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Um menino de 8 anos matou com um tiro acidental o cunhado de 27, quando manuseava a arma dele, no início da noite desta segunda-feira (8), em Jacareí, interior de São Paulo. O homem, que tinha licença de colecionador, atirador esportivo e caçador, o chamado CAC, tinha ido buscar seu filho de 5 anos e o menino, seu cunhado, em uma escola particular, no bairro Jardim Leonídia. A arma de fogo estava no banco traseiro do automóvel. As crianças entraram no carro e o menino pegou a arma, e aconteceu o disparo acidental.

A pistola estava carregada com 12 projéteis. A bala atingiu a cabeça da vítima e, quando o socorro chegou, o homem já estava morto. Conforme a Polícia Civil, a arma estava com a documentação em dia. O caso foi encaminhado à Delegacia Seccional de Polícia Civil e a apuração será feita pelo 3o Distrito Policial. A ocorrência foi registrada como omissão de cautela e morte acidental.

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A vítima, o corretor de imóveis Wanderson dos Santos, deixou mulher e dois filhos - além do menino de 5 anos, uma criança de 2 anos. Seu corpo está sendo velado nesta terça-feira (9), em Jacareí.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor desde 13 de Julho de 1990, menores de 12 anos são considerados crianças e são inimputáveis penalmente, ou seja, não podem sofrer nenhum tipo de penalidade. As medidas socioeducativas como a internação na Fundação Casa podem ser aplicadas apenas para adolescentes, que são os menores de 12 a 18 anos.

Conforme mostrou o Estadão, graças à política do governo de Jair Bolsonaro que facilitou a aquisição de armas, o total de CACs registrados no País saltou de 117.467 em 2018 para 673.818 este ano. O número é superior ao de policiais militares da ativa que atuam no Brasil, que são 406 mil, e supera o efetivo das Forças Armadas, de 360 mil soldados.

Com a decisão do grupo Caoa Chery de demitir 485 funcionários e manter a fábrica de Jacareí (SP) fechada por três anos, trabalhadores da unidade seguem realizando protestos para tentar reverter a medida. Ontem, um grupo deles fez uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocorria uma audiência pública para discutir a desindustrialização no Estado.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região chegou a anunciar, na semana passada, que a empresa havia concordado em realizar um programa de lay-off (suspensão temporária de contratos) por cinco meses e conceder mais três de estabilidade, mas depois teria voltado atrás e manteve os cortes.

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Em nota, a Caoa Chery informou que não aceitou a suspensão dos contratos pois a legislação estabelece a medida quando há previsão de retomada da produção no curto prazo, o que não é seu caso. Segundo o grupo, a intenção é manter a unidade fechada até 2025, período em que a fábrica será preparada para produzir apenas modelos híbridos e elétricos.

Ao todo, a planta de Jacareí emprega 627 funcionários e serão mantidos apenas os das áreas administrativas. Para os que serão demitidos, a empresa oferece indenização adicional à rescisão - serão 15 salários para quem tem mais de cinco anos de empresa, dez para quem tem de dois a cinco anos e sete para aqueles com até dois anos de contrato.

Em todas as propostas, o teto salarial é de R$ 5 mil, ou seja, quem tem mais de cinco anos de casa receberia adicional de R$ 75 mil.

Sem compromisso

O presidente do sindicato, Weller Gonçalves, insiste que a companhia voltou atrás e disse temer que a fábrica não retome as operações daqui a três anos, como anunciado, pois não há qualquer compromisso formal assumido pela empresa.

Segundo o sindicalista, na audiência de ontem, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que vai pedir ao Tribunal de Contas de São Paulo acesso a informações sobre isenções fiscais dadas a empresas que pretendem deixar a região. "O propósito é conhecer o quanto essas empresas foram beneficiadas com dinheiro público", disse Gonçalves.

Ele ainda informou que também será acionada a Comissão Permanente de Relações do Trabalho para que os donos da Caoa Chery e de outras empresas sejam convocados a prestar esclarecimentos à Alesp.

Nesta sexta-feira, haverá audiência online de conciliação entre o sindicato, a Caoa e o Ministério Público do Trabalho da região de Jacareí.

Na avaliação do sócio da Bright Consulting, Cássio Pagliarini, uma montadora normalmente não precisa de três anos para adaptar sua linha de produção, nem mesmo para modelos totalmente novos, como são os elétricos e híbridos.

Pagliarini disse ainda que, em casos em que a empresa importa a maior parte dos componentes - como ocorre com a Caoa Chery -, o tempo médio para a transição seria de um ano. "O prazo de três anos normalmente é o que se leva para desenvolver um veículo, fazer ferramentas para a produção e preparar a linha de montagem", diz o consultor.

Produção parada

A fábrica de Jacareí está parada desde março, quando os funcionários da linha de produção entraram em licença remunerada. A planta produzia os modelos Tiggo 3 - que saiu de linha -, e Arrizo 6, que passará a ser importado da China.

A unidade inaugurada em 2015 tem capacidade para produzir, em um turno, 50 mil veículos por ano, mas o máximo atingido até agora foi de 14 mil unidades, no ano passado.

No início, a fábrica pertencia integralmente ao grupo chinês Chery. Depois, teve metade das ações vendida à empresa brasileira Caoa, que também tem uma fábrica em Anápolis (GO), onde a produção de modelos da Chery e da Hyundai será mantida. O grupo foi criado pelo empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que faleceu em agosto do ano passado, aos 77 anos.

Greve na Renault

Funcionários da Renault em São José dos Pinhais (PR) entram hoje no 13º dia de greve por causa do valor do Programa de Participação nos Resultados (PPR). Ontem à tarde estava prevista nova reunião com representantes da empresa e uma eventual proposta será apresentada em assembleia marcada para esta tarde.

No início da semana, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba propôs o pagamento de no mínimo R$ 22,3 mil de PPR a cada funcionário.

A Renault disse que concordaria com o valor, desde que fosse vinculado à meta de produção de 198,5 mil veículos neste ano. O sindicato, porém, não aceita a condição, alegando, por exemplo, que a dificuldade na importação de semicondutores - que tem levado várias fábricas a interromper a produção - pode atrapalhar o cumprimento da meta.

No complexo, são feitos os modelos Kwid, Sandero, Logan, Stepway, Duster, Captur, Oroch, Master e motores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caoa Chery anunciou nesta quinta-feira, 5, que sua fábrica de Jacareí (SP) ficará fechada até 2025, período em que vai ser remodelada para produzir veículos elétricos e híbridos. Boa parte dos 627 funcionários da unidade serão demitidos e receberão indenização extra, segundo informou a empresa.

As indenizações serão negociadas com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. A entidade afirma que a empresa falou em 485 demissões, número que inclui todo o pessoal da produção e cerca de metade da administração. A fábrica produzia o SUV Tiggo 3x, que sairá de linha, e o sedã Arrizo 6, que passará a ser importado.

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Como os funcionários da produção estão em licença remunerada desde 21 de março, nenhum carro foi produzido desde então. O presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, chamou os trabalhadores para um assembleia nesta sexta-feira, 6, às 10h, para discutir medidas para evitar a suspensão das atividades da fábrica.

O grupo pretende ampliar a produção da unidade de Anápolis (GO), onde são produzidos os SUVs Tiggo 5x, Tiggo 7x e Tiggo 8. A empresa afirma que vai eletrificar todos os modelos de suas das marcas a partir de 2023.

"A empresa está atenta às demandas globais em relação à mobilidade sustentável e assume o compromisso com o Brasil e seus consumidores de eletrificar todos os modelos de seu portfólio", afirma em nota.

O grupo fundado pelo empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, falecido em agosto do ano passado, aos 77 anos, informa que a adaptação da unidade de Jacareí terá como parâmetro os processos produtivos flexíveis já adotados na fábrica de Anápolis (GO), que já tem capacidade para produzir veículos híbridos.

Diz também que a suspensão dos processos industriais em Jacareí será compensada pela ampliação da produção em Anápolis, que está sendo preparada para lançamentos no segundo semestre. Com isso, mantém sua meta de comercializar 60 mil unidades no mercado nacional neste ano.

Plano de investimento

O investimento para os novos projetos está incluído no plano de R$ 1,5 bilhão para o período de 2021 a 2025. O grupo informa que será pioneiro no desenvolvimento e produção de veículos "verdes" no País.

O movimento da companhia ocorre em um momento em que a chinesa Great Wall passa a operar no Brasil com projetos de fabricação de carros eletrificados na fábrica adquirida da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). A BYD, outra chinesa que já produz ônibus elétricos em Campinas (SP), está ampliando sua oferta de automóveis movidos a eletricidade por enquanto importados.

A fábrica de Jacareí foi construída pela chinesa Chery, que depois teve metade das ações adquiridas pela Caoa, e divide a produção de modelos dessa marca e da coreana Hyundai com a fábrica goiana.

A empresa afirma que a ação "faz parte da transição tecnológica da Caoa Chery que visa aumentar sua competitividade no âmbito nacional e internacional , seguindo um dos maiores movimentos tecnológicos da indústria automotiva mundial com forte foco no mercado brasileiro".

Capacidade produtiva

Gonçalves afirma que a entidade desconfia da declaração da empresa de que retomará atividades em 2025 e afirma que a entidade "não vai aceitar o fechamento da fábrica". Ele lembra que o terreno onde a Chery está instalada foi doado pela Prefeitura, que será procurada para discutir a decisão da empresa.

O sindicalista também lembra que, no ano passado, a empresa contratou 280 funcionários com planos de produzir 40 mil veículos neste ano, ante 14 mil em 2021. A planta tem capacidade para 50 mil unidades ao ano, mas, desde sua instalação na cidade, em 2014, nunca atingiu esse volume. "O maior volume foi o do ano passado."

Um homem suspeito de fazer parte da quadrilha que aplicou golpes financeiros em famosos, entre eles a global Juliana Paes, foi preso nesta segunda-feira (13) em Jacareí, interior de São Paulo (SP), após denúncias de que ele andava armado e teria ameaçado um vizinho. As informações são do G1.

De acordo com o portal, o suposto acusado, que tem 41 anos, teve o pedido de prisão pelo crime de estelionato negado pela Justiça em maio deste ano, mas foi detido em flagrante durante uma ação de busca e apreensão comandada pela Polícia Civil de São Paulo. Ele portava um revólver com a numeração raspada e munições, configurando o crime de porte ilegal de arma.

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Junto com mais três pessoas, o homem preso pela polícia foi denunciado por golpes em que pegava dinheiro de artistas e esportistas famosos sob a promessa de retorno financeiro de até 8% do valor investido ao mês. Uma das vítimas, a atriz Juliana Paes perdeu R$ 480 mil no esquema. O grupo é investigado desde 2017.

Ao G1, a polícia contou que o homem estava desde março morando em Jacareí, onde mantinha uma fazenda de criação de gado em cativeiro. No local, foram encontrados cerca de R$ 200 mil em animais, que eram vendidos nas proximidades. O acusado vai ser encaminhado para a cadeia de Jacareí.

 

Um jovem de 19 anos, que não teve a identidade revelada, foi encontrado morto carbonizado em Jacareí, no interior de São Paulo. A vítima estava com mãos e pés amarrados e, até o momento, ninguém foi preso.

De acordo com informações da Polícia Civil, o jovem foi encontrado por moradores do bairro Vila Zezé. O homem foi identificado pela família, que mora na região, por meio de uma tatuagem na perna.

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A família do jovem informou que ele havia saído de casa na terça-feira (22) e desde então não tinha sido mais visto. Os familiares o procuraram pela região, mas como não o encontraram decidiram registrar o caso junto à Polícia.

Além disso, a vítima havia deixado a Fundação Casa há pouco mais de um mês, após ter se envolvido em uma tentativa de homicídio, ainda quando era menor de idade.

O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

A Polícia Civil prendeu um homem de 42 anos acusado de invadir, na madrugada desta terça-feira (22), uma sex shop e furtar produtos eróticos em Jacareí-SP. A ação foi percebida pelo proprietário do imóvel através do sistema de monitoramento.

O homem furtou um baralho com posições do Kama Sutra, um porta-caneta em formato de vagina, uma vela em formato de pênis e porta-lenço erótico. Ele invadiu o estabelecimento por volta das 4h e ficou cerca de cinco minutos escolhendo os produtos, informou o G1.

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Quando os policiais chegaram ao local, o suspeito estava sobre o telhado tentando fugir. Os itens que ele tentava levar custam, juntos, em torno de R$ 100, segundo o G1. O dinheiro do caixa não foi levado. O homem foi autuado por furto.

Policiais civis apreenderam três toneladas de palmito numa fábrica clandestina do produto, na zona rural de Jacareí, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Cerca de 1,5 mil quilos estavam processados e embalados em potes. Outros 1,5 mil quilos eram de palmito in natura. A suspeita é de que o produto tenha sido extraído da palmeira juçara, espécie da Mata Atlântica, ameaçada de extinção.

Os policiais chegaram ao local depois de receber denúncia de que ali funcionava uma refinaria de droga. Os três homens suspeitos de extrair e processar o palmito conseguiram fugir. Com um morador da casa, foi encontrada uma arma. Ele foi preso por porte ilegal e mostrou aos policiais o local onde o palmito era processado e guardado. Conforme seu relato, os homens buscavam as palmeiras em matas da Serra do Mar e das encostas da Mantiqueira.

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Esta foi a segunda grande apreensão de palmito no Estado em menos de uma semana. No último sábado, 6, uma operação da Polícia Militar Ambiental fechou uma fábrica clandestina e apreendeu 2,5 mil potes e 406 unidades de palmito in natura, em Cananéia, no litoral sul paulista. O produto foi obtido com o corte de 1,5 mil palmeiras da espécie juçara.

A Chery vai investir R$ 400 milhões na construção da terceira linha de montagem na fábrica de Jacareí (SP). Segundo adiantou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o vice-presidente da montadora no Brasil, Luis Curi, a nova linha será destinada à produção do SUV Tiggo 5 e terá capacidade para montar até 30 mil unidades por ano.

A expectativa da empresa é de que as obras comecem em setembro e fiquem prontas em 18 meses. Quando estiver em operação, a nova linha deve gerar 220 postos de trabalho na planta, que tem atualmente cerca de 500 funcionários.

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Dos R$ 400 milhões que serão investidos, o vice-presidente da Chery explicou que cerca de R$ 150 milhões serão destinados à compra de equipamentos; R$ 130 milhões para engenharia; R$ 80 milhões para obras físicas de expansão; R$ 20 milhões para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e R$ 20 milhões para capital de giro.

Todo o montante a ser investido virá de capital próprio da matriz da montadora na China. "Por enquanto, a fábrica daqui ainda é só prejuízo", diz o executivo.

Curi ressalta que o Tiggo 5 deve ter algumas diferenças do modelo produzido na China. Antes do início da produção nacional, o modelo deve chegar ao Brasil importado da matriz. De acordo com o executivo, a previsão é de que o modelo importado comece a ser vendido entre outubro e novembro. Antes disso, a Chery deve lançar o New QQ importado, que também começará a ser produzido no País ainda em 2015.

A linha de montagem do Tiggo 5 será a terceira na fábrica de Jacareí, inaugurada em agosto de 2014. Desde fevereiro, a montadora já produz o Celer em série. Segundo Curi, atualmente são fabricadas cerca de 40 unidades do modelo por dia, produção abaixo da capacidade de 80 carros. A segunda linha de montagem, a do modelo QQ, já está pronta e deve começar a operar no último trimestre deste ano, com capacidade para produzir até 25 mil unidades por ano. Essa linha, diz o executivo, deverá gerar 200 postos de trabalho.

Melhores opções

"A matriz da Chery na China vê o Brasil, ao lado da Rússia, como uma de suas melhores opções de negócio", afirmou Curi, ao justificar o investimento da Chery no País em um período de crise da indústria automotiva nacional. Para o executivo, apesar da queda de 18,4% na venda de automóveis e comerciais leves novos em 2015 até junho, a montadora acredita que o retorno a níveis de quatro anos atrás é "totalmente factível". "Acreditamos que existe mercado para crescer, desde que cresça a renda", disse.

Para o executivo, uma possível retomada das vendas internas deve ficar para 2017, quando ele prevê um mercado "mais calmo". "2016 também deve ser um ano de ajustes, embora menos impactantes, mas ainda de ajustes", acrescentou, prevendo um mercado de 2,7 milhões de unidades no próximo ano.

Para 2015, o vice-presidente da Chery estima que deverão ser emplacados cerca de 2,5 milhões de automóveis e comerciais leves, o equivalente a queda de quase 30% ante os 3,5 milhões emplacadas no ano passado.

Anúncio oficial

O anúncio oficial do lançamento da nova linha de montagem do Tiggo 5 será feito pela direção da Chery nesta segunda-feira, 20, durante a cerimônia de lançamento oficial do Polo Automotivo e Tecnológico de Jacareí.

Em abril, a montadora anunciou que a construção do parque de fornecedores na unidade deverá totalizar investimentos de US$ 300 milhões, a serem feitos pelas empresas que pretendem se instalar no local. O objetivo é atrair até 25 companhias, com potencial de gerar até 5 mil empregos.

De acordo com Curi, no local deverão ser produzidos rodas, amortecedores, freios, sistemas de direção, bancos, tanques de combustíveis, motores e transmissão. O vice-presidente ressalta que nove empresas já "demonstraram" a intenção de se instalar no polo, mas somente uma delas, a brasileira Abrazu, do setor de logística, já começou a construir. A previsão da Chery é de que a fábrica da Abrazu fique pronta em até um ano. "O polo vai desafogar nosso custo logístico", destacou.

As empresas que se instalarem no local receberão benefícios fiscais. Curi adiantou que, durante o evento de segunda-feira em Jacareí, a prefeitura deverá anunciar a edição de uma lei específica prevendo isenção de alguns tributos para essas autopeças, como Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana (IPTU), por até 4 anos, e pagamento da alíquota mínima do Imposto sobre Serviço (ISS).

A greve dos trabalhadores da Chery completa um mês nesta quarta-feira, 6, com um prejuízo de cerca de 500 carros que deixaram de ser produzidos, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A empresa, por sua vez, contabiliza que 600 unidades deixaram de ser fabricadas no período.

Os trabalhadores chegam ao 30º dia de paralisação com a possibilidade de um acordo com a direção da montadora chinesa. Às 11h desta quarta-feira, 6, eles têm nova audiência de negociação na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas. Será a terceira rodada de negociações na Justiça do Trabalho.

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Os dois primeiros encontros, em 24 e 30 de abril, acabaram sem acordo. Na última reunião, porém, trabalhadores e direção da montadora concordaram com a proposta de reajuste do piso salarial para R$ 1.850 e de estabilidade no emprego de três meses para todos os trabalhadores após a greve.

Por outro lado, a empresa rejeitou outras 31 cláusulas da pauta proposta. Entre os pedidos rejeitados, está a assinatura da convenção coletiva da categoria, estabilidade no emprego para trabalhadores lesionados, fim das terceirizações nos setores de logística e manuseio (consideradas pela entidade como atividades-fim) e redução da jornada de trabalho para 40 horas até setembro deste ano.

A montadora, no entanto, oferece redução gradativa da jornada para 40 horas até maio de 2017 e afirma que não terceiriza atividade-fim, pois considera os dois setores como "atividades acessórias", "ou seja, de apoio à atividade fim da Chery, que é produzir carros".

Em nota, a empresa disse também que está disposta a assinar a convenção coletiva, "desde que seja saudável para todas as partes e considerando todos os fatores envolvidos, como cenário econômico atual e planos de expansão da companhia a longo prazo no Brasil". A companhia, contudo, não deu detalhes da proposta que levará para audiência.

Apesar de a reunião no TRT desta quarta-feira ser a terceira rodada de negociação, a companhia ressaltou ainda que "prioriza" o fim da paralisação por meio de um acordo entre as partes, "a não ser que não haja mais alternativas".

A primeira fábrica de carros chineses no Brasil foi oficialmente inaugurada na quinta-feira, 28, em Jacareí, na região do Vale do Paraíba, em São Paulo. Inicialmente, a Chery pretende produzir 50 mil veículos ao ano, volume que espera triplicar até 2018.

As atuais dificuldades da indústria automotiva brasileira, com vendas até agora 9% inferiores na comparação com o mesmo período do ano passado, não assustam o grupo, que acredita ser "uma crise passageira", segundo afirma o vice-presidente mundial da montadora, Zhou Biren.

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"O que está ocorrendo agora não é o fim do mundo e acreditamos que o Brasil tem potencial para 4 a 5 milhões de veículos ao ano, só não sabemos ainda quanto tempo vai levar (para atingir esse número)", afirmou Biren.

A Chery iniciou operações no Brasil em 2009 como importadora. Com a decisão de produzir localmente, anunciada em 2009, o grupo está investindo US$ 400 milhões na fábrica de carros, US$ 130 milhões em uma unidade de motores a ser inaugurada no início do próximo ano e outros US$ 22 milhões em um centro de pesquisa e desenvolvimento em local a ser definido. Ao todo, são US$ 552 milhões (quase R$ 1,2 bilhão), aporte bancado pela própria Chery, parte com financiamento de bancos chineses.

Três veículos

A linha de montagem ainda está em fase de testes e os primeiros modelos para venda só serão feitos a partir de novembro. Hoje, a linha está parada e algumas alas da fábrica ainda estão sendo concluídas.

O primeiro automóvel nacional da marca será o Celer, em versões hatch e sedã. Hoje, o modelo é importado da China e custa a partir de R$ 32 mil. No segundo trimestre de 2015, começa a ser fabricada a nova versão do subcompacto QQ, atualmente um dos carros mais baratos à venda no País, por R$ 24 mil. Em 2016 será a vez de um utilitário-esportivo, o substituo do Tiggo, hoje trazido do Uruguai por R$ 54 mil.

"Até 2018, quando estaremos produzindo entre 100 e 120 mil carros por ano, esperamos uma participação de 3% do mercado brasileiro", diz Roger Peng, presidente da Chery Brasil. Hoje, a marca detém apenas 0,35% de participação. Desde o início das importações, vendeu cerca de 60 mil veículos no País.

Segundo a Chery, daqui a dois anos o grupo também deve começar a exportar os veículos feitos no Brasil, principalmente para a América do Sul.

Mão-de-obra

Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil, informa que foram contratados até agora 300 trabalhadores, dos quais 30% são ex-funcionários da General Motors de São José dos Campos. "Infelizmente, a oferta de mão de obra qualificada está abundante (em razão das demissões em outras fábricas), mas para a Chery é um fator positivo contar com essa mão de obra bem treinada." Atualmente, há 70 novas vagas na empresa. Quando estiver operando com sua capacidade, a fábrica poderá empregar aproximadamente 3 mil pessoas.

Segundo Curi, os primeiros veículos fabricados em Jacareí têm 50% de índice de nacionalização - porcentual que será ampliado gradualmente para atingir 70% em dois anos.

Entre os fornecedores da empresa estão Plascar, Metagal, Pirelli, Bosch, Moura, Tyco, Johnson Controls, Goodyear, Basf, Petronas e HVCC. Além da Acteco, fábrica de motores e transmissões da própria Chery que também se instalou em Jacareí, outras duas empresas chinesas estão vindo para a região.

Também participaram ontem da cerimônia de inauguração o vice-presidente da República, Michel Temer, os ministros Mauro Borges (Desenvolvimento) e Manoel Dias (Trabalho), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foram necessárias três viagens de navio, com duração média de 30 dias cada uma, e 150 caminhões, em comboios de 20 veículos por vez, para transportar, do Porto de Santos a Jacareí, no interior de São Paulo, as vigas de aço que vieram da China. Elas sustentam os edifícios da primeira fábrica de carros chineses no Brasil, a Chery, que será inaugurada em julho. Cerca de 60% a 70% do que tem na fábrica virá da China.

Mesmo com os custos de frete, imposto de importação e toda a logística para a importação, incluindo batedores que acompanharam a subida pela serra, o produto chegou ao Brasil mais barato do que se tivesse sido comprado localmente.

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A disponibilidade do material também pesou na decisão de trazer do país sede a estrutura metálica da primeira fábrica completa a ser inaugurada pela Chery fora do mercado natal. O grupo fundado em 1997 é 100% estatal e tem unidades em algumas regiões, que só fazem a montagem de veículos com kits (CKDs) fornecidos pela matriz. "O Brasil é o primeiro país a ter uma fábrica total da Chery fora da China", diz Luis Curi, vice-presidente da empresa no Brasil. A filial terá linha de pintura, solda e montagem.

Em território brasileiro, a empresa também vai produzir motores 1.0 e 1.5, provavelmente em Jacareí, por meio de uma divisão chamada Acteco, com início de operações previsto para o fim de 2014. Para a nacionalização desse componente, que inicialmente será importado, serão acrescidos US$ 130 milhões aos US$ 400 milhões de investimentos anunciados para a construção da fábrica de carros.

Em abril começará a produção experimental do Celer, primeiro automóvel da marca a ser nacionalizado. Segundo Curi, não será o modelo importado atualmente, mas uma versão renovada, com mudanças na parte frontal e no interior. "Embora mais abrasileirada, é a mesma versão que será vendida nos demais mercados."

Economia

Curi não revela qual foi a economia na importação das vigas. Além das estruturas metálicas, a Chery vai trazer da China a cabine de pintura, robôs e equipamentos de teste. O executivo explica que, além da subsidiária brasileira, a Chery está construindo simultaneamente mais quatro fábricas na China.

"A negociação para a compra de matéria-prima e equipamentos foi toda feita em conjunto, o que reduziu os preços para todas as unidades." Uma das novas unidades é em parceria com a israelense Qorus para fazer carros de luxo que vão concorrer com Audi, BMW e Mercedes-Benz.

O novo Celer que estreia no Brasil é o primeiro projeto de Hakan Saracoglu, que após 15 anos na Porsche assumiu em fevereiro o comando do centro de design da Chery em Xangai. Em 2015, a fábrica iniciará a produção do segundo modelo, identificado como Projeto S15, um subcompacto que deve substituir o QQ. No ano seguinte, entram em linha mais dois produtos, o S31 e o S32 (hatch e sedã), ambos ainda em desenvolvimento na China.

No primeiro ano de operação a Chery do Brasil deve produzir 50 mil carros, volume que irá a 100 mil em 2016 e a 150 mil em 2018, quando os chineses apostam num mercado doméstico total de 5 milhões de veículos.

A fábrica de Jacareí também vai fornecer para mercados como Argentina, Uruguai, Chile e Venezuela, hoje abastecidos pela China. Os países da América do Sul devem consumir cerca de 60 mil veículos da marca em 2014 e o Brasil, 30 mil.

Este ano, contudo, a marca venderá cerca de 10 mil carros, num mercado que deve consumir 3,6 milhões de automóveis e comerciais leves. Curi credita o baixo desempenho às medidas de restrição aos importados adotadas pelo governo brasileiro, só amenizadas após a Chery habilitar-se ao Inovar-Auto, programa que dá benefícios às empresas que terão fábricas locais. O melhor ano foi em 2011, com 27 mil unidades vendidas.

Na China, a Chery é a sétima maior montadora e a primeira entre as marcas independentes (sem joint venture com grandes fabricantes, como Volkswagen e GM). A marca vende, em média, 600 mil carros por ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três jovens foram mortos a tiros, no início da madrugada desta sexta-feira (13) quando, ao lado de duas motos, pertencentes a dois deles, conversavam na altura do nº 30 da rua Emílio de Menezes, na Vila Zezé, em Jacareí, no Vale do Paraíba.

Moradores da região ligaram para o 190 informando sobre os disparados de arma de fogo. Quando chegaram no local, policiais militares encontraram, já mortos, Sidnei Augusto Machado da Silva, de 20 anos, Guilherme Henrique Cardoso Marques da Silva, 18, e Elder Rogério Silva, 20, que morava na casa nº 42 da mesma rua onde o crime ocorreu. O caso foi registrado no Distrito Policial Sede de Jacareí pelo delegado Paulo Eduardo Santos Maia.

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