Tópicos | Cabuçu

Hoje (19) é comemorado o Dia dos Povos Indígenas. E neste ano, o povo Wassú celebra 54 anos de sua migração de Alagoas para o Estado paulista. Para comemorar a data, promove o 2º Encontro dos Wassús em São Paulo, nos dias 22 e 23 de abril, das 10h às 16h30, no Espaço Cultural Multiétnico Filhos Desta Terra, no Cabuçu, Guarulhos. O evento é gratuito e aberto ao público em geral. 

Com estacionamento amplo e gratuito no local, a programação inclui a dança toré, rodas de conversas, cerimônia inter-religiosa, além de atividades culturais como trilha, pintura corporal, exposição e venda de artesanato, contação de histórias e brincadeiras.

##RECOMENDA##

O objetivo da ação é fortalecer a etnia Wassú no Estado de São Paulo, cuja população é de aproximadamente 300 pessoas vivendo em 18 municípios da Região Metropolitana. A ideia é aproximar e motivar as pessoas a prática da cultura Wassú e possibilitar aos não indígenas participarem e conhecerem a cultura. 

A população atual dessa etnia em Guarulhos é de cerca de 100 pessoas. Elas vivem há quase 30 anos distribuídas em diversos bairros, sendo que algumas famílias moram no Espaço Cultural Multiétnico, com seus rituais e costumes. O grupo se reorganizou culturalmente no município e desde então mantém atividades culturais e vivências em escolas e na aldeia como forma de manter o grupo fortalecido política e culturalmente.

A etnia Wassú se deslocou do Nordeste para terras paulistas em razão de intensos e sangrentos conflitos com fazendeiros por disputas de terras em suas aldeias.  

 

A Prefeitura de Guarulhos anunciou o 15º Encontro dos Povos Indígenas, que ocorrerá em 19, 20, e 21 de agosto, no Espaço Multiétnico Filhos desta Terra (Cabuçu) e no Bosque Maia.

Entre as atividades previstas estão rodas de conversa, apresentação de cantos e danças indígenas, exposição e venda de artesanatos e comidas típicas. Além da realização do ritual sagrado Toré, que celebra a amizade entre aldeias distintas e realça o sentimento de grupo e de nação.

##RECOMENDA##

O objetivo do evento é promover a cultura indígena da população que reside no município. A iniciativa é coordenada pela Subsecretaria da Igualdade Racial (SIR), que integra a Secretaria de Direitos Humanos.

De acordo com o censo de 2010, cerca de 1.434 indígenas vivem Guarulhos, distribuídos em 14 povos: Pankararé, Pankararú, Wassu Cocal, Tupi, Kaimbé, Guarani, Geripanko, Guajajara, Xavante, Pataxó, Tupinambá de Olivença, Xucuru, Terena e Tabajara.

Segundo o IBGE, no Brasil há uma população de quase 900 mil indígenas de 305 etnias, que falam 274 línguas. A maior concentração fica no Norte do país, com quase 306 mil indígenas.

Confira a programação do 15º Encontro dos Povos Indígenas em Guarulhos:

19 DE AGOSTO (Sexta-feira)

Local: Espaço Multiétnico Filhos Desta Terra 

Endereço: Avenida Benjamin Harris Hunnicutt, º 4.112, e rua Onze, em frente ao nº36 - Cabuçu, Guarulhos - SP

- Durante o dia haverá a recepção dos indígenas do Estado de São Paulo e de convidados e apresentação da aldeia

18h: Cerimônia de abertura na Oca Multiétnica Principal e em seguida um momento de oração com uma roda de cantorias e dança

20 DE AGOSTO (Sábado)

Local: Espaço Multiétnico Filhos Desta Terra

Endereço: Avenida Benjamin Harris Hunnicutt, º 4.112, e rua Onze, em frente ao nº36 - Cabuçu, Guarulhos - SP

8h: Recepção dos convidados

10h: Encontro na Oca Multiétnica Principal para início das atividades do dia

- Acolhimento dos convidados (indígenas e não indígenas)

- Roda de conversa “Dos encontros, lutas e resistência dos povos indígenas”, com Awá Kuaray Wera (Tupi) na Oca principal

- Apresentação de canto e dança indígena da Aldeia Multiétnica Filhos Desta Terra

- Participação do subsecretário da Igualdade Racial de Guarulhos, Anderson Guimarães

- Apresentação de canto e dança indígena da reserva

12h: Almoço e venda de comidas típicas na cozinha comunitária da oca principal

13h: Roda de conversa “A juventude tá on! Educação e cultura”, com Mateus Werá (Mbya Guarani), mediada por Beatriz Pankararu, no Espaço Pankararu

13h30: Apresentação de canto e dança indígena (Mbya Guarani)

14h: Roda de conversa “A juventude tá on! Saúde e moradia”, com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mediada por Beatriz Pankararu, no Espaço Pankararu

14h30: Apresentação de canto e dança indígena (Pankararu)

15h: Roda de conversa “Fala Parente!” com Zé Dantas, representante do povo Kaimbé na Reserva, no Espaço Kaimbé e apresentação do povo Kaimbé

15h30: Fala Parente!: Com o cacique Alaíde Pankararé, no Terreiro Multiétnico e apresentação do povo Pankararé

16h: Fala Parente!: Com Ybyrassu Máximo Wassu, no Terreiro Multiétnico e apresentação do povo Wassu Cocal

16h30: Exposição e venda de artesanatos

- Pausa para socialização entre parentes e convidados

17h: Encontro na oca principal para encerramento das atividades do dia

DIA 21 DE AGOSTO (Domingo)

Manhã

Local: Aldeia Multiétnica Filhos Desta Terra 

Atividade: Rodas de conversa na oca principal

Tarde

Local: Bosque Maia

Endereço: Avenida Paulo Faccini, s/nº - Centro, Guarulhos - SP

13h: Roda de conversa “Dos encontros, lutas e resistência dos povos indígenas”, com Awá Kuaray Wera (Tupi)

14h: Roda de conversa “A juventude tá on!”, com Mateus Werá (Mbya Guarani) e apresentação com o povo Mbya Guarani

15h: Roda de conversa “A juventude tá on”, com Beatriz Pankararu, Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e convidados. Em seguida, apresentação do povo Pankararu

16h: Fala, Parente!: com Kamuny Kariri Xocóe Akanawá Xucuru e apresentação do povo Kariri Xocó e Xucuru Kariri

16h30: Fala, Parente!: com Ybyrassu Máximo Wassu e apresentação com o povo Wassu

17h: Fala, Parente!: Roda de conversa e apresentação do povo Pankararé

17h30: Fala, Parente!: Roda de conversa e apresentação do povo Kaimbé

18h: Encerramento com os povos indígenas

 

A patrulha ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos apreendeu 29 aves silvestres na região do Cabuçu, que integra o Parque Estadual da Cantareira. Após receber uma denúncia, os agentes revistaram duas casas e encontraram os animais em gaiolas, com sinais de maus tratos e usando anilhas adulteradas. As anilhas são pequenos aneis presos à pata do animal, que registram a origem das aves e permitem o seu monitoramento.  

Na primeira casa revistada foram enconrados 14 coleirinhos, quatro pixarros, um bigodinho e um sabiá-laranjeira. Desse grupo, 14 animais tinham anilhas adulteradas. Já na outra casa indicada pelo denunciante, foram apreendidos seis sabiás-laranjeira, um bem-te-vi, um pássaro-preto e um sanhaço-comum. As pessoas que estavam de posse dos animais foram levadas para Delegacia de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente, onde assinaram Termo de Compromisso e foram liberados, mas ainda precisam responder a inquérito policial. As aves apreendidas foram encaminhadas ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras) do Parque Ecológico do Tietê.

##RECOMENDA##

O núcleo Cabuçu, área verde onde os pássaros foram apreendidos, faz parte do Parque Estadual da Cantareira, que por sua vez compõe a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo. Os crimes contra a fauna silvestre como captura ilegal, venda ou guarda de espécimes na natureza e maus tratos podem ser denunciados junto à Central de Atendimento da GCM pelos telefones 153 e (11) 2475-9444.

 

Após o bloqueio da estrada do Cabuçu, ocasionada pelo pela greve dos caminhoneiros e do protesto contra o aterro sanitário (quinta-feira, 24) que a Prefeitura de Guarulhos quer implantar na região, os moradores do Cabuçu e Recreio São Jorge ainda sofrem com a falta de transporte público. “A espera pelo ônibus tem demorado, em média, duas horas. Isso quando dá pra entrar de tão cheio que os veículos estão. Desde ontem está assim”, afirmou o morador do Cabuçu, Anderson Rodrigues, 28 anos, que aguarda o transporte em direção ao centro da cidade há mais de uma hora.

Apenas uma linha circula pelos bairros: a 251 Centro/Vila Galvão via Cabuçu. Na manhã desta sexta-feira (25), a prefeitura informou que novamente a frota de ônibus estará reduzida em 40% dos veículos.

##RECOMENDA##

Segundo a moradora do Recreio São Jorge, Aline Silva, 33, “os pontos de ônibus estão mais vazio porque as pessoas desistiram e voltaram para casa”. Ela afirma que deveria entrar no trabalho às 13h e estava desde às 10h no ponto. “Vou para casa, desisto. O Uber até o centro de Guarulhos está com o preço quatro vezes maior do que normalmente”, afirma.

Após pressão dos manifestantes contra o aterro sanitário do Cabuçu, em Guarulhos, a audiência pública de amanhã (25), decisiva para a aprovação do projeto, foi cancelada. Cerca de 350 manifestantes participaram do ato com o grito “Cabuçu é o pulmão, não queremos o lixão!”, que começou às 14h, na praça Getúlio Vargas e foi até às 17h, no Paço Municipal. O prefeito Guti (PSB) não participou da manifestação e os representantes da comunidade foram atendidos pelo vereador Paulo Carvalho (PR). De acordo com deputado estadual Alencar Santana (PT), “ele (Guti) sequer está na cidade”, afirmou. Os organizadores do ato afirmaram que a Secretaria de Meio Ambiente já havia dado parecer favorável ao aterro e que é necessário conversar com os moradores antes que uma decisão definitiva seja tomada.

O protesto contou com apoio dos moradores do Cabuçu, Recreio São Jorge, Novo Recreio e demais bairros da região. Além disso, lideranças religiosas – padres e pastores – se uniram pela causa. Segundo o biólogo e representante do Movimento Cabuçu, Rodrigo Maia, a criação do aterro prejudica a qualidade de vida dos moradores por conta do excesso de emissão de gás metano, que é nocivo à saúde.

##RECOMENDA##

De acordo com o integrante do setor ambiental e ativista da causa em Guarulhos, Jefferson Pereira da Silva, o local onde será o possível aterro pertence a uma área de manancial e distribuição de água para a cidade. "Cerca de 13% da água do município de Guarulhos provém dessa região. Com o aterro, o solo será contaminado e é possível que a água também", afirma. Caso seja aprovado, o aterro receberá resíduos de vários municípios de São Paulo. Para o ambientalista e professor de biologia, Toninho, "os impactos ambientais na construção de outro aterro sanitário serão enormes, como por exemplo, as doenças que podem ser apresentadas e a contaminação dos lençóis freáticos. Novas áreas serão abertas e milhares de toneladas de lixo do entorno da Grande São Paulo serão produzidas na região do Cabuçu”, afirmou.

Para a moradora do Cabuçu, Maria Vilma, 49, o novo aterro sanitário vai causar um impacto “imenso na região. Hoje os moradores já sofrem com o mau cheiro, além da via ser muito estreita e não ter sinalização". Ainda segundo Maria Vilma, os munícipes não sabem os motivos de não haver mudança de local do aterro por falta de comunicação com a prefeitura.

Reportagens locais afirmaram que o protesto era associado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Entretanto, o portal de notícias Leia Já apurou que a manifestação era comunitária e não estava veiculada a nenhum partido político.

Por Caroline Nunes e Beatriz Gouvêa

O bairro do Cabuçu em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, continua sendo patrulhado policiais nesta quarta-feira (22) mas a situação ainda não se normalizou. Moradores estão com medo e a maioria das linhas de ônibus deixou de circular. No sábado à tarde, a ocorrência de um triplo homicídio gerou revolta e dois ônibus foram incendiados como forma de protesto.

Os transportes públicos foram recolhidos pelas empresas no domingo (19). Apenas uma linha de ônibus, que faz o trajeto entre o terminal Taboão e Vila Galvão, está circulando, e assim mesmo com escolta da Guarda Civil Municipal (GCM).

##RECOMENDA##

“Os motoristas dos ônibus estão se recusando a vir trabalhar, pois estão com medo do que está acontecendo aqui”, afirmou uma moradora do local, que prefere não se identificar.

“O bairro está completamente em silêncio. Quando é a noite e dá 19h30 já não tem mais ninguém na rua e a gente está percebendo que há bastante viatura da GCM e da Polícia Militar lá. A situação tá bem complicada”, relata.

Segundo a GCM, algumas guarnições estão fazendo rondas pela região do Cabuçu, Jardim Paraíso e Recreio São Jorge.

 

A Polícia Militar reforçou o patrulhamento no local com a finalidade de evitar o vandalismo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando