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O ator americano George Clooney defendeu nesta sexta-feira (29) o boicote a nove hotéis de propriedade do Brunei, diante da iminente adoção da pena de morte por homossexualidade e adultério no sultanato.

"Cada vez que nos hospedamos, nos reunimos ou jantamos em qualquer destes hotéis estamos colocando dinheiro diretamente no bolso de homens que escolhem a morte de seus próprios cidadãos por serem homossexuais ou acusados de adultério", escreveu Clooney no site Deadline Hollywood.

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"Após anos tratando com regimes assassinos aprendi que não se constrangem, mas podemos constranger os bancos, as financeiras e as instituições que fazem negócios com eles e escolhem olhar para o lado".

Os nove hotéis estão situados nos Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália.

Além de prever a execução de condenados por homossexualismo e adultério, o novo código penal do Brunei, que entra em vigor na próxima quarta-feira (3), adota a amputação de mão ou pé por roubo.

Estes dispositivos da lei são aplicados apenas aos cidadãos muçulmanos. Clooney, ganhador do Oscar, é conhecido por seu ativismo político.

O sultanato de Brunei punirá, a partir da semana que vem, com a pena de morte por apedrejamento o adultério e o sexo gay, informaram as autoridades.

Os grupos de defesa dos direitos humanos reagiram com espanto nesta quarta-feira (27) a este último passo no endurecimento da lei desta nação rica em recursos, que pratica um islã mais estrito que seus vizinhos Malásia e Indonésia.

O pequeno sultanato implementará o novo e severo código penal, que também prevê a amputação de uma mão ou pé por roubo, a partir da próxima quarta-feira (3).

A homossexualidade já é ilegal em Brunei, mas agora se tornará um crime capital. A lei só se aplica aos muçulmanos.

O poderoso sultão de Brunei celebrou nesta quinta-feira com pompa seus 50 anos de reinado, neste pequeno e rico Estado petroleiro do Sudeste Asiático, desfilando em uma carruagem dourada, antes de presidir uma cerimônia luxuosa em seu palácio.

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nas ruas da capital, Bandar Seri Begawan, com bandeiras e fotos do sultão Hasanal Bolkiah, um dos homens mais ricos do planeta, que percorreu a cidade ao lado da esposa em uma carruagem real.

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Grupos folclóricos participaram no desfile, que foi o ponto alto de duas semanas de celebrações em homenagem ao monarca, que perde apenas para a rainha Elizabeth II da Inglaterra em tempo no posto.

No meio a multidão, Melisa Ibrahim mostrou sua admiração pelo sultão, de 71 anos.

"Sua Majestade cuida da população, de seu bem-estar, educação e saúde. Tudo é subsidiado pelo governo, então estamos muito, muito agradecidos", declarou a funcionária de uma companhia aérea.

Desde a abdicação do pai em 1967, Hasanal Bolkiah reina neste pequeno país tropical, que fica na costa norte da ilha de Bornéu e tem grandes reservas de combustíveis.

Bilionário, o sultão é proprietário da rede de hotéis Dorchester Collection, que tem alguns dos estabelecimentos mais luxuosos de Paris, Londres, Milão, Roma e Los Angeles.

As polêmicas, no entanto, marcaram seus anos de poder, como em 2014, quando introduziu a lei islâmica da sharia, que provocou uma onda de indignação no mundo e pedidos de boicote aos hotéis do sultão.

A legislação no país, de maioria muçulmana, prevê a amputação de membros por furto, a flagelação por consumo de álcool ou aborto e apedrejamento em caso de adultério.

Nos anos 2000, uma disputa familiar revelou a vida de grande ostentação do irmão mais novo do sultão, o príncipe Jefri Bolkiah. Este foi acusado de manter um harém de amantes ocidentais e de chamar seus iates de luxo "Tits" ("tetas", em inglês).

As comemorações pelos 50 anos de reinado de Hasanal Bolkiah foram uma das poucas oportunidades de diversão da população no país, de 400.000 habitantes, onde a vida noturna é quase inexistente e as bebidas alcoólicas estão proibidas.

No início das cerimônias, o sultão, acompanhado pela esposa, Anak Hajah Saleha, passou em revista a guarda de honra de sua residência. O palácio, com uma cúpula dourada, é o maior do mundo, com 1.800 aposentos, uma garagem para mais de 100 carros e estábulos.

Os festejos devem prosseguir na sexta-feira com a presença de governantes de países do sudeste asiático e do Oriente Médio. Entre os convidados estão a dirigente de fato de Mianmar, Aung San Suu Kyi, e o presidente filipino, Rodrigo Duterte.

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