Para ela, legendas com amplos espaços em ministérios não entregam votos necessários para o Planalto formar uma base no Congresso Nacional.

"Se o presidente fizer isto agora com o Centrão, o cara ter ministério e não votar lá dentro, aí vai para o brejo. É uma via de mão dupla. Isso não é corrupção, é governabilidade. Se não andou na linha, tem que tirar", afirmou Soraya Thronicke em entrevista ao Estadão/Broadcast.

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Como a senhora vê os acordos do governo com o Centrão?

Eu não sei como se divide centro e Centrão, para mim é um bolo só. O DEM ganhou a maior fatia em ministérios, ganhou as duas Casas do Congresso e não entregou a contento. Alguns parlamentares são extremamente fiéis e outros derrubaram medidas provisórias e trabalharam contra. Votam errado, trabalham contra, tentam derrubar tudo na boca pequena e o presidente dá espaço. Para mim, se o presidente fizer isto agora com o Centrão, o cara ter ministério e não votar lá dentro, aí vai para o brejo. É uma via de mão dupla. Isso não é corrupção, é governabilidade. Se não andou na linha, tem que tirar.

Quais partidos não devolvem?

O DEM e o MDB e vários outros partidos que já tinham cargo no governo não devolvem. Não é agora que ele está entregando para o Centrão ou ninguém presta atenção? Onde é que o presidente Bolsonaro tem 120 mil pessoas que ele confia e conhece? Não tem. Aí ele pega a base dele, que era o PSL, e briga com a base. Eu já disse para ele: presidente, não pode levar isso a ferro a fogo. O DEM, na pessoa do Onyx (Lorenzoni, ministro da Cidadania), ajudou na eleição. Para quem é cargo de confiança, tem que exigir a confiança. Confiança é trabalhar dentro das minhas maneiras, e não das suas, e trabalhar para o Brasil, e não para si. Se o cara não entregou, tem que estar fora no outro dia. O MDB tem líder do governo no Senado, no Congresso, tem um naco enorme. Então cadê o governador do MDB? Deveria funcionar assim.

O tamanho desses partidos não dificulta o presidente de ter votos?

Ou é porteira fechada e tem o ministério inteiro ou garante 'x' de votos e tem metade do ministério. Tem governador que tem órgãos inteiros no governo, manda, desmanda faz o quer e não dá um voto, por exemplo, Ronaldo Caiado (DEM). Tem espaço até hoje e isso não significa voto nenhum. Se o MDB já tinha lugar, reconduzir o Marun (Carlos Marun, do MDB, no Conselho de Itaipu) não aumentou um voto no Congresso. Isso não refresca. Aí é hora de sentar com o MDB e falar: eu quero mais um fidelíssimo aqui dentro. Ajudar gente sem mandato para nada

Quantos senadores fiéis ao governo existem hoje?

Não dá para contar. Não há uma base fiel no Senado. É conforme a banda toca. Porém, neste momento de isolamento o Senado tem votado quase tudo por unanimidade. Temos conseguido construir, só que isso não é reconhecido pelo governo federal. Eu sou base do governo, só que eu não uma base cega. Eu sou aquela base racional que sabe discutir com o adversário.

O caso Queiroz atrapalha o governo? Há risco para o senador Flávio Bolsonaro?

Politicamente, atrapalha. Tanto é que, antes de qualquer julgamento, querem abrir o processo de cassação contra o Flávio, mas baseado em que? Se for condenado e provado, é outra história. Até agora, é só inquérito. Eu sempre sou técnica na avaliação. Tecnicamente, não há elementos (para abrir processo contra Flávio).

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