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Na manhã desta quarta-feira (19), chegou na capital paraense um dos maiores símbolos de devoção do Círio: a corda que é puxada pelos fiéis durante a Trasladação e a grande procissão de domingo.

A corda passou a fazer parte da procissão em 1885, quando uma enchente da baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a Berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxar. Em 2005, a direção do Círio mudou o formato da corda, que antes contornava a Berlinda em forma de U. Com isso, a procissão acabava atrasando. Agora, tem o formato de um rosário, divido em cinco estações.

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Fabricada em Santa Catarina, antes de chegar em Belém a corda parou em São Paulo para ajustes finais. Foi doada pela família dona da rede de supermercados Líder, do Pará. O transporte também foi uma doação fornecida pela Transportadora Expresso Vida Transporte. São 800 metros de corda que serão utilizados na Trasladação e no Círio, 400 metros para cada procissão.

Por Beatriz Reis

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Toda a área externa da Basílica Santuário de Nazaré, paredes, grades, torres, Casa Paroquial e Sacristia, em Belém, está sendo pintada. O serviço deve terminar no dia 2 de outubro, antes do Círio.

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Em novembro, um projeto de restauro na Basílica Santuário de Nazaré, abrangendo pintura, recuperação do piso em mármore, revisão dos vitrais, mosaicos, instalações elétricas, sistema de prevenção contra incêndio e obras de arte, segundo a Diretoria da Festa, foi aprovado no Ministério da Cultura para receber benefícios da Lei Rouanet, mas até agora não foi possível captar recursos.

Dessa forma, serviços inadiáveis, como pintura e reparação das instalações elétricas, tiveram que ser antecipados. “A Diretoria faz isso com muito carinho e responsabilidade, para que também venha acolher as gerações futuras”, disse Antônio Salame, diretor de engenharia e patrimônio da Diretoria da Festa de Nazaré.

A manutenção da Basílica é feita permanentemente, mas a pintura geral ocorre a cada três ou quatro anos. “Pode-se observar que, para uma igreja centenária, a Basílica está muito bem conservada. É uma construção antiga e necessita de uma obra de restauro mais expressiva”, afirmou Antônio.

A Diretoria da Festa de Nazaré conseguiu patrocínio para a compra das tintas, mão de obra e aluguel de equipamentos por meio de parceria com lojas locais. A casa da Padroeira da Amazônia é o ponto turístico mais visitado do Pará, tendo sido erguida com doações do povo de Belém e dedicação dos padres Barnabitas.

Por Quezia Dias.

 

 

 

 

Faltam dois meses para o Círio de Nazaré, considerado um dos maiores eventos religiosos do mundo. A procissão de louvor à Nossa Senhora ocorre no segundo domingo de outubro (13) e atrai turistas do mundo todo.

O mês de agosto é marcado por inúmeros eventos de preparação para o Círio de Nazaré. A formação dos "Dirigentes de Peregrinação", ato de evangelização e preparação espiritual para o Círio, que ano passado contou com mais de 2 mil voluntários, é um deles. "A manhã de formação prepara os dirigentes de peregrinação para conduzir os encontros que acontecem em nossa Arquidiocese, preparando espiritualmente os devotos para vivenciarem melhor toda a evangelização que o Círio de Nazaré proporciona”, explica o diretor de evangelização da Festa de Nazaré, Jorge Xerfan.

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Após a preparação dos Dirigentes de Peregrinação, ocorrerá a Missa do Mandato, momento em que o arcebispo dom Alberto Taveira vai abençoar as imagens dos devotos. Segundo os organizadores, a Missa do Mandato marca oficialmente o primeiro ato da Festividade do Círio, sendo este um dos momentos mais importantes da festa.

A recitação das Mil Ave-Marias também é um dos atos que antecedem o Círio. “É uma preparação espiritual para que a Diretoria do Círio, as comunidades e todos aqueles que colaboram conosco nessa missão, que é realização do Círio, possam estar preparados espiritualmente para realizá-lo da melhor forma possível", disse Jorge Xerfan.

Há também o Concurso de Redação do Círio. Podem participar alunos de escolas públicas ou privadas. Cada escola pode inscrever até dois alunos, que farão uma redação com o tema "Maria, Mãe da Igreja". O resultado será divulgado no dia 29 de setembro, às 8 horas, no  Centro Social Nazaré. “Já são 25 anos trabalhando, incentivando e contribuindo com a formação espiritual de nossos jovens”, explica a coordenadora do concurso, Lilian Acatauassú.

Para participar, os alunos interessados devem preencher a ficha de inscrição, disponível no site  www.ciriodenazare.com.br e encaminhar para o e-mail secretaria@ciriodenazare.com.br, junto com a cópia do documento de identidade. As fichas também podem ser encaminhadas para a secretaria da Diretoria da Festa, situada na Praça Justo Chermont, Centro Social Nazaré, de 12 às 20 horas.

A capacitação dos Guardas de Nazaré é outro evento importante de preparação para o Círio. “Eu acredito que o Círio 2019 será abençoado. Eu enxergo como um Círio excelente, formidável e diferente, pelo fato de estarmos trabalhando a espiritualidade dos guardas durante o ano inteiro. Tenho certeza que o acolhimento será o melhor possível”, disse o coordenador-geral da Guarda de Nazaré, Guilherme Azevedo.

Agosto também é o mês em que começa a venda dos ingressos para as arquibancadas do Círio, instaladas na avenida Presidente Vargas, de onde os fiéis assistem à passagem da Trasladação e à procissão do Círio. Os ingressos custam R$ 60,00 para assistir à Trasladação e R$ 110,00, para o dia do Círio. Não haverá meia entrada.

Idosos e pessoas com necessidades especiais terão direito a 600 cortesias para a Trasladação e 300 para o dia do Círio. As inscrições para a gratuidade podem ser feitas no mesmo site da venda dos ingressos, que serão entregues no dia 10 de setembro, na Diretoria da Festa de Nazaré, no Centro Social de Nazaré. As vendas começam no dia 26 e são feitas apenas pelo site www.lojinhadocirio.com.br.  

 

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Foi apresentado na quinta-feira (15) o cartaz do Círio 2019 de Nossa Senhora de Nazaré no município de Barcarena, região nordeste do Pará. A cerimônia ocorreu após missa na Igreja Matriz. Centenas de devotos compareceram para prestigiar o momento. Autoridades também se fizeram presentes.

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O pároco da paróquia São Francisco Xavier, Idaltino dos Prazeres, avaliou o lançamento como muito importante para todos. "Foi um momento de muita alegria para nós, povo católico de Barcarena. Vimos a alegria do nosso povo e satisfação de se colocar nas mãos de Nossa Senhora. Gratidão que esse povo tem pela sua postura devocional à Mãe de Deus", disse.

O cartaz apresenta o projeto do Santuário Paroquial à Nossa Senhora de Nazaré. Expressa a igreja a ser construída, com a fachada com todos os seus significados e a cúpula, por sua singularidade.

A imagem de Nossa Senhora de Nazaré aparece ao lado do Santuário, expressão da devoção do povo católico.

O tema do Círio deste ano é “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo", extraída do livro de Lucas, capítulo 1, versículo 28. Segundo a passagem, é a saudação do anjo Gabriel à Maria.

O anjo aparece acima da imagem, bem como o Espírito Santo em formato de pomba. As cores azul e amarelo em destaque no cartaz representam traços da divindade. O azul: a morada celeste, o céu onde está Deus. O amarelo: a luz do Espírito Santo que cobriu a Vigem Maria no seu sim. O design é de Fabrício Reis.

A quadra nazarena começa com a Procissão Rodoviária, no dia 8 de novembro. No dia 9, Círio fluvial pela manhã. À tarde, Trasladação. No domingo, dia 10, o grande Círio. No dia 17, a festa.

Por Jhonata Chaves.

 

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A Guarda de Nazaré, que existe há 45 anos, agora é Patrimônio Cultural e Imaterial de Estado do Pará. A declaração, resultado de projeto da deputada Ana Cunha (PSDB), foi feita na sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), na manhã de terça-feira (11).

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O grupo tem atuação importante na organização e condução das festividades do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que ocorre no segundo domingo de outubro, em Belém. Conta com mais dois mil homens e é reconhecido pelo Vaticano como a maior guarda católica do mundo. "Esse título nos faz criar uma responsabilidade ainda maior com relação ao trabalho humanitário que nós já fazemos. É uma responsabilidade muito grande", disse Guilherme Azevedo, coordenador-geral da Guarda de Nazaré.

Segundo o coordenador, a notícia encheu os Guardas de Nazaré de felicidade e alegria. "Foi motivo de felicidade, não pelo fato do engrandecimento do ego, mas pelo fato de um reconhecimento de todo um trabalho voluntário que nós fazemos há 45 anos, trabalho esse que muitas vezes acaba sendo apenas reconhecido como se fosse na época do Círio, e não. O Círio é o ápice do nosso trabalho, mas durante o ano inteiro colaboramos em ações sociais, campanhas de doações de sangue, ajudamos no treinamento de outros guardas, ajudamos a Basílica durante todas as celebrações. A gente tem todo um trabalho grande e isso daí faz com que as pessoas reconheçam de fato o nosso trabalho. Isso para nós é muito bom, muito gratificante", detalha Guilherme.

Guilherme está na Guarda há 11 anos e diz que as pessoas que entram para a equipe têm mudança de 360 graus na vida delas. "É um giro que a pessoa dá na vida. Ao longo de todo um trabalho que a gente faz dentro da Guarda, com os guardas, ocorre um avanço muito grande, principalmente no que diz respeito ao lado espiritual de cada um. Os guardas se tornam pessoas boas, eles melhoram. Aqueles que entram para a Guarda acabam tendo uma outra visão do amor, da fraternidade, da humildade, e tudo isso faz com que a pessoa seja transformada. Essa é a grande vantagem que nós temos ao entrar na Guarda, esse preparo espiritual, esse engrandecimento espiritual", detalha.

Caminhos da fé

O coordenador explica que quem trabalha na Guarda sempre tem histórias de fé para contar. "Cada um já viveu uma experiência extraordinária, algo que realmente deixa a gente arrepiado", disse ao contar que, antes de ser coordenador, enquanto fazia o isolamento do altar da Basílica, uma senhora insistia em ultrapassar o isolamento para pegar as flores do altar. Depois de muita insistência ele pegou algumas pétalas, colocou nas mãos da senhora e pediu para que ela sentasse para fazer suas orações e deixasse de insistir. "Peguei as pétalas e dei para ela, ela guardou num lenço. Ela foi embora. Sumiu. Passou a quinzena, veio o mês de novembro, e quando chegou em dezembro, próximo ao Natal, essa senhora apareceu na igreja e me encontrou durante uma celebração. No final da missa ela me perguntou se eu lembrava dela, eu disse que não lembrava, e ela disse 'eu sou aquela senhora que tentou pegar as pétalas durante a quinzena do Círio e você não queria deixar, até que no final você me de as pétalas, estás lembrado?'. Eu pedi desculpas por só ter pego as pétalas. Elas disse não, não. Só as pétalas que pegaste para mim, já resolveu. Ela me mostrou o exame dela antes de pegar as pétalas e depois. Antes de pegar as pétalas ela estava com problema de câncer, quando ela pegou as pétalas, foi para a casa dela e fez um chá. Passados uns dias ela foi fazer uns exames do pré-operatório para remover o câncer, e simplesmente saiu no exame que ela estava curada. Ela trouxe aquilo para me mostrar. Para mostrar para o padre e para dar esse testemunho da graça e do poder que Nossa Senhora tem", revelou.

Guilherme explica que a equipe se esforça sempre para dar seu melhor e atua de forma que as pessoas se sintam atraídas e próximas. "Às vezes, a dificuldade de se aproximar da imagem naquele momento é criada por todo um sistema de segurança, e obviamente a Guarda está envolvida nisso, mas a gente sempre procura, durante os Círios, trazer a melhor forma de conduzir as pessoas, principalmente aquelas que estão na corda pagando as suas promessas, que estão nas estações e até mesmo aquelas pessoas que acompanham. A gente atende mais as pessoas que estão nas proximidades das estações, da berlinda, da própria corda, do que atende os guardas que passam mal durante as procissões. A gente procura melhorar cada vez mais", explicou.

Formação criteriosa

A Guarda de Nossa Senhora de Nazaré é formada por pessoas do sexo masculino, maiores de 18 anos, que tenham bons antecedentes e que sejam pessoa de referência para a sociedade. "A gente preza muito para que os Guardas de Nazaré sejam pessoas que promovam a palavra de Deus, que preguem o evangelho, que preguem a caridade, que promovam a humildade, o amor ao próximo. Ser um Guarda de Nossa Senhora de Nazaré não é vestir aquele uniforme, é muito mais que isso, para isso a gente investe muito em treinamento, em adorações, em missas, em reuniões, enfim, a gente faz com que haja uma transformação interna em cada um. Ser um Guarda de Nossa Senhora de Nazaré, é ser um homem de fé, um homem que traz a sua família para dentro da igreja, que leva a palavra de Deus para dentro de casa, que leva o amor ao próximo para o seu vizinho, isso tudo a gente faz", disse Guilherme.

As reuniões dos Guardas de Nazaré são quinzenais até o fim de junho. Em julho, o grupo entra em recesso, mas continua participando das ações. De agosto até o Círio, as reuniões são semanais, sempre às quintas-feiras.

A coordenação da Guarda se reúne todos os dias da semana. Este ano o presidente da Guarda é o padre Luiz Carlos. O requisito mínimo para o ingresso na Guarda de Nazaré é ser indicado por um dos Guardas, sendo que a pessoa que indica precisa ter no mínimo dois anos de vivência dentro do grupo. Após essa indicação, o aspirante passa por um treinamento, um curso com duração de três meses e meio. "Após esse curso, dependendo do comportamento dele, da frequência, da atividade dele dentro dos padrões que nós estipulamos, aí sim ele passa a se tornar um Guarda de Nossa Senhora de Nazaré, dentro de uma cerimônia pronta para esse momento. A condição que faz com que nós nos tornemos padrinhos de quem vai entrar é de que nós possamos ter a responsabilidade sobre essa pessoa. A última turma foi de 420 aspirantes. Desses, 304 foram efetivados na Guarda", explicou Guilherme.

Ser Guarda de Nazaré, segundo Guilherme, é uma forma de retribuir à Virgem de Nazaré o que ela tem dado aos membros. "Quando ingressa na Guarda, a gente só está ali porque ela fez o chamado e a gente fica devendo a ela essa mudança em nossa vida. Uma forma que a gente tem de retribuir é através das ações humanitárias que nós fazemos. Ser Guarda de Nazaré é ser homem de fé, de reconhecimento por aquela que sofreu pelo seu filho, mas está ali no meio de nós. Isso sim é ser um verdadeiro Guarda de Nazaré", concluiu.

 

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Na manhã do domingo (21) foi celebrado o Círio das Crianças, iniciado com missa na Praça Santuário, em Belém. Houve homenagens à Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, e muitas manifestações de devoção e fé.

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Mães, pais, filhos, tios e avós, famílias e grupos de comunidades católicas participaram da 28ª romaria das crianças, que faz parte da programação dos 15 dias de homenagem à Virgem de Nazaré. A procissão saiu da Praça Santuário, onde está localizada a Basílica de Nazaré, e percorreu as ruas próximas.

Havia muitas crianças vestidas de anjos e camisas com a imagem de Nossa Senhora. José Rodolfo Marques, de 12 anos, foi com a mãe e com a comunidade católica de que participa para fazer um pedido à Nossa Senhora de Nazaré. “O Círio das Crianças é importante porque a Nossa Senhora já realizou muitos sonhos para muitas pessoas. Eu e minha mãe e as outras crianças viemos participar para pedir graças, louvores e eu vim pedir que ela possa ajudar minha mãe a fazer a nossa casa para vivermos com alegria e amor”, disse José.

Ângela Cordeiro, membro de uma comunidade que realiza atividades em uma paróquia de Mosqueiro, distrito de Belém, destacou a importância de se preparar a criança para a catequese. “Esse momento é muito importante. Preparar a criança não só para a parte religiosa e catequética, mas sim para se tonar um bom cidadão, porque a religião hoje ajuda e ensina princípios na vida da criança e ajuda a viver melhor essa fase e a conviver com seus familiares”, disse Ângela.

Rose Almeida tem uma relação muito forte com a religião. Para ela, o Círio é um momento de muita emoção e fé. Este ano, ela levou a filha vestida de anjo para agradecer a uma graça alcançada. “Estou pagando uma promessa que fiz pela minha filha que estava doente e internada e conseguimos alcançar. Fico muito emocionada em falar nisso”, afirmou. Rose acredita que a criança deve participar da religião desde cedo e que todos devem respeitar as demais religiões.

O Círio das Crianças é realizado desde a década de 1990 e a cada ano o número de romeiros aumenta. Para acompanhar a romaria, as crianças devem estar hidratadas e alimentadas. Também aos pais cabe a missão de acompanhar os filhos com atenção, sem se descuidar da segurança, diz o coordenador da guarda da Cruz Vermelha no dia do Círio das Crianças, Paulo Henrique de Castro. “A preocupação maior é com as crianças e com os responsáveis por conta do sol e talvez a má alimentação que alguns possam ter em alguns casos. A Cruz Vermelha procura orientar para que não haja nenhuma eventualidade, mas se houver nós estamos preparados para atender com profissionais da saúde”, relatou Paulo de Castro.   

Na procissão, a imagem peregrina é levada no carro da romaria das crianças e é acompanhada por outros quatro carros ornamentados com imagens de anjos. Este ano houve um trio elétrico com o objetivo de animar as crianças.

Por Natalia Lavoura.

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Devotos celebraram no dia 9 de setembro mais um Círio de Nossa Senhora de Nazaré, no município de Vigia, nordeste do Pará. Em sua 321ª edição, o Círio de Vigia teve como tema "Maria, educadora da vida Cristã". A procissão saiu às 7 horas da Igreja de São Sebastião e percorreu as principais ruas da cidade até a Igreja da Madre de Deus, onde se encerrou com missa celebrada pelo bispo da Diocese de Castanhal, Dom Carlos Verzeletti.

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A prefeita de Vigia, Camille Vasconcelos, falou da emoção de poder celebrar mais um Círio. "Quando a gente vê os romeiros chegando, contagia com alegria nessa linda festa de fé. Aqui em Vigia, o Círio não é somente hoje, ele vai pra todas as localidades do nosso município. Pra gente é uma emoção muito grande", contou.

Com muita emoção, Devanilda da Silva conseguiu realizar o sonho de ter sua casa própria e foi pagar sua promessa. "Esse ano eu falei: se eu realizasse meu sonho, traria uma imagem da minha casa", declarou. Segundo informações da coordenação do Círio de Vigia, contando com as procissões oficiais até o dia da grande romaria, houve 100 mil devotos presentes.

O Círio ocorre há mais de 300 anos, sempre no segundo domingo do mês de setembro. A devoção a Nossa Senhora de Nazaré chegou à Vigia, vinda de Portugal, no século XVIII. Em 1697, o padre jesuíta Serafin Leite já relatava a existência de romarias em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. 

"Os jesuítas chegaram primeiro em Belém e lá eles construíram o primeiro colégio da Amazônia. Em seguida eles rondaram vilas importantes como Cametá, Óbidos, Santarém, Vigia, Bragança e escolheram um lugar para fazer o segundo colégio da Amazônia. Então você vem aqui em Vigia e encontra um prédio imenso construído que é a Igreja da Madre de Deus, a Igreja de Nazaré", contou o historiador e professor José Ildone. De acordo com o professor, os jesuítas construíram o primeiro colégio da Amazônia em Belém e o segundo, em Vigia. "O colégio de Belém era o Colégio de São Francisco Xavier. Nada de santa. Jesuítas não gostavam de santa, gostavam de santo, porque o patrono deles, Inácio de Loyola, era um militar. Mas na Vigia, o nome do Colégio é Mãe de Deus, segundo colégio da Amazônia, e funcionava dentro da Igreja. Em Belém não havia nada ligado a Nossa Senhora, a não ser no posterior, Santa Maria do Grão Pará. E a Vigia desde 1697, já era Vila da Vigia de Nazaré. Pelo próprio nome já temos um Nazaré ligado a Vigia e não a Belém", disse o pesquisador.

Ainda segundo Ildone, a padroeira de Belém não é Nossa Senhora de Nazaré, e sim Santa Maria do Grão Pará. "Posteriormente o Círio saiu daqui, passou pra Belém, e lá se entronizou no bairro de Nazaré. Os jesuítas encontraram uma existência tão forte da festividade de nossa Senhora de Nazaré que não tiveram a coragem de trocar, botar o nome de santo, mantiveram a Madre de Deus, depois Igreja de Nossa Senhora de Nazaré", declarou.

A procissão conta com os mesmos símbolos do Círio de Belém, como a berlinda, corda, guardas de Nossa Senhora de Nazaré, carros de milagres e de anjos. Porém, no Círio de Vigia, se encontram algumas particularidades, como o Carro dos Anjos repleto de crianças que cumprem as promessas de suas mães sempre com as vestes de anjos, representando os querubins que rodeiam Nossa Senhora de Nazaré. O Carro dos Fogos leva uma pessoa soltando foguetes, avisando para a população onde está a passando a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré. O carro Anjo do Brasil tem que apenas meninas, algumas vestidas de túnica verde e amarela, levando a Bandeira Nacional em cima de um cavalo. "Ainda há polêmicas sobre a origem do Anjo do Brasil. Uma das teorias é de que foi uma homenagem à República’’, contou José Ildone.

Por Ana Caroline Barboza e Amanda Lima.

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Neste domingo (21), mais uma Romaria das Crianças vai às ruas do entorno da Basílica Santuário, comemorando sua 28ª edição. A procissão reúne, todos os anos, milhares de crianças, pais e idosos para homenagear a Rainha da Amazônia.

A saída será às 8 horas, da Praça Santuário, logo após a celebração da missa, na Basílica Santuário, que será presidida pelo arcebispo metropolitano Dom Alberto Taveira Corrêa. A Romaria das Crianças percorrerá a avenida Nazaré, travessa 14 de Março, avenida Governador José Malcher, travessa Dr. Moraes, retornando para a avenida Nazaré e à Praça Santuário. Desde 2010, o percurso da procissão passou de 3,7 Km para 2,9 Km, para proporcionar uma caminhada menos cansativa ao maior público da romaria, que é formado principalmente por crianças.

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Nesta romaria, a Imagem Peregrina é conduzida no carro da Romaria das Crianças acompanhada de mais quatro carros dos Anjos – ícones da Grande Procissão do Círio de Nazaré. “Este ano teremos como novidade um trio elétrico que proporcionará com que as crianças tenham uma maior participação cantando as músicas cirianas ao longo do percurso, já que percebemos que com as caixas disponibilizadas na rua ao longo do percurso a dispersão era maior”, ressalta Antônio Souza, diretor de procissões. Crianças do Hospital Ophir Loyola, em Belém, também participarão da romaria, que busca iniciar os pequenos na tradição da Fé Mariana.

Segundo a Diretoria da Festa de Nazaré, a Romaria com a Imagem da Virgem de Nazaré deverá percorrer o percurso em aproximadamente duas horas. Para este ano, a estimativa de participação é de cerca 250 mil pessoas, entre crianças e adultos, já que tem ocorrido um crescimento do número de idosos, que encontram na Romaria das Crianças um momento mais tranquilo e rápido para prestar suas homenagens a Nossa Senhora de Nazaré.  

A primeira Romaria das Crianças foi realizada em 21 de outubro de 1990, com cerca de 1.500 participantes. Até o ano passado era a terceira maior procissão em número de participantes.

Da assessoria da Diretoria da Festa.

O cheiro de patchouli e das ervas aromáticas que são tão procuradas no Ver-o-Peso se espalha pelo ar de Belém, mas ninguém pode negar que o cheiro pronunciado das folhas de maniva sendo cozidas ao longo de uma semana, se tornando a espécie de feijoada paraense - que é aromatizada com os embutidos do porco e toda a sorte de temperos deliciosos - é o mais desejado por todos. Maniçoba é nome dado a essa iguaria da cozinha amazônica e especialmente do Pará, originária na folha da mandioca, a maniva, que é fervida e cozinhada por vários dias em fogo baixo com peixe, conforme a tradição indígena. 

Os portugueses e outros povos que se mesclaram ao povo paraense foram adicionando itens refogados ou fritos, como o toucinho, calabresa e outras carnes. Independente de como é feita ou o que leva, maniçoba vem a ser um símbolo do amor pelo Pará e de afeto entre os paraenses, que preparam o prato como uma forma de celebrar o domingo do Círio - quando uma das maiores procissões religiosas do mundo ocorre - em família, à mesa.

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"Para mim, maniçoba tem gosto de lar e o segredo é justamente o amor. Minha mãe pega o que aprendeu com a mãe dela, dona Maria de Belém, lá na Vila de Condeixa no município de Soure, na ilha do Marajó. À receita de vó ela foi agregando um gosto próprio, que sempre faz sucesso entre os nossos parentes e amigos, independente de ser época de círio", narra o garçom Igor Oliveira Gomes, que durante a semana trabalha em um dos restaurantes do complexo da Estação das Docas servindo, para aos finais de semana prestigiar a comida da mãe. Ele apresenta Eliana Laura Oliveira Gomes e pergunta a ela qual o segredo da maniçoba: "Segredo eu não posso compartilhar, mas tem uma dica preciosa que é nunca deixar a água secar. Trocar de quando em quando e não colocar sal, pois a maniçoba salga com a linguiça, o paio, o bucho, o bacon, o toucinho e o charque que eu fervo, lavo, dessalgo e vou acrescentando pra cozinhar junto", explica a cozinheira.

Feliz por receber entre 20 e 30 pessoas para comer a sua maniçoba, Eliana conta que sempre trabalhou com alimentação e que desconhece atividade que seja mais prazerosa do que alimentar as pessoas e vê-las satisfeitas com sua comida. "Eu comecei vendendo salgados lá na frente do Tribunal do Trabalho, com o passar dos anos abri uma banca de comida pois a procura era grande, inclusive tem juiz, desembargador e outros servidores de lá que já provaram e costumam encomendar minha maniçoba", acrescenta a matriarca, que além de faturar um dinheiro extra vendendo maniçoba congelada também comercializa patos, ingrediente indispensável de outro prato bem procurado durante o círio - o pato no tucupi.

Na cozinha, mexendo as panelas com maniçoba que já passou por oito dias de preparo, ela recebe o carinho do esposo Francisco, também marajoara, que prepara uma salva, típica cachaça feita a base de raízes. Ele conta que Igor chora por causa da maniçoba e que Eliana volta e meia faz especialmente para ele, em qualquer época do ano. Quando perguntada se já gastou mais de um botijão de gás preparando os 6 quilos de maniçoba para o Círio, Eliana sorri e faz um gesto apontando para o fogão. "Ah, já estou no segundo, mas não gastei o primeiro cozinhando ela não, já estava na metade. Para cozinhar os seis, sete quilos de maniçoba que faço em todo o Círio eu deixo em fogo baixo, acrescento um bocadinho de água toda a noite e quando vou dormir, desligo e ligo bem cedo o fogão", ensina. 

Igor observa Eliana avisar que a maniçoba está pronta e se apressa em colocar os pratos na mesa, preparar a farofa, colocar o arroz em travessas e separar o caranguejo society, outra especialidade culinária da mãe - sendo a massa do caranguejo com farofa e vinagrete - para a refeição. "Todo mundo fica na expectativa grande para comer a maniçoba dela, então quando o dia chega é uma alegria, realmente um momento de confraternização", acrescenta o garçom, rindo e abraçando a mãe enquanto ela traz a primeira panela para a mesa. Para quem ficou com água na boca, Eliana avisa que sempre tem um prato de maniçoba sobrando e que ainda oferece uma 'quentinha' para cada convidado levar para casa e continuar saboreando seu presente culinário, feito com todo o amor e carinho.

Por Lorenna Montenegro.

 

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A fé tomou conta das ruas centrais de Belém na manhã de domingo (14). Pela 226ª vez, católicos, devotos e turistas do mundo todo caminharam na grande procissão do Círio de Nazaré para reverenciar Nossa Senhora. A manifestação religiosa se estenderá por 15 dias, com romarias e eventos diversos na capital paraense. Na galeria acima, veja fotos da procissão.

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O Círio saiu da Catedral Metropolitana às 6h48. A romaria de 3,6 km atravessou os principais pontos turísticos da cidade e chegou até a Praça Santuário, no bairro de Nazaré, às 11h46. Foram cinco horas de devoção e encantamento. O Círio tem como tema "Uma jovem chamada Maria", em alusão ao olhar de atenção da Igreja para a juventude.

Observadores estimam em um milhão e meio, aproximadamente, o número de pessoas que participaram da procissão. Ao longo do percurso, empresas, instituições e famílias fizeram homenagens à Virgem de Nazaré. Chuva de papel picado e muitos fogos marcaram a passagem da Imagem Peregrina pelas ruas da capital. 

A procissão teve início depois da missa campal presidida pelo arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, em frente à Catedral de Belém, no bairro da Cidade Velha. O trajeto saiu da praça Frei Caetano Brandão e seguiu pela praça do Relógio, avenida Portugal, Boulevard Castilhos França, avenida Presidente Vargas e avenida Nazaré até a Praça Santuário. As vias do corredor do Círio e suas transversais ficaram fechadas um dia antes para garantir maior organização das procissões.

A Imagem Peregrina é conduzida em uma Berlinda puxada por uma corda de 400 metros, que é muito disputada pelos devotos para pagar promessas. O Círio também tem a participação de 13 carros de promessa, onde os devotos depositam os votos, objetos de cera como partes do corpo e casas que são levados à procissão. Em 2014, a organização do Círio recebeu, oficialmente, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o certificado de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade do Círio de Nazaré.

Da Redação do LeiaJá Pará.

 

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Uma grande manifestação artística, sábado (12), em Belém, marcou saída do Auto do Círio 2018. A partir das 19 horas a movimentação era grande na Cidade Velha. Uma mistura de  devoção, arte e cor animou o bairro com os sons da batucadas em ritmos de carnaval que davam início a mais um cortejo de homenagens feito pelos artistas à Nossa Senhora de Nazaré.

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Este ano, o Auto do Círio trouxe o tema "Maria - Diversidade do Amor" e buscou unir todas as formas de manifestação de fé na pluralidade religiosa, artística e cultural. O ato representou as matrizes negras, indígenas e católicas em uma só linguagem, a do amor.

A estudante de Pedagogia Dheny Munhoz disse que a experiência é bem gratificante. "Apesar de não ser católica, estou gostando bastante de participar desses atos em relação a nossa cultura paraense. Eu fico muito feliz de ser convidada, assim eu tenho certeza de quanto nossa cultura é rica e linda", disse.

O Auto do Círio surgiu como um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará  (UFPA) para dar aos artistas a oportunidade de homenagear Nossa Senhora de Nazaré em sua plena liberdade, como afirmou a professora de Teatro e Dança da UFPA Micheline Penafort. "Aqui os artistas conseguem sentir essa liberdade que normalmente na sociedade não é permitido. Eles podem mostrar o que tem dentro deles, podem criticar, mostrar o que é belo. Esse é um momento de total liberdade", destacou.

O performer Gabriel Luz fez uma crítica por meio de sua performance para falar do lixo nessas eleições.  "O lixo desse último contexto político que vivemos  serve para falar sobre essa relação de cuidado com nossa cidade. O lixo é responsabilidade coletiva e esse momento do auto é importante para fazer essa crítica", afirmou.

O cortejo seguiu pelas ruas Dr. Assis, rua Padre Champagnat /Largo da Sé, rua Tomázia Perdigão até a praça D. Pedro II em frente aos Palácios Lauro Sodré e Antônio Lemos, onde houve a apoteose e encerramento.

Por Sandy Brito.

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O Traslado da Virgem de Nazaré para Ananindeua, a primeira das romarias oficiais do Círio, saiu da Basílica Santuário às 8 horas e tomou conta das ruas de Belém, após missa celebrada pelo arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa. O percurso de cerca de 50 quilômetros se encerra na Igreja Matriz de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Na galeria cima, veja fotos do Traslado e da parada na Unama.

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De acordo com Antônio Souza, diretor de procissões do Círio, o Traslado está seguindo conforme o previsto. "A proposta que nós fizemos de enxugamento do comboio pra ter fluidez na romaria está caminhando bem, sem qualquer prejuízo pra população. Todas as homenagens estão dentro do prazo, tudo tranquilo" afirmou o diretor. Ainda segundo o Antonio, a previsão de chegada da romaria é às 18h30.

Por volta do meio-dia, a procissão parou na UNAMA - Universidade da Amazônia, na rodovia BR-316. Professores, alunos, funcionários e convidados renderam homenagens à Nossa Senhora.

Da Redação do LeiaJá.

 

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Um dos elementos mais simbólicos do Círio é o manto de Nossa Senhora de Nazaré. Este ano, a peça que veste a imagem da Virgem foi confeccionada pela estilista Khátia Novelino e criada por Celeste Heitmann, com inspiração na cena da Anunciação do Senhor. Na galeria acima, veja imagens do Manto.

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Bordado sobre tecido de cetim de seda pura, o Manto traz em sua borda desenho em estilo barroco, com linha metálica nas cores prata, ouro e ouro velho e roxo. O bordado do anjo, em cores pastéis, foi feito com linha de seda.

O tecido de cetim é inteiramente rebordado em  pérolas de arroz, vidrilho irisado e miçanga cristal. Realçando o bordado de sua borda estão contas de cristais Swarovski e ametistas.

O Manto tem quatro  peças de metal banhadas em ouro, criadas por Celeste e confeccionadas por Marcelo Monteiro: o Esplendor Divino, o Espírito Santo, o Ramo de Lírios e a Aliança Nova e Eterna.

O broche, também em metal banhado a ouro, traz no fundo um pavê de ametista e as mãos que simbolizam as mãos de Maria, a serva do Senhor.

A doação do Manto foi de um devoto anônimo de Nossa Senhora, a quem rogamos bênçãos de Deus sobre sua vida e de sua família, assim como o broche do Manto, igualmente doado por uma família, por graças alcançadas.

Da assessoria da Diretoria da Festa.

O chamado “Círio das Águas”, a terceira romaria oficial do Círio 2018, seguirá a correnteza e o vento da baía do Guajará, com o acompanhamento de barcos e balsas. Assim é realizada há mais de 30 anos, uma das romarias mais peculiares da região amazônica em homenagem à Virgem de Nazaré: a Romaria Fluvial. Ela se inicia por volta das 9 horas no Trapiche de Icoaraci com destino à escadinha do Cais do Porto, na Praça Pedro Teixeira, em Belém.

Nessa procissão, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré é conduzida em uma redoma de vidro na Corveta da Marinha Garnier Sampaio, cuidadosamente decorada há anos por Simone Cosme. Embarcações de vários tamanhos e todas enfeitadas acompanham a Imagem de Maria.

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Até agora, a Capitania dos Portos confirmou a inscrição de 335 embarcações na procissão. O percurso será de aproximadamente 10 milhas marítimas (equivalente a 18,5 km). Na chegada, a Imagem Peregrina é recebida com honras de Chefe de Estado pela Polícia Militar. A tradição ocorre desde 1999, em função da Lei Estadual nº 4.371, de 15 de dezembro de 1971, que proclamou a Virgem de Nazaré, Padroeira do Pará, Rainha da Amazônia e merecedora dessa grande homenagem. A primeira edição desta procissão foi realizada pela então Companhia Paraense de Turismo, em 1986.

Serviço

Romaria Fluvial

Data: 13.10.2018 – sábado.

Previsão e local de saída: 9h – Trapiche de Icoaraci.

Previsão e local de Chegada: 11h – Praça Pedro Teixeira, na Escadinha do Cais do Porto -  Estação das Docas.

Decoração do Navio Garnier Sampaio e nicho: Simone Cosme.

Percurso: 18,5 km ou 10 milhas marítimas.

Da assessoria da Diretoria da Festa.

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No Círio, muitos devotos se reúnem para agradecer à Virgem de Nazaré pelos milagres que receberam. Essa gratidão é partilhada com os parentes e visitantes que dividem a mesma fé.

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Arrumando as rosas que enfeitam o altar da pequena imagem de Nossa Senhora, Amélia Rodrigues contou como um pouco de sua história de fé. “Como todo bom paraense, todo mundo tem história para contar, eu tenho inúmeras. Minha relação com Nossa Senhora de Nazaré sempre foi muito estreita, mas o fato mais marcante aconteceu na minha vida há oito anos”, disse Amélia.

Esse fato marcante na vida de Amélia firmou sua fé em Nossa Senhora. “Foi quando meu irmão contraiu a hepatites A, B e C e a gente não conseguia leito. E no sábado do Círio, quando ela faz a passagem para ir à Ananindeua, eu fui assistir à passagem dela, na frente do Hospital Belém. Quando ela passou, eu pedi muito e implorei para que ela intercedesse para que a gente conseguisse esse leito”, explicou Amélia.

Confiante de que seria agraciada e seu pedido seria atendido, Amélia confiou na Virgem de Nazaré. “Quando eu cheguei em casa, tive a notícia de que ele tinha ido para a UTI, que estava muito mal. Peguei o carro e fui na mesma hora para Capanema, onde ele morava. Cheguei lá e o estado dele estava muito grave. Voltei para Belém, fiz inscrição no leito e procurei alguém que nos ajudasse e a gente ficou nessa luta”, declarou a devota da virgem.

Amélia permaneceu forte e foi ver a procissão do Círio, no domingo. “Eu fui assistir à passagem dela na casa de uns amigos, que fica bem próximo da Basílica, ela passou muito próximo da gente. E naquele momento eu chorei e pedi que ela intercedesse junto ao filho dela para que a gente conseguisse um leito. Nesse ano a gente nem fez almoço do Círio em casa, porque não tinha clima e fomos almoçar na casa de uns amigos”, explicou Amélia.

Amélia nem imaginava o que estava para acontecer. “Quando chegamos, eu nem tinha feito meu prato, e o telefone tocou. Era do hospital, disponibilizando um leito para ele. Até hoje me emociono quando eu falo disso porque só mesmo ela, outra pessoa não podia ser. Porque era impossível, em um domingo de Círio, quando o quadro é reduzido nos hospitais e a maioria está prestando atendimento nos mais diversos postos de atendimento. E naquele domingo do Círio, meio-dia, ligam avisando que tinha conseguido o leito”, disse emocionada, e com lágrima nos olhos, Amélia.

Diante do pedido atendido, da fé em Nossa Senhora, Amélia se fortaleceu. “Só pode ter sido ela. Eu acredito fielmente, foi um milagre que aconteceu em nossa família. E hoje ele está totalmente curado. Se você olhar, não reconhece. Esse foi nosso milagre e foi ela quem nos concedeu, com certeza”, concluiu Amélia.

Esse é um dos muitos relatos de fé dos fiéis de Nossa Senhora de Nazaré.

Por Rosiane Rodrigues.

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O Círio de Nazaré, que ocorre no domingo (14), em sua 226ª edição, carrega seus encantos, suas belezas, sua riqueza de fé e devoção. Todos os anos, a procissão reúne devotos gratos pelas curas e pelos milagres recebidos.

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A dona de casa Celina Cardoso, 77 anos, detalha sua experiência de fé. “Nossa Senhora nunca me abandonou, principalmente em caso de doenças. Eu tive um problema muito sério, não sabia o que era. Quando fui fazer exame era câncer que eu tinha”, contou Celina Cardoso, emocionada.

Celina depositou sua fé em Nossa Senhora e confiou que ficaria curada. “Isso aconteceu em 1999, eu fui operada, e graças a Deus e à Nossa Senhora de Nazaré eu alcancei essa graça e me considero curada até hoje”, disse a devota da padroeira paraense.

As lutas pela saúde não pararam por aí. Celina enfrentou mais um problema grave, mas a fé em Nossa Senhora não diminuiu. “Depois disso, em 2013, foi constatado um problema de coração e tinha que fazer uma cirurgia, e essa cirurgia foi feita. Eu fiquei boa, graças a Deus, e hoje não tenho problema nenhum no coração. Tenho a marca no peito e Nossa Senhora me ajudou”, detalhou a devota.

Todos esses acontecimentos na vida de Celina fortaleceram a sua fé na padroeira dos paraenses. “Eu sou muito, muito, muito mesmo, devota de Nossa Senhora. Entrego meus filhos, em qualquer situação, à Nossa Senhora de Nazaré, em qualquer situação ela tem me socorrido”, concluiu Celina.

Exemplos de fé do povo paraense. 

Por Rosiane Rodrigues.

 

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Considerado como o Natal dos paraenses, o Círio 2018 chegou. A festa, que é comemorada no domingo (14), reúne famílias em torno da devoção à Nossa Senhora de Nazaré. Nessa festa de fé, que existe desde 1793, várias histórias são compartilhadas, histórias de milhares de graças alcançadas pela fé em Nossa Senhora. 

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Entre as histórias está a de Ana Virgínia Cunha, 60 anos, professora de arte culinária, que recebeu uma grande bênção. "Estava na procissão do Círio 2017, como todo paraense, pedindo uma graça à Nossa Senhora. Minha filha, casada há dois anos, estava tentando engravidar e com muita fé pedi a nossa mãezinha que me desse essa graça e no mês de novembro veio a confirmação da gravidez", contou Virgínia.

Depois que Virgínia conseguiu essa bênção, enfrentou outro obstáculo, a gravidez de risco da filha. "Foi uma gravidez com riscos, pela perda de líquido e minha filha tendo que ficar 10 dias internada, mas consagramos a bebê à Nossa Senhora e que ela se chamaria Maria", afirmou Virginha, que mantinha a fé de que as coisas se resolveriam e que seu pedido seria atendido.

O tempo passou e a gravidez de risco da filha de Virgínia foi superada e finamente a família viu o rosto do bebê que tanto esperava. "Ela nasceu dia 27 de agosto, dia de Santa Mônica, mais uma graça, e ela nasceu com saúde. Este ano vamos ao Círio agradecer tudo isso. Minha neta se chama Maria Luiza. Maria por causa da graça de nossa mãe e Luiza, nome escolhido do feminino do pai", explicou a devota.

Ana Virgínia diz que a fé é a explicação para alcançar as graças de Deus. "Quem tem fé e confia plenamente em Deus alcança graças. Sempre que colocamos nossa vida em comunhão com Deus e com a Virgem Maria as graças são divinas. A cada mês, quando celebramos o mesário da minha neta, Maria é lembrada e celebrada", concluiu. 

Essa é a fé que move os paraenses. 

Por Rosiane Rodrigues.

 

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Histórias de fé, emoção, alegria e gratidão são os ingredientes que compõem o Círio. A festa, que ocorre no segundo domingo de outubro, reúne os paraenses que partilham a mesma fé em Nossa Senhora.

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Maria de Nazaré Silva, 69 anos, aposentada, recebeu esse nome em homenagem à padroeira dos paraenses, depois de promessa feita pela mãe. “Minha vida sempre foi muito voltada à fé. Somos uma família católica, não só católica na boca, mas praticante, com envolvimento na igreja”, disse Nazaré.

A aposentada disse que enfrentou muitos obstáculos na vida, mas sua fé em Maria a fortaleceu. “Casei muito jovem, perdi um bebê, que era meu segundo filho. Depois engravidei de novo e tive o Luís Henrique, e vi Maria carregando meu filho. Ele nasceu com quase dez meses, prematuro, muito pequenino, com morte aparente, e eu disse à Nossa Senhora: Oh, minha mãe, toma conta do meu filho, que talvez ele não vá viver”, detalhou a fiel.

Nazaré não sabia o que sucederia, mas tinha fé que Nossa Senhora a ajudaria. “Ninguém acreditava que ele fosse sobreviver. Hoje, meu filho é um homem de 1 metro e 90, pai de três filhos, entre eles minha neta linda, Maria Luiza. Esse meu filho ficou até os dois anos com dificuldade para andar, mas eu tinha tanta certeza que Nossa Senhora ia curar ele e realmente curou”, contou a aposentada.

Mas a história de fé da devota Nazaré não parou por aí. Aos 26 anos, a filha Débora teve uma complicação séria no ovário e útero. “Eu fiquei desesperada, minha única filha. E eu me peguei com Nossa Senhora, porque naquela época, se hoje ainda é, um câncer é um câncer. Hoje está aí, um mulherão, e psicóloga”, concluiu a devota.

Como dona Nazaré, muitas outras histórias de fé são partilhadas nesse momento tão especial para os paraenses, que é o Círio 2018.

Por Rosiane Rodrigues.

 

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No Círio, milhares de fiéis se reúnem para celebrar a padroeira dos paraenses, Nossa Senhora de Nazaré. Nesse encontro de fé, muitas histórias se misturam com as lágrimas de agradecimento, fé e devoção, nesta que é a 226ª edição da maior festa de fé do mundo.

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João Serafim, 60 anos, natural de Breves e professor de História, em 2011 parou de lecionar porque foi diagnosticado com câncer na base da língua, próximo à garganta. “Eu passei por cirurgia, fiz quimioterapia, radioterapia, mas sempre me apegando com Nossa Senhora, porque, desde que me entendo por gente, sempre fui muito devoto de Nossa Senhora, participava do Círio desde criança, aqui em Belém, e nas horas mais difíceis pedi a intercessão dela a Jesus”, contou João.

O professor conta que sempre pedia uma prova, à padroeira dos paraenses, sobre a cura da doença. “Depois da quimioterapia veio logo o sinal, que não caiu meu cabelo, que é a marca da justiça. Quando eu estava no acompanhamento do tratamento, peguei hepatite B. Eu já estava muito debilitado e o médico disse que eu precisaria passar um ano tomando medicação, um comprimido todos os dias, mas talvez eu não aguentasse”, detalhou João.

Sem saber o que poderia acontecer, com muita fé, João entregou tudo nas mãos de Nossa Senhora. Ele disse o que aconteceu com o passar dos dias. “Eu fui para frente do espelho, me olhei e vi que até meus olhos estavam ficando mais corados. Retornei de Breves a Belém e fui ao médico, que se espantou quando me viu e perguntou se eu estava tomando medicação direitinho. Eu disse que não, que entreguei tudo nas mãos de Nossa Senhora. Ele pediu para eu repetir os exames e já estava com 50% de recuperação, sem tomar nenhum medicamento, e depois de um tempo fiz de novo os exames e não deu nenhum sinal em meu organismo de hepatite B, e até hoje agradeço muito a Nossa Senhora”, concluiu.

A história de fé de João foi além. Em 2013, com a chegada do papa Francisco ao Brasil, o professor decidiu escrever uma música para acolhê-lo e não demorou a tocar no Rio de Janeiro. “Foi um prazer incomparável, chegar em Copacabana tocando a minha música e quando eu cheguei aqui escrevi uma música em agradecimento à Nossa Senhora, que se chama “Nazinha querida”. E a última que escrevi foi a que está no Youtube, que se chama “Descendo do Glória”.

Essa é uma das milhares de histórias de fé do povo paranese.

Por Rosiane Rodrigues.

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Com a chegada do Círio, no domingo (14), os devotos de Nossa Senhora de Nazaré fiéis se enchem de emoção, alegria, fé e renovação. Entre eles está a manicure Margarete Borges, que há oito anos faz parte do grupo de peregrinação da paróquia Sagrada Família.

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Margarete leva a imagem da santa na casa dos fiéis todos os anos, e compartilha um pouco da emoção dos devotos que aguardam ansiosos pela visita da padroeira. “Vocês nem imaginam o quanto de emoção com que somos recebidos. O amor por Nossa Senhora não tem limites. Para mim, é muito emocionante”, declara a devota.

O amor e a fé são espalhados pela casa com os aromas das rosas que embelezam o altar de Maria. “Em cada encontro me renovo como pessoa, de poder falar, rezar e compartilhar o dia a dia de cada família, suas histórias e vitórias que alcançaram”, disse Margarete.

No período do Círio, 15 casas são visitadas, mas Margarete conta que, devido aos muitos pedidos dos fiéis, esse número dobrou e agora 30 famílias recebem a visita da santa. “Quando chegamos ao final é feito um sorteio da pequena imagem e vocês não podem imaginar o tamanho da alegria do ganhador do sorteio. Para mim, é o melhor relato de amor e fé”, concluiu.

O Círio é comemorado pelos paraenses desde 1793 e atrai milhares de devotos todos os anos. É a maior procissão de fé do mundo.

Por Rosiane Rodrigues.

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