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Brasileiros foram incluídos na listagem de estrangeiros autorizados a saírem da Faixa de Gaza na madrugada desta sexta-feira (10). A retirada de 33 dos 34 brasileiros retidos em Gaza em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas será feita pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, rumo à capital Cairo.

Segundo publicação nas redes sociais da autoridade responsável pela passagem e pela listagem, os autorizados deveriam estar presentes às 7 horas, no horário local, desta sexta-feira, no hall externo da passagem para facilitar suas viagens.

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Estrangeiros de outros países como Canadá, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Índia, China, Rússia e Nova Zelândia também foram autorizados.

A liberação ocorre após promessa do chanceler de Israel, Eli Cohen, ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, na quinta-feira. Foram quatro tentativas de uma negociação para a saída dos brasileiros e seis listagens com cerca de 24 países que já haviam conseguido a concessão. Segundo fontes do Itamaraty, o grupo de brasileiros está desde o mês passado em casas alugadas pelo Ministério de Relações Exteriores em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, à espera de uma definição.

Na última sexta-feira, Israel prometeu incluí-los na lista de autorizações até esta quarta-feira, o que não aconteceu. Cohen justificou a Vieira que não foi possível cumprir a garantia por "fechamentos inesperados na fronteira", segundo o Itamaraty.

Autoridades brasileiras afirmam que um ônibus, medicamentos e alimentos já estavam preparados para o transporte do grupo ao aeroporto do Cairo, no Egito, onde um avião da FAB aguarda para repatriá-los.

O Egito controla a única fronteira de Gaza que não tem limite com Israel, mas o posto de Rafah é submetido a rigorosos controles alfandegários e de pessoas. Após os atentados terroristas do Hamas no dia 7 de outubro, o posto foi fechado e ninguém podia sair ou entrar no território palestino.

No fim de semana, após um acordo negociado com a ajuda do Catar e dos Estados Unidos, o posto foi aberto para a entrada de ajuda humanitária. Na quarta-feira, além da saída de estrangeiros, ambulâncias também recolheram feridos em Gaza.

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O uso da internet chegou a 87,2% da população brasileira em 2022, um aumento de 21,1 pontos percentuais em relação a 2016, usada por 66,1% da população. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2022 (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve aumento mesmo na comparação com 2021, quando o percentual de usuários da rede mundial era de 84,7%. O estudo considerou apenas pessoas com 10 anos ou mais de idade.

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O crescimento no acesso à internet foi ainda maior entre as pessoas com 60 anos ou mais. Em 2022, eram 62,1% de usuários, índice superior aos 57,5% de 2021 e cerca de 2,5 vezes maior que os 24,7% de 2016. Ou seja, a parcela de idosos com acesso à rede passou de um quarto para dois terços da população.

“Tem havido uma expansão do uso da internet entre os idosos, ainda que seja o grupo etário com menor percentual de usuários”, disse o pesquisador do IBGE Gustavo Fontes, destacando que a faixa etária com maior uso é de 20 a 29 anos de idade (96,1%). 

Segundo o IBGE, esse aumento se deve a evolução nas facilidades para o uso dessa tecnologia e na sua disseminação no cotidiano da sociedade.

O professor aposentado Celso Ribeiro, de 65 anos de idade, disse que a internet o permite ter o mundo em suas mãos. “A chegada do celular, com a sua multifuncionalidade e a sua tecnologia avançada, foi uma feliz coincidência com esse momento da minha vida, de aposentadoria. O celular me ajuda a superar o distanciamento físico decorrente das dificuldades de deslocamento no meio urbano. Tenho literalmente o mundo em minhas mãos e não me deixo virar um fóssil nas linguagens da juventude, porque o celular me coloca em contato com eles o tempo todo”.

Os domicílios com utilização de internet subiram de 90% em 2021 para 91,5% em 2022. Desses 68,9 milhões de residências com acesso à rede no ano passado, 14,3% tinham algum dispositivo inteligente acessado à internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado e geladeiras.

Os domicílios com banda larga móvel subiram de 79,2% para 81,2% de 2021 para 2022, enquanto aqueles com banda larga fixa passaram de 83,5% para 86,4%.

Na área rural, o acesso à rede mundial cresceu de 74,7% para 78,1% no período. Já na área urbana, o percentual passou de 92,3% para 93,5%.

Motivos

As razões mais citadas para não ter acesso à rede foram que nenhum morador sabia usar a tecnologia, sendo 34,8% na área urbana e 26,4% na rural; não havia necessidade, 28,5% nas cidades e 19,6% no campo, e serviço de acesso ser caro, 28% e 30,6%, na área urbana e rural, respectivamente. Na zona rural, destaca-se também o fato de que não havia serviço disponível na área (15,2%).

Os principais motivos para o uso da internet no Brasil são conversar por chamadas de voz ou vídeo (94,4%), enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens (92%) e assistir a vídeos (88,3%). Foram citados também o uso de redes sociais (83,6%), ouvir música, rádio e podcast (82,4%), ler jornais, notícias, revistas e livros (72,3%), acessar bancos e outras instituições financeiras (60,1%) e enviar ou receber e-mails (59,4%).

Segundo a Pnad, 93,4% dos usuários usavam internet todos os dias e apenas 0,7% usavam menos do que uma vez por semana, ou seja, havia semanas em que não usavam a internet.

A pesquisa também mostrou que havia disparidade entre estudantes de escolas particulares e de escolas públicas, em 2022. Enquanto os de escolas privadas, 98,4%, tinham acesso à internet, entre os estudantes da rede pública o percentual era 89,4%, ou seja, 9 pontos percentuais abaixo.

Entre os estudantes de escolas públicas, 26,7% usavam conexão gratuita em instituições de ensino ou bibliotecas para acessar a internet.

Televisão e rádio

A forma preferida de acesso à internet foi o celular (98,9%), seguida pela televisão (47,5%), computador (35,5%) e tablet (7,6%). O acesso por computador e tablet decaiu bastante em relação a 2016, quando os percentuais eram 63,2% e 16,4%, respectivamente.

A proporção de domicílios com televisão caiu de 95,5% em 2021 para 94,9% em 2022. Em 2016, essa taxa era de 97,2%.

“A pesquisa tem mostrado uma queda gradual, ainda que muito lenta. Isso pode refletir hábitos de consumo da população, hábitos de lazer, como as pessoas acessam vídeos. Isso pode refletir alguma mudança gradual de hábito”, explica Fontes. “Mas a pesquisa não investiga exatamente isso. A gente não pergunta por que não tem televisão”.

Dos lares com o aparelho, 43,4% tinham assinatura de serviços de streaming. Já os domicílios com rádio eram apenas 56,5% e aqueles com telefone fixo somaram 12,3%, bem abaixo dos 32,6% de 2016.

A University of La Verne, na Califórnia, oferece bolsas de estudos, de até 60%, para brasileiros que desejam cursar especializações de curta duração em diversas áreas de negócios em janeiro ou julho de 2024 ou 2025. Ao todo, são oferecidas 90 vagas para os cursos de Gestão Estratégica, Marketing, Finanças, Gestão de Projetos e Liderança.

As inscrições devem ser realizadas pelo site da iniciativa, por meio da utilização do cupom ULVBOLSA60.  As aulas são presenciais, ministradas integralmente em inglês por professores PhDs. O programa tem duração de três semanas e também inclui visitas a empresas e instituições do país, além de módulo adicional de Business English. Após a conclusão, os alunos receberão dois certificados internacionais.

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A Embaixada do Brasil na Palestina informou nesta quarta-feira (8) que os mais de 30 nacionais e parentes que permanecem no sul da Faixa de Gaza ficaram de fora da sexta lista de pessoas autorizadas a deixar o território.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que o governo de Israel tinha prometido liberar o grupo, que permanece nas cidades de Rafah e Khan Yunis, perto da fronteira com Egito, até esta quarta.

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A lista de hoje contempla 601 cidadãos de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Filipinas, Romênia e Ucrânia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já conversou sobre a repatriação dos brasileiros com seus colegas de Israel, Egito e da Autoridade Nacional Palestina.

Nesta quarta, o assessor internacional de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim, participa em Paris de uma cúpula sobre a guerra no Oriente Médio convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Da Ansa

A passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, foi reaberta nessa segunda-feira (6), para a passagem de estrangeiros, após dois dias fechada. Novamente, o grupo de 34 brasileiros não entrou na lista de autorizados a passar. Israel garantiu ao Brasil que a liberação deve sair nesta quarta-feira (8).

Até agora, a maioria dos estrangeiros que passaram por Rafah é de americanos e europeus, principalmente britânicos, franceses e alemães. Israel e Egito não detalharam os critérios adotados para escolha.

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Após acordo selado na semana passada, por intermediação do Catar e dos EUA, cerca de 500 pessoas por dia deixaram Gaza até o fim de semana, quando o processo foi interrompido em razão de suspeitas de que o Hamas incluía combatentes entre os feridos para atendimento no Egito.

O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, destacou a complexidade do processo diante do número de pessoas que tentam sair do enclave e rejeitou as especulações de que a relação do Brasil com Israel possa ter influenciado. "Não é uma questão de relação bilateral", disse ele, ao citar como exemplo a Indonésia, que não reconhece o Estado de Israel e esteve na primeira lista.

O diplomata Rubens Ricupero, ex-embaixador brasileiro em Washington, que acompanha à distância, sem envolvimento na negociação, também diz não ver indícios de retaliação. "O Brasil não tem uma postura que se destaque pela agressividade", disse.

Hamas

A tese foi rechaçada ainda pelo embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar. "Israel não decide quem entra na lista, não estamos impedindo ninguém de sair", disse. "O Hamas está impondo diversas condições para liberar a saída dos palestinos com dupla nacionalidade e isso está prejudicando a saída."

Na mesma linha, a embaixada de Israel no Brasil, em sua posição oficial, aponta o dedo para o Hamas e afirma que tem feito "tudo o que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rápido possível". De acordo com a representação diplomática israelense em Brasília, qualquer informação diferente disso "está errada ou é fruto de desinformação".

A ideia de que a posição do Itamaraty teria atrasado a retirada de brasileiros se espalhou pelas redes sociais nos últimos dias, alimentada pela esquerda e pela direita. Isso porque, no momento em que Israel declarou guerra ao Hamas, o Brasil ocupava a presidência temporária do Conselho de Segurança da ONU e insistiu para aprovar a resolução que previa pausas humanitárias no conflito. O texto foi vetado pelos EUA porque, segundo a diplomacia americana, não mencionava o direito de defesa israelense.

"Fico lembrando que 1.5 mil crianças já morreram na Faixa de Gaza, 1,5 mil crianças que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas também não pediram para que Israel reagisse de forma insana e matasse eles", declarou o presidente, no mês passado.

O embaixador do Brasil em Ramallah, Alessandro Candeas, não respondeu ao pedido de entrevista para esta reportagem. Mais cedo, ele confirmou ao Estadão que a passagem de Rafah foi reaberta e os brasileiros ainda esperam por autorização para cruzar a fronteira. (COLABOROU DANIEL GATENO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Passado um mês desde o início da guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas, brasileiros continuam presos na Faixa de Gaza e relatam dificuldade para encontrar itens básicos, como água e alimentos. O governo tem dito que está em negociação constante para repatriar o grupo de 34 pessoas, mas sem sucesso até agora: os brasileiros estavam fora de todas as listas de estrangeiros autorizados a seguir para o Egito pela passagem de Rafah até esta segunda-feira, 6.

Israel já disse ao Brasil que a liberação deve sair até a quarta-feira, 8, compromisso que voltou a ser relatado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã de hoje. Até agora, a ampla maioria dos estrangeiros que passaram pelo posto de Rafah é composta por americanos e europeus, principalmente britânicos, franceses e alemães.

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Até agora, no entanto, Israel e Egito não tornaram públicos os critérios adotados para escolha dos 1.400 estrangeiros contemplados nas primeiras listas. Após o acordo, selado na semana passada por intermediação do Catar e dos EUA, cerca de 500 pessoas por dia deixaram Gaza até o fim de semana, quando o processo foi interrompido, depois de suspeitas de que o Hamas embutia combatentes feridos entre os palestinos que deixavam Gaza para atendimento médico no Egito. As saídas foram retomadas nesta segunda-feira.

O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, destacou a complexidade do processo diante do número de pessoas que tenta sair do enclave em guerra e rejeitou as especulações de que a relação do Brasil com Israel possa ter influenciado. "Não é uma questão de relação bilateral", disse ele ao citar como exemplo a Indonésia que não reconhece o Estado de Israel e foi contemplada na primeira lista.

O diplomata de carreira Rubens Ricupero, ex-embaixador brasileiro em Washington, que acompanha à distância, sem envolvimento na negociação, também diz não ver indícios de retaliação. "O Brasil não tem uma postura que se destaque pela agressividade", apontou Ricupero.

A tese também foi rechaçada ainda pelo embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar: "Israel não está decidindo quem será incluso na lista, não estamos impedindo ninguém de sair", disse ele ao apontar a responsabilidade do grupo terrorista Hamas, que controla Gaza. "O Hamas está impondo diversas condições para liberar a saída dos palestinos com dupla nacionalidade e isso está prejudicando a saída", enfatizou.

Na mesma linha, a embaixada de Israel, em sua posição oficial, aponta o Hamas e afirma que tem feito "absolutamente tudo que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rápido possível". Ainda de acordo com a representação diplomática de Tel-Aviv em Brasília, qualquer informação diferente disso "está errada ou é fruto de desinformação".

A ideia de que a posição brasileira teria atrasado a retirada de brasileiros se espalhou pelas redes sociais nos últimos dias, alimentada pela esquerda e pela direita. Isso porque, no momento em que Israel declarou guerra aos terroristas do Hamas, o Brasil ocupava a presidência temporária do Conselho de Segurança da ONU e insistiu para aprovar a resolução que previa pausas humanitárias no conflito. Mais uma vez, sem sucesso. O texto foi vetado pelos Estados Unidos porque, segundo a diplomacia americana, não mencionava o direito de defesa israelense.

A tese de que o Brasil teria sido deixado para depois foi reforçada por um diplomata de carreira, que pediu para não ser identificado. "O governo superestimou a capacidade do Brasil quando estava no Conselho de Segurança, não só na tentativa de aprovar as resoluções, mas também quando achou que tinha peso para liberar os brasileiros assim que a passagem de Rafah foi aberta para estrangeiros", disse.

A fonte aponta que além do "erro de avaliação sobre a capacidade de influência brasileira no processo", algumas declarações podem ter atrapalhado. Esse seria o caso, por exemplo, do discurso em que o presidente Lula chamou a resposta israelense ao ataque terrorista do Hamas de "insana".

"Fico lembrando que 1500 crianças já morreram na Faixa de Gaza, 1500 crianças que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas também não pediram para que Israel reagisse de forma insana e matasse eles", declarou o presidente no mês passado.

Essa mesma fonte acredita que falas como essa foram interpretadas por Tel-Aviv como contrárias a Israel, que pode não admitir isso publicamente mas estaria "dando um troco no Brasil".

O embaixador do Brasil em Ramallah, Alessandro Candeas, não respondeu ao pedido de entrevista para esta reportagem. Mais cedo, ele confirmou ao Estadão que a passagem de Rafah foi reaberta e que os brasileiros ainda esperam por autorização para cruzar a fronteira. (COLABOROU DANIEL GATENO)

O governo de Israel prometeu ao Itamaraty que até a quarta-feira, 8, o grupo de 34 brasileiros retidos na Faixa de Gaza deixará o território palestino, informou a assessoria de imprensa da chancelaria na noite desta sexta-feira, 3. A garantia foi dada pelo ministro de Relações Exteriores de Israel Eli Cohen ao chanceler Mauro Vieira. Em conversa telefônica pela manhã, Cohen prometeu que ‘na pior das hipóteses’, o grupo deixa Gaza nessa data.

Hoje, pelo terceiro dia seguido os brasileiros ficaram de fora da lista organizada por Israel e Egito para retirar estrangeiros de Gaza, depois de um acordo ter sido negociado no início da semana com auxílio dos EUA e do Catar. Em média, saem 500 pessoas por dia e há mais de 6 mil estrangeiros ou cidadãos com dupla cidadania em Gaza.

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A retirada de estrangeiros começou na quarta-feira e por três dias seguidos não incluiu nenhum brasileiro no grupo. Desde os atentados do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, o governo tenta, sem sucesso, tirar os brasileiros de Gaza.

Críticas de Lula

Em outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou em mais de uma oportunidade a retaliação de Israel ao Hamas pelos ataques terroristas do início daquele mês. Lula chegou a qualificar a ação israelense de ‘genocídio’.

Apesar disso, a diplomacia brasileira diz que não há retaliação política na elaboração das listas, feitas em conjunto por Israel e Egito, após um acordo mediado no início da semana com auxílio de Estados Unidos e Catar.

Negociações em curso

A passagem de Rafah para a retirada de estrangeiros ou palestinos com dupla cidadania, além de feridos em estado grave está aberta desde o dia 31.

O primeiro grupo, que reunia 450 cidadãos de alguns países europeus e da Austrália, além de trabalhadores de agências humanitárias, deixou Gaza na quarta-feira. Na quinta pela manhã, um segundo grupo, composto majoritariamente por americanos, cruzou o posto de Rafah em direção ao Sinai. Um terceiro grupo deixou Gaza na terça, mais uma vez, sem brasileiros.

Segundo fontes do Itamaraty, novas listas devem ser publicadas nos próximos dias e espera-se que os brasileiros possam estar nelas. O grupo de brasileiros está desde o mês passado em casas alugadas pelo Itamaraty em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, à espera de uma definição na fronteira, fechada desde o início da guerra.

O governo brasileiro tem feito apelos aos governos de Israel e do Egito para que os brasileiros possam ser retirados de Gaza. Um avião do governo está no Cairo à espera de uma sinalização das autoridades locais.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta sexta-feira (3) que os 34 brasileiros que estão em Gaza aguardando autorização para ir para o Egito deverão cruzar a fronteira até a próxima quarta-feira (8). A veículos da imprensa brasileira, o chanceler disse que tem conversado por telefone com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, e obteve dele essa garantia.

“Eu tive uma conversa telefônica, foi a quarta que tive com o ministro das relações exteriores de israel, Eli Cohen, e ele me deu garantias que até quarta feira todos os brasileiros que estão em Gaza poderão sair pela passagem de Rafah”, disse Vieira aos jornalistas. Segundo ele, ainda há possibilidade dessa liberação ocorrer antes, mas a garantia é mesmo para a próxima quarta-feira.

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“Ele me garantiu que sairão até quarta-feira, que fará todo o possível para antecipar um ou dois dias, mas na quarta-feira dá todas as garantias. Isso foi um processo de conversa, de negociação de alguns dias e hoje eu tive essa boa notícia, dada por uma alta autoridade do governo de Israel.

Já foram divulgadas três listas de estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza pela fronteira da cidade de Rafah com o Egito. Pessoas de várias nacionalidades já foram autorizadas nessas listas. Cidadãos dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coréia do Sul, Croácia, Grécia, entre outros, já deixaram a região do conflito.

O grupo de brasileiros está abrigado nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate está de prontidão e prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.

A segunda lista de estrangeiros autorizados a saírem da Faixa de Gaza foi divulgada nesta quinta-feira (2), ainda sem a previsão de brasileiros. A informação foi divulgada pela embaixada do Brasil na Palestina.

Segundo a nota, disparada nesta madrugada, os países contemplados são Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade. "O grupo dos Estados Unidos tem 400 pessoas. No total, 576 estrangeiros foram autorizados", diz.

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Em nota divulgada no início da tarde desta quarta-feira, o Itamaraty afirmou que o governo tomou conhecimento da abertura do terminal de Rafah para a saída de cidadãos estrangeiros de oito países, além de funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e de ONGs. Disse também que "confia que em breve serão contemplados com autorização" para passagem por Rafah os 34 brasileiros e familiares próximos cujos nomes foram informados desde 9 de outubro às chancelarias egípcia e israelense e às autoridades responsáveis na Faixa de Gaza.

"Tanto o presidente Lula quanto o ministro Mauro Vieira têm realizado gestões em favor da saída dos brasileiros junto a diversas altas autoridades de Egito, Israel, Catar, Autoridade Palestina e de outros países da região. As gestões continuarão a ser feitas até que se concretize a saída dos brasileiros retidos em Gaza. Os 34 brasileiros e familiares próximos que aguardam retirada da Faixa de Gaza seguem abrigados nas localidades de Khan Younes e Rafah, nas proximidades da fronteira com o Egito", disse o Itamaraty.

A aeronave VC2 (Embraer 190) da Presidência da República pousou no Recife (PE), as 5h35 desta quinta-feira (2), trazendo 32 brasileiros e familiares vindos da Cisjordânia. Nesta escala, seis deles desembarcaram e o voo segue para Brasília, com os demais 26 repatriados, com o pouso previsto para 8h15 da manhã. 

A aeronave presidencial decolou de Amã na tarde desta quarta-feira (1º), com destino ao Brasil. Esta nova repatriação ocorreu após a atuação do Ministério das Relações Exteriores, por meio do Escritório de Representação do Brasil em na cidade palestina de Ramala, e das Embaixadas em Amã, na Jordânia, e Tel Aviv, em Israel. 

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O Itamaraty providenciou veículos e garantiu a passagem dos brasileiros que viviam na Cisjordânia por postos de fronteira administrados por Israel e Jordânia, na ponte Allenby/Rei Hussein, além de seu traslado, em segurança, a partir de diferentes pontos na Cisjordânia até o aeroporto de Amã. 

A aeronave presidencial que chegou há pouco ao Brasil aguardava, no Cairo (Egito), a repatriação dos brasileiros que ainda deixarão a Faixa de Gaza. O. Ministério das Relações Exteriores informou que este avião será substituído por outro de igual porte, a espera dos brasileiros que aguardam deixar Gaza pela passagem de Rafah, no Egito. 

Desde 10 de outubro, 1.445 pessoas deixaram Israel e a Cisjordânia em nove voos da Força Aérea Brasileira (FAB), pela Operação Voltando em Paz.

Na manhã desta terça-feira (31), o presidente Lula usou suas redes sociais para parabenizar Lionel Messi pela oitava premiação Bola de Ouro, que elege anualmente o melhor jogador de futebol do mundo. Na publicação, o mandatário também disse que o argentino deveria "servir de exemplo" e alfinetou os jogadores brasileiros.

"O Messi deveria servir de exemplo aos jogadores brasileiros. O cara com 36 anos, campeão do mundo, com Bola de Ouro e tudo. O Messi precisa ser inspiração de dedicação para essa molecada. Quem quiser ganhar Bola de Ouro tem que se dedicar, tem que ser profissional. Não combina com farra, não combina com noitada", publicou Lula. 

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Um comentário nesse sentido já tinha sido feito pelo presidente em entrevista ao Metrópoles. "O Messi deveria ser inspiração para essa molecada que aparece na televisão que a gente pensa que vai ser craque e daqui a pouco desaparece. Daqui a pouco desaparece porque talvez a vaidade, talvez não tenha estrutura psicológica pra crescer, sabe?", disse Lula.

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O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, disse neste domingo (29) que não há mais pedidos de repatriação de brasileiros que vivem no país. Mesmo assim, Meyer relatou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, é de garantir o retorno de todos os brasileiros que o desejarem.

"Nós não tivemos mais pedidos de brasileiros", disse Meyer em entrevista à GloboNews. "A instrução que nós tivemos do presidente Lula e do ministro Mauro Vieira é que haverá voos para todos os brasileiros que quiserem retornar. Se houver um número suficiente de brasileiros querendo retornar, haverá voos, mas, no momento, não há esse número."

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Segundo Meyer, a embaixada chegou a receber pedidos de 3 mil brasileiros quando começou a operação de repatriação, e garantiu o retorno de 1.413 cidadãos. Agora, ele lembrou que os voos comerciais entre Israel e o Brasil já foram retomados e estão disponíveis para quem desejar voltar ao País.

O embaixador disse ainda que não há brasileiros na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel e mencionou que se aguarda uma "possível repatriação" de brasileiros que podem sair da Cisjordânia pela Jordânia.

Na entrevista, Meyer relatou também que a vida tem voltado à normalidade em Tel Aviv, embora ainda seja frequente o toque de sirenes quando a cidade é alvo de mísseis. Meyer relatou ainda que o clima no país é de "grande união", embora haja críticas ao governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

"Existe uma grande união em torno do Estado de Israel, a cidade está cheia de bandeiras, os carros com bandeiras de Israel. Existe uma união muito grande, mas existe uma grande crítica ao governo por parte da população", disse Meyer.

A representação do Brasil em território palestino conseguiu contato neste sábado, 28, com brasileiros que estão abrigados nas cidades de Rafah e Khan Younes, em Gaza. À reportagem, o embaixador Alessandro Candeas disse que, apesar do medo, todos estão seguros. A embaixada está oferecendo recursos para a compra de mantimentos, já que os preços, segundo Candeas, quase triplicaram em decorrência da guerra.

"Conseguimos hoje contato com os brasileiros de Rafah e Khan Younes. O motorista contratado pelo nosso escritório também foi a Khan Younes verificar in loco a situação. Apesar do clima permanente de tensão e medo, todos os brasileiros estão bem, com alimento, água e gás para os próximos dias. Pediram que comprássemos alguns mantimentos a mais, para o que estamos disponibilizando recursos", disse o embaixador, ao reforçar que continuará monitorando a situação nas duas cidades.

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O Brasil aguarda autorização para cruzar a fronteira com o Egito, de onde os abrigados nas cidades em Gaza serão trazidos ao País em avião da Presidência da República. No total, 34 pessoas pediram ajuda para sair da região, das quais 18 estão em Rafah e 16 em Khan Younes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou por videoconferência nessa quinta-feira (26) com uma família brasileira que permanece na Faixa de Gaza enquanto aguarda para ser repatriada.

"Coloco-me no lugar de vocês. Contem com o governo brasileiro, a gente vai continuar nossa luta, conversar com os presidentes que for possível para que a gente consiga libertar os reféns e criar corredores humanitários para as vítimas da insanidade", disse o mandatário.

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Lula lembrou que falou sobre os brasileiros em Gaza com autoridades de Egito, Israel, Catar, Irã, Turquia e União Europeia.

"Ontem, hoje e amanhã estaremos solidários com as vítimas do sequestro, dessa guerra, porque queremos a paz", ressaltou o presidente, que no mesmo dia já tinha conversado com parentes de judeus sequestrados pelo Hamas.

Uma aeronave da Presidência da República se encontra a postos no Cairo, capital do Egito, aguardando para repatriar os cerca de 30 brasileiros e seus familiares que estão na Faixa de Gaza.

O grupo permanece no sul do enclave palestino, em casas próprias ou alugadas pelas autoridades brasileiras.

*Da Ansa

Os 32 brasileiros que estão presos na Faixa de Gaza esperando autorização para deixar a região do conflito receberam recursos financeiros na quarta (25) e na quinta-feira (26) para comprar alimentos, água e materiais de primeira necessidade. O dinheiro foi transferido pelo governo brasileiro por meio do Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia.  

Enquanto fazia compras na manhã desta quinta-feira, o brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, presenciou uma bomba caindo próxima ao mercado da cidade Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.  

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“Não dá para sair de casa. Tem que parar isso, pelo amor de Deus. É arriscado pra caramba sair. Estou aqui na feira comprando coisas e a bomba cai do lado da feira. Absurdo”, lamentou.

Hasan vive em São Paulo e foi a Gaza com as duas filhas e a esposa para visitar a família, a poucos dias antes do início do conflito.  

O palestino naturalizado brasileiro contou à Agência Brasil que não encontra água mineral ou gás de cozinha.  

“Água mineral comprada a a gente não tem, porque você não acha. Antigamente, 500 litros (de água potável) eram 10 shekels, hoje 500 litros são 100 shekels, mas você não acha nunca. Não tem energia para filtrar essa água. Fruta é muito difícil achar na feira. A única coisa que a gente acha bastante é o pepino, o resto você não acha fácil não”, relatou.  

A família de Hasan Rabee também está há três dias sem gás de cozinha. “Esses recursos não valem nada se você não está achando para comprar. Comida, estamos fazendo enlatados e conservados, lata de atum, de carne e mortadela enlatada. Mesmo assim, farinha de trigo e pão a gente não encontra”, disse.  

Hasan disse que estão bebendo água encanada, que só chega no térreo do prédio, sendo que a família fica no terceiro andar. “Você tem que descer com galão de 20 litros, enche e sobe depois e descarrega. É sofrimento pra caramba”, lamentou.  

Brasileiros em Rafah

A brasileira Shahed al-Banna, de 18 anos, que está com outro grupo de 16 brasileiros na cidade de Rafah, informou que fizeram compras nessa quinta-feira. “Compramos farinha, óleo, azeite, tem verduras, queijos e shampoo”, afirmou a brasileira-palestina, em vídeo encaminhado nesta manhã.  

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Segundo informou à Agência Brasil o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, “todas as famílias receberam recursos e estão comprando nos mercados locais. Como não há energia para a geladeira, produtos perecíveis não podem ser estocados”.  

Entidades de ajuda humanitária que trabalham na Faixa de Gaza têm alertado que a quantidade de mantimentos que entram no enclave palestino não é suficiente para atender a população.  

Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), os cerca de 20 caminhões com ajuda humanitária que estão entrando em Gaza diariamente representam “cerca de 4% do volume médio diários de mercadorias que entravam em Gaza antes das hostilidades”.  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, na manhã desta quinta-feira, 26, de grupo criado com famílias de reféns e desaparecidos de brasileiros e israelenses que estão em Israel, em decorrência do ataque do grupo Hamas no último dia 7. A organização, denominada Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, foi criada para pressionar o governo de Israel e a comunidade internacional para obter a libertação das pessoas.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, após Estados Unidos e Rússia terem fracassado na tentativa de resolução da guerra, membros eleitos do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o que inclui o Brasil, estão se movimentando para tentar um caminho alternativo e emitir uma resolução sem a bênção dos integrantes permanentes (que incluem ainda China, França e Reino Unido). Quatro resoluções já foram barradas no órgão até o momento.

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O presidente cancelou compromissos nesta manhã para focar no debate com o grupo. Participam do compromisso diplomatas de diversas nacionalidades, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e a assessora especial da Presidência da República, Clara Ant.

De acordo com a apuração, o presidente está ouvindo os relatos feitos pelas famílias e debatendo com sua equipe o que o governo brasileiro pode fazer pela libertação dos reféns.

Inicialmente, Lula ia oferecer café da manhã aos jornalistas às 10h30. Contudo, minutos antes da agenda, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Palácio do Planalto informou que o compromisso foi adiado para sexta-feira, 27. A videoconferência com as famílias de brasileiros e israelenses teve início às 9h30.

Esperança de muitas medalhas ao Brasil neste Pan de Santiago, a natação não decepcionou no primeiro dia de provas, disputando 7 finais com 11 representantes (dois atletas nos 400m livre masculino e feminino, além de mais dois nos 100m peito masculino e nos 200m borboleta masculino), com seis subidas ao pódio. Foram dois ouros, duas pratas e outros dois bronzes. Guilherme Costa, que prometeu buscar quatro ouros no Chile, ganhou o primeiro com direito a recorde pan-americano nos 400m livre. O revezamento 4x100 masculino também fez bonito, deixando os Estados Unidos para trás.

Com direito a recorde da prova, Guilherme Costa, o Cachorrão, conquistou o ouro nos 400m livre com o tempo de 3min46s79, superando o peruano Alfonso Mestre, prata com 3min47s62 e o americano James Piage, bronze com 3min50s74. O também brasileiro Alex Steverink completou a prova em quinto (3min53s77).

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Cachorrão, como é carinhosamente chamado na natação - apelido de infância -, ainda buscará mais duas medalhas no individual, nos 800m e 1500m, além do revezamento. Sua promessa é de conquistar quatro ouros em Santiago.

O País ainda teve dobradinha no pódio na versão feminina dos 400m, com Maria Fernanda Costa, a Mafê, com a prata (4min06s68) e Gabriele Roncatto com o bronze (4min06s88). O ouro foi para a americana Paige Madden, com 4min06s45, apenas 0s23 de vantagem. O resultado das brasileiras foi suficiente para elas se garantirem em Paris-2024, já que o tempo para o índice era de 4min07s90.

"Oi gente, eu e a Gabi acabamos de nadar os 400m livre, ganhamos prata e bronze e estamos muito felizes em levar duas medalhas para o Brasil no primeiro dia de competição. Muito obrigado pela torcida", comemorou Mafê. "Acompanhe a gente que tem mais quatro dias", pediu Roncatto.

Na final dos 100m peito, Jhennifer Conceição, que é muito forte nos 50m livre, ficou somente na sétima colocação, com 1min10s10. Ela tinha feito 1min09s75 na classificatória. O Canadá fez dobradinha, com Macarena Ceballos, da Argentina, com o bronze. Já João Gomes (1min01s17) e Raphael Rached (1min01s62) também não conseguiram um lugar no pódio ao terminarem em quinto e sétimo, respectivamente. Jacob Foster e Noah Niochols garantiram a dobradinha americana, com o mexicano Miguel de Lara levando o bronze.

Já Leonardo de Deus subiu no pódio dos 200m borboleta pelo quarto Pan seguido. Depois de três ouros consecutivos, em Santiago ele garantiu a prata com somente 0s81 do americano Mason Laur, que levou o ouro. O brasileiro nadou a final em 1min57s25.

Com mais uma medalha, Leonardo de Deus se iguala aos compatriotas Gustavo Borges e Thiago Pereira, que também subiram no pódio quatro vezes em Jogos Pan-Americanos em uma mesma prova. Na final deste sábado, o bronze ficou com o também americano Jack Dahlgren (1min57s53). Luiz Altamir ficou em oitavo, com 2min01s27.

Depois das finais individuais, foi a vez do Brasil cair na água nos revezamentos 4x100m livre. Depois de avançar à final em primeiro, a equipe feminina formada por Ana Carolina Vieira, Stephanie Balduccini, Giovanna Tomarik e Celine Bispo garantiu o bronze, com 3min39s94, atrás somente das canadenses e das americanas.

Já o masculino, com Victor Alcará, Guilherme Caribé, Felipe Ribeiro e Breno Correia fez ainda mais bonito, terminando no topo do pódio com grande apresentação na final, desbancando o forte time dos Estados Unidos. A equipe nacional completou a prova em 3min13s51, diante de 3min14s22 dos americanos e de 3min15s83 dos canadenses.

PAÍS DO SKATE

Logo após a dobradinha entre Rayssa Leal e Pâmela Rosa, foi a vez de Lucas Rabelo mostrar que o Brasil se tornou o País do skate, ao também subir no topo mais alto do pódio. O skatista fez 264.65 pontos da final do street masculino, superando o peruano Angelo Caro (256,80) e o colombiano Jhancarlos González (247,82).

É o segundo grande título do skatista brasileira, que já havia levado o ouro no Pan Júnior de Cali. Outro brasileiro na decisão, Ghabryel Aguilar terminou em oitavo, com 135,91 pontos.

NÃO DEU

No levantamento de peso, Thiago Félix terminou somente na sétima colocação na prova para até 61kg. O atleta levantou 115kg no arranco e 147kg no arremesso, somando um total de 262kg. O ouro ficou com o cubano Arley Licourt (279kg no total), seguido pelo mexicano Victor Guemez, prata com 276kg, e o bronze foi do peruano Luis Tuisima (275kg).

“Parecia uma cidade fantasma. A cidade entrou em lockdown. Há duas semanas, nada funciona, as escolas, o comércio, setores públicos, as empresas”. O relato é do mineiro Renato Abreu, de 33 anos, que vivia em Ashkelon, cidade no sul de Israel, a cerca de 10 quilômetros da Faixa de Gaza. 

“Tínhamos que seguir a recomendação de segurança de não sair às ruas, de forma alguma”, detalha o coordenador de projetos, que morava em Israel desde 2016, com exceção do período da pandemia de covid-19, quando ficou no Brasil.

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Renato é um dos 69 passageiros que chegaram ao Brasil na manhã deste sábado (21), no avião Embraer KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB). Foi o sétimo voo da Operação Voltando em Paz, realizada em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), que decolou na noite de sexta-feira (20) de Tel Aviv.

A aeronave pousou primeiro no Recife, na manhã deste sábado, onde desembarcaram dois passageiros. Os demais seguiram para a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, incluindo três bolivianas, uma mãe e as duas filhas menores de idade. Nove animais de estimação também foram trazidos de Israel. 

Mistura de sentimentos

Renato disse que só ficou sabendo que seria repatriado em voo da FAB na manhã de sexta-feira, quando recebeu um telefonema da embaixada brasileira. Ele morava com um irmão, que seguiu para Londres em um voo comercial. Na cidade que fica colada à Faixa de Gaza, ele deixou o tio e o primo. 

“Os barulhos são muito altos, a nossa rua foi bombardeada por quatro mísseis. O Sul [de Israel] realmente virou uma zona de guerra”, detalhou o brasileiro que conhecia Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, uma das três brasileiras mortas pelos ataques do grupo extremista palestino Hamas, há duas semanas.

Para Renato, que depois de pousar no Rio seguiu a viagem para Belo Horizonte, a volta ao Brasil é uma mistura de sensações. “Alegre por ter dupla cidadania e estar no Brasil, triste porque eu tive amigos que falaram que queriam estar no meu lugar”.

Vida parada

O brasileiro Pedro Terpins passou mais tempo da vida em Israel do que no Brasil. Aos 23 anos, ele desembarcou no Rio de Janeiro após viver 18 anos no Oriente Médio. O barman e estudante de ciência política morava em Tel Aviv e enfrentou uma rotina de exceção nos últimos dias. 

“Eu estava desempregado, a minha faculdade parou, toda a minha vida está parada. Eu estava havia duas semanas só no meu quarto, sem sair, sem encontrar amigos, sem trabalhar”, relata Pedro, que tem família em São Paulo. 

Ele contou que conhecia, ao menos, três das pessoas que foram mortas nos ataques de 7 de outubro, incluindo a brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos.

“Tem mais pessoas que eu ainda não sei se estão [sequestradas] em Gaza ou se estão mortos e ainda não foram descobertos os corpos”, lamenta.

Mais de 1,2 mil repatriados

Até agora, a operação para repatriar brasileiros soma sete voos que trouxeram 1.204 passageiros e 44 pets. De acordo com o MRE, as três cidadãs bolivianas foram incluídas no avião “após constatado o não comparecimento de passageiros brasileiros”.

A administradora Michele Antunes morava havia cinco anos em Jerusalém e descreveu o cotidiano dos últimos dias na cidade. “Tivemos que, várias vezes, ir para bunkers. Mas nada que se aproximasse do que se passou perto de Gaza. Graças a Deus, a gente estava um pouco mais seguro, mas era um desespero porque não tinha ninguém nas ruas, todo mundo com medo de tudo”.

Além de Bruna, Michele conhecia Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, o terceiro brasileiro morto pelo Hamas. A gaúcha disse que não espera voltar logo para Israel.  “Sensação de alívio, vou poder dormir tranquila”, afirmou. A mãe de Michele ficou em Israel com o marido, mas também deve retornar ao Brasil. 

Parecia na pandemia

A estudante de engenharia Aline Engelender foi recepcionada no Rio de Janeiro por um abraço da mãe. Ela passou três meses estudando em Israel, até que foi deflagrado o confronto com o Hamas. 

“Os dias foram complicados, a gente estava dormindo em um bunker, porque nunca se sabe quando iria tocar uma sirene [de alerta contra foguetes]. Evitávamos sair de casa, parecia o tempo da pandemia. A gente não estava saindo para nada, nem para supermercado”, explicou a estudante que deixou familiares e amigos em Israel. 

“Quando a gente encontrou com os militares da FAB no aeroporto de Israel, e eles falaram ‘agora vocês estão em cuidados brasileiros’, foi muito emocionante”, recorda Aline.

Último voo de Tel Aviv

Um avião KC-30 da FAB deve partir de Tel Aviv no domingo (22), trazendo mais brasileiros, com chegada prevista para segunda-feira (23). A expectativa do MRE é a de que seja o último voo com repatriados de Israel. “Tendo em conta as condições locais atuais e a operação regular do aeroporto de Ben Gurion, não se preveem voos adicionais para brasileiros em Israel”, informou o ministério. 

De acordo com o Itamaraty, 14 mil brasileiros viviam em Israel até o fim do ano passado. O MRE mantém a orientação para que “todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais a partir do aeroporto Ben Gurion, que segue operando”.

Brasileiros em Gaza

A Operação Voltando em Paz está de prontidão para repatriar um grupo de cerca de 30 brasileiros que está no sul da Faixa de Gaza. A aeronave VC-2 (Embraer 190), cedida pela Presidência da República, está no Cairo, capital do Egito, onde espera autorização para resgatar brasileiros. 

O governo brasileiro faz gestões com Israel, autoridades palestinas e o Egito para que os brasileiros possam deixar a Faixa de Gaza.

Cúpula da Paz

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, no Cairo, neste sábado, que o Brasil está pronto para apoiar esforços de paz na região. Ele participa da Cúpula da Paz, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro organizado pelo Egito busca uma solução para o conflito entre Israel e Hamas, que já vitimou cerca de 4,4 mil pessoas no lado palestino e 1,4 mil no lado israelense.

O MRE disponibiliza os contatos da embaixada em Tel Aviv (+972 (54)8035858) e do Escritório de Representação em Ramallah, na Cisjordânia (+972 (59)2055510), para os brasileiros em situação de emergência. O plantão em Brasília pode ser contatado pelo número +55 (61) 98260-0610.

Na manhã deste sábado (2), mais um avião com brasileiros vindos de Israel aterrissou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife. A aeronave KC-390 Millenial pousou na base aérea da capital pernambucana às 6h42, para o desembarque de dois passageiros. Outras 67 pessoas seguiram no voo com destino ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. 

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Junto ao grupo, também foram transportados nove animais de estimação. Trata-se do oitavo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) a retornar para o Brasil no âmbito da Operação Voltando em Paz, voltada para a repatriação de brasileiros que estão na região de conflito entre Israel e Palestina. A aeronave chegou ao Rio de Janeiro às 10h48.

Segundo a FAB, o voo partiu de Tel-Aviv por volta das 18h da sexta (20). Na semana passada, outra aeronave do modelo KC-390 Millenium, pousou na base aérea do Recife.

Os Jogos Pan-Americanos deste ano começam nesta sexta-feira, em Santiago. Esta será a 19ª edição do evento, que vai contar com 41 países e cerca de sete mil competidores. Serão 58 modalidades em disputa, sendo 11 exclusivas (beisebol, boliche, esqui aquático, caratê, patinação artística em rodas, patinação de velocidade, pelota basca, raquetebol, softbol, squash, wakeboarding) e três categorias estreantes que também vão estar na Olimpíada de Paris: skate, escalada e breakdance. Outra novidade é a inclusão de uma categoria voltada para os eSports.

De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), a equipe brasileira em Santiago será a maior da história do País no exterior. Serão 623 atletas, além de 11 reservas, 263 oficiais de confederações e 124 oficiais do comitê, totalizando 1.020 pessoas. Com 21 medalhistas olímpicos no time, o Brasil é um dos favoritos para liderar o quadro de medalhas ao lado dos Estados Unidos.

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ONDE É DISPUTADO O PAN 2023?

Os Jogos Pan-Americanos de 2023 serão disputados em Santiago, no Chile. Esta é a primeira vez que o país recebe a competição. O Chile tem o mesmo fuso horário de Brasília.

QUANDO É A CERIMÔNIA DE ABERTURA?

A cerimônia de abertura do evento acontece nesta sexta-feira, a partir das 20h30 (horário de Brasília), no estádio Nacional do Chile. Medalhistas olímpicos nos Jogos de Tóquio, a tenista Luisa Stefani e o nadador Fernando Scheffer serão os porta-bandeiras do Brasil.

QUAIS OS PRINCIPAIS ATLETAS BRASILEIROS NO PAN?

Entre as estrelas do esporte brasileiro que vão marcar presença em Santiago estão: Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Jade Barbosa (ginástica artística); Rayssa Leal (skate), Ana Marcela Cunha (natação em águas abertas); Beatriz Ferreira (boxe); Isaquias Queiroz (canoagem velocidade); Fernando Scheffer (natação); Rafaela Silva (judô); Arthur Nory (ginástica artística); Guilherme Costa (natação); Tatiana Weston-Webb (surfe); Luisa Stefani (tênis) e Paulo André (atletismo).

O PAN DÁ VAGA NA OLIMPÍADA DE PARIS?

O Pan também será importante na briga por vagas em Paris-24. Serão 21 modalidades com possibilidade de classificação direta para a Olimpíada, incluindo ginástica, surfe e tênis, além de outros dez esportes que vão colocar em disputa pontos importantes para classificação por meio de ranking, como natação, atletismo e triatlo.

ONDE ASSISTIR AO PAN DE SANTIAGO?

A edição deste ano do Pan não terá transmissão em TV aberta ou canal por assinatura, e será exibida com exclusividade por streaming no canal Cazé TV, no YouTube. As competição poderá ser acompanhada de maneira gratuita.

QUAIS SÃO AS MODALIDADES DOS JOGOS PAN-AMERICANOS?

Atletismo, badminton, basquete, basquete 3x3, beisebol, boliche, boxe, breakdance, canoagem slalom, canoagem velocidade, caratê, ciclismo BMX, ciclismo BMX estilo livre, ciclismo de estrada, ciclismo de pista, ciclismo mountain bike, escalada esportiva, esgrima, esqui aquático, futebol, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, golfe, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE (concurso completo de equitação), hipismo saltos, hóquei sobre grama, judô, maratona aquática, nado artístico, natação, levantamento de peso, patinação artística, patinação de velocidade, pelota basca, pentatlo moderno, polo aquático, raquetebol, remo, rúgbi, saltos ornamentais, skate, softbol, squash, surfe, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei, vôlei de praia, wakeboard e wrestling.

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