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O papa Francisco fez um apelo à acolhida de migrantes, neste domingo (30), em uma missa ao ar livre em Budapeste, com a presença de milhares de pessoas, no terceiro e último dia de sua visita à Hungria.

"Por favor, abramos as portas!", pediu o papa, defensor do acolhimento aos refugiados, diante de um grande público e na presença do primeiro-ministro húngaro, o nacionalista Viktor Orbán, que defende uma linha dura contra os migrantes.

"É triste e dói ver as portas fechadas: as portas fechadas do nosso egoísmo para com quem caminha conosco todos os dias (...), as portas fechadas da nossa indiferença para com os que estão mergulhados no sofrimento e na pobreza”, afirmou.

Ao longo de sua visita à Hungria, Francisco fez um discurso crítico sobre a política de Orbán, que justifica sua oposição ao acolhimento de migrantes ou refugiados defendendo a “civilização cristã”.

O pontífice argentino havia pedido na véspera "erradicar os males da indiferença" durante um encontro com refugiados, em sua maioria ucranianos.

- "Cumpramos com nossa missão cristã" -

O papa chegou por volta das 9h locais(4h no horário de Brasília), a bordo de seu "papamóvel", à praça central de Kossuth Lajos, na capital húngara.

Desde as primeiras horas da manhã, os fiéis começaram a se aglomerar, sob um sol de primavera, em meio a um forte dispositivo de segurança. Cerca de 50.000 pessoas estiveram presentes, segundo a assessoria de imprensa do Vaticano.

"É algo único, fascinante, ver o papa tão de perto", disse à AFP Levente Kiss, um estudante húngaro de 21 anos, elogiando "o apelo do papa em apoiar os refugiados, especialmente aqueles que fogem da guerra na Ucrânia".

“Embora sua opinião nem sempre corresponda à de diferentes organizações ou do governo, é importante que, além dos discursos políticos, cumpramos nossa missão cristã”, disse o jovem.

A guerra na Ucrânia - país que faz fronteira com a Hungria - também foi um dos temas centrais desta segunda visita do papa em menos de dois anos a este país da Europa Central.

Em mais um apelo do papa para buscar a paz na Ucrânia, ele denunciou a ascensão do nacionalismo e pediu "recuperar a alma europeia".

Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, mais de dois milhões de ucranianos transitaram por solo húngaro, embora apenas 35 mil tenham solicitado o status de “proteção temporária” implementado pela União Europeia (UE), segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

A posição ambígua de Orbán em relação ao conflito não os encoraja a permanecer na Hungria.

- Reunião com opositor -

Em um encontro que não foi anunciado no programa da sua visita, o papa reuniu-se na tarde de sábado com o prefeito de Budapeste, Gergely Karácsony, um ferrenho opositor de Orbán.

Ele também se reuniu com o metropolita Hilarion, o ex-chefe de relações exteriores da Igreja Ortodoxa, destituído por sua relutância em relação à invasão russa da Ucrânia.

Um mês após sua internação por bronquite, Francisco parecia bem.

O argentino é o segundo pontífice a visitar a Hungria, depois de João Paulo II em 1991 e 1996.

Apesar da idade avançada e das dores no joelho que o obrigam a deslocar-se com bengala ou cadeira de rodas, prevê visitar Lisboa em agosto e Marselha (França) em setembro, além da Mongólia.

Sete sul-coreanos morreram e 19 estão desaparecidas após o naufrágio de um barco de turismo no rio Danúbio, diante de Budapeste, na noite desta quarta-feira, informaram as equipes de resgate.

"Sete pessoas foram hospitalizadas em situação estável e nossos serviços constataram a morte de outras sete pessoas", disse Pal Gyorfi, porta-voz dos serviços de resgate em entrevista coletiva.

O barco transportava 33 sul-coreanos e 19 permanecem desaparecidos, revelou o ministério das Relações Exteriores em Seul.

Mais cedo, a imprensa local havia informado três mortos e 16 desaparecidos, e o canal de televisão M1 revelado o resgate de 15 passageiros, sãos e salvos.

Ainda segundo o M1, o barco de turismo se chocou com outra embarcação, em um trecho do rio próximo ao Parlamento húngaro, por volta das 22H00 local (17H00 Brasília).

Os trabalhos dos mergulhadores a procura dos desaparecidos eram dificultados pela forte corrente provocada pelas chuvas das últimas semanas na região.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, determinou "o emprego de todos os recursos disponíveis" para o resgate, informou seu gabinete.

O acidente ocorreu em uma zona muito popular entre os turistas que viajam pelo rio Danúbio, de onde se pode avistar a cidade e o prédio iluminado do Parlamento.

O barco foi encontrado após várias horas de buscas, próximo à ponte Marguerite, que liga a cidade antiga - Buda - ao distrito de Peste, segundo a imprensa local.

O ministro húngaro da Saúde, Ildiko Horvath, visitou o local para manifestar suas condolências às famílias das vítimas.

Milhares de pessoas manifestaram-se neste domingo em Budapeste, convocadas pela oposição e por sindicatos, contra a política do premier Viktor Orban, dias após a aprovação de uma lei que flexibiliza os direitos trabalhistas.

A manifestação começou na Praça dos Heróis da capital, e reuniu cerca de 15 mil pessoas, segundo estimativas da imprensa. Os manifestantes seguiram até a Praça do Parlamento, onde, desde a aprovação da lei, na quarta-feira, já houve três protestos.

Pela primeira vez desde a chegada do premier nacional-conservador ao poder, em 2010, toda a oposição, desde a extrema direita até os socialistas, passando pelos liberais, manifestou-se unida, para denunciar "uma lei escravocrata".

A lei autoriza que os empregadores possam solicitar a seus funcionários até 400 horas extras por ano, o equivalente a dois meses de trabalho, e pagá-las em um prazo de três anos.

"Não negociam com ninguém, fazem só o que lhes dá vontade. Roubam tudo, é intolerável, não pode continuar assim", protestou o funcionário do setor de transportes Zoli.

Os manifestantes também pediram a derrogação de outra lei, aprovada esta semana, que cria jurisdições específicas para questões sensíveis, como concursos públicos ou disputas eleitorais, e que poderia colocar em risco a independência da Justiça.

Também houve manifestações no restante do país, principalmente em Szeged, cujo prefeito, socialista, pediu às empresas que boicotem a lei trabalhista.

A Ópera nacional húngara anunciou nesta quinta-feira que teve que cancelar 15 apresentações do musical "Billy Elliot" em Budapeste após uma campanha de imprensa homofóbica.

"A campanha negativa das últimas semanas em relação à produção 'Billy Elliot' fez cair de forma significativa a venda de ingressos", explicou o diretor da instituição, Szilveszter Okovacs, citado pelo jornal húngaro on-line 444.hu.

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O musical "Billy Elliot", inspirado no filme homônimo do diretor britânico Stephen Daldry (2000), conta a história de um adolescente de um bairro modesto que escolhe se dedicar à dança clássica em vez do boxe, e acaba se tornando um bailarino estrela.

O anúncio da entrada em cartaz deste espetáculo motivou intensos ataques por parte do jornal Magyar Idok, próximo ao governo do ultraconservador Viktor Orban. O jornal afirmou, entre outras coisas, que a produção ameaçava transformar as crianças húngaras em "homossexuais".

Para 444.hu, o cancelamento do espetáculo se deve mais às pressões políticas que às econômicas, já que as vendas antecipadas foram um sucesso, segundo o jornal independente.

As campanhas homofóbicas se multiplicaram nas últimas semanas na Hungria. Na terça-feira, o semanário Figyelö, também próximo a Orban, publicou uma lista de pesquisadores da Academia Húngara de Ciências apontados por trabalhar com os direitos dos homossexuais.

A nadadora pernambucana cravou "27s14" nos 50 m costas, foi a mais rápida da final e conquistou o primeiro título feminino da história do país em campeonatos mundiais da modalidade. Etiene Medeiros venceu, nesta quinta-feira (27), a final dos 50m costas do Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em Budapeste, na Hungria. 

Compõem também o pódio a chinesa Yuanhui Fu, que ficou em segundo lugar e a bielo-russa Aliaksandra Herasimenia, em terceiro lugar.

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Após a conquista histórica para a natação feminina brasileira — foi a primeira medalha de ouro do país na modalidade em um campeonato mundial —  a pernambucana desabafou que todo o esforço para chegar ao topo do pódio valeu a pena:

"Eu acho que eu tive várias pessoas ao meu lado para eu nadar essa prova. Eu realmente estava relaxada desde o início do ano. Eu estou muito feliz e foi por pouco. A chinesa tem um 'swing' para tentar te desestabilizar antes de entrar na água, mas não me atingiu". 

A atleta de 26 anos se torna a primeira mulher a conquistar o título do país. Antes, o Brasil já tinha oito medalhas de ouro na natação na história dos Campeonatos Mundiais de piscina longa, mas todas com homens. 

Ainda nas provas classificatórias, Etiene já dava mostrava de que sua promessa rumo ao ouro seria concretizada. Na semifinal da prova, na quarta-feira, Etiene flertou com o recorde mundial, e fez o melhor tempo do Mundial, com 27s18, apenas um centésimo na frente da chinesa Yanghui Fu.

Além da final da Etiene, o Brasil também participou da decisão dos 100m livre, em que Marcelo Chierighini ficou em quinto lugar com 48s11. Ele já fez parte do time do 4x100m que foi prata no último domingo (23). Quem também cai na água é Leonardo de Deus, que passou à semifinal dos 200m costas.

A chinesa Yanhui Fu nadou como Etiene em sua terceira final consecutiva dos 50m costas em Mundiais. Este é o terceiro Mundial de Fu, que foi prata nesta prova em 2013 e ouro em 2015 em Kazan.

Já Etiene nada seu quarto Mundial, em 2011 em Shanghai ficou em 25º lugar na prova com 29.16. Em 2013, em Barcelona, chegou a final, terminou na quarta colocação com 27.83 e a prata no Mundial de Kazan, em 2015, com 27.26.

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A seleção brasileira de judô está definida para o Mundial, que vai ser disputado entre 28 de agosto e 3 de setembro em Budapeste. Nesta quarta-feira, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou a lista de lutadores convocados com 21 nomes, sendo 18 para o evento individual e três para a inédita disputa por equipes mistas.

O Mundial de Judô é a principal competição desta temporada, a primeira do ciclo olímpico para os Jogos de Tóquio, em 2020. E para a definição da equipe, a CBJ optou por levar os judocas mais bem ranqueados em suas respectivas categorias. E os dois medalhistas do País no último Mundial, em 2015 - Érika Miranda e Victor Penalber levaram o bronze - estão na lista.

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"O Mundial é o nosso maior foco neste primeiro ano do ciclo olímpico Tóquio 2020 e estamos preparados para chegar bem a esta competição. Para isso, convocamos os nove melhores judocas brasileiros no Ranking Mundial da FIJ, tanto no feminino, quanto no masculino", explicou Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ.

Com isso, o judô brasileiro contará em Budapeste com um misto de lutadores experientes com jovens promessas. É o caso da equipe feminina, que conta com as novatas Stefannie Arissa Koyama (48kg) e Samanta Soares (78kg) ao lado de Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Mariana Silva (63kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg).

A situação na equipe masculina é parecida, com o Brasil tendo dois estreantes em Mundiais: Phelipe Pelim (60kg) e Eduardo Yudi Santos. E a equipe é completada por Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Marcelo Contini (73kg), Victor Penalber (81kg), Luciano Corrêa (100kg), David Moura (+100kg) e Rafael Silva "Baby" (+100kg).

Além deles, a CBJ também convocou Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg), Eduardo Bettoni (90kg) e Beatriz Souza (+78kg) exclusivamente para o evento de equipes mistas. Esse tipo de disputa vai ocorrer pela primeira vez em um Mundial, com os times sendo formados por seis judocas dos pesos 57kg, 70kg, +70kg, 73kg, 90kg e +90kg. Esse modelo de competição também foi aprovado para o programa olímpico dos Jogos de Tóquio.

A programação de treinos dos judocas brasileiros para o Mundial também já está definido, com a equipe feminina fazendo um camping de treinamento em Castelldefels, nos próximos dias, com embarque nesta quinta-feira, ficando na cidade espanhola até 7 de julho. Já o time masculino treinará em Houlgate, na França, de 17 a 27 de julho.

Depois, de 6 a 12 de agosto, a seleção vai treinar em Pindamonhangaba, no interior paulista. Os judocas brasileiros ainda farão uma aclimatação em Paris a partir de 19 de agosto, antes do embarque para o Mundial na Hungria.

Inserida na carta olímpica desde 2004, a necessidade para as cidades olímpicas de deixar uma legado positivo se tornou um critério determinante para o COI, que deverá decidir em 11 de setembro, na eleição da sede dos Jogos-2024, entre as visões de futuro das candidatas Los Angeles, Budapeste e Paris.

É este legado que será analisado na terceira parte do dossiê de candidatura, que será entregue por essas três cidades ao COI nesta sexta-feira.

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- L.A., herança econômica e social -

Graças a toda a infraestrutura herdada dos Jogos-1984, Los Angeles-2024 não prevê a construção de nenhum equipamento permanente. Até a Vila Olímpica seria reciclável, instalada nas residências universitárias de UCLA.

O plano de modernização dos transportes (ponto espinhoso do dossiê devido a extensão da cidade) foi lançado em 2009, fora do projeto olímpico.

A herança dos Jogos californianos seria, principalmente, econômica e social, seguindo o exemplo da edição de 1984, organizada pela cidade. Os 93 milhões de dólares de lucro permitiram, na época, a três milhões de pessoas praticar uma disciplina olímpica, formar 80.000 técnicos e financiar 2.200 clubes e associações.

Los Angeles aposta nas virtudes ambientais de um projeto de Jogos "lixo zero", com um balanço positivo em matéria de produção de energia, graças à utilização de energia solar.

De acordo com um estudo universitário, os Jogos-2024 poderiam também se traduzir em benefícios estimados em 18,3 bilhões de dólares e a criação de 74.300 empregos.

Por outro lado, e é aí que reside a força da candidatura, a vitória de Los Angeles inauguraria, após longos anos de relações tensas, uma nova era nas relações tensas dos Estados Unidos com um COI muito dependente economicamente -em termos de contratos midiáticos e de patrocínio- do país norte-americano.

- Budapeste, sede mais modesta -

Ao contrário de Paris e Los Angeles, Budapeste não possui a maioria da infraestrutura necessária para sediar os Jogos. A Hungria, que aposta em uma candidatura "em escala humana", afirma que seu projeto "se insere em um plano de desenvolvimento a longo prazo" e abriria a via olímpica a outras cidades medianas, no espirito da Agenda 2020 do COI.

A capital húngara prevê 2,4 bilhões de euros para investimentos específicos nos Jogos, sabendo que uma piscina e um estádio já estão previstos para os Mundiais-2017 de natação e para a Eurocopa-2020 de futebol. A cidade terá que investir, para alguns esportes 'indoor', em equipamentos permanentes julgados necessários.

"Os Jogos irão acelerar o desenvolvimento" da cidade e "melhorar a imagem, já excelente, desde um ponto de vista turístico", explicou Istvan Tarlos, prefeito de Budapeste, candidata a sediar a sede em cinco ocasiões prévias, entre elas para os primeiros Jogos da era moderna, em 1896.

A candidatura faz parte também da vontade do primeiro-ministro do país, o conservador Viktor Orban, entusiasta da educação física cotidiana obrigatória nas escolas, de fortalecer a prática do esporte, um elemento de afirmação nacional.

- Paris e a herança social -

Com somente uma piscina e uma Vila Olímpica a construir, Paris afirma estar 95% equipada para os Jogos-2024. A candidatura, porém, não se baseia nos elementos concretos de seu futuro legado, mas sim na herança imaterial.

A exemplo de Londres-2012, a França (comprometida há anos com uma política de saúde através do esporte) quer aproveitar o impulso olímpico para estender a prática esportiva a partes da população muitas vezes deixadas de lado, como mulheres, a terceira idade e os deficientes físicos.

Ferramenta de saúde, o esporte poderia também se tornar uma alavanca para a educação.

O comitê de candidatura já pôs em prática um programa nas escolas do país, com o objetivo de iniciar as crianças em valores olímpicos e cívicos: respeito, espírito de equipe, amizade, etc.

A candidatura francesa se apresenta também como a do desenvolvimento sustentável, recebendo o aval da WWF e do Prêmio Nobel da Paz, Mohamed Yunus, símbolo da economia social e solidária.

Por último, com Paris como epicentro, os Jogos beneficiariam essencialmente, no que diz respeito à riqueza e à criação de empregos, às periferias de Seine-Saint-Denis (Noroeste da capital), território mais jovem e pobre da França metropolitana, onde seria disputada grande parte da competição.

São nestas zonas em que faltam moradias que seriam construídas a Vila Olímpica e a Vila da Imprensa, que se tornariam 4.700 apartamentos após os Jogos.

No total, um estudo publicado em junho de 2016 calculava em 10,7 bilhões de euros e 250.000 empregos permanentes os benefícios potenciais dos Jogos para a França.

O Comitê Olímpico da Hungria propôs nesta sexta-feira que Budapeste se candidate para sediar os Jogos de 2024. A entidade aprovou por 125 votos a 1 uma resolução apoiando a ideia de apresentar a cidade como pleiteadora ao direito de organizar uma edição da Olimpíada.

Até agora, Roma e Boston anunciaram candidaturas para os Jogos Olímpicos de 2024. A Alemanha vai decidir entre Berlim e Hamburgo como sua candidata. França, África do Sul, Catar e Azerbaijão também podem entrar na disputa. O prazo para a apresentação de propostas para o Comitê Olímpico Internacional (COI) é 15 de setembro.

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A decisão do comitê húngaro se deu após a aprovação pelo COI da "Agenda Olímpica de 2020" em dezembro. As mudanças definidas devem tornar o processo de escolha das sedes e organização da Olimpíada mais baratos, permitindo até mesmo candidaturas de uma região ou país.

Assim, o comitê húngaro renovou as esperanças de voltar a sediar a Olimpíada, mesmo que no ano passado o prefeito de Budapeste tenha declarado ser "irrealista" para a cidade organizar os Jogos de 2024. Agora, o comitê vai atualizar um estudo de viabilidade e reabrir o debate sobre a candidatura.

Um quadro de um pintor húngaro dado como perdido há mais de 80 anos e identificado por acaso no cenário do filme "O Pequeno Stuart Little" foi arrematado por 229.500 euros (cerca de R$ 689.000) num leilão realizado neste sábado em Budapeste.

Assinado por Robert Bereny (1888-1953), um dos mestres da vanguarda húngara do entre-guerras, a "Mulher adormecida com vaso preto" era dada como perdida desde os anos 1920. O lance inicial pela tela foi de 110.000 euros. Em razão do grande interesse despertado pela redescoberta da obra, o leilão foi realizado num grande salão de eventos de Budapeste.

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O quadro foi reconhecido por acaso em 2009, por um especialista do Museu Nacional da Hungria, Gergely Barki, enquanto ele assistia o filme "O Pequeno Stuart Little" (1999). Barki ficou surpreso ao ver a tela - que ele só conhecia através de uma foto antiga em preto e branco datando de 1928 - pregada numa parede durante uma cena do filme.

Após longa investigação, ficou provado que a tela havia sido comprada por um valor irrisório pela cenógrafa do filme num antiquário de Pasadena, Califórnia. Segundo o especialista, é possível que o quadro tenha sido comprado no pré-guerra por um colecionador judeu que teria ido para os Estados Unidos fugindo da ameaça nazista.

O comprador deste sábado "é um colecionador húngaro" que não quer revelar sua identidade, informou à AFP a galeria Virag Judit, organizadora da venda.

A Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou nesta sexta-feira que Gwangju, na Coreia do Sul, e Budapeste, na Hungria, serão as respectivas sedes dos Mundiais de Esportes Aquáticos de 2019 e 2021.

Barcelona começa a abrigar hoje a edição de 2013 da competição, que acontece a cada dois anos, sendo que Kazan, na Rússia, será o palco do evento em 2015. Já Guadalajara está programada para abrigar o Mundial de 2017, mas o presidente da Fina, Julio Maglione, disse na última quinta-feira que existe a possibilidade de a sede ser transferida para outra cidade mexicana.

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Durante o seu congresso técnico, a Fina também tomou uma série de outras decisões. Entre elas está a criação de uma competição de saltos sincronizado mista, com a presença de homens e mulheres, que entrará no programa dos próximos Mundiais.

Já na maratona aquática, em outra decisão mais relevante anunciada nesta sexta, ficou definido que a temperatura máxima para a realização deste tipo de prova será de 31ºC nas competições organizadas pela Fina.

Favoritas ao título, as locais Sara Errani e Roberta Vinci avançaram na chave do Torneio de Palermo, na Itália. Nesta sexta-feira, elas venceram suas partidas com facilidade e se garantiram na semifinal.

Primeira cabeça de chave, Errani foi quem teve menos trabalho em quadra. Chegou a aplicar um "pneu" na espanhola Silvia Soler-Espinosa ao vencê-la em sets diretos, com parciais de 6/4 e 6/0.

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Dona de dois títulos na competição, a tenista da casa enfrentará na semifinal a checa Klara Zakopalova, que avançou ao eliminar a alemã Dinah Pfizenmaier, surpresa do torneio, por 7/5, 6/7 (4/7) e 6/1.

Vinci, por sua vez, bateu Lourdes Dominguez Lino, da Espanha, por 6/1 e 6/4. Na sequência, ela vai duelar contra outra espanhola, Estrella Cabeza Candela. Ela alcançou a semifinal ao derrotar a checa Renata Voracova por 7/5 e 6/4.

Em outro torneio disputado nesta semana, em Budapeste, o destaque do dia foram as romenas Alexandra Cadantu e Simona Halep. Elas farão uma das semifinais da competição húngara, neste sábado. A outra semifinal terá a austríaca Yvonne Meusburger e a sul-africana Chanelle Scheepers.

Após cair na estreia na chave de simples, Teliana Pereira venceu na primeira rodada das duplas do Torneio de Palermo, ao lado da colombiana Mariana Duque-Marino. Nesta quarta-feira, elas venceram a alemã Kristina Barrois e a austríaca Nicole Rottmann por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/4.

Nas quartas de final, a brasileira e a colombiana terão pela frente as irmãs checas Karolina e Kristyna Pliskova. Elas eliminaram nesta quarta a eslovaca Janette Husarova e a espanhola Silvia Soler-Espinosa.

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Na chave de simples, a favorita Sara Errani garantiu seu lugar nas quartas de final ao derrotar a checa Barbora Zahlavova Strycova por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2. Em busca do segundo título no torneio italiano, a tenista da casa vai duelar agora com a espanhola Silvia Soler-Espinosa.

Soler-Espinosa avançou em razão do abandono da croata Mirjana Lucic-Baroni no segundo set da partida. A espanhola liderava o placar por 6/2 e 1/0 quando a rival desistiu do jogo. Ainda nesta quarta a também espanhola Anabel Medina Garrigues, dona de cinco títulos em Palermo, foi eliminada pela alemã Dinah Pfizenmaier por duplo 6/1.

Completando a rodada do dia, a checa Renata Voracova derrotou a local Corinna Dentoni por 7/5 e 6/1, enquanto a francesa Kristina Mladenovic venceu a portuguesa Maria João Koehler por 6/1 e 7/6 (7/5).

HUNGRIA - No Torneio de Budapeste, as principais cabeças de chave avançaram às quartas de final. A romena Simona Halep, terceira pré-classificada, bateu a local Agnes Bukta por duplo 6/1, enquanto a alemã Annika Beck, quarta cabeça de chave, superou a checa Lucie Hradecka por duplo 6/3.

Já a espanhola Maria Teresa Torro, sétima pré-classificada, foi eliminada pela local Timea Babos por 1/6, 6/4 e 7/6 (7/4). E a sueca Johanna Larsson (5ª) caiu diante da austríaca Yvonne Meusburger por 3/6, 6/4 e 6/4.

A Federação Internacional de Esporte Universitário (Fisu, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira as candidatas a sediar a edição de 2019 da Universíada e revelou que Brasília é uma das cidades que pleiteiam receber o evento, considerada a terceira maior competição poliesportiva do mundo, que reúne apenas atletas universitários.

Brasília disputa o direito de sediar a Universíada de 2019 com as cidades de Baku, no Azerbaijão, e Budapeste, na Bulgária. E a capital do Brasil tenta encerrar um jejum do continente americano sem hospedar o evento - a última vez foi em 1993, na cidade norte-americana de Buffalo.

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O Brasil já sediou uma edição da Universíada, a terceira, realizada em Porto Alegre em 1963. Brasília tentou receber a edição de 2017 do evento, mas a cidade acabou sendo preterida por Taiwan pela Fisu.

Agora, Brasília apresenta nova candidatura e aposta na recente atração pelo Brasil de grandes competições internacionais - o País vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 será no Rio - para ter êxito na nova tentativa.

Agora, as cidades devem preparar seus dossiês até o dia 14 de setembro. As visitas de inspeções das candidaturas acontecerão entre 16 de setembro e 20 de outubro. Em 9 de novembro, as concorrentes farão uma apresentação final, seguida da votação que definirá a sede da 30ª edição da Universíada.

A última edição da Universíada foi realizada na China, em Shenzhen, em 2011. O Brasil ficou na 23ª colocação no quadro geral de medalhas, com dois ouros, quatro pratas e oito bronzes. Neste ano, a disputa será em Kazan, na Rússia, entre os dias 6 e 17 de julho.

UNIVERSÍADA DE INVERNO - A Fisu também anunciou nesta quarta que as cidades de Krasnoyarsk, na Rússia, e Valais, na Suíça, se candidataram a sediar a edição de 2019 da Universíada. Neste ano, o evento será realizado entre os dias 11 e 21 de dezembro em Trentino, na Itália.

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