Tópicos | Cemitério Morada da Paz

Mesmo ainda sendo considerado um tabu para parcela da população, o número de pessoas com plano funerário tem crescido em Pernambuco. Só o Grupo Vila, detentora do Cemitério Morada da Paz, registrou um aumento de 5% nos planos fechados. Atuando na Paraíba e no Rio Grande do Norte, são 1,2 milhão de pessoas com um plano funerário do grupo - só em Pernambuco são 288 mil.

"O serviço funerário é caro e, quando as pessoas passam por esse desembolso, percebem a necessidade de adquirir um produto preventivo. As pessoas estão bem mais abertas a falar sobre o assunto morte e prevenção. Sabemos que ainda existe um longo caminho pela frente, mas sentimos maior abertura da população", explica Viviane Guimarães, diretora de mercado do Grupo Vila. 

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Como já diz a sabedoria popular, a única certeza que temos nesta existência é de que um dia vamos morrer. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, cerca de 3.500 pessoas morrem diariamente no Brasil e, ainda de acordo com o órgão, dentro de 28 anos o país terá mais mortes do que nascimentos anualmente. Esses números garantem a manutenção de um segmento que desconhece o significado da palavra crise - o funerário -, que fatura até R$ 7 bilhões por ano, segundo o Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep).

Com clientela permanente - e numerosa - este mercado precisa estar atento às demandas e necessidades de quem atende. Os modelos de funerária com caixões, ou melhor, urnas, simplórias, e cemitérios 'gelados' e cavernosos estão ultrapassados. A tendência atual do segmento é humanizar ao máximo o processo de luto dos que ficam, prestando um serviço cada vez mais personalizado, leve e, em alguns casos, bastante luxuoso.

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Para dar conta das novidades, o mercado funerário conta com uma grande quantidade de feiras e exposições dentro e fora do Brasil, relacionadas a esse universo. Nelas, empresários e profissionais do ramo se atualizam acerca dos novos modelos, estilos e formatos existentes para velórios e sepultamentos e os importam a partir da compatibilidade com a cultura de cada país. Nesses eventos, é possível encontrar opções das mais variadas e inusitadas, como urnas com glitter, produzidas pela empresa inglesa The Glitter Cofin Company; e as cerimônias que velam o morto como se ainda estivessem vivos, como os realizados pela Funerária Marín, de Porto Rico. 

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No Brasil, a tendência que está dominando o mercado é a do 'menos é mais'. As empresas estão buscando maior leveza para velórios e sepultamentos, sem contar na busca pela personalização dos serviços. Os cemitérios, sobretudo os particulares, também estão buscando tornar-se locais mais agradáveis oferecendo paisagens de muito verde em um ambiente de bastante tranquilidade.

Esse é o conceito de 'cemitério parque', empregado no Morada da Paz, cemitério do Grupo Vila, localizado em Paulista, Região Metropolitana do Recife. O lugar conta com 150.000 m², nos quais estão espalhados jardins, árvores e fontes que compõem o que eles chamam de “Campo Santo”, o local onde são sepultados os corpos. Os jazigos são sinalizados com pedras de mármore para que tenham maior leveza e elegância. Além disso, o espaço é pet friendly e é possível visitar os seus acompanhado pelo animalzinho de estimação. 

Paulyana Beltrão é supervisora administrativa do cemitério e há 11 anos trabalha no segmento. Ela começou como cerimonialista fúnebre e já acompanhou muitas mudanças no que diz respeito a velar e sepultar. "Eu comecei em 2008, quando eu botava no Google: 'cerimonialista fúnebre', não aparecia nada, era uma coisa nova. Fui a primeira no Grupo Vila, era tudo novo, a gente foi construindo (o trabalho)  de acordo com as necessidades das famílias". 

Ela explica que de lá para cá, a função do cerimonial se tornou quase indispensável e são esses profissionais que cuidam de todos os detalhes na hora de organizar e realizar as cerimônias de despedida. A personalização do serviço, formatando os velórios de acordo com o que cada cliente deseja, é o que pede o mercado atual. "A gente sabe que em uma cerimônia fúnebre preparada de acordo com o que a família pediu, a gente vai ser um facilitador do processo de luto. O feedback dessas famílias é algo maravilhoso", diz Paulyana. 

Paulyana trabalha no mercado funerário há 11 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

A humanização na despedida dos entes queridos é buscada nos menores detalhes e ao longo de todo o processo. Para isso, são criados ambientes com tons neutros, mobília confortável e espaço de convivência para os visitantes, onde pode ser servido um coffee break. No Morada da Paz, uma sala específica, com banheiros privativos, área de integração e de estar, além de espaço mais reservado para a colocação da urna, foi criada pensando em oferecer maior privacidade e comodidade aos clientes. Segundo Paulyana, essa tendência é recente e foi trazida da Europa. "Querendo ou não, é um encontro social, é um momento de se amparar, mas também há muito papo colocado em dia, as pessoas se reencontram e conversam", explica. A sala não tem qualquer paramentação religiosa mas isso pode ser revertido caso seja do desejo da família.

No Grupo Baptista, localizado no bairro de Santo Amaro, região central do Recife, as salas de velório seguem modelo parecido. Pintadas em cores claras, com sofás confortáveis e climatização, elas também contam com telões que podem exibir mensagens espirituais ou fotos do falecido, tudo acompanhado por música neutra ou religiosa. “A gente procura montar sempre um ambiente leve para que as pessoas fiquem mais tranquilas e confortáveis, é a tendência do mercado. O menos nessa hora ele se torna mais”, explica Herton Viana, proprietário da empresa. 

O grupo é remanescente da Casa Baptista, funerária com mais de 100 anos que funcionou na capital e acabou se desmembrando. Herton tem mais de duas décadas atuando no segmento funerário: "Quando eu cheguei, há uns 22 anos, a gente ainda fazia aquelas urnas roxa, preta, branca - eram no máximo quatro cores. Não tinha a variedade que a gente tem hoje", diz em referência à diversidade do mercado atual. 

Essa variedade pode ser encontrada não só nos serviços oferecidos como também nos produtos. As urnas funerárias, os caixões, vão do mais simples ao mais luxuoso, acompanhados pelos valores que podem ir de R$ 1.500 a R$ 17 mil, em diante. Elas vêm em cores e formatos variados, podendo ter escudo de time de futebol, bandeira LGBT, pinturas perolizadas, brilhantes cravados, tamanhos especiais para pessoas obesas  e interior confortável revestido de veludo, rendas e cetim. Sem esquecer do acolchoamento no fundo e o travesseiro. Em algumas indústrias, os modelos são desenvolvidos a partir de conceitos que vão do “glamour” ao “requinte francês” com destino a pessoas que foram “símbolo de liderança”, que “transcenderam” ou ainda as que tiveram uma “trajetória de proteção e união” em vida. 

Herton está há mais de 20 anos no segmento. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Para quem opta pela cremação, o mercado também dispõe de grande variedade de modelos. As urnas podem ser biodegradáveis - podendo ser cultivadas em vasos e jardins -, de madeira, de bronze, e até assinadas por renomados artistas plásticos, como as desenhadas pelo pernambucano Ricardo Brennand para o Morada da Paz. Também é possível guardar as cinzas de um ente querido em pequenos pingentes em formatos diversos que podem ser levados em colares ou pulseiras. Essas urnas podem ser mais acessíveis, com preços começando em R$ 500. Já as desenvolvidas por Brennand saem pelo valor de R$ 4.000. 

A cremação também é uma tendência que vem crescendo no país. Nos últimos 20 anos, o número de crematórios aumentou em 1.000 %. Os motivos que levam uma família a cremar o seu falecido são os mais diversos, os custos, um pouco menores que os de um sepultamento tradicional, costumam pesar na hora da escolha. Os donos de pet já contam com o serviço em alguns lugares do Brasil e para os animaizinhos também há pompas e circunstâncias na hora do adeus final. 

No entanto, o Nordeste ainda não prioriza essa opção. Segundo Paulyana Beltrão, no cemitério em que ela trabalha apenas 27% dos serviços são os de cremação. Apesar disso, já há uma preocupação em atender de forma confortável os clientes que escolhem essa maneira de se despedir. No Morada da Paz, a cerimônia de cremação envolve homenagens ao falecido com projeções de vídeos e música, chuva de pétalas  e na hora da entrega das cinzas uma sala especial é usada para que a família possa reviver a emoção da despedida. 

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Funeral personalizado

A personalização de velórios e sepultamentos é tendência absoluta no mercado atualmente. O objetivo dos chamados profissionais do luto - pessoas que trabalham em função dos que já se foram e seus familiares - é transformar cada despedida em um momento especial, realizada exatamente como deseja cada cliente. Para isso, agentes funerários e cerimonialistas precisam estar atentos às necessidades de cada família para transformar o momento do adeus em algo marcante e o menos doloroso possível.

"Antigamente se vendia o caixão, botava o corpo e ia pro cemitério, hoje não, hoje a gente faz uma homenagem a quem está partindo e aos familiares. A mudança do nosso segmento foi bem considerável", diz Herton Viana, que relembra de uma vez em que precisou mandar fabricar em uma indústria do Rio Grande do Sul uma urna roxa para atender ao último pedido de uma cliente.  

Os cerimonialistas ficam responsáveis por todo o processo do funeral, do começo ao fim. Eles preparam discursos, ornamentam salas e capelas e, em alguns casos, até mandam produzir camisas em homenagem ao morto, posts em redes sociais e o que mais a família pedir. Tudo é feito de acordo com os gostos e preferências que o falecido tinha em vida para que o último contato dos familiares seja percebido como uma celebração de sua passagem nesta existência.

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Os profissionais que fazem a necromaquiagem também se esforçam para dar ao momento um outro colorido. Eles fazem escova nos cabelos, reconstroem partes do rosto se preciso e colocam o perfume preferido do morto no corpo. As estratégias, na verdade, são voltadas para os vivos, que a partir delas acabam passando pelo momento de forma mais confortável e acolhedora. 

"Preparar uma cerimônia fúnebre é uma caixinha de surpresa. Quando a  gente pensa que já viu tudo a família vem e pede coisas que a gente nunca pensou", diz Paulyana. Ela conta que, certa vez, a irmã de um artista plástico falecido pediu que fossem misturadas às suas cinzas um pouco de glitter. A purpurina e a cinza seriam colocadas em um quadro feito pelo morto como última homenagem. 

Profissionais do luto

Cerimonialistas e agentes funerários trabalham para atender todos os pedidos dos familiares. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Entender o luto com um processo maior e mais profundo é importante para que agentes, cerimonialistas, atendendentes e demais profissionais do ramo possam oferecer um melhor serviço. A partir dessa compreensão, o mercado vem adequando seus produtos e serviços para que despedir-se torne-se uma experiência menos traumática e dolorosa. "Nós somos a extensão de cada família, nós precisamos fazer uma leitura da dor dela para atender suas necessidades", diz Herton. 

Apesar do tabu que ainda existe na sociedade em relação a esses lugares, como cemitério e funerária, e serviços, as pessoas que se dedicam a esse ramo, no entanto, não se detém a isso. Eles se vêem como "servidores" e entendem a importância do seu ofício como sendo ferramentas de apoio aos que estão passando por um momento de sofrimento. "A gente tem a guarda de pessoas muito especiais para os seus, é uma responsabilidade e é muito importante. É entender a dor do outro e fazer o possível para que aquilo se torne mais leve", sintetiza Paulyana.  

 

Foi enterrado hoje (3), por volta das 11h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metgropolitgana do Recife (PE), o corpo da estudante pernambucana Raynéia Gabrielle Lima, assassinada na cidade de Manágua (Nicarágua) no dia 23 de julho.

Raynéia foi sepultada vestida com o jaleco do Hospital da Polícia Nacional de Manágua, local onde trabalhava, e com um diploma da Universidade Americana em Manágua (UAM), onde estudava, datado em 24 julho.

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A estudante foi assassinada na capital nicaraguense no dia 23 com um tiro no peito. Segundo o reitor da o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina, foi disparado por um “um grupo de paramilitares” no sul da capital Manágua, Ernesto Medina, o tiro que a matou foi disparado por um “um grupo de paramilitares” no sul da capital Manágua.

De acordo com a Rádio Universitária do Recife, parceira da Agência Brasil, cerca de cem pessoas, entre familiares e amigos, participaram do enterro, que atraiu também pessoas que participavam de outros velórios.

O corpo de Raynéia chegou à capital pernambucana nesta madrugada, por volta das 0h30, e foi recebido, no aeroporto Internacional dos Guararapes, por representantes da Secretaria de Justiça de Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco e do Ministério das Relações Exteriores.

Crise política

A Nicarágua vive uma crise sociopolítica com manifestações que se intensificaram desde abril contra o presidente Daniel Ortega que se mantém há 11 anos no poder em meio a acusações de abuso e corrupção. A repressão aos protestos populares já deixou entre 277 e 351 mortos, de acordo com organizações humanitárias locais e internacionais.

O assassinato da estudante brasileira ocorreu horas depois de um fórum no qual o reitor Ernesto Medina disse que o crescimento econômico e a segurança na Nicarágua, antes da explosão dos protestos contra Ortega, em abril, “era parte de uma farsa” porque “nunca houve um plano que acabasse com a pobreza e a injustiça”.

Em entrevista a uma emissora de TV local, o reitor da Universidade Americana de Manágua acrescentou que as forças paramilitares “sentem que têm carta branca, ninguém vai dizer nada a eles, ninguém vai fazer nada”. De acordo com Medina, os grupos paramilitares estão envolvidos em morte e sequestro.

O governo de Daniel Ortega foi acusado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) pelos assassinatos, maus tratos, possíveis atos de tortura e prisões arbitrárias ocorridas em território nicaraguense.

Recomendações

Desde o início da crise no país, o Ministério das Relações Exteriores orienta que brasileiros não viajem à Nicarágua. Se a viagem for inevitável, o Itamaraty sugere as seguintes recomendações:

- Evite participar e aproximar-se de manifestações;

- Evite deslocamentos desnecessários. Caso seja necessário fazer um deslocamento, esteja acompanhado ou passe por vias com policiamento;

- Manter em dia e válido o passaporte para uma eventual saída emergencial do país;

- Carregue sempre uma cópia do passaporte ou de um documento de identificação válido. Mantenha uma cópia também no correio eletrônico;

- Avise pessoas próximas (parentes e amigos) sobre a localização e meios de comunicação;

- Evite viajar para o interior do país e o deslocamento por estradas para fora da capital, que têm sido bloqueadas por criminosos armados.

* Colaborou Rodrigo Mesquita, da Rádio Universitária do Recife

Desde o início da madrugada desta segunda-feira (17) está sendo realizado o velório do secretário de Turismo e Lazer do Recife, Camilo Simões, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Às 10h será realizada uma missa na capela central do cemitério e uma hora depois, às 11h, o corpo do secretário deve ser cremado. 

Simões, de 31 anos, faleceu no domingo (16) no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, vítima de infarto. Amigos e aliados estranharam a ausência dele nos eventos da campanha de reeleição do prefeito Geraldo Julio, já que o secretário também era um dos coordenadores das atividades. Ele foi encontrado morto em seu apartamento.

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Por meio de nota, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, lamentou o falecimento de Simões. "É com profunda tristeza que lamentamos o falecimento tão precoce do nosso amigo Camilo Simões. Um jovem talentoso, responsável, solidário, e com espírito público elevado. Pernambuco perde uma figura querida, que dedicou seus últimos anos ao Turismo do Recife. Que nos lembremos de Camilo pelo entusiasmo e alegria que ele sempre teve. Desejamos que a família encontre conforto e paz. À esposa, Rebeca, à mãe, Marta, aos filhos e demais familiares, contem conosco nesse momento tão sofrido".

O prefeito Geraldo Julio, decretou luto oficial de três dias no Recife em virtude do falecimento de Simões. "Juventude, trabalho, coragem, capacidade e muita sensibilidade resumiam Camilo, um grande amigo e um dos mais talentosos e dedicados gestores públicos com quem tive a honra de trabalhar. É uma perda sem tamanho para o Recife. É difícil encontrar palavras de conforto no momento de profunda dor. Que Deus conforte a família de Camilo e a todos nós seus amigos", disse o prefeito do Recife em nota. 

A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco também prestou solidariedade à família de Simões. "Mesmo em campos opostos, sempre mantive uma boa relação com Camilo, jovem quadro da gestão pública do Estado. A toda a família nossa solidariedade e votos de força e paz num momento tão difícil", disse o deputado Sílvio Costa Filho (PRB), candidato a vice-prefeito na chapa de João Paulo (PT).

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O Cemitério Morada da Paz, situado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR) ficou bastante movimentado neste domingo (2). O público foi visitar os parentes, conhecidos e pessoas públicas que morreram neste ano, como o cantor Reginaldo Rossi e o escritor Ariano Suassuna.

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A auxiliar de enfermagem Arleide Alexandre visitou o local onde o irmão foi enterrado e também aproveitou para passar pelos dos ídolos. "Ariano contribuiu muito para a literatura não só de Pernambuco, como também do País. Visitei o túmulo do meu irmão e também dele como forma de prestigiá-lo", afirmou.

Dentre a programação que se estenderá ao longo do dia, estão uma palestra espírita, às 14h, com a presidente da Federação Espírita Ednar Santos. Haverá também apresentação musical às 15h e missa com o padre Hélio Nascimento, além de apresentação de Frei Damião e Banda.

Comércio - Muitos aproveitaram a oportunidade para comprar CDs de Rossi, ídolo do brega pernambucano, ao comerciante Elvis Ferreira. "Vários CDs foram vendidos hoje como forma de lembrar ainda mais do Rei do brega, que infelizmente não está mais entre nós", disse o vendedor. Ainda segundo Ferreira, os CDs do Rei sempre saem bastante, mas nesta época de Finados, a venda é mais intensa.

A vendedora Rosana Maria levou uma boa quantidade de flores e, até a metade do dia, já tinha vendido bastante. "São muitas pessoas que chegam aqui para visitar os parentes. Aproveitamos esse momento para vender e ganhar uma renda extra. Já vendi mais de 150 vasos com flores, está rendendo bastante", relatou.

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O cenário do mercado funerário no Recife e na Região Metropolitana mudou nos últimos dez anos. Essa realidade se dá devido à alteração do perfil do setor, principalmente em âmbito nacional, e que chega de forma destacada na capital pernambucana e nos municípios adjacentes. Segundo a Associação Brasileira Empresas do Setor de Informações Funerárias (Abrasif), em 2013, o ramo movimentou R$ 2,5 bilhões.

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Com o desenvolvimento do nicho de mercado e o crescimento da variedade dos serviços, a categoria espera o crescimento de ao menos 15% em 2014. Quem almejou esse aumento na Região Nordeste,com atuação no mercado há 65 anos, foi o Morada da Paz, localizado no município de Paulista. Representado pelo empresário Eduardo Vila e há dez anos atuando em terras pernambucanas, o empreendedor afirma que com a mudança do mercado, as funerárias também ampliaram as opções de serviços.

“Nosso trabalho é tentar amenizar o momento doloroso de perda e, para isso, buscamos variadas opções como, o serviço ‘Árvore da Vida’, que utiliza as cinzas para o plantio de uma muda dentro do cemitério, onde a família poderá depositar quantas cinzas desejar, transformando o local em uma espécie de árvore familiar; o Relicário, caixa depositada embaixo da lápide onde podem ser guardados objetos pessoais e que lembrem o ente querido; cortejo de luxo com o Cadillac; entre tantos outros”, diz Vila, conforme informações da assessoria de imprensa.

De acordo com os dados do IBGE, em 2013 o número de falecimentos passou de um milhão no Brasil e existe uma grande dificuldade para encontrar espaços para a construção de novos cemitérios. Já no Recife, segundo a Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb), por mês são registrados 1.500 óbitos. De acordo com o diretor financeiro-administrativo da Emlurb, Adriano Freitas, a região apresenta crescimento representativo para suprir a demanda. “Os novos cemitérios conseguem, de certa forma, desafogar a demanda e isso é muito positivo. Sem contar que os moradores possuem mais opções de escolha”, relata.  

Atualmente, o Recife conta com cinco cemitérios. Veja no infográfico abaixo essa distribuição e a quantidade de jazigos:

Mesmo com essa quantidade de jazigos, há carência de espaços vagos nesses cemitérios. Ainda em entrevista ao Portal LeiJá, Adriano Freitas revelou que existe projetos para concessão de novos jazigos e a construção de uma área de cremação, ou no Cemitério de Santo Amaro ou no Parque das Flores. “Em relação aos valores, o preço vai seguir a tendência do mercado e ainda será autorizado pelo prefeito”, explica o gestor.

Observando essa carência, o diretor comercial do Memorial Guararapes - organização que existe há quatro anos, situada no município de Jaboatão dos Guararapes -, Ricardo Credidio, falou em entrevista a equipe de reportagem do Portal LeiaJá como surgiu o interesse em empreender nesse ramo. Assista ao vídeo abaixo:

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O diretor administrativo do empreendimento Guararapes, Heitor Laurentys, revelou quanto foi investido e apresentou os serviços, bem como o investimento para aquisição de um jazigo. “O Grupo investiu aproximadamente R$ 15 milhões. E atualmente estamos na fase de iniciação no negócio”, explica. Quanto à comercialização dos espaços, Laurentys enumera as opções: “Oferecemos jazigos a partir de quatro gavetas e os valores podem variar de R$ 7 mil a R$ 14 mil, dependendo da localização e o investimento também pode ser negociado em parcelas”, lembra o gestor.

Como todo mercado, o empreendedor ainda relata que a direção do Cemitério possui serviços diferenciados para atender a demanda e exigência dos clientes. “Sala de espera reservada, cremação e a câmara fria são alguns deles”, conclui Heitor. Com a demanda de oferta e procura, um novo estabelecimento será inaugurado, o Cemitério Vale da Saudade. Ele terá suas instalações erguidas próximo a cidade de Abreu e Lima, também na Região Metropolitana do Recife.

Funerárias

Outro segmento do ramo são as funerárias. Um delas é a Funerária Santa Paula, há 20 anos no mercado. A sócia da empresa, Eliana Veríssimo, considera que o mercado vem mudando nos últimos anos. “Hoje em dia o público de um modo geral tem outra visão. Considero, inclusive, que menos preconceituosa”, opina a gestora. A empreendedora, que arriscou tocar a área de farmácia, por ter sido assaltada diversas vezes, lembra que no início não teve a aprovação da família.

“Recordo-me como hoje, quando reuni a família para comunicar que mudaria de ramo e percebi a reticência deles. Hoje afirmo que amo o que faço, porque atuo com dedicação e amor”, declara de forma espontânea e sorridente. Seguindo os caminhos da matriarca, o seu filho e também sócio do negócio, João Paulo Veríssimo (foto à esquerda), fala que a principal preocupação da organização é o atendimento personalizado e de qualidade.

 “É um momento delicado. As famílias estão sensibilizadas e precisamos ouvir as suas necessidades e anseios para fornecer um serviço de qualidade”, ressalta João. Ele ainda relatou as novidades que o mercado funerário possui nos dias atuais. “Agora é possível oferecer véus de vários estilos, flores e inclusive veículos com design exclusivo para esse fim”, diz. Quanto ao valor, ele informa que pode variar de R$ 700 a R$ 16 mil. “Esses preços mudam de acordo com a urna funerária e os serviços agregados contratados pelos clientes. Lembramos que disponibilizamos urnas funerárias, providência do atestado de óbito, liberação do corpo, velório e traslados, sendo terrestre ou aéreo”, finaliza. 

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A morte é única certeza de muitos seres humanos. É também um momento de despedida e para alguns de difícil aceitação. Além de todo o contexto sentimental, a “hora da partida” é a forma com que empresas ganham dinheiro, negócios são fechados e tecnologias são desenvolvidas. Uma delas, a cremação, desperta bastante curiosidade. É caro? Quem pode ser cremado? Tem mau cheiro? E, por incrível que pareça, tem gente que indaga: será que dói?

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A cremação é realizada desde a Pré-História, quando os corpos eram queimados para evitar a aproximação de bichos. Na contemporaneidade, além de representar fortalecimento do status social para algumas pessoas, o procedimento pode ser a solução para os cemitérios lotados e para a falta de higiene. “A cremação é uma forma de agilizar o processo de decomposição do corpo humano”, explica o gerente regional do Cemitério Morada da Paz, Guilherme Lithg (foto à esquerda).

De acordo com Lithg, o público que opta pela cremação é formado por pessoas da classe A. “Geralmente são pessoas de um nível intelectual avançado e formadores de opinião”, comenta. No Morada da Paz, o serviço custa R$ 4,4 mil. Além desse valor, há os preços de velório, caixão – que varia de R$ 3 a R$ 30 mil -, entre outros serviços. Segundo o gerente, o custo pode até sair mais barato em relação aos enterros tradicionais. “As pessoas precisam entender que antes da cremação pode ocorrer o velório. A única diferença é que o ente querido não vai ser enterrado”, destaca Lithg.

As pétalas caindo sobre o caixão, o neon de cor azul, o gelo seco e a canção leve aos ouvidos fazem da cremação um momento que meche com o sentimento das pessoas. Responsável por conduzir as cerimônias, Ana Patrícia Pereira procura entender ao máximo como as famílias estão se sentindo. “Estou aqui para dar todo o suporte à família e aos amigos, que passam por um momento tão delicado. Eu procuro me colocar no lugar deles. É como se fossem meu pai e minha mãe que estão ali”, relata a cerimonialista.

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Depois de toda a cerimônia, o caixão e o corpo são levados para o forno onde é feita a cremação– o investimento no maquinário é de mais de um milhão de dólares -. Em uma temperatura superior a mil graus, o processo é concluído depois de cerca de seis horas e as cinzas humanas são entregues aos familiares em 24 horas. “Nós retiramos o vidro e os plásticos do caixão para que não aconteçam acidentes. Não tem poluição e nem mau cheiro, porque todos os gases são queimados”, explica o funcionário Pedro Luis da Silva.

O destino às cinzas pode ser dado de várias formas. O material pode ser depositado em urnas, que têm preços de R$ 250 a R$ 3 mil. As cinzas também podem ser introduzidas em árvores – geralmente Pau Brasil – que ficam em terrenos com tamanho de um metro, ao valor de R$ 1,5 mil. Segundo a gerência do Morada da Paz, mensalmente, são realizadas em média 120 cremações, em que dessas, 40 são de clientes imediatos e 80 de pessoas que optaram por um plano pago ainda em vida. A projeção é que a busca pelo serviço aumente em 90% nos próximos anos.

Ainda de acordo com Guilherme Lithg, apenas podem ser cremadas pessoas que tiveram morte natural, desde que tenham documentado em vida o desejo. Se não houver documento, a autorização pode ser dada por testemunhas. Assassinados, vítimas de acidentes ou quedas, por exemplo, não devem ser cremados, uma vez que podem acontecer exumações.  

 

 

 

A família do deputado Sérgio Guerra (PSDB), que faleceu nesta quinta-feira (06), divulgou uma nota de pesar. O parlamentar era presidente estadual do PSDB e morreu vítima de um câncer nos pulmões e estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, há mais de vinte dias.

O corpo de Guerra será velado na próxima sexta (07), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), das 11h às 16h, de onde sairá para cremação no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

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Confira a nota na íntegra:

Com profundo pesar e consternação, comunicamos o falecimento do nosso amado pai, irmão, avô Sérgio Guerra ocorrido na cidade de São Paulo na manhã de 6 de março de 2014. 

Sérgio dedicou sua vida às grandes causas do estado de Pernambuco e do Brasil, honrando através de sua trajetória pessoal as tradições políticas da sua família e do povo pernambucano.

Morreu na manhã desta segunda-feira (25) no Recife o artista plástico Gilvan Samico, aos 85 anos de idade. Há uma semana ele estava internado no Hospital Português por conta de complicações decorrentes de um câncer na bexiga. O velório será às 17h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, e de noite o corpo será cremado no mesmo local. O artista plástico deixa mulher, dois filhos e três netos.

Samico, apesar de ser pintor, desenhista e professor, ficou conhecido pelo trabalho que desenvolveu com a arte das xilogravuras. Iniciou a carreira de pintor como autodidata, influenciado pelo expressionismo de artistas como Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo, mas atualmente é conhecido por suas meticulosas xilogravuras, inspiradas na temática e estilo da gravura popular do nordeste do Brasil.

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A cidade de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, está se preparando para receber o corpo do músico Dominguinhos no próximo dia 26 de setembro. Os restos mortais do cantor serão trasladados do Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, até o Cemitério São Miguel, em Garanhuns, através da limousine do Grupo Vila, responsável pelo Cemitério Morada da Paz.

“A prefeitura está preparando todo o aparato necessário para o traslado. Nós vamos montar um palco na frente do Cemitério São Miguel e realizar uma oração ecumênica com todas as religiões presentes como o bispo de Garanhuns Dom Fernando Guimarães – além dos artistas que são amigos do cantor e a Orquestra Sinfônica de Garanhuns que vão fazer uma homenagem a Dominguinhos”, disse ao LeiaJá o Prefeito de Garanhuns Izaías Régis. O horário para acontecer às festividades está previsto entre 14h para 15h. “Tudo vai depender da saída do corpo do Recife”, ressaltou Régis. 

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O cemitério escolhido para abrigar o corpo de Dominguinhos foi o São Miguel, um dos mais antigos de Garanhuns. O espaço está recebendo cuidados para ficar à altura do mestre que levou o nome da cidade por onde andou. O músico também vai ganhar uma lápide em sua homenagem que está sendo construída pelo mestre artesão José Veríssimo. “Iremos fazer um monumento de Dominguinhos e colocar perto da Praça Esplanada Cultural Guadalajara que vai ser chamada futuramente de Esplanada Cultural Mestre Dominguinhos”, contou o prefeito Régis. A lápide, que terá dois metros de altura com pedestal de três metros, só será inaugurada entre outubro e novembro ainda deste ano. 

Quando o cantor morreu, no dia 25 de julho, a família de Dominguinhos decidiu sepultá-lo no Cemitério Morada da Paz, na Região Metropolitana do Recife. Porém, a juíza Andréa Duarte Gomes, da 1ª Vara Cível de Paulista, autorizou a exumação e o traslado do corpo do músico, no dia 29 de agosto, atendendo a um pedido do filho do músico, Mauro José Silva de Moraes. “Entrei com a decisão no Fórum de Paulista para poder transferir o corpo dele. A juíza ouviu a outra parte, Liv, bateu o martelo e deu a causa como ganha para ocorrer o traslado do meu pai”, narrou Mauro Moraes. 

“Não tive acordo nenhum com Liv. Depois que a juíza bateu o martelo, Liv teve que aceitar. A opinião pública já estava falando bastante e se ela não aceitasse o negócio iria ficar mais complicado. E eu acho que ela tinha que aceitar o desejo do seu pai, pois a única coisa que ela tinha que fazer seria respeitar o desejo dele”, comentou Moraes.

O primogênito, que chegará dias antes do traslado, ainda disse que três irmãos do Dominguinhos também marcará presença no dia 26 de setembro. “Todo mundo precisa saber que Dominguinhos tem família e que ela mora aqui no Rio de Janeiro”, mencionou Moraes. 

O desejo de Dominguinhos de ser enterrado na sua terra natal, em Garanhuns, será finalmente atendido. O traslado do corpo do músico, que vai do Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, até o Cemitério São Miguel, em Garanhuns, vai ocorrer no dia 26 de setembro. O transporte será  feito em uma limousine do Grupo Vila, responsável pelo Cemitério Morada da Paz.

“Estamos com essa data pré-agendada junto com a família, faltando ainda a confirmação final por parte da Prefeitura de Garanhuns. Também já está pré-agendada para o início da manhã para que seja feita a exumação”, afirmou o diretor do Grupo, Vila Heber Vila. Segundo Vila, o procedimento será simples. “Vamos abrir o jazido, promover a exumação e, durante a abertura, vamos verificar em que estado se encontra a urna. Isso tudo acompanhado pela Vigilância Sanitária. Se for necessário, iremos trocar a urna para que o traslado ocorra tudo bem e que as homenagens ocorram de forma digna em Garanhuns”, contou Heber.

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No dia 29 de agosto, a juíza Andréa Duarte Gomes, da 1ª Vara Cível de Paulista, autorizou a exumação e o traslado do corpo do cantor Dominguinhos. O pedido para o enterro do músico já havia sido pedido desde sua morte, no dia 25 de julho, pelo seu filho Mauro José Silva de Morais. Além do primogênito, o acordo foi aceito pela filha Liv Morais e a ex-mulher Maria Guadalupe Vieira Mendonça, que até então não concordavam com o enterro em Garanhuns.

Velado desde as 8h da manhã desta quinta (25) no salão principal da Assembleia Legislativa de Pernambuco, que fica localizado na Rua da Aurora, região central do Recife, o corpo do músico José Domingos de Morais recebe homenagens de centenas de pessoas até às 16h de hoje. Diversos fãs e admiradores da obra de Dominguinhos não perderam a oportunidade de se despedir do sanfoneiro considerado o sucessor de Luiz Gonzaga.

“Vim porque gosto muito de forró e também sou músico e meu sogro Arlindo dos oito baixos era muito amigo dele", conta Josivan Ferreira. Acompanhado da esposa e da mãe, ele revela que considera Dominguinhos "Um músico que representou o Nordeste para todo o mundo". Para Ferreira, "Não só o forró está de luto, mas Pernambuco também".

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Para Enilda Nery, Dominguinhos era um verdadeiro representante da música nordestina. "Arrumar um substituto para ele vai ser difícil e vai demorar, mas Cezzinha pode ser o seu sucessor". Ela diz que nunca teve a oportunidade de ir a um show do músico, porém sempre ouviu seus discos e elege De Volta Pro Meu Aconchego como sua preferida.

Acompanhando a amiga, Luzinete Ayres afirma que ele "Vai fazer muita falta para música. Fui a um show em que ele tocou com Luiz Gonzaga e foi inesquecível". Bárbara Ramos considera que "O rosto dele era a cara da simpatia" e deseja que o sanfoneiro "Continue alegrando o céu como nos alegrou aqui e que na Terra, a família dê continuidade ao legado deixado por ele. Dominguinhos foi um marco para o forró, ele sempre esteve aberto para ajudar quem estava começando, mesmo já possuindo toda a trajetória que ele possuía".

Nascido na cidade de Saboeiro, no Ceará, o jornalista e poeta César Leal faleceu na manhã desta quarta (05) em sua residência, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. Professor emérito de literatura na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ele passou grande parte de sua vida na capital pernambucana e ocupava a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras.

Idealizador do curso de pós-graduação em Letras da UFPE, ele recebeu diversos prêmios por seus livros publicados. Vitima de falência múltipla dos órgãos, o poeta foi o primeiro de língua portuguesa a gravar sua obra para o acervo fonográfico da biblioteca da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Cidadão honorário do Estado de Pernambuco, ele estava prestes a completar noventa anos. Seu velório será realizado às 16h no Cemitério Morada da Paz, onde também ocorre o sepultamento.

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