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O desmatamento na Amazônia caiu 50% em 2023, em comparação com 2022, conforme o sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em contrapartida, a devastação do Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, subiu 43% no período. Em dados absolutos, foram 5.151 km² e 7.828 km² de área desmatada em cada ecossistema, respectivamente.

É a primeira vez que o sistema Deter, em operação desde 2018, registra uma área desmatada no Cerrado, que ocupa cerca de 22% do território nacional, maior que a devastada na Amazônia, que detém mais de 50% de todo o território brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números também representam o maior patamar de desmatamento do Cerrado já registrado pelo Deter, e o menor da Amazônia.

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Os Estados de Pará, Mato Grosso, Maranhão, Tocantins e Bahia têm as maiores áreas devastadas, sendo o município de São Desidério (BA) o com maior degradação do Cerrado no ano (357 km²) e Altamira (PA) o com maior degradação da Amazônia (1.284 km²).

A perda de vegetação nos dois biomas, somados, foi de 12.979 km² em 2023, um valor 18% inferior ao de 2022 (15.740 km²). Colocando em perspectiva, é como se o Brasil tivesse deixado de perder dez cidades de São Paulo em vegetação em um ano, para perder oito.

Os dados do Inpe não dizem, no entanto, quanto deste desmatamento é legal, e quanto é ilegal. O Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas estima que cerca da metade do desmatamento no Cerrado seja autorizado pelos Estados e diz que, na Amazônia, a maioria é ilegal, mas não divulga dados sobre isso.

Código

Procurado pelo Estadão, o Ministério do Meio Ambiente disse que a diferença entre os dados da Amazônia e do Cerrado se dá justamente porque o Código Florestal protege 80% da área com cobertura vegetal nativa em propriedades privadas que ficam na Amazônia, enquanto, no Cerrado, a lei determina a preservação de apenas 20%. No Cerrado dentro da Amazônia Legal, o porcentual é de 35%.

O ministério também afirma que "a queda do desmatamento na Amazônia é resultado da retomada da governança ambiental e climática e do fortalecimento das ações de comando e controle, após quatro anos de retrocessos". O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), que havia sido revogado em 2019, foi atualizado e relançando em junho de 2023. "De janeiro a novembro, os autos de infração aplicados pelo Ibama por crimes contra a flora na Amazônia aumentaram 114% na comparação com a média para o mesmo período de 2019 a 2022"", diz a pasta. "Os embargos a desmatamento na floresta subiram 73% e as apreensões, 72%."

Para especialista, é preciso separar o legal e o ilegal

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem divulgado, desde o início da gestão, a pauta ambiental como uma de suas bandeiras; seus esforços têm sido visto como positivos, mas ainda aquém do necessário por especialistas. A própria falta de clareza quanto aos dados de desmatamento legal e ilegal, é motivo de críticas. "Apresentar em conjunto confunde, dificulta a compreensão do necessário para um e para o outro tipo de desmatamento", diz Pedro Camargo Neto, ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira e pecuarista. "Para o (desmatamento) ilegal, está claro o que é necessário fazer: fiscalização e polícia. Quanto ao legal, grande parte do Cerrado ainda exige debate e o desenvolvimento de soluções. É importante conhecer, debater e não misturar com o ilegal."

Em 2023, o próprio Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já havia admitido ao Estadão que a estrutura de combate ao fogo na Amazônia é insuficiente. "Obviamente, a gente tem de se planejar melhor", disse o presidente, Rodrigo Agostinho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Amazônia e Cerrado apresentam situações opostas com relação ao desmatamento. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento bateram recorde no Cerrado, o segundo maior bioma do país. Já na Amazônia, os alertas chegaram ao menor índice em quatro anos.

No Cerrado, de janeiro a julho, os avisos do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) aumentaram 21%.

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Entre agosto de 2022 e julho deste ano, mais de 6.300 quilômetros quadrados foram desmatados, a maior parte deles na região do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins,  Piauí e Bahia.

No caso da Amazônia, os alertas de desmate entre janeiro e julho deste ano caíram 42,5%. Uma mudança forte de sinal já que, no semestre anterior, a tendência era de aceleração do desmatamento. Entre agosto de 2022 e julho deste ano, o Deter emitiu alertas para uma área de 7.952 quilômetros quadrados.

A queda dos indícios de desmatamento foi registrada em todos os estados do bioma.

Uma diferença importante entre esses dois biomas, segundo explicaram os especialistas, é a reserva legal. Na Amazônia a área que deve ser preservada é de 80% da propriedade. No Cerrado, ao contrário, apenas 20% devem ser mantidos em pé. Por isso, o desmatamento do Cerrado é, em grande parte, autorizado, o que impede autuações por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, informou que o governo trabalha para lançar em outubro um plano para combater o desmatamento no Cerrado.

O desmatamento no Cerrado atingiu cerca de 659 mil hectares em 2022, representando aumento de 32,4% em comparação com o ano anterior, quando foram desmatados 498 mil hectares. Os dados são do MapBiomas Alerta, publicados no Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD) e divulgados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Essa é a maior área desmatada registrada pelo MapBiomas Alerta no Cerrado, desde o início do monitoramento pelo projeto, em 2019, segundo o Ipam. A área total desmatada em 2022 no bioma representa quase um terço da supressão da vegetação nativa no país (32,1%).

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No Cerrado, a Bahia foi o Estado que mais desmatou no ano passado, com mais de 157 mil hectares derrubados, um aumento de 67,8% em relação a 2021. O Maranhão, que liderou a lista em 2020 e 2021, desmatou cerca de 152 mil hectares e ficou em segundo lugar. No Piauí, o desmatamento aumentou 137% em relação a 2021, o maior aumento entre todos os Estados, totalizando cerca de 136 mil hectares desmatados.

O levantamento também mostra que é na região do Matopiba - composta por áreas dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - que se concentra a maior parte do desmatamento no Cerrado, cerca de 77,7%. Foram mais de 512 mil hectares desmatados no ano passado, relatou o Ipam.

Cerca de 708 municípios do Cerrado registraram pelo menos um evento de desmatamento em 2022 e a lista dos 10 maiores desmatadores é dominada por cidades do oeste baiano, sul do Maranhão e no sudoeste do Piauí, localizados na região do Matopiba.

O município de São Desidério, no oeste baiano, um dos principais produtores de soja e algodão do Brasil, lidera o ranking, tendo desmatado mais de 36 mil hectares no ano passado. Formosa do Rio Preto (33.416 ha), Balsas (27.854 ha), Uruçuí (23.745 ha) e Jaborandi (20.665 ha), completam as cinco primeiras posições do ranking.

A pesquisadora do Ipam Roberta Rocha disse no comunicado que "essa região abriga grandes produtores de soja, milho e algodão. Este cenário, em conjunto com a expansão de novas áreas para agricultura e pastagem, e a deficiência de ações de fiscalização por parte dos órgãos ambientais, contribui para a concentração do desmatamento nesta região. Essa destruição da vegetação nativa tem impactos na biodiversidade, no abastecimento dos corpos hídricos e nas comunidades tradicionais, que necessitam de um ambiente equilibrado".

O relatório também aponta que quase 99% do desmatamento detectado no Cerrado apresenta algum indício de irregularidades. A observação foi feita cruzando dados das autorizações de desmatamento com as coordenadas de reservas legais, áreas de proteção permanente, nascentes e áreas protegidas. Apenas 1,2% dos alertas não apresentaram irregularidades.

O pesquisador do Ipam, Dhemerson Conciani, explicou na nota que "para reduzir o desmatamento no Cerrado, precisamos de ações integradas por meio do fortalecimento dos órgãos de comando e controle, além da ampliação da fiscalização e da implementação de punições severas contra grileiros e desmatadores ilegais, levando a autuações e ao embargo dessas área". O pesquisador também ressaltou a necessidade de uma atuação mais eficiente na proteção do Cerrado e de seus habitantes, assim como a necessidade de posicionamentos claros do setor privado.

Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 64% em abril ante o mesmo mês do ano passado, passando de 898 Km² para 321 km². O acumulado do ano é 38% menor do que o registrado nos quatro primeiros meses de 2022 segundo o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Por outro lado, no Cerrado, a devastação nos primeiros quatro meses deste ano cresceu 17% em relação ao mesmo período de 2022, chegando a 2.133 km². Assim, o acumulado é 48% maior que a média histórica para o bioma.

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Quando se considera só o mês de abril, o aumento é de 31% em relação ao mesmo mês de 2022, passando de 541 Km² para 709 km². Essa área é cerca de duas vezes maior do que o desmate registrado na Amazônia Legal.

As medições do Deter vão até o dia 27 para o Cerrado, para a Amazônia, até dia 28. Isso significa que os registros ainda podem ser revistos e aumentar. O Deter mede o desmatamento no Cerrado desde 2018 e na Amazônia desde 2015.

"No caso do Cerrado, os dados são alarmantes. Temos alertas de desmatamento entre janeiro e abril que superam os de todos os anos anteriores", afirma Rodrigo Castro, membro da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, entidade que reúne organizações ambientalistas e do agronegócio. "A aceleração principalmente pela atividade agropecuária é crítica.", diz ele, também diretor de país da Fundação Solidaridad.

No Cerrado, cerca de 80% dos alertas de desmatamento ocorreram nas áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), considerada a principal fronteira agrícola do Brasil. A taxa de desmatamento médio ali é cerca de 3 vezes maior que a da Amazônia. Quase metade da cobertura original já se perdeu.

Uma das medidas apontadas por especialistas como fundamental para reverter essa tendência é a análise e validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) feito pelo proprietário rural ou posseiro. O CAR, não validado, é usado por infratores como instrumento para tentar legitimar ocupações fundiárias irregulares e a grilagem de terras.

Outra medida é garantir a ampliação e proteção dos territórios de povos e comunidades tradicionais e assegurar a expansão das áreas de unidades de conservação - que respondem por parcela muito pequena do Cerrado, com apenas cerca de 3% do bioma na categoria de proteção integral.

Tendência deve se manter na Amazônia?

A redução observada na Amazônia pode ser sinal de uma reversão na tendência de alta de desmatamento do bioma, porém ainda é cedo para afirmar que essa queda irá se manter, afirmam especialistas.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência com a meta de zerar o desmate na Floresta Amazônica. Nos quatro anos anteriores, a gestão Jair Bolsonaro (PL) enfraqueceu os órgãos de combate aos crimes ambientais e foi alvo de críticas no Brasil e no exterior.

"Para a Amazônia, é muito cedo para dizer se essa tendência vai seguir ou não. Espera-se queda para os próximos meses, mas isso ainda por se confirmar principalmente porque temos muitos problemas relacionados à ocupação ilegal de terras, grilagem e às atividades ligadas a ela", afirma Castro

"Recebemos os números de abril como sinal positivo, mas infelizmente ainda não podemos falar em tendência de queda de desmatamento na Amazônia. Os números estão num patamar muito alto e a temporada da seca, favorável ao desmatamento, não começou", afirma Mariana Napolitano, gerente de Conservação do WWF-Brasil.

Segundo ela, medidas paralelas precisam ser tomadas para que a redução no desmatamento seja sustentável ao longo do tempo. "Outras iniciativas como o incentivo à economia verde, a criação de áreas protegidas e as demarcações de terras indígenas, como as que ocorreram recentemente, são necessárias", diz.

Entre as medidas que o governo federal prepara para combater o desmatamento está o relançamento, após revisão, do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCDAm). O programa foi o responsável pela queda nas taxas de devastação na primeira gestão do presidente Lula.

Em fevereiro, o novo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou ao Estadão que a meta do governo é reduzir, pela metade, o índice de desmatamento verificado no ano anterior. Ele disse que o Ibama voltou a atuar, após anos de paralisação, mas é preciso recuperar a estrutura do órgão, que foi esvaziada. O Ibama já chegou a ter 2 mil fiscais em campo. Atualmente, conta com menos de 350 agentes para fiscalizar o Brasil inteiro.

O trabalho de proteção e fiscalização ambiental, disse o novo chefe do Ibama, deve contar não só com recursos da União, mas também do Fundo Amazônia e outros órgãos que voltaram a bater na porta do órgão, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Global para o Meio Ambiente, (GEF, na sigla em inglês), um dos maiores financiadores de projetos ambientais do mundo.

Os alertas de desmatamento cresceram em fevereiro na Amazônia e no Cerrado, em relação ao mesmo período do ano passado, e já são os maiores valores desde 2015 e 2018, respectivamente. Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Na floresta tropical, após queda de 61% em janeiro na área acumulada dos alertas, o último mês revelou aumento de 62% (total de 322 km²). No Cerrado, o aumento foi de 99% (total de 558 km², quase o dobro da área da cidade do Recife).

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Este é o segundo dado mensal do Deter no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu a presidência com a meta de zerar o desmate na Floresta Amazônica. Nos quatro anos anteriores, a gestão Jair Bolsonaro (PL) enfraqueceu os órgãos de combate aos crimes ambientais.

Na Amazônia, apesar do aumento de fevereiro, o acumulado dos dois primeiros meses do ano é 22% menor que no ano passado. Tanto a redução de janeiro como a alta de fevereiro podem estar relacionadas à maior cobertura de nuvens nessa época do ano, que corresponde à temporada de chuvas no bioma. O sistema Deter utiliza imagens de satélites com sensores ópticos, que podem ser afetados pela ocorrência de nuvens.

No Cerrado, os números de janeiro representem queda de 10% em comparação a janeiro de 2022. Porém, os outros dados indicam que o desmatamento do bioma se mantém em patamar alto, superior ao da Amazônia e com tendência de crescimento. Além de ser o maior dado desde o início do ano da série histórica do Deter para o bioma, é quase o dobro da média dos últimos quatro anos.

Os alertas do sistema Deter servem de base para apontar as áreas mais devastadas e orientar as ações de órgãos como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).

A Bahia concentrou 48% da destruição do Cerrado, com 268 km² desmatados em fevereiro, seguido por Tocantins (68 km²), Piauí (63 km²) e Maranhão (52 km²). Os quatro Estados que mais desmataram em fevereiro de 2023 formam o chamado Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), região considerada a principal fronteira agrícola do Brasil e uma das maiores frentes de destruição de ecossistemas do mundo.

"Ainda é cedo para confirmar qualquer tendência relacionada ao desmatamento, pois janeiro e fevereiro são períodos de muitas nuvens e chuva, com valores historicamente menores de destruição. O que podemos afirmar com clareza é que os eventos climáticos estão afetando de forma mais recorrente o Brasil e que o controle do desmatamento é fundamental para atenuar as perdas", afirma Mariana Napolitano, gerente de Conservação do WWF-Brasil. "As ações anunciadas pelo atual Governo são bem-vindas, mas é necessário que toda a sociedade participe desse processo de reconstrução ambiental", diz.

Análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) é uma saída

Apesar do avanço do desmatamento na Amazônia, o bioma é o único no Brasil com 80% de proteção conferido pelo Código Florestal. Nos demais, como o Cerrado, uma das medidas apontadas por especialistas como fundamental é a análise e validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) feito pelo proprietário rural ou posseiro. O CAR, não validado, é usado por infratores como instrumento para tentar legitimar ocupações fundiárias irregulares e a grilagem de terras.

"Com a devida análise e validação, será possível anular os cadastros de imóveis ocupados ilegalmente (grilados). A validação é importante também para facilitar a destinação de terras públicas para fins que possam ser de real interesse da sociedade, por exemplo, destinando para povos e comunidades locais, para a reforma agrária ou para unidades de conservação", afirma Isabel Figueiredo, coordenadora do Programa Cerrado e Caatinga do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), parte do Projeto Ceres (Cerrado Resiliente).

Outra medida é garantir a ampliação e proteção dos territórios de povos e comunidades tradicionais e assegurar a expansão das áreas de unidades de conservação - que respondem por parcela muito pequena do Cerrado, com apenas cerca de 3% do bioma na categoria de proteção integral.

Meta do governo é cortar 50% desmatamento neste ano

Em fevereiro, o novo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou ao Estadão que a meta do governo é reduzir, pela metade, o índice de desmatamento verificado no ano anterior. Ele disse que o Ibama voltou a atuar, após anos de paralisação, mas é preciso recuperar a estrutura do órgão, que foi esvaziada. O Ibama já chegou a ter 2 mil fiscais em campo. Atualmente, conta com menos de 350 agentes para fiscalizar o Brasil inteiro.

O trabalho de proteção e fiscalização ambiental, disse o novo chefe do Ibama, deve contar não só com recursos da União, mas também do Fundo Amazônia e outros órgãos que voltaram a bater na porta do órgão, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Global para o Meio Ambiente, (GEF, na sigla em inglês), um dos maiores financiadores de projetos ambientais do mundo.

Um estudo de cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), publicado na revista científica PLOS, demonstra que o avanço da destruição do Cerrado está diretamente ligado ao aumento do número de casos de dengue na região. O trabalho mostra que, se o ritmo do desmatamento continuar semelhante ao atual, em 2030 toda a área do Cerrado terá um aumento considerável dos casos da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, de origem africana.

"O aumento dos casos de dengue está relacionado à redução da cobertura vegetal do Cerrado", afirma o engenheiro florestal Arlindo Ananias Pereira da Silva, da Unesp, principal autor do estudo. "Se não houver política pública específica e regionalizada, algumas regiões vão ter um impacto muito grande."

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O Estado de maior preocupação é Minas Gerais. Dos atuais 2,2 mil casos por 100 mil habitantes, estima-se que os registros da doença pulariam para 4 mil por 100 mil habitantes. Para impedir que a projeção se concretize, alertam os cientistas, o País terá de controlar o desmate e adotar políticas ambientais e de saúde pública.

Em 2020, houve em todo o mundo 2,7 milhões de casos de dengue. Desse total, 36,5% foram no Brasil. Mais da metade foi registrada no Cerrado. De 2008 a 2019, a dengue matou 6,4 mil pessoas em território brasileiro.

Desmate e monocultura

O avanço do Aedes aegypti em áreas tropicais é relacionado à urbanização, sobretudo em cidades sem infraestrutura de saneamento básico. A perda do hábitat e a redução de predadores naturais "empurra" o inseto para áreas urbanizadas, espalhando a dengue.

"Quando o mosquito está inserido em ambiente florestal, há meios de controle, com os predadores e também por conta da cobertura vegetal, o microclima", explica o pesquisador. "Com o desmatamento e a monocultura, você aumenta as temperaturas, amplia a oferta de alimento e reduz os predadores naturais; isso é tudo o que o mosquito quer para se reproduzir."

O Cerrado ocupava originalmente pouco mais de 20% do território brasileiro. Mas, desde o início dos anos 1970, sofre grande pressão do agronegócio, intensificada nos anos posteriores. Desde 2005, segundo o trabalho, a taxa de desmatamento vinha diminuindo. Mas em 2020 houve um aumento de 13,2% em comparação ao ano anterior. Atualmente, o bioma concentra a maior parte da produção agropecuária do País.

Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma que mais sofreu alterações por causa da ocupação humana. É considerado um dos 25 ecossistemas do planeta em alto risco de extinção. Atualmente, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), restam aproximadamente 34% da área original do Cerrado. Cientistas mais pessimistas afirmam que, até 2030, o ecossistema pode estar totalmente destruído.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil está prestes a ficar às cegas no monitoramento do desmate no Cerrado. Sem verbas, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) fará o acompanhamento até abril. Depois disso, a evolução da degradação do segundo maior bioma da América do Sul será uma incógnita para o País. A equipe técnica responsável por esse trabalho já foi desmobilizada.

A causa é o fim do financiamento de um programa do Banco Mundial, que mantinha o monitoramento funcionando, e os cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), responsável pelo instituto. Além da importância em biodiversidade, o Cerrado é o local de nascente de importantes bacias hidrográficas do continente sul americano, mas é também uma região sob pressão da expansão agropecuária.

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"Sem recursos não há como manter a equipe, mas havendo novos recursos ela pode ser remobilizada", diz Luiz Aragão, chefe da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do INPE. "Mas, o tempo de mobilização é crítico, principalmente para o Deter Cerrado que faz o monitoramento contínuo, mas estamos tentando buscar caminhos para a manutenção."

Não se pode dizer que o fim do financiamento foi uma surpresa para o MCTI.

O projeto FIP Monitoramento Cerrado, mantido com verbas do Banco Mundial, foi iniciado em 2016. Desde então mais de 700 pessoas foram capacitadas e cerca de 30 artigos científicos foram publicados no Brasil e no exterior. Em maio do ano passado, durante evento de treinamento, a representante do banco Bernadete Lange afirmou a coleta e monitoramento de dados sobre o Cerrado teria que prosseguir mesmo sem o auxílio financeiro e que esperava que isso acontecesse com fundos próprios do governo brasileiro. Procurado, o MCTI não se manifestou.

Por definição da gestão do presidente Jair Bolsonaro, a pasta teve corte de 87% em seu orçamento em 2021. A queda foi de R$ 690 milhões para R$ 89,8 milhões, afetando pesquisas de diferentes áreas e cientistas que já contavam com a verba para seus estudos.

O Ministério da Economia decidiu dividir os recursos que iriam integralmente para ciência e tecnologia com outros seis ministérios. O maior beneficiário das mudanças foi o Ministério do Desenvolvimento Regional, que irá receber R$ 252,2 milhões, seguido pela Agricultura e Pecuária com R$ 120 milhões, o Ministério das Comunicações com R$ 100 milhões. A Educação recebeu R$ 50 milhões e a pasta da Cidadania ficou com outros R$ 28 milhões.

A solicitação da Economia foi negociada para atender a interesses de deputados e senadores, que pediram o deslocamento da verba para outras áreas.

Segundo dados do PRODES Cerrado divulgados no último dia 31, o Cerrado perdeu 8.531,44 km² de vegetação de agosto de 2020 a julho de 2021. Essa foi a maior extensão devastada desde 2016. Os estados que mais desmataram foram Maranhão (2.281,72 km²), Tocantins (1.710,55 km²), Bahia (925,11 km²) e Goiás (920,45 km²).

As florestas nacionais voltaram a sofrer com os piores índices de desmatamento dos últimos anos. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão federal responsável pelo monitoramento nacional, apontam níveis críticos de cortes ilegais registrados no mês passado.

Na região da Amazônia Legal, foram identificados 368 quilômetros quadrados de área desmatada. Trata-se do maior volume registrado para março desde 2015. No ano passado, a área devastada no mesmo mês chegou a 327 km. Em 2019, foram 251 km.

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O volume é ainda mais alarmante no Cerrado, que em 2020 protagonizou as piores queimadas já registradas pelos satélites do Inpe. Em março, o Cerrado perdeu 529 km quadrados para o desmatamento. Isso equivale a mais que o dobro do verificado em março de 2020, quando 215 km² de área foram desmatados no bioma.

O volume acumulado de desmatamento no Cerrado entre janeiro e março deste ano chega a 824 km², superando a marca do mesmo intervalo do ano passado, quando 724 km² foram desmatados. Ainda assim, é um volume que o primeiro trimestre de 2019, que somou 1.220 km² de desmatamento.

Na Amazônia Legal, a área total desmatada no primeiro trimestre deste ano é de 576 km², um pouco inferior ao volume do mesmo período do ano passado (797 km²), mas superior a 2019, quando 526 km² foram desmatados entre janeiro e março.

No início deste ano, o Mato Grosso passou o Pará como o Estado da Amazônia Legal com maior área de desmatamento. Foram registrados 1.198 km² de área derrubada no Mato Grosso, contra 909 km² em território paraense. Já no Cerrado, a liderança da devastação fica com a Bahia, com 607 km² de desmatamento, seguida pelo Tocantins, que registra 588 km² de área desmatada.

Há forte preocupação entre ambientalistas e organizações do setor sobre o avanço do desmatamento e das queimadas neste ano, dada a crescente fragilidade das fiscalizações feitas pelo Ibama e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Os órgãos, que estão cada vez mais sucateados, veem seus orçamentos serem pressionados anos após ano, além de não contarem com renovação do quadro de agentes em campo.

Em fevereiro, o vice-presidente Hamilton Mourão anunciou a retirada dos militares que atuavam na Amazônia, no âmbito da Operação Verde Brasil 2. A iniciativa, enquanto esteve vigente, concentrou boa parte dos recursos financeiros disponíveis em operações e estruturas das Forças Armadas, o que não ocorreu em relação aos órgãos que, por missão, devem cuidar do meio ambiente.

Por mais de uma vez, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a anunciar que 100% das mobilizações de fiscais do Ibama e ICMBio seriam paralisadas, por falta de recursos para pagar contas básicas, como combustível de carros e helicópteros.

Após uma leve queda no ano passado, o desmatamento no bioma Cerrado voltou a subir este ano. Entre agosto de 2019 e julho de 2020 foram suprimidos 7.340 km² de vegetação nativa, alta de 13% em relação às perdas observadas nos 12 meses anteriores (6.483 km²). O desmatamento registrado equivale a quase cinco vezes a área da cidade de São Paulo e é o maior valor para o bioma desde 2015, quando foi observada uma devastação de mais de 11 mil km².

Os dados divulgados ontem são do projeto Prodes Cerrado, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O monitoramento do bioma é feito desde 2001, inicialmente a cada dois anos. Mas desde 2013 ocorre anualmente.

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Neste ano, o Estado do Maranhão foi o que apresentou a maior área de desmatamento (1.836,14 km²), respondendo por 25% das perdas no bioma. O Maranhão foi seguido pelo Tocantins (1.565,88 km²) e pela Bahia (919,17 km²).

As principais ameaças ao Cerrado ocorrem pela expansão da fronteira agrícola, principalmente na região conhecida como Matopiba - palavra que junta as siglas justamente dos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A taxa divulgada nesta segunda corresponde 100% à gestão Jair Bolsonaro.

O aumento do impacto sobre o Cerrado é semelhante ao registrado na Amazônia no mesmo período. Dados também do Inpe divulgados no fim de novembro apontaram alta de 9,5% no último ano do desmatamento na floresta - maior taxa desde 2008. Entre agosto de 2019 e julho deste ano, a devastação da floresta alcançou 11.088 km², ante os 10.129 km² registrados nos 12 meses anteriores. A área devastada equivale a 7,2 vezes à da cidade de São Paulo.

A elevação do Prodes observada na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019, ante os 12 meses anteriores, já tinha sido de 34,4%. O avanço do corte raso registrado na Amazônia Legal desde o início da gestão Bolsonaro interrompe uma sequência de dez anos em que o desmatamento ficou abaixo de 10 mil quilômetros quadrados.

Com essa taxa, o País também deixou oficialmente de cumprir a principal meta da Política Nacional de Mudanças Climáticas, de 2010, que estabelecia, em lei, que o desmatamento neste ano seria de, no máximo, 3,9 mil km².

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ativistas do Greenpeace, organização ativista que usa confrontos pacíficos para expor problemas ambientais, ergueram uma estátua de ‘Bolsonero’ em área devastada pelas chamas no Pantanal, região que vem sendo gravemente destruída por incêndios em 2020. A crítica ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), o compara a Nero Cláudio César Augusto Germânico, imperador romano de 13 de outubro de 54 até a sua morte, em 9 de junho de 68, que é tido como o responsável pelo incêndio que devastou Roma no ano 64, embora essa versão não seja consenso entre historiadores. 

“Com essas ações não queremos chamar atenção apenas para a destruição sem precedentes do patrimônio ambiental dos brasileiros, mas apontar as causas e seus responsáveis. O Brasil está literalmente em chamas graças à política incendiária do atual governo que, em vez de apresentar ações coordenadas e efetivas de proteção ao meio ambiente e à vida das pessoas, segue tocando a melodia desvairada do seu projeto de destruição, ameaçando e queimando a biodiversidade brasileira e fragilizando a já combalida economia do país”, afirma Tica Minami, diretora de programas do Greenpeace Brasil.

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Tica também alerta para outros problemas que o País vem enfrentando e deverá continuar tendo caso continue com uma política ambiental de devastação. “Ao desdenhar o meio ambiente, é como se o governo Bolsonaro queimasse uma marca extremamente valiosa chamada Brasil – investidores, empresários, banqueiros, chefes de Estado e entidades nacionais e estrangeiras já advertiram que devem retirar investimentos do país por não quererem estar associados a prática de crimes ambientais”, afirmou ela.

Fogo no Pantanal

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), a área devastada pelas chamas no Pantanal apenas no mês de setembro é de 33 mil km², o equivalente a todo o território de Alagoas e do Distrito Federal somados e 14% de toda a região. No mesmo período em 2019, a devastação causada pelo fogo chegava a 12.948 km². 

É a maior devastação anual do território em decorrência de fogo desde que o governo federal começou a realizar medições em 2002: dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parceira do Inpe, mostram que 26% de todo o bioma já foi queimado de janeiro a setembro.

Amazônia e Cerrado

No Cerrado, até o momento já foram registrados mais de 54 mil focos de calor no ano de 2020. Já na Amazônia, o mês de setembro registrou um aumento de 60,6% nos focos de calor em comparação com o mesmo período de 2019. 

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Marina Ruy Barbosa está curtindo o Carnaval bem longe dos centros urbanos, do tumulto e da folia. Em uma paisagem de tirar o fôlego, com direito a lago, gramado e um céu azulzinho, a atriz posou ao lado de duas amigas, Suzana Sandoval e Alana Coda.

Acompanhada dos amigos e do marido, Xandinho Negrão, Marina está curtindo uma viagem pelo Cerrado no melhor estilo aventureira. O passeio contou até com um safári pela região.

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A atriz, que dá vida à Amália em Deus Salve o Rei, está aproveitando os dias de folga para relaxar. "Tudo que eu precisava...", escreveu a ruiva em uma das legendas.

Marina, aliás, está curtindo a viagem ao máximo e não deixou de comer a combinação perfeita, que é a cara de uma boa feira: pastel e caldo de cana. A atriz fez o registro no seu Stories.

Em outra imagem, a ruiva registrou um arco-íris daqueles, em um cenário paradisíaco. Na legenda, ela se limitou a colocar um emoji de coração.

O plano de zerar o desmatamento ilegal até 2030, contido na meta apresentada no domingo, 27, pelo Brasil para colaborar com o combate às mudanças climáticas, só considera a Amazônia. Os outros biomas ficaram de fora do compromisso apresentado para a Conferência do Clima da ONU (COP), que será realizada em Paris no fim do ano.

"Isso quer dizer que vai se admitir o desmatamento ilegal nos outros biomas?", questionou o engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima. Ele falou em evento da Andi e da Aliança pelo Clima e Uso da Terra (Clua) em Brasília para jornalistas sobre a COP, na segunda-feira, 28.

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A crítica foi compartilhada por Paulo Moutinho, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. "É importante lembrar que grande parte da redução do desmatamento na Amazônia se deu porque houve migração para o Cerrado."

O diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Santhiago de Oliveira, rebateu as críticas. Para a Amazônia temos um sistema robusto de fiscalização. Para os outros biomas, ainda não temos isso. Então preferimos apontar por enquanto o que é factível."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasília - O extrativismo no Cerrado ainda é pouco explorado, mas pode ser mais uma opção sustentável para o bioma. O exemplo vem de um casal de Brasília, que investe nos sabores de espécies nativas para fabricar sorvetes e picolés. O proprietário da sorveteria, Bartolomeu Rodrigues, explica que eles se associaram a cooperativas de catadores, que são capacitados para colher os frutos preservando o ecossistema.

“Eu quero que aquela árvore da qual a fruta foi catada esteja no ano seguinte no mesmo local e produzindo da mesma forma. Então não pode simplesmente chegar lá depredando a natureza, tem que catar de forma racional. São colhidos 70% dos frutos, os 30% restantes ficam para os bichos, que mantêm o Cerrado vivo”.

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No entanto, Bartolomeu lembra que muitas áreas de extrativismo estão sendo degradadas. Essa perda de biodiversidade é irrecuperável, já que falta tecnologia para fazer o reflorestamento da vegetação nativa do Cerrado.

A esperança começa a surgir com as pesquisas. A engenheira florestal Eneida Silveira coordena um grupo na Universidade de Brasília que conseguiu, pela primeira vez, cultivar mudas de plantas do Cerrado em laboratório, apesar da dificuldade para se propagar essas espécies pelos meios clássicos, como o uso de sementes.

“Nossa pesquisa procura desenvolver protocolos de propagação de espécies de interesse econômico, no caso medicinais ou frutíferas, para a criação de um sistema sustentável para o Cerrado. Outro ponto importante é que muitas plantas do Cerrado são medicinais, mas muito pouco estudadas sob esse aspecto. Consequentemente, se nós tivéssemos uma pesquisa avançada nesse sentido, poderíamos produzir medicamentos a partir de plantas do Cerrado”.

Entre as espécies com as quais a professora Eneida trabalha estão o marmeleiro-do-cerrado, a sucupira-preta, mama-cadela, carobinha, copaíba e canela-de-ema. A pesquisadora lembra que as estações de muita chuva e de forte seca prejudicam o desenvolvimento das plantas. Também faltam estudos que mostrem como seria o crescimento com adubo e irrigação. Além disso, as sementes perdem a viabilidade muito rapidamente.

Por Akemi Nitahara e Beatriz Arcoverde

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