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As barragens que se romperam em Mariana e Brumadinho, em 2015 e na semana passada, foram erguidas com a mesma técnica, considerada obsoleta e de maior risco por especialistas. No modelo de alteamento à montante, mais econômico, a construção de novas etapas da barragem é feita sobre os rejeitos depositados, na parte interna da estrutura. É o formato mais comum de depósitos de rejeitos na mineração.

Minas Gerais, palco dos dois desastres, tem registro de outras 53 barragens com essa tecnologia na mineração (27 de propriedade da Vale), segundo balanço da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad) de 2016. O próprio documento do Estado indica que esses tipos de barragem têm "maior risco de ruptura".

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Segundo Bruno Milanez, professor do Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UF-JF), esse é um modelo "bem mais arriscado". Como a barragem cresce sobre o próprio rejeito, não é tão estável. A alternativa mais segura, diz, é o reservatório à jusante, erguido do lado de fora.

"No País, ainda há muitas dessas, e as que já existem têm de ser reforçadas. É preciso que os novos empreendimentos usem outros métodos, mais seguros. É um processo mais caro, mas de custo insignificante se comparado ao prejuízo que decorre de um rompimento", afirma Roberto Kochen, do Instituto de Engenharia de São Paulo.

Nesse tipo de depósito, o maciço da barragem é formado com camadas de rejeito seco. "Faz o primeiro dique e vai lançando o rejeito, até atingir a altura, quando se faz novo alteamento. É como fazer uma escada, com vários degraus. Há sempre o risco de acumular água e, sem boa drenagem, a possibilidade de acidente é maior."

Em agosto de 2016, após a tragédia de Mariana, a Vale anunciou que reduziria o uso de barragens e produziria menos 700 milhões de toneladas de rejeitos até 2025. Na época, a empresa disse ter reformulado o plano de lavra de suas minas e que pretendia adotar cada vez mais o processamento a seco, que não utiliza barragens e costuma encarecer o preço do minério. Procurada, a empresa não informou se levou o plano adiante.

Nesta segunda-feira, 28, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Vale destacou o fato de as duas tragédias envolverem esse método. "Até agora, a única informação relevante que liga os dois acidentes (de Mariana, em 2015, e Brumadinho) é que foram duas barragens construídas com método de alteamento à montante, mais antigo"

Para Willy Lacerda, professor de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio (UFRJ), essas barragens são bombas-relógio. Ele explica que, em barragens úmidas, é preciso tomar cuidados extras, como instalar aparelhos que medem a deformação da barragem em todas as profundidades. "São tocos ocos, que se deformam junto com a barragem, e permitem detectar direitinho onde tem movimento."

Além disso, ele diz que é necessária a instalação de um "dam break", aparelho que mostra o alcance da lama num eventual rompimento, o que poderia ter evitado muitas mortes.

Proibições

Em reação ao desastre de Mariana, Minas proibiu, em decreto de 2016, novas licenças para barragens com essa tecnologia. Para estruturas já existentes, não exigiu desativação, mas auditorias técnicas. A barragem de Brumadinho tinha laudo de garantia de estabilidade, do ano passado.

O decreto também não suspendeu processos já em andamento que pediam liberação ou ampliação de barragens com essa tecnologia. Em novembro de 2016, o Ministério Público de Minas entrou com ação civil pública contra o Estado para também suspender esses solicitações. Segundo a Promotoria, na época havia ao menos 37 pedidos em andamento que propunham esse método. Na Justiça, o processo está parado desde outubro de 2017.

Em nota, a Semad informou que o decreto sobre barragens é "importante mudança na legislação" sobre o tema e destacou a exigência de auditorias. Disse ser favorável a ampliar a medida e estudar a "descaracterização" das barragens existentes com essa tecnologia, além de fomentar técnicas alternativas.

Em 2016, o Ministério Público Federal também pediu à União que não aprovasse mais planos de lavras com barragens de contenção de rejeitos de mineração por este método. Procurada nesta segunda-feira, a Agência Nacional de Mineração não informou se mudou a orientação sobre isso. No Chile, o modelo já foi proibido. Na Europa e nos Estados Unidos, também tem sido menos usado nas últimas décadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No total, 290 militares estão empenhados nesta terça-feira (29) na tentativa de salvamento de pessoas e resgate de corpos por causa do rompimento da Barragem em Brumadinho. São 120 de Minas Gerais e o restante de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Alagoas.

Os militares israelenses também comporão o quadro de profissionais que atuarão na chamada "área quente", mas ainda não há o número exato. Esse principal local de buscas fica onde funcionava o refeitório, o prédio da mineradora, e uma pousada, destruídos pela lama.

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Até o momento, no quinto dia de buscas, há a confirmação de 65 mortos, 31 deles já identificados. Há ainda 279 desaparecidos e 386 pessoas localizadas no que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou como o pior desastre em uma barragem da década no mundo.

Além das pessoas, o grupo de buscas tenta resgatar inúmeros animais que estão ilhados, presos na lama. Por causa da dificuldade de remoção, em alguns casos, ao menos uma das aeronaves tinha a missão de abater, com tiros, esses animais.

Pela manhã, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais de Minas Gerais e São Paulo e as Polícias Civil e Militar de Minas cumpriram cinco mandados de prisão e outros de busca e apreensão a engenheiros e funcionários que atestaram a segurança da Barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.

A Vale informou pelo Twitter que está colaborando com as autoridades. Antes, anunciou que pagará R$ 100 mil a cada família atingida, independentemente das indenizações futuras. O governo decidiu exigir imediata atualização de planos de segurança de barragens no País.

O grupo de 136 militares de israelenses, entre médicos, técnicos e engenheiros, ficará no Brasil o tempo que for necessário. O embaixador de Israel, Yossi Shelley, afirmou à Agência Brasil que na missão há cães farejadores, equipamentos para captação de sinais de celular e mergulhadores com condições de localizar pessoas vivas e mortas.

“O tempo da missão no Brasil depende da necessidade. A equipe está aqui com grande entusiasmo, e Israel está fazendo aqui o mesmo trabalho de ajuda humanitária que fez em outros países como, por exemplo, México e Filipinas.”

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Segundo o diplomata, trata-se de uma cooperação que envolve “um valor imenso de amizade, de humanidade” entre os dois países.

“Estamos disponibilizando 136 militares, homens e mulheres, com treinamento especial para salvar vidas. Trouxemos equipamentos de sondas, cachorros farejadores, equipamentos especiais para captação de sinal de celular, mergulhadores, socorro médico e bombeiros. Temos condições de localizar pessoas vivas ou mortas”, disse.

Negociações

O embaixador disse que as negociações para o envio da equipe multidisciplinar de Israel foram definidas entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

“Essas coisas definimos com o presidente Bolsonaro. Temos uma boa ligação. Vamos continuar nosso papel. A amizade de Israel e Brasil está mais forte do que nunca. Lembro que eu falei que Bolsonaro é um segundo Oswaldo Aranha, isso é porque ele fez tantas coisas em pouco tempo que merece esse título. As pessoas precisam entender o valor das coisas que Bolsonaro fez e faz..”

Yossi Shelley ressaltou a relevância das relações do Brasil com Israel. “Somos amigos há muitos anos. O povo brasileiro tem muitas ligações com Israel. Infelizmente, há alguns anos, diminuiu um pouco. Agora, graças a Deus, vamos desfrutar novamente essa amizade. O tempo define como vão ser feitas as ações entre os dois países.”

Ciência e Tecnologia

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, está em Israel para verificar os estudos mais avançados na área de dessalinização de água. Para o embaixador, as negociações são positivas.

“Ele [Marcos Pontes] está fazendo uma visita oficial. Ele vai cuidar da questão da água, a questão da seca do Norte, vai examinar as plantas de dessalinização de água, de reúso de água, de tratamento de esgoto. Ele tem muitos conhecimentos e vai perceber a importância dessa viagem para os dois países.”

A Vale enviou na manhã desta terça-feira (29) nota à imprensa dizendo que está contribuindo com as investigações, sem citar nominalmente a operação policial que ocorre em São Paulo atendendo a pedido da Justiça de Minas Gerais.

"Referente aos mandados cumpridos nesta manhã, a Vale informa que está colaborando plenamente com as autoridades. A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas", diz, em nota a companhia.

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O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil cumprem na manhã desta terça-feira doze mandados de busca e apreensão e cinco de prisão contra engenheiros que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho, que se rompeu na última sexta-feira (25). Dois engenheiros foram presos em São Paulo.

O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil cumpriram na manhã desta terça-feira (29) dois mandados de prisão contra engenheiros que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, que se rompeu na última sexta-feira (25). Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual de Minas. No Estado, foram cumpridos outros três mandados.

De acordo com informações da Rede Globo, os engenheiros Makoto Namba e André Yum Yassuda foram presos nos bairros de Moema e Vila Mariana, na zona Sul de São Paulo. Eles também informam que as ordens são de prisão temporária com validade de 30 dias.

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Em São Paulo, as ações são coordenadas por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP de São Paulo, e pelo Departamento de Capturas (Decade) da Polícia Civil paulista.

A União Europeia ofereceu hoje (28) assistência técnica e humanitária para as ações executadas na região de Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte (MG), após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão. Há três dias, a àrea foi soterrada por um mar de lama. A Defesa Civil de Minas Gerais confirmou 65 mortes. Segundo os dados mais recentes, há 279 pessoas desaparecidas.

“A União Europeia e seus Estados-Membros reiteram sua disponibilidade em prover assistência técnica e humanitária, caso solicitada pelas autoridades governamentais brasileiras."

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Em comunicado, a União Europeia prestou solidariedade às vítimas e autoridades. "A União Europeia e seus Estados-Membros expressam sua maior consternação e solidariedade ao povo e às autoridades brasileiras diante da devastadora tragédia humana e ambiental resultante do rompimento da barragem Mina do Feijão, na cidade de Brumadinho [Minas Gerais].”

Em respeito às vítimas, a União Europeia informou que os 28 países-membros vão hastear amanhã (29) as bandeiras a meio mastro, na sede de suas representações diplomáticas.

A Bolsa de São Paulo chegou a perder quase 3 mil pontos nesta segunda-feira, 28, e bateu no nível dos 94 mil pontos com a forte queda nas ações da Vale e da Bradespar, empresa do Bradesco que tem como maior participação papéis da mineradora. As ações ordinárias das duas companhias perdiam mais de 20% logo no início de pregão, repercutindo a tragédia em Brumadinho (MG), no primeiro dia de sessão após o ocorrido. Ao fim dos negócios, a Vale perdeu R$ 71 bilhões em valor de mercado. Na quinta-feira, 24, a companhia valia R$ 289,767 bilhões na Bolsa. Nesta segunda, acabou o pregão valendo R$ 218,706 bilhões.

As ações ordinárias da Vale terminaram o dia em baixa de 24,52%, a R$ 42,38, enquanto as preferenciais da Bradespar caíram 24,49%, a R$ 26,43. O Ibovespa encerrou em queda de 2,29%, aos 95.443,88 pontos.

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A Vale ON - que responde por 10,9% da carteira do Ibovespa - é de longe a mais negociada entre as ações do índice. A segunda ação mais negociada é a ON da Bradespar, empresa do Bradesco que tem como maior participação a Vale.

O rompimento da barragem eleva a percepção de risco em torno da mineradora e deve continuar pressionando as ações da companhia por um tempo, ainda que do ponto de vista econômico o impacto das operações locais seja de menos de 2% da produção total da Vale. Segundo os analistas dos bancos Bradesco BBI e BTG Pactual, a crise criada pode trazer restrições mais severas às operações de outras minas, elevando os custos do setor e comprometendo potencialmente a produção de minério.

Os dois bancos destacaram que o impacto ambiental do rompimento da barragem parece menor do que o caso da Samarco, o que poderia se converter em menores multas. Entretanto, o aspecto humano tem pesado nas projeções, uma vez que o número de mortos até agora já superou em muito o caso de 2015, sem contar as centenas de pessoas ainda desaparecidas.

Segundo os analistas Leonardo Correa e Gerard Roure, do BTG, o segundo rompimento de barragens ligado à empresa em poucos anos coloca pressão adicional por parte da sociedade sobre a Vale. "A questão agora parece ser: podemos utilizar as barragens de rejeito com segurança, especialmente as próximas das comunidades?", escreveram. Diante do cenário, a regulamentação tende a ser muito severa no País, potencialmente tendo efeito sobre projetos e operações já existentes.

O banco ainda colocou em xeque a própria retomada das operações da Samarco depois deste rompimento. "Essa tragédia vai claramente elevar o escrutínio regulatório no País, o que pode ter implicações futuras na retomada das operações da Samarco". A estimativa era de que as operações da empresa pudessem ser retomadas em meados de 2020.

Na mesma direção, o Bradesco BBI ponderou as dificuldades de se calcular o impacto. "Embora não acreditemos que o impacto final do acidente vá superar o caso da Samarco (US$ 10 bilhões, ou US$ 0,50 por ação), nós achamos que o desempenho das ações podem ser prejudicados no curto prazo, à medida que o fluxo de notícias sobre possíveis multas e custos se intensificam", escreveram os analistas Thiago Lofiego, Arthur Suelotto e Isabella Vasconcelos. Eles salientaram a sólida posição de alavancagem da empresa, o que implicaria pouco dano do ponto de vista do balanço patrimonial.

Segundo o Bradesco, os impactos sobre o mercado de minério ainda vão depender de outras minas do Sul e do sistema do Sudoeste serem parados para inspeções. "Se o impacto da produção for limitado apenas à mina de Feijão, o acidente representaria apenas 0,6% do mercado transoceânico", destacaram.

O impacto sobre o valor de mercado da mineradora divide analistas. Há quem entenda que o efeito no negócio da Vale será limitado. Os profissionais destacam que a produção local corresponde a menos de 2% da produção total da Vale, portanto, do ponto de vista estritamente operacional, o impacto do rompimento seria pequeno. "A capacidade ociosa em outras minas permite o remanejamento da operação", comentaram os analistas da Coinvalores, em relatório assinado por Sandra Peres, Felipe Martins Silveira e Sabrina Cassiano.

Eles salientam, porém, que "além de novos impactos financeiros potenciais, mudanças regulatórias também ficam no radar, com a possibilidade de exigências mais rígidas quanto à licença para novas barragens e minas". Eles sugerem que as ações da Vale devem ficar pressionadas até que todos os potenciais impactos possam ser mensurados de forma mais clara.

"No curto prazo, os papéis da mineradora deverão continuar pressionados, reflexo dos danos de imagem à companhia e provisões para pagamento de multas e indenizações", disseram os profissionais da Guide, que também sugerem que o rompimento da barragem poderá atrasar as concessões e licenças ambientais nas operações Brasil. "Há também o risco de novos processos de investidores nos EUA e rebaixamento de agências de risco", acrescentaram. A casa lembra que, apesar de decisões judiciais que levaram ao bloqueio de R$ 11 bilhões, a Vale possui fôlego financeiro, já que contava com um caixa próximo de cerca de R$ 23 bilhões ao fim do terceiro trimestre.

Paciência

Para a gestora Alaska, se os preços continuarem despencando e nenhuma maior surpresa negativa surgir, a estratégia é comprar mais e aumentar a exposição aos papéis da mineradora, segundo Henrique Bredda, gestor da Alaska, que tem entre 7% e 8% de exposição à mineradora.

"Acreditamos que o mercado vai continuar nervoso por mais algum tempo. No momento, não vamos fazer nada. Vamos manter nossa posição e avaliar. Queremos entender o impacto do rompimento", afirmou Bredda. "Se o papel continuar nesse nível de preço ou cair mais e se não surgir nenhuma informação adicional, uma megamulta, novo bloqueio, poderemos aumentar a posição para algo entre 10% e 11% do fundo Black", disse o gestor.

O analista-chefe da Necton, Glauco Legat, disse que não recomendaria a venda das ações da companhia tendo em vista o baixo impacto do rompimento na produção de minério de ferro da companhia, e o fato de que há capacidade ociosa. Além disso, aponta que o sistema logístico, que interliga a Ferrovia Espírito Santo - Minas Gerais, aparentemente não foi interrompido e o escoamento da produção segue intacto.

Adicionalmente, Legat citou que a Samarco levou a Vale a provisionar US$ 2,7 bilhões de potenciais ressarcimentos, pagamento que se dará no prazo de 12 anos (até 2028), e que o minério de ferro futuro subiu hoje 2,77%.

Mercado externo

As ADRs (American Depositary Receipt) - recibos de ações através dos quais empresas não sediadas nos Estados Unidos podem negociar seus papéis no mercado norte americano - abriram em forte queda em Nova York, depois de ter recuo expressivo também durante os negócios do pré-mercado. Após cair 8% na sexta, elas recuaram mais 17% nesta segunda-feira.

Renda fixa

Os bônus dos títulos de renda fixa da Vale operam em forte queda nesta segunda-feira no mercado secundário. O bônus com vencimento em 2026 recuava 6,4% e era negociado a 102% do valor de face, ante 109,8% do encerramento da sexta-feira. O bônus para 2042 tinha queda ainda maior, de 7,2%, e operava em 95% do valor de face. Na sexta, dia do acidente, o título encerrou o dia em 102,5% do valor de face.

Ainda entre os títulos de renda fixa da Vale, o eurobond para 2023 era negociado a 107,8% do valor de face, ante 109,6% da sexta-feira, uma queda recorde para o papel, segundo um gestor. (COLABORARAM MONIQUE HEEMANN, RENATO CARVALHO E ALTAMIRO SILVA JUNIOR)

A empresa Vale anunciou que vai doar, de imediato, R$ 100 mil reais para cada família das vítimas fatais, além de contratar uma equipe de psicólogos do hospital Albert Einstein, especializada em tratamento de vítimas de catástrofes.

O anúncio foi feito pelo diretor executivo de Finanças e Relações com investidores da empresa, Luciano Siani, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (28). O diretor informa que o valor que será repassado para as famílias dos mortos não tem nada a ver com indenização e salienta saber que o "valor nesses casos seria muito maior".  

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Segundo reportagem do G1, a Vale também garantiu que manterá a compensação financeira de recursos minerais para a cidade de Brumadinho, Minas Gerais. Ou seja, mesmo com as atividades paradas na Vale, o município arrecadá os impostos da empresa como em um mês normal de atividades.

A mineração no município representa 60% da arrecadação da cidade. Luciano informou ainda que, a partir desta terça-feira (30), a vale vai colocar uma cortina de contenção no Rio Paraopeba, para impedir que o rejeito afete a captação de água da cidade de Pará de Minas.

Até o momento, 60 pessoas morreram devido à catástrofe. Segundo o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais, ainda há 292 pessoas desaparecidas, enquanto outras 192 foram resgatadas. Além disso, 135 indivíduos estão desabrigados.

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Nego do Borel se envolveu em mais uma polêmica! No último sábado, dia 26, o cantor fez um post lamentando a tragédia de Brumadinho, Minas Gerais. Ao tentar se solidarizar com as vítimas do rompimento da barragem do município mineira, Nego postou uma foto agachado e com as mãos juntas, como se estivesse fazendo uma prece. O funkeiro lamentou:

Meu Deus, que começo de ano é esse pai, meus sentimentos a todas as famílias de Brumadinho, quero deixar minhas orações para família desse cara que tinha o coração lindo @wagnermontes, Deus envie seus anjos da paz, do amor aqui pra gente Pai. GALERA VAMOS AJUDAR BRUMADINHO!

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Mas o público, que não deixa passar uma, reparou em um detalhe: a foto é muito parecida com uma imagem que Nego postou no Réveillon, desejando Feliz Ano Novo para os seguidores. O pessoal no Instagram não gostou muito da atitude do cantor e criticou. Um internauta comentou:

Nossa, você já estava prevendo o desastre de Brumadinho e orou antes de acontecer?

Outro seguidor escreveu:

Não tem vergonha de publicar uma Foto do ano novo mano? Você tá de brincadeira num momento desse.

A cidade de Brumadinho (MG), atingida na sexta-feira (25) pela tragédia do rompimento da Barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, que deixou pelo menos 60 mortos, tem sua economia dependente dos royalties da mineração, chamado de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem).

A arrecadação está prevista na Constituição Federal e é fiscalizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O município de onde são extraídas as riquezas minerais faz juz a 65% do valor arrecadado com o Cfem, de acordo com a Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, alterada pela Lei nº 13.661, de 2018.

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Em entrevista coletiva dada ontem (27), o prefeito de Brumadinho, Avimar de Melo Barcelos, disse que a cidade “vive do minério”, sendo a Vale responsável por 65% do Cfem do município, de um total aproximado de R$ 5 milhões por mês. “Cerca de 60% ou mais um pouquinho da arrecadação nossa advém do Cfem do minério. E o Cfem a maior parte é da Vale”. Segundo ele, se o pagamento da compensação for interrompida por causa da tragédia, a cidade “vai parar”.

“Vai parar o comércio, vai parar quase tudo na cidade. Nós temos hoje 26 PSF [Posto de Saúde da Família], temos hospital, UPA [Unidade de Pronto-Atendimento], temos as escolas, que nós dar o material escolar tudo de primeria qualidade, nós não vamos ter como atender isso mais. Infelizmente essa é a realidade e a gente vai cobrar da Vale”, disse.

Barcelos disse que vai cobrar da Vale as responsabilidades pela tragédia e que a empresa não interrompa o pagamento do Cfem, apesar das atividades de mineração da empresa na cidade estarem suspensas.

“Nós vamos inclusive exigir da Vale que ela pague todos os funcionários, porque lá tem três turnos e só estava trabalhando um. Mesmo os funcionarios trabalhando ou não ela vai ter que pagar a todos. Vai ter que dar um jeito de pagar o nosso Cfem, mesmo não operando, porque foi tudo erro dela que a mineração estourou, não foi erro nosso. A cidade não pode parar, a Vale vai ter que bancar isso daí tudo”, disse.

Segundo Barcelos, a Vale opera na cidade há 30 anos e tem quase mil funcionários em Brumadinho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da cidade é de 39.520 pessoas, sendo 8.783 delas ocupadas. Ou seja, a Vale é responsável por cerca de 11% dos empregos de Brumadinho.

Na economia, o IBGE aponta que em 2017 as receitas realizadas do município chegaram a R$ 175 milhões, uma média de R$ 14,5 milhões por mês. A prefeitura multou a Vale em R$ 100 milhões.

Em função da tragédia, a prefeitura decretou luto oficial, não havendo expediente no dia de hoje (28), além de cancelar um evento que faria esta semana sobre regularização fundiária e suspender o processo seletivo que estava em andamento para a educação municipal.

O presidente em exercício general Hamilton Mourão afirmou, nesta segunda-feira (28), que o gabinete de crise do governo está estudando a possibilidade de a diretoria da mineradora Vale ser afastada de suas funções durante as investigações sobre o desastre que aconteceu na semana passada em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

"Essa questão da diretoria da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise. Vamos aguardar quais são as linhas de atuação que eles estão levantando", disse a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto. Mourão, no entanto, admitiu não saber se o grupo pode fazer tal recomendação. "Tenho que estudar, não tenho certeza", afirmou.

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O gabinete de crise se reuniu na manhã desta segunda. Participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, de Minas e Energia, Almirante Bento, e de Defesa, Fernando Azevedo.

O general defendeu uma punição rigorosa para os culpados, inclusive criminalmente. "Primeiro a punição que dói no bolso, que já está sendo aplicada; e segundo, se houve imperícia, imprudência ou negligência por parte de alguém dentro da empresa, essa pessoa tem que responder criminalmente. Afinal de contas, quantas vidas foram perdidas nisso daí?", disse.

Mourão destacou também que a primeira parte da ação já está sendo feita agora com o rescaldo da área, o socorro às vítimas e o resgate de corpos. "Infelizmente, a cada dia que passa é menos provável que a gente encontre alguém com vida, mas não podemos perder as esperanças", disse.

Questionado sobre se, após o desastre, o governo poderia fazer uma defesa mais enfática do meio ambiente, levando o tema para o centro das decisões, Mourão afirmou que o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou tal posição no Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça, por conta da discussão sobre a permanência do Brasil no Acordo de Paris.

"Eu também já disse que nós não podemos nos furtar, que essa é uma questão moderna. Aumentou demais o número de pessoas na terra, a exploração econômica de modo que a gente possa alimentar essas pessoas todas é enorme a gente tem que, de todas as formas preservar, porque é o nosso planeta né, se não vamos ter que viver em Marte", disse.

Mourão voltou a defender que as buscas por sobreviventes ou por corpos de vítimas devem ser feitas por grupos especializados, como o Corpo de Bombeiros e as forças de Israel. Ele também afirmou que a tragédia não deverá ser tratada na reunião do conselho de ministros marcada para esta terça. "Vamos aguardar o retorno do presidente que voltará zerado, pronto para correr, nadar e fazer tudo o que tem direito", disse.

Mourão assumiu a presidência da República interinamente nesta manhã porque o presidente Jair Bolsonaro passa por uma cirurgia em São Paulo para a retirada da bolsa de colostomia. 

Subiu para 60 o número de mortos no rompimento da barragem de Feijão, em Brumadinho (MG), na última sexta-feira (25). Desse total, 19 corpos foram identificados até o momento.

Segundo o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais, ainda há 292 pessoas desaparecidas, enquanto outras 192 foram resgatadas. Além disso, 135 indivíduos estão desabrigados.

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As buscas por vítimas e eventuais sobreviventes ganharam novo reforço nesta segunda-feira (28), com a chegada de 136 militares enviados pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

A equipe já saiu de Belo Horizonte e levará a Brumadinho equipamentos capazes de identificar pessoas debaixo da lama e sinais de celular em até quatro metros de profundidade.

A maioria dos desaparecidos é formada por funcionários da mineradora Vale, dona da barragem. De acordo com o tenente Pedro Aihara, da Polícia Militar de Minas Gerais, as chances de encontrar sobreviventes são "muito pequenas".

O reservatório continha rejeitos de minério de ferro e estava desativado. A lama atingiu uma comunidade nos arredores, uma pousada e edifícios administrativos da Vale. O refeitório da empresa e o hotel foram arrastados pelos rejeitos.

A mineradora já teve R$ 11 bilhões de suas contas bloqueados pela Justiça e suspendeu o pagamento de bônus a seus executivos e de dividendos para seus acionistas.

Da Ansa

As equipes de busca que trabalham em Brumadinho (MG), onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu, localizaram um segundo ônibus submerso em meio à lama de rejeitos. O acesso ao local, entretanto, ainda não é possível. “Não temos confirmação do número de mortos que vamos encontrar no interior desse veículo”, informou o porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara.

Segundo ele, uma vez que o acesso ao ônibus for aberto, as equipes precisam estabilizar o local com tapumes e fazer o escoramento correto para só então dar início à retirada das vítimas. “Se não, no momento em que a gente está acessando, pela própria característica da lama, às vezes, ela invade [o ônibus] e não possibilita o trabalho”, explicou. No último sábado (28), um primeiro ônibus foi encontrado soterrado na lama e sem sobreviventes.

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Ajuda israelense

De acordo com o tenente, militares israelenses que se juntaram às equipes de busca brasileiras devem se concentrar, num primeiro momento, na região próxima ao local onde ficava a área administrativa da Vale, atingida pelos rejeitos. Ele lembrou que a possibilidade de o refeitório da mineradora, entre outras estruturas, ter se deslocado quilômetros à frente é grande, em razão da força da lama. “Recebeu a onda de impacto mais forte”, disse.

Um grupo de 129 militares de Israel especialistas no socorro de pessoas soterradas chegou na noite deste domingo (28) ao Brasil. Eles seguiram para Brumadinho, Minas Gerais, para ajudar no resgate de vítimas da barragem da Vale.

A operação foi coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com apoio de Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil.

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Entre os equipamentos trazidos pelos israelenses, estão alguns de engenharia que serão usados para avaliar a situação das outras barragens do complexo da Vale em Brumadinho. O objetivo é verificar o risco das instalações.

Há ainda um equipamento que detecta variações de temperatura e poderá ser usado na busca por vítimas. A equipe é formada por médicos, socorristas e especialistas em resgate.

Na última sexta-feira (25), o Brasil acompanhou a tristeza dos moradores de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após o rompimento da barragem da mineradora Vale. Com 60 mortes confirmadas e mais de 292 desaparecidos, até o momento, a tragédia foi bastante lamentanda por internautas e diversos famosos.

Por meios das redes sociais, apresentadores, atores e cantores demonstraram solidariedade e revolta ao acompanharem a situação desastrosa na cidade mineira. Artistas como Luciano Huck, Juliana Paes e Ivete Sangalo se posicionaram sobre o drama vivido nesses três dias pelo povo de Minas Gerais.

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"Não é desastre ambiental. É negligência, é ganância, descaso, é a certeza da impunidade. É cruel. É crime", escreveu Bruna Marquezine, ao compartilhar com os seguidores do Instagram alguns registros do clima caótico de Brumadinho.

Confira:

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Eram 11h05, quando a administradora de empresas Fernanda Damian de Almeida, de 30 anos, mandou sua última mensagem no Whatsapp, avisando que havia chegado bem a Belo Horizonte na sexta-feira. Grávida de quatro meses e estudando na Austrália, estava no seu primeiro dia de férias no Brasil.

O plano era se reunir com o noivo e a família dele, então hospedados na Pousada Nova Estância, em uma área de mata em Brumadinho. "Depois disso, ela não retornou mais. Nem ela nem ninguém", conta a amiga Vanessa Stagine, de 35 anos.

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O que todos sabem: após a barragem da Vale romper, a pousada foi destroçada pela lama. "A família do noivo já estava lá, mas a gente não sabe se ela chegou ou não", diz a amiga.

Com a tragédia, funcionários e hóspedes da Nova Estância engordaram a lista de desaparecidos. Embora nenhum deles conste entre as vítimas identificadas pela Polícia Civil, a rede Number One chegou a divulgar nota informando a morte do proprietário da pousada, Márcio Paulo Mascarenhas, fundador da escola de inglês, além da mulher dele e de um filho.

Já sobre Fernanda, não há notícias. "A gente está na internet, procurando em grupos com mais de 300 pessoas, ninguém sabe de nada", conta Vanessa, que mora em Curitiba, a cidade natal da amiga desaparecida.

Também não foram encontrados o noivo Luis Taliberti Ribeiro Silva, de 33 anos, o sogro Adriano Ribeiro da Silva, de 60, a sogra Maria Lourdes Ribeiro, de 58, e a cunhada. A família atua no setor imobiliário no interior de São Paulo.

Fernanda espera um menino. "É a primeira gravidez. Ela estava muito contente com tudo", conta Vanessa. "O pior é não conseguir informação. Já estamos perdendo a esperança." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No 4º dia de buscas em Brumadinho (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, aproximadamente 280 bombeiros trabalham nas buscas após o rompimento da barragem da Vale. Desde 4 horas desta segunda-feira (28) os profissionais atuam na área que deixou pelo menos 58 mortos.

No domingo (27) a Defesa Civil de Minas Gerais informou que os donativos arrecadados em quase 72 horas após o rompimento da barragem em Brumadinho já são suficientes e que não é mais necessário o envio de mais materiais.

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A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira (25) deixando mortos, feridos e centenas de desaparecidos.

A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tinha volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.

A mineradora Vale divulgou uma nova lista com os nomes de 297 pessoas desaparecidas. Até o final da noite desse domingo (27), apenas 16 dos 58 mortos confirmados haviam sido identificados, o que indica que parte de alguns desses desaparecidos já pode ter sido encontrada, mas ainda não foi devidamente identificada.

A Defesa Civil divulgou também uma lista com os desaparecidos e os localizados.

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Veja a lista dos desaparecidos:

    Adail Dos Santos Junior
    Adair Custodio Rodrigues
    Ademario Bispo
    Adilson Saturnino De Souza
    Adnilson Da Silva Do Nascimento
    Adriano Aguiar Lamounier
    Adriano Goncalves Dos Anjos
    Adriano Junio Braga
    Adriano Ribeiro Da Silva
    Adriano Wagner Da Cruz De Oliveira
    Alaercio Lucio Ferreira
    Alano Reis Teixeira
    Alex Mario Moraes Bispo
    Alex Rafael Piedade
    Alexis Adriano Da Silva
    Alexis Cesar Jesus Costa
    Alisson Martins De Souza
    Aloisio Carlos Mendes
    Amanda De Araujo Silva
    Amarina De Lourdes Ferreira
    Amauri Geraldo Da Costa
    Amauri Geraldo Da Cruz
    Anailde Souza Pereira
    Anderson Luiz Da Silva
    Andre Luiz Almeida Santos
    Andrea Ferreira Lima
    Angélica Aparecida Ávila
    Angelita Cristiane Freitas De Assis
    Angelo Gabriel Da Silva Lemos
    Anizio Coelho Dos Santos
    Antonio Fernandes Ribas
    Armando Da Silva Raggi Grossi
    Aroldo Ferreira De Oliveira
    Bruna Lelis De Campos
    Bruno Eduardo Gomes
    Bruno Rocha Rodrigues
    Camila Aparecida Da Fornseca Silva
    Camila Aparecida De Oliveira
    Camila Santos De Faria
    Camila Taliberti Ribeiro Da Silva
    Camilo De Lelis Do Amaral
    Carla Borges Pereira
    Carlos Alberto De Faria
    Carlos Augusto Dos Santos Pereira
    Carlos Eduardo De Farias
    Carlos Eduardo De Souza
    Carlos Eduardo Farias
    Carlos Henrique De Faria
    Carlos Roberto Da Silva
    Carlos Roberto Da Silveira
    Carlos Roberto Pereira
    Cassia Aparecida
    Cassia Regina Santos Souza
    Cassio Cruz Silva Pereira
    Cecilia Barros Errismann
    Cesar Augusto
    Claudio Jose Dias Rezende
    Claudio Leandro Rodrigues Martins
    Claudio Marcio Dos Santos
    Claudio Pereira Silva
    Cleidson Aparecido Moreira
    Cleiton Luiz Moreira Silva
    Cleuzane Mascarenhas
    Cristiane Antunes Campos
    Cristiano Braz Dias
    Cristiano Jorge Dias
    Cristiano Serafim Ferreira
    Cristiano Vinicius Oliveira De Almeida
    Cristina De Paula Da Cruz Araujo
    Daiana Caroline Silva Santos
    Daniel Francisco Orlando
    Daniel Guimaraes Almeida Abdalla
    Daniela Olinda Tavares Pinto
    David Marlon Gomes Santana
    Davyson Christian Neves
    Denilson Rodrigues
    Dennis Augusto Da Silva
    Diego Antonio De Oliveira
    Diomar Custodio Da Silva
    Dione Moreira De Souza
    Dirce Dias Barbosa
    Duane Moreira De Souza
    Edeni Do Nascimento
    Edgar Carvalho Santos
    Edimar Da Conceicao De Melo Sales
    Edionio Jose Dos Reis
    Edirley Antonio Campos
    Ednilson Dos Santos Cruz
    Edson Rodrigues Dos Santos
    Edymayra Samara Rodrigues Coelho
    Egilson Pereira De Almeida
    Eliane De Oliveira Melo
    Eliane Nunes Passos
    Elis Marina Costa
    Elis Moreira
    Eliveltom Mendes Santos
    Elizabete De Oliveira Espindola Reis
    Elizeu Caranjo De Freitas
    Emael Gomes De Rezende
    Emerson Jose Da Silva Augusto
    Eridio Dias
    Eudes Jose De Souza Cardoso
    Eva Maria De Matos
    Evandro Luiz Dos Santos
    Everton Guilherme Ferreira Gomes
    Everton Lopes Ferreira
    Fabricio Lucio Faria
    Fauller Douglas Da Silva Miranda
    Felipe Jose De Oliveira
    Fernanda Batista Do Nascimento
    Fernanda Cristhiane Da Silva
    Fernanda Damian De Almeida
    Flaviano Zeallo
    Francis Eric Soares Silva
    Genesio Veiga
    George Conceicao De Oliveira
    Geraldo De Medeiro Filho
    Gilmar Jose Da Silva
    Gilmar Jose Da Silva
    Giovani Paulo Da Costa
    Gisele Moreira Da Cunha
    Gislene Conceicao Amaral
    Glayson Leandro Da Silva
    Gustavo Andrie Xavier
    Gustavo Sousa Junior
    Heitor Prates
    Helbert Vilhena Santos
    Herminio Ribeiro Lima Filho
    Hernane Junior Morais Elias
    Hugo Maxs Barbosa
    Iara Pereira Dos Santos
    Icaro Douglas Alves
    Izabela Barroso Câmara Pinto
    Janice Helena Do Nascimento
    Jhobert Donadonne Goncalves Mendes
    Joao Carlos De Oliveira
    Joao Marcos Ferreira Da Silva
    Joao Marques Pereira Da Silva
    Joao Paulo Altino
    Joao Paulo De Almeida Borges
    Joao Paulo Ferreira De Amorim Valadao
    Joao Paulo Matar
    Joao Paulo Pizzani Valadares Mattar
    Joao Tomas De Oliveira
    Joiciane De Fatima Dos Santos
    Jonis Andre Nunes
    Jorge Luiz Ferreira
    Jose Carlos Domeneguete
    Jose Dos Santos
    Jose Eduardo Soares
    Josiane De Souza Santos
    Josilene Santos
    Josue De Oliveira Ferreira
    Josue Oliveira Da Silva
    Juliana Creizimar De Resende Silva
    Juliana Esteves Da Cruz Aguiar
    Juliana Parreiras Lopes
    Julio Cesar Teixeira Santiago
    Jussara Ferreira Dos Passos
    Katia Aparecida Da Silva
    Katia Gisele Mendes
    Lays Gabriela Souza Soares
    Leandro Antonio Silva
    Leandro Rodrigues Da Conceicao
    Lecilda De Oliveira
    Lenilda Cavalcante Andrade
    Lenilda Martins Cardoso Diniz
    Leonardo Da Silva Godoy
    Leonardo Pires De Souza
    Leticia Mara Anizio De Almeida
    Leticia Rosa Ferreira Arrudas
    Levi Goncalves Da Silva
    Ligia Maria Rodrigues Maia
    Liz Taliberti Ribeiro Da Silva
    Lourival Dias Da Rocha
    Lucia Miranda
    Luciana Aparecida Alves
    Luciana Ferreira Alves
    Luciano De Almeida Rocha
    Luciano Las Casas Goncalves
    Lucio Rodrigues Mendanha
    Luis Felipe Alves
    Luiz Carlos Silva Reis
    Luiz Cordeiro Pereira
    Luiz De Oliveira Silva
    Luiz Paulo Caetano
    Luiz Taliberti Ribeiro Da Silva
    Manoel Messias Sousa Araujo
    Manoel Wilton Alves De Souza
    Marcelo Alves De Oliveira
    Marciano Araujo Severino
    Marciel de Oliveira Arantes
    Marcileia Da Silva Prado
    Marcio De Freitas Grilo
    Marcio Flavio Da Silva
    Marcio Flavio Da Silveira Filho
    Marcio Mascarenhas Filho
    Marcio Paulo Mascarenhas
    Marco Aurelio Santos Barcelos
    Marcus Tadeu Ventura Do Carmo
    Maria Bela Cardoso Alcantra
    Maria De Lourdes Bueno
    Maria Lucia Da Cunha
    Marina De Lourdes
    Marlon Rodrigues Goncalves
    Martinho Ribas
    Max Elias De Medeiros
    Milton Xisto De Jesus
    Miraceibel Rosa
    Miraele Bil Rosa
    Miramar Antonio Sobrinho
    Mirdei Bil Rosa
    Natalia De Oliveira Couto
    Natalia Fernanda Da Silva Andrade
    Nathalia De Oliveira Porto Araujo
    Nelson Do Prado Junior
    Nilson Dilermando Pinto
    Ninrode De Brito Nascimento
    Noe Sancao Rodrigues
    Noel Borges De Oliveira
    Olavo Henrique Coelho
    Olimpio Gomes Pinto
    Pamela Prates
    Paulo Giovani Dos Santos
    Paulo Henrique Ventura Do Carmo
    Paulo Natanael De Oliveira
    Pedro Bernardino De Sena
    Peterson Firmino Nunes Ribeiro
    Priscila Elen Silva
    Rafael Mateus De Oliveira
    Ramon Junior Pinto
    Rangel Do Carmo Januario
    Reginaldo Da Silva
    Reginaldo Garcia
    Reinaldo Fernandes Guimaraes
    Reinaldo Goncalves
    Reinaldo Simao De Oliveira
    Renato Eustaquio De Sousa
    Renato Rodrigues Da Silva
    Renato Rodrigues Maia
    Renato Vieira Caldeira
    Renildo Aparecido Do Nascimento
    Ricardo Eduardo Da Silva
    Ricardo Henrique Veppo Lara
    Robert Ruan Oliveira Teodoro
    Robson Mario
    Rodney Sander Paulino Oliveira
    Rodrigo Henrique De Oliveira
    Rodrigo Miranda Dos Santos
    Rodrigo Monteiro Costa
    Rogerio Antonio Dos Santos
    Roliston Teds Pereira
    Ronnie Von Olair Da Costa
    Rosaria Dias Da Cunha
    Roselia Alves Rodrigues Silva
    Rosiane Sales Souza
    Rosilene Ozorio Pizzani Mattar
    Ruberlan Antonio Sobrinho
    Samara Cristina Dos Santos Souza
    Samuel Da Silva Barbosa
    Sandro Andrade Goncalves
    Sebastiao Divino Santana
    Sergio Carlos Rodrigues
    Sirlei De Brito Ribeiro
    Sueli De Fatima Marcos
    Thiago Leandro Valentim
    Thiago Mateus Costa
    Tiago Augusto Favarini
    Tiago Barbosa Da Silva
    Tiago Coutinho Carmo
    Tiago Tadeu Mendes Da Silva
    Uberlandio Antonio Da Silva
    Vagner Nascimento Da Silva
    Valdeci De Souza Medeiros
    Vania Maria De Carvalho
    Vinicius Henrique Leite Ferreira
    Wagner Valmir Miranda
    Walaci Junhior Candido Da Silva
    Walisson Eduardo Paixao
    Wallisson Pessoa Damasceno
    Wandemar Paulo Da Silva
    Wanderson Carlos Pereira
    Wanderson De Oliveira Valeriano
    Wanderson Paulo Da Silva
    Wanderson Soares Mota
    Warley Gomes Marques
    Warley Lopes Moreira
    Weberth Ferreira Sabino
    Wellington Alvarenga Benigno
    Wenderson Ferreira Passos
    Weslei Antonio Belo
    Wesley Antonio Das Chagas
    Wesley Eduardo De Assis
    Wilson Jose Da Silva
    Wiryslan Vinicius Andrade De Souza
    Yan Vives
    Zilber Lage De Oliveira

O total de recursos da Vale bloqueados pela Justiça chegou neste domingo (27) a R$ 11 bilhões. Uma nova decisão judicial bloqueou R$ 5 bilhões, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais, para a garantir a reparação de danos a vítimas e parentes do desastre ocorrido em Brumadinho. O valor ainda pode subir. No domingo, o Ministério Público do Trabalho de Minas solicitou bloqueio de mais R$ 1,6 bilhão, com objetivo de assegurar indenizações, e o prefeito da cidade, Avimar de Melo Barcelos (PV), informou que multará a mineradora em R$ 100 milhões.

Segundo Glauco Legat, da consultoria Necton, a Vale encerrou o terceiro trimestre do ano passado com cerca de US$ 6,1 bilhões em caixa. Os recursos de R$ 11 bilhões representariam 48% do caixa. "A empresa pode arcar com o valor, mas não deixa de ser uma soma elevada. O mais provável é que a Vale tente substituir esse congelamento por outro tipo de garantia, como fianças bancárias", avalia Legat.

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Os próximos pregões da Bolsa devem ser turbulentos para a Vale, que já viu seus papéis no exterior derreterem após o rompimento da barragem. Como a Bolsa brasileira não operou no último dia 25, as ações da empresa só começarão a refletir o impacto do desastre nesta segunda-feira, 28.

Na sexta-feira (25) os ADRs (como são chamados os recibos de papéis de ações) da Vale negociados em Nova York fecharam em queda de mais de 8%. A expectativa é de que as ações na Bolsa brasileira tenham um desempenho parecido nesta segunda. "A queda lá fora foi grande, mas ainda não se tinha a dimensão da tragédia. O mercado deve punir a Vale", diz Fabio Silveira, da Macrosector.

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou à GlobNews que é preciso "ir além e acima" em ações de segurança. "Vamos criar um colchão de segurança bastante superior ao que a gente tem hoje para garantir que nunca mais aconteça um negócio desse."

A agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale, que é BBB-. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Juliana Resende, de 33 anos, trabalha de analista em um armazém da mineradora da Vale em Brumadinho. Já Dennis Silva, de 34, é técnico de planejamento e controle. Segundo parentes, os dois se conheceram na empresa, começaram a namorar pouco depois e casaram. Recentemente, a família até cresceu. Há cerca de dez meses, vieram os primeiros filhos. Dois meninos: gêmeos. "Quando estava começando a construir uma família, acontece uma catástrofe dessa", diz Alese Junior Resende, de 19 anos, irmão de Juliana.

Por causa da pouca idade, as crianças ainda não sabem que os pais estão desaparecidos nem que a família suspeita que podem ser encontrados sem vida, sob a lama. "Os meninos são muito novos para saber o que aconteceu, mas estão inquietos desde sexta. Não ficam mais do mesmo jeito. Acho que, querendo ou não, eles sentem", relata.

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À família, contaram que Juliana estaria em uma reunião quando a barragem estourou. "As pessoas dizem que ela pegou a mochila, colocou nas costas e foi para outro lugar. De lá, a gente não sabe mais de nada", diz Resende. "Notícia não tem nenhuma, nem boa nem ruim."

Segundo o irmão, os parentes ficaram incomodados após os bombeiros anunciarem a suspensão de buscas por boa parte do dia. Os bloqueios na cidade também impediram de tentarem achá-los por conta própria. "Esse trem todo deixa a família ainda mais angustiada", afirma. "É um descaso com a população."

Juliana deixava os filhos na casa da mãe cedo pela manhã. À noite, voltava com Silva para buscá-los. "Minha mãe já chorou muito, agora está mais calma", diz Resende. "A gente dá chá para ela, ela reza para Nossa Senhora de Aparecida o tempo todo."

"Na sexta, ela perdeu o horário do trabalho. Só que ela nunca faltou ao serviço, então pegou o carro e foi para lá. Parece que Deus não queria..." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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