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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse em entrevista na noite desta sexta-feira, 25, que são mínimas as chances de encontrar sobreviventes da tragédia em Brumadinho. "Vamos resgatar somente corpos", lamentou.

Zema comparou o rompimento com o caso de Mariana, que ocorreu em 2015. "O vazamento tem uma característica diferente daquele que aconteceu em Mariana que foram centenas de quilômetros. Este teve um maior número de vítimas, mas vai ficar territorialmente mais limitado", disse o governador.

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Até a noite de sexta, o governo estadual havia confirmado a morte de ao menos sete pessoas atingidas pela lama. Nove pessoas haviam sido retiradas com vida da lama, e cerca de 100 pessoas ilhadas foram resgatadas, ainda segundo o governo. Dados repassados pela Vale ao governador indicaram que havia 427 pessoas na sede da mineradora onde a barragem cedeu. Ao menos 279 foram resgatadas vivas do local.

A prioridade das forças de resgate agora é acompanhar o estado de uma outra barragem na mesma área, que não se rompeu. "Vamos ver se ela continua segura e tomar todas as medidas necessárias", pontuou Zema.

Apesar das proporções do desastre, o governador acredita que a situação está sob controle, e disse que não é necessário reforço do governo federal ou de outros estados. "Temos recebido várias propostas de ajuda de outros estados e do governo federal, o que agradecemos muito, mas no momento nossa força-tarefa tem sido o suficiente. Vamos sim, precisar de ajuda, muito provavelmente, a partir de segunda-feira, com cães farejadores para resgatar os corpos", afirmou.

Sem responder às perguntas dos repórteres presentes, Zema encerrou seu pronunciamento dizendo que não é a hora de apontar culpados "Neste momento não estamos apurando causas. Este não é o foco. Estamos fazendo o atendimento aos afetados", completou.

As declarações do governador vão no mesmo sentido da entrevista do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, que se disse "arrasado" pela tragédia desta sexta. "Dessa vez o dano ambiental será muito menor que em Mariana, mas o humano será maior", disse Schvartsman, ao se referir ao rompimento dabarragem da Samarco.

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse hoje (25) que a maioria das vítimas, do rompimento da barragem, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, é de funcionários da empresa. Ele disse que a Vale buscou tomar providências para garantir mais segurança às barragens, ampliando uma série de ações, como a execução de fiscalização periódica, revisões realizadas por empresas estrangeiras e auditorias externas, além de implantação de sirenes.

"Nós ainda não sabemos o que aconteceu. Ainda é muito cedo para termos essa informação", disse o presidente, ao ser questionado sobre as causas do acidente.

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Segundo o presidente, cerca de 300 pessoas trabalhavam no local no momento do acidente. De acordo com ele, aproximadamente 100 pessoas foram localizadas. Schvartsman disse que a empresa montou um gabinete de crise e presta assistência às vítimas.

Schvartsman acrescentou que até o momento não é possível mensurar o número de vítimas porque houve um soterramento. Ele afirmou ainda que a barragem estava inativa, pois há mais de três anos não opera, ou seja sem receber resíduos.

“Nós não pouparemos esforços, nós temos um gabinete de crise montado, nós mobilizamos todas as ambulâncias na região, aproximadamente 40”, disse o presidente da Vale. “Estamos complementando tudo aquilo que os hospitais públicos são capazes de atender. Estamos fazendo um esforço grande de assistência social, inclusive com a presença de psicólogos.”

O presidente Jair Bolsonaro fez hoje (25) um pronunciamento, no Palácio do Planalto, para anunciar as medidas emergenciais para tentar buscar soluções para “minorar” a tragédia, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele confirmou que amanhã (26) cedo estará no local. Também destacou que um gabinete de crise monitora a situação.

Bolsonaro reiterou o envio nesta sexta-feira para a região dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; de Minas e Energia, almirante Beto Albuquerque Júnior; e Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.

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A estimativa mais recente do Corpo dos Bombeiros é que 200 pessoas estão desaparecidas. A estrutura, que pertence à Vale, liberou no meio ambiente um volume ainda desconhecido de rejeitos de mineração.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) lamentou, em nota, o ocorrido, "que coloca em risco vidas humanas e o meio ambiente", e disse temer que o problema afete o abastecimento de famílias que vivem em 48 municípios da Bacia do Rio Paraopeba. Segundo o movimento, "inúmeras denúncias" foram feitas em razão do risco de rompimento de barragens do complexo, "e ainda assim a Mina Córrego do Feijão teve sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro do ano passado".

A mineradora Vale do Rio Doce divulgou nova nota sobre o rompimento da barragem que aconteceu nesta sexta-feira (25) em Brumadinho. A empresa admitiu a possibilidade de vítimas no episódio. "Havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas". Até o momento, nenhum órgão público confirmou mortes no local. 

Segundo o comunicado da mineradora, parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida. O grupo não explicou ainda as causas do acidente. A nota confirmou que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil seguem no local realizando o resgate das pessoas. 

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Mais cedo, a Vale havia divulgado outra nota. “As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. Ainda não há confirmação se há feridos no local. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens”, informou a empresa.

Depois do episódio ocorrido na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, quando em uma partida da liga amadora um árbitro sacou uma arma em campo após uma confusão com jogadores, a Federação Mineira de Futebol (FMF) decidiu não punir o juiz Gabriel Murta pela ação. Segundo representantes da entidade, o árbitro passará apenas por um acompanhamento psicológico após o incidente.

Árbitro ameaça jogador com revólver em campo

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De acordo com informações do UOL, o presidente da comissão de arbitragem da FMF, Giuliano Bozzano, justificou o fato afirmando que árbitros das ligas amadoras são alvos frequentes de ameaças e agressões por parte dos atletas. O representante da federação acredita ser compreensível o ato de Gabriel Murta e usa como exemplo uma partida em 2014, quando o também em um jogo da liga amadora um outro árbitro do seu quadro, Diogo Medeiros, sofreu escoriações graves após ser agredido em campo.

O árbitro que se reuniu com os comandantes da comissão de arbitragem da entidade e com uma psicóloga, na terça-feira (29), convenceu os dirigentes com suas explicações. Giuliano afirmou que na conversa com Gabriel, ele afirmou que se sentiu ameaçado após levar um tapa e um chute de uma atleta do Amantes da Bola, por isso pegou o revólver para se defender. Gabriel Murta ainda não quis falar sobre o caso publicamente. Ainda segundo a FMF, por ser policial, o juiz teve o domínio da situação por ter recebido o treinamento devido.

Não é nada incomum em uma partida de futebol no Brasil ver um jogador exaltado reclamando com a arbitragem. Na maioria das vezes, o atleta acaba sendo punido com um cartão amarelo ou vermelho, ou mesmo pelo tribunal desportivo.

Mas em uma partida realizada em Minas Gerais, o árbitro tomou uma atitude extrema que por pouco não terminou em tragédia. O jogo era de futebol amador - entre Brumadinho e Amantes da Bola -, mas o juiz, Gabriel Murta, de 27 anos, pertencia ao quadro da Federação Mineira de Futebol (FMF).

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Tudo começou após uma confusão entre jogadores: os reservas e o técnico do Amantes da Bola invadiram o campo para cobrar uma expulsão de um atleta do time adversário e no meio de tudo isso Gabriel teria sido agredido por um jogador com tapas e chutes. Com ânimos exaltados, o árbitro deixou o campo, foi até o vestiário e em seguida voltou com um revólver para o gramado.

Gabriel Murta, que segundo a FMF é policial militar, precisou ser contido por seus auxiliares enquanto o agressor fugia de campo com medo da atitude do juiz. Como o jogo era amador, não havia policiamento no local e ninguém foi preso.

Representantes da Federação Mineira informaram que o árbitro se reunirá nesta terça-feira (29) com uma psicóloga e poderá ser punido. Como a liga dos dois times que estavam em campo não era profissional, a FMF não poderá tomar nenhuma atitude com relação a ambos.

Assista ao vídeo com o momento em que o árbitro ameaça jogadores com uma arma:

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