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A empresa Debswana, produtora de diamantes em Botsuana, anunciou nesta quarta-feira (16) a descoberta de um diamante de 1.098 quilates, o terceiro maior do tipo já encontrado no mundo.

A pedra, encontrada em 1º de junho, foi exibida ao presidente do país, Mokgweetsi Masisi, na capital Gaborone.

Lynette Armstrong, diretora da Debswana, afirmou que o diamante é considerado o terceiro maior do mundo.

A Debswana é controlada em conjunto pelo Estado e pela empresa sul-africana De Beers.

O maior diamante conhecido do mundo é o "Cullinan", de mais de 3.100 quilates, encontrado na África do Sul em 1905.

O segundo, de 1.109 quilates, foi encontrado em 2015 na mina de Karowe, nordeste de Botsuana, maior produtor africano de diamantes.

Autoridades informaram nesta segunda-feira (21) que uma cianobactéria produtora de neurotoxinas foi responsável pela morte de centenas de elefantes, que foram encontrados sem vida em Botsuana, na região do delta do rio Okavango.

Segundo Mmadi Reuben, veterinário do Ministério da Vida Selvagem e Parques Nacionais, os óbitos ocorreram por "envenenamento devido a uma cianobactéria que se desenvolveu em pontos de água".

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O especialista, porém, reconheceu que "ainda existem muitas perguntas para responder, particularmente por que somente [morreram] elefantes e por que somente nessa área". "Temos uma série de hipóteses que estamos pesquisando", acrescentou.

Localizada entre Zâmbia, Namíbia e África do Sul, a Botsuana é o país onde um terço da população mundial de elefantes vive, sendo que cerca de 15 mil deles habitam o Delta de Okavango - representando 10% do total da espécie na nação.

Desde março, ao menos 350 carcaças foram encontradas. A hipótese de caça furtiva, porém, foi descartada, tendo em vista que os animais estavam com as presas intactas.

De acordo com Reuben, no final de junho, as mortes de paquidermes pararam, o que coincidiu com o esgotamento desses pontos de água. Na ocasião, amostras de sangue dos elefantes foram coletadas, as quais confirmaram a causa da morte.

Os testes foram realizados em laboratórios da África do Sul, Zimbábue e Canadá. 

Da Ansa

Cerca de 350 elefantes morreram em Botsuana, no sul da África. As autoridades locais afirmam que as perdas vêm ocorrendo desde o início de maio, intrigando os especialistas, pois ainda não há causas que justifiquem tal acontecimento.

No dia 15 de junho, em entrevista à BBC, o biólogo Niall McCann, da organização britânica National Park Rescue, disse que os conservacionistas locais detectaram o ocorrido enquanto sobrevoaram a região. Na época, 169 elefantes foram avistados em três horas de voo. "Isso é totalmente sem precedentes em termos de número de elefantes morrendo em um único evento não relacionado à seca", disse McCann.

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No início, as autoridades suspeitaram da caça ilegal, problema que assola a região há anos. Entretanto, as carcaças encontradas estavam intactas. Os especialistas também descartaram a hipótese de infecção e morte por antraz. A doença, provocada por bactéria, matou 100 elefantes em Botsuana no ano passado, mas os animais encontrados agora não apresentam sinais de infecção.

Para descobrir a causa das mortes, amostras de sangue foram enviadas para a África do Sul para serem analisadas. Os resultados preliminares devem sair em duas semanas. O processo pode demorar mais que o normal, visto que a pandemia do novo coronavírus alterou a rotina dos laboratórios.

 

O presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, foi eleito para um novo mandato de cinco anos após as eleições presidenciais de quarta-feira (23), nas quais seu partido, no poder desde a independência em 1966, conquistou a maioria das cadeiras do Parlamento, anunciaram fontes oficiais.

"Tenho a honra de declarar que Mokgweetsi Eric Keabetswe Masisi foi eleito presidente", disse o mais alto magistrado do país, encarregado de anunciar os resultados.

Mokgweetsi Masisi, de 58 anos, tornou-se presidente do Botsuana em abril de 2018, após a renúncia de seu antecessor, Ian Khama, e em conformidade com a Constituição, que limita o mandato de seus chefes de Estado a um máximo de dez anos.

O Partido Democrata do Botsuana (BDP) de Masisi corria, pela primeira vez desde 1966, o risco de perder a maioria no Parlamento devido à guerra interna entre o chefe de Estado e seu antecessor.

Khama acusou Masisi de uma deriva autoritária e abandonou seu próprio partido. Durante a campanha, ele pediu votos para a oposição.

O BDP obteve, no entanto, 29 assentos, de um total de 57.

Elogiado até agora por suas práticas democráticas exemplares e estabilidade, este país da África Austral é um dos mais ricos do continente.

Com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de mais de US$ 8.000, alimentado em grande parte por seus diamantes, o Botsuana também é um dos países mais desiguais da região, com uma taxa de desemprego de 18%.

Botsuana celebra nesta quarta-feira (23) as eleições gerais mais disputadas de sua história, que ameaçam a posição do partido que governa o país desde a independência há mais de meio século.

Elogiado até agora por suas práticas democráticas e sua estabilidade exemplares, este país da África austral, rico em diamantes e elefantes selvagens, sofreu um abalo com a disputa acirrada entre o atual chefe de Estado e seu antecessor.

Como estipula a Constituição, Ian Khama entregou o poder em Botsuana há 18 meses a seu vice-presidente, Mokgweetsi Masisi, do Partido Democrático de Botsuana (BDP). Mas desde então eles entraram em conflito.

Em maio, Khama acusou Masisi de viés autoritário. A disputa adquiriu tamanha proporção que debilitou a posição eleitoral do BDB, que governa desde a independência, em 1966.

O partido no poder obteve o pior resultado de sua história nas eleições gerais de 2014, abaixo da marca simbólica de 50% dos votos. Sua principal adversária na oposição, a Coalizão pela Mudança Democrática (UDC), espera tirar vantagem nesta quarta-feira.

"As eleições serão disputadas e a balança pode se inclinar tanto para um lado quanto para o outro", confirmou o analista Peter Fabricius, do Instituto Sul-Africano de Estudos de Segurança (ISS).

Ian Khama não poupou esforços para prejudicar seu ex-partido, inclusive pedindo votos publicamente na UDC em várias regiões do país.

Filho do cofundador do BDP e primeiro presidente do país Sertse Khama, o ex-chefe de Estado manteve poderosos aliados e uma influência indiscutível no país.

Ele afirma que o sucessor deu as costas a seu legado, sobretudo ao suspender a proibição da caça de elefantes.

Masisi alega que a política de seu antecessor prejudicou a imagem do partido governista e acredita que vencerá as eleições.

"Somos fortes, mas mão arrogantes", declarou na terça-feira. "Espero uma esplêndida demonstração de confiança.

O líder da UDC, Duma Boko, está convencido de que chegou o momento da alternância. "Acredito que venceremos estas eleições", disse.

Com um Produto Interno Bruto (PIB) por habitante de mais de 8.000 dólares, em grande parte alimentado pelos diamantes, Botsuana é um dos países mais ricos do continente. Mas também é um dos mais desiguais, com taxa de desemprego de 18%.

Mais de 930.000 eleitores estão habilitados a votar em Botsuana, que tem uma população de 2,2 milhões de habitantes. Além do BDP e da UDC, outros dois partidos apresentaram candidatos para os 57 assentos do Parlamento local.

O partido que obtiver o maior número de representantes vai escolher o chefe de Estado. Os resultados serão anunciados antes do próximo fim de semana.

Mais uma aeronave pequena caiu ao decolar na região do delta do rio Okavango, em Botsuana, mas as seis pessoas que estavam a bordo estão bem. Foi o segundo acidente na região em poucos dias. Outro acidente, envolvendo um avião durante a decolagem cinco dias atrás, matou oito estrangeiros.

O gerente da companhia aérea Delta Air, Kagiso Senwedi, disse à Associated Press que os passageiros, um namibiano e quatro franceses, além do piloto sul-africano, estavam sendo retirados do local de barco.

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"Todos estão bem, um pouco assustados, o que é compreensível, e não quiseram pegar um avião para voltar", disse ele, afirmando também que alguns sofreram ferimentos leves.

Segundo Senwedi, o monomotor Cessna 206 falhou durante a decolagem na pista Delta Camp na manhã desta quarta-feira. Ele não forneceu mais detalhes. "Estamos nos comunicando por rádio e devemos receber mais informações ainda hoje."

Um Cessna 208B, da empresa Moremi Air, caiu logo após a decolagem na sexta-feira e pegou fogo, matando o piloto britânico e sete turistas da França, Suíça e Grã-Bretanha.

Equipes de resgate que chegaram rapidamente ao local tiveram de pegar água num pântano próximo para apagar o incêndio. Quatro pessoas sobrevieram ao acidente da semana passada, dentre elas uma francesa que sofreu sérias queimaduras e que foi levada para tratamento em Johanesburgo, na vizinha África do Sul.

O Ministério dos Transportes está investigando os dois acidentes. As informações são da Associated Press.

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