Tópicos | Caoa

A Caoa Chery anunciou nesta quinta-feira, 5, que sua fábrica de Jacareí (SP) ficará fechada até 2025, período em que vai ser remodelada para produzir veículos elétricos e híbridos. Boa parte dos 627 funcionários da unidade serão demitidos e receberão indenização extra, segundo informou a empresa.

As indenizações serão negociadas com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. A entidade afirma que a empresa falou em 485 demissões, número que inclui todo o pessoal da produção e cerca de metade da administração. A fábrica produzia o SUV Tiggo 3x, que sairá de linha, e o sedã Arrizo 6, que passará a ser importado.

##RECOMENDA##

Como os funcionários da produção estão em licença remunerada desde 21 de março, nenhum carro foi produzido desde então. O presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, chamou os trabalhadores para um assembleia nesta sexta-feira, 6, às 10h, para discutir medidas para evitar a suspensão das atividades da fábrica.

O grupo pretende ampliar a produção da unidade de Anápolis (GO), onde são produzidos os SUVs Tiggo 5x, Tiggo 7x e Tiggo 8. A empresa afirma que vai eletrificar todos os modelos de suas das marcas a partir de 2023.

"A empresa está atenta às demandas globais em relação à mobilidade sustentável e assume o compromisso com o Brasil e seus consumidores de eletrificar todos os modelos de seu portfólio", afirma em nota.

O grupo fundado pelo empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, falecido em agosto do ano passado, aos 77 anos, informa que a adaptação da unidade de Jacareí terá como parâmetro os processos produtivos flexíveis já adotados na fábrica de Anápolis (GO), que já tem capacidade para produzir veículos híbridos.

Diz também que a suspensão dos processos industriais em Jacareí será compensada pela ampliação da produção em Anápolis, que está sendo preparada para lançamentos no segundo semestre. Com isso, mantém sua meta de comercializar 60 mil unidades no mercado nacional neste ano.

Plano de investimento

O investimento para os novos projetos está incluído no plano de R$ 1,5 bilhão para o período de 2021 a 2025. O grupo informa que será pioneiro no desenvolvimento e produção de veículos "verdes" no País.

O movimento da companhia ocorre em um momento em que a chinesa Great Wall passa a operar no Brasil com projetos de fabricação de carros eletrificados na fábrica adquirida da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). A BYD, outra chinesa que já produz ônibus elétricos em Campinas (SP), está ampliando sua oferta de automóveis movidos a eletricidade por enquanto importados.

A fábrica de Jacareí foi construída pela chinesa Chery, que depois teve metade das ações adquiridas pela Caoa, e divide a produção de modelos dessa marca e da coreana Hyundai com a fábrica goiana.

A empresa afirma que a ação "faz parte da transição tecnológica da Caoa Chery que visa aumentar sua competitividade no âmbito nacional e internacional , seguindo um dos maiores movimentos tecnológicos da indústria automotiva mundial com forte foco no mercado brasileiro".

Capacidade produtiva

Gonçalves afirma que a entidade desconfia da declaração da empresa de que retomará atividades em 2025 e afirma que a entidade "não vai aceitar o fechamento da fábrica". Ele lembra que o terreno onde a Chery está instalada foi doado pela Prefeitura, que será procurada para discutir a decisão da empresa.

O sindicalista também lembra que, no ano passado, a empresa contratou 280 funcionários com planos de produzir 40 mil veículos neste ano, ante 14 mil em 2021. A planta tem capacidade para 50 mil unidades ao ano, mas, desde sua instalação na cidade, em 2014, nunca atingiu esse volume. "O maior volume foi o do ano passado."

A defesa do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), afirmou desconhecer a acusação do contador Roberto Trombeta. Delator da Operação Lava Jato, Trombeta afirmou aos procuradores da República que o governador estava na residência do dono do Grupo Caoa, numa reunião, em agosto de 2014, em que lhe foi solicitado a participação no repasse de R$ 3 milhões, em espécie, para o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, dono da Gráfica Brasil.

Bené, como é conhecido o amigo de Pimentel, é acusado de ser o operador de propinas do governador e está preso desde abril.

##RECOMENDA##

"É fundamental registrar, antes de qualquer observação, que o referido Sr. Roberto Trombeta é acusado pelo Ministério Público Federal de mentir e ocultar documentos prometidos por ele na negociação do acordo de delação premiada no âmbito da assim chamada Operação Lava Jato. Por esta razão, a delação pode ser anulada. Como a defesa de Fernando Pimentel, que não é investigado na referida operação, desconhece por completo os assuntos narrados, só pode se basear nas informações repassadas pela reportagem, que não deixa sombra de dúvida: nada do que foi relatado liga Pimentel a essas supostas tratativas. Nada a não ser a palavra de alguém que é acusado de mentir em sua delação. Nada além de "ter avistado" alguém que poderia, em sua avaliação, ser Fernando Pimentel em um desses supostos encontros", diz o advogado Eugênio Pacelli.

Em nota, a Caoa negou as acusações. "A CAOA desconhece a existência e eventual conteúdo das delações premiadas de Roberto Trombeta e seu sócio Rodrigo Morales que lhe faça qualquer menção, sendo curioso que tal suposta informação, coberta por sigilo legal, venha parcialmente ao conhecimento público, sem possibilidade prévia da empresa saber e contrapor os seus termos", diz a nota.

"A CAOA sempre desenvolveu suas atividades com recursos de origem lícita e privada, dentro e fora do Brasil e, ademais, desconhece os negócios e as empresas de Trombeta e Morales no exterior, as quais não fazem ou fizeram parte dos negócios da CAOA. A CAOA repele com veemência qualquer irregularidade", conclui o texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dono da Caoa, companhia que monta veículos e possui uma rede de concessionárias em todo o País, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, investigado na Operação Acrônimo, afirmou em depoimento à Polícia Federal não ter nenhuma conta bancária em seu nome. A explicação foi dada para justificar a guarda de R$ 2,5 milhões em dinheiro vivo em sua casa, apreendidos em outubro.

Oliveira Andrade é um dos alvos da Acrônimo, que apura suposta compra de portarias do governo federal que concederam incentivos fiscais à sua montadora, a Caoa, que fabrica modelos Hyundai no Brasil. Os benefícios foram concedidos na gestão do ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Mauro Borges, que sucedeu no cargo o atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

##RECOMENDA##

A Caoa pagou R$ 2,8 milhões a empresas de Benedito Rodrigues, o Bené, empresário que tratou dos benefícios com Borges e é apontado como operador de Pimentel. Conforme a PF, os repasses foram vantagens indevidas pagas indiretamente ao governador petista. Todos negam qualquer conduta irregular.

Outra operação da PF, a Zelotes, também apura suposto pagamento de propina a servidores públicos e autoridades do governo em troca de medidas provisórias que concederam incentivos fiscais a montadoras, entre elas a Caoa.

Os R$ 2,5 milhões em notas estavam num dos endereços de Oliveira Andrade em São Paulo, parte acondicionada em sacos plásticos. Ao depor à PF, o empresário disse ser acionista da Caoa e que "normalmente faz as retiradas da empresa em dinheiro, uma vez que não possui conta em banco". No depoimento, ele não esclareceu porque não tem conta bancária.

Durante a oitiva, o advogado de Oliveira Andrade, José Roberto Batochio, acrescentou que o expressivo montante em espécie se destinava a pagar funcionários, reforma e despesas de toda a família, além de bancar viagens em jatinhos.

Tanto que, segundo ele, o empresário declarou ao Imposto de Renda guardar R$ 5,2 milhões em casa em 2014. O total de bens e direitos informados ao Leão naquele ano era de R$ 833 milhões.

À Polícia Federal, o empresário disse ainda que recebia Pimentel em sua casa, assim como a Bené. Ele afirmou também que se encontrava com o petista em Brasília e costumava ouvi-lo sobre a "situação macroeconômica do País, a fim de tomar decisões sobre investimentos".

Oliveira Andrade negou ter pago qualquer quantia a Bené ou a Pimentel. Ele alegou não saber por que a Caoa repassou R$ 2,8 milhões às empresas de Bené, mas informou acreditar que se tratava de pagamentos por serviços de marketing prestados à montadora.

A CAOA Montadora, importadora e distribuidora da marca Hyundai no Brasil, convocou hoje o recall de veículos modelo Genesis 3.8 L produzidos entre 23 de setembro de 2008 a 20 de fevereiro de 2012, com números de chassi entre KMHGC41EP9U034615 e KMHGC41KBDU191079, para a substituição do fluído de freio. Segundo a empresa o fluido abastecido na linha de montagem pode oxidar os componentes internos do sistema antitravamento e impedir o funcionamento do ABS.

No comunicado, a CAOA informa que o defeito não gera risco da perda de capacidade de frenagem convencional do veículo, "mas a não observância desse recall pode ocasionar graves acidentes aos ocupantes e a terceiros". Os proprietários devem comparecer a uma concessionária autorizada Hyundai (importados) para substituição preventiva do fluido. Informações e agendamento podem ser efetuados pelo o telefone 0800-559545, de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 18 horas.

##RECOMENDA##

O proprietário do Grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, voltou à carga para tentar comprar o banco BVA, sob intervenção do Banco Central (BC) desde 19 de outubro. O empresário fez na quinta-feira uma proposta ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para adquirir com um desconto de 65% o R$ 1,3 bilhão que o Fundo aportou na instituição financeira. Ainda não é possível afirmar que o banco se livrou da liquidação pelo BC, mas a probabilidade de salvamento aumentou.

Andrade negociou por alguns meses com o FGC, mas as partes não chegaram a um acordo. No dia 7 de fevereiro, as conversas foram encerradas. De lá para cá, o empresário procurou cerca de uma centena dos maiores credores do BVA com uma proposta de desconto de 65% dos valores que cada um detinha no banco antes da intervenção. Há também a opção de ele pagar 50% do crédito, mas em um prazo mais longo, de até cinco anos.

##RECOMENDA##

Nem todos aceitaram a proposta até o momento, e essa é uma das condições que precisam ser cumpridas para evitar a liquidação. A outra é a aprovação pelo BC. O famoso empresário do ramo automotivo era um dos maiores credores individuais do BVA, com R$ 500 milhões depositados em dinheiro e R$ 100 milhões em participação acionária. O maior credor é o próprio FGC.

No dia 18 de fevereiro, o interventor do BC, Eduardo Bianchini, encaminhou para Brasília um relatório em que descreveu as condições do BVA. Junto com esse trabalho, foi enviado também um levantamento elaborado pela empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers, que apontou um passivo a descoberto de pouco mais de R$ 1,5 bilhão na instituição. Essa auditoria foi contratada pelo FGC para que os números do BVA pudessem ser apresentados a eventuais interessados em comprar o banco.

Algumas instituições pediram para ver os números, mas, desde o início, pessoas que acompanham de perto o processo acreditavam que apenas Andrade teria real interesse. Por duas razões: evitaria a perda dos R$ 600 milhões e compraria um banco para poder financiar diretamente as vendas de suas empresas na área automotiva. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A partir desta sexta-feira a BMW do Brasil e a Caoa - representante oficial da Hyundai no País - estão habilitadas como investidoras no Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). As portarias interministeriais foram publicadas nesta sexta-feira no Diário Oficial e foram assinadas pelos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp.

As duas habilitações valem até o dia 31 de março mas podem ser prorrogadas automaticamente se os cronogramas de investimentos físicos e financeiros dos projetos apresentados forem cumpridos. A BMW anunciou investimentos superiores a R$ 600 milhões para a construção de sua primeira unidade na América Latina, em Araquari (SC), e a Caoa pretende investir R$ 300 milhões para dar início a produção do hatch IX35 na sua unidade de Anápolis (GO).

##RECOMENDA##

Com a publicação, as duas empresas passam a usufruir dos benefícios definidos no Inovar-Auto, como o crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para parte dos veículos apresentados no projeto de investimento e ganham o direito de importar mensalmente 500 unidades - no caso da Caoa -, e 1.200 unidades - a BMW - com benefício fiscal.

Com essas duas publicações, chega a 35 o número de empresas habilitadas no Inovar-Auto. Até 2017, o governo espera investimentos de até R$ 5,5 bilhões e aumento na produção de automóveis no País. No ano passado, foram produzidos cerca de 3,3 milhões de automóveis, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A expectativa já divulgada pelo governo é chegar a marca de 4 milhões.

De acordo com o MDIC, Para ter direito à habilitação, a empresa deve estar em dia com o pagamento de tributos federais, se comprometer a atingir níveis mínimos de eficiência energética em relação aos produtos comercializados no País (para veículos a gasolina, álcool ou flex) e a atender a critérios de produção definidos no decreto.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando