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Extermínio, Contágio, 2012, O Dia Depois de Amanhã, Vírus, O Nevoeiro, Guerra dos Mundos, Eu Sou a Lenda, O Dia Seguinte, Fim dos Tempos, O Dia em que a Terra Parou. A indústria cinematográfica sempre apresentou inúmeras produções com temas apocalípticos - desde grandes tragédias naturais à ataques alienígenas e vírus mortais - que obtiveram destaque mundial. Da mesma forma, uma série de polêmicas envolvendo previsões para o fim do mundo foram pauta da agenda midiática, como o caso do Cometa Halley em 1910, o calendário Maia em dezembro de 2012 ou a mitologia nórdica em fevereiro de 2015. Apesar da ficção e os casos não concretizados, nem tudo é tão irreal assim.

De pandemias à ataques de robôs, confira 7 previsões apocalípticas que alguns cientistas consideram como possível realidade em um futuro não muito distante. Assista no vídeo:

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A Coreia do Sul anunciou neste sábado mais nove casos de pessoas infectadas pelo coronavírus MERS, o que eleva o total a 50 contágios, mas o governo afirmou que a epidemia que provocou quatro mortes no país está sob controle.

As nove pessoas estavam entre as mais de 1.660 colocadas em quarentena por terem mantido contato com pessoas doentes, informou o ministério da Saúde.

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"As nove pessoas contraíram o vírus em três hospitais e não há provas de que o contágio tenha acontecido fora destes estabelecimentos", afirma um comunicado.

O primeiro caso, detectado em 20 maio, foi o de um homem de 68 anos que foi diagnosticado com o vírus depois de uma viagem para a Arábia Saudita.

Kwon Joon-Wook, diretor do ministério, afirmou que este homem e sua esposa, também infectada, foram curados e receberam alta na sexta-feira.

A propagação do MERS, um vírus mais violento mas menos contagioso que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que provocou quase 800 mortes no mundo em 2003, preocupa a Coreia do Sul, o país mais afetado depois da Arábia Saudita.

Mais de 1.000 escolas permanecem fechadas e o número de ligações é cada vez maior para a linha telefônica gratuita disponibilizada pelo governo de Seul.

Mais de 20 países foram afetados pelo vírus, contra o qual não existe vacina ou tratamento. Segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), 442 pessoas morreram, a maioria na Arábia Saudita, em uma epidemia com 1.179 casos registrados em todo o mundo.

Um técnico sanitário que trabalhou recentemente em Serra Leoa foi diagnosticado com ebola nesta segunda-feira no Reino Unido e está internado em uma unidade isolada de um hospital de Glasgow, anunciou o governo escocês.

"Um caso confirmado de ebola foi registrado em Glasgow. O paciente foi isolado e recebeu cuidados" no departamento de doenças infecciosas do hospital Gartnavel, diz o comunicado do governo.

"O paciente é um membro da equipe médica que ajudou a combater a epidemia no oeste africano. Ele voltou de Serra Leoa para a Escócia via Marrocos e chegou no aeroporto de Heathrow, em Londres", explicou o governo, sem dizer se trata-se de um homem ou de uma mulher.

O paciente deu entrada no hospital na manhã desta segunda-feira após sentir-se mal e foi isolado às 07h50 (locais).

Segundo as autoridades responsáveis, o fato que o vírus tenha sido diagnosticado "num estágio muito precoce da doença" significa que o risco de que outra pessoa tenha sido contaminada é "considerado como muito baixo".

O paciente será transferido "assim que possível" para Londres numa unidade especializada do Royal Free Hospital, acrescentou o governo.

Foi neste mesmo hospital que o enfermeiro voluntário britânico William Pooley, também contaminado com Ebola em Serra Leoa, foi contaminado.

Após dez dias de tratamento, Pooley, que recebeu o diagnóstico ainda na África, deixou o hospital completamente curado.

Segundo balanço divulgado pela OMS nesta segunda-feira, o número de mortes por Ebola na África Ocidental aumentou para 7.842 em 20.081 casos registrados nos três países mais afetados: Serra Leoa, Libéria e Guiné.

O cientista Peter Piot, que ajudou a descobrir o vírus ebola, afirma que está preocupado que a doença se espalhe para China, visto que muitos trabalhadores chineses viajam com frequência para a África.

Pior, que é diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, disse nesta quinta-feira, que com tantas trocas entre as regiões, a doença poderia facilmente se espalhar no país. "A preocupação que tenho é a de que não acho possível impedir as pessoas de viajarem. Os pacientes irão aparecer em qualquer país do mundo, mas a China é bastante vulnerável", disse.

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Nesse contexto, Pior afirma que a questão a se perguntar é sobre a qualidade dos centros médicos na China. "Os que eu visitei têm um nível de controle de infecções muito pequeno", avalia. Mais de 8,6 mil pessoas entraram na província de Guangdong, ao sul do país, vindo de áreas afetadas pelo ebola desde agosto. A China também tem diversos voos por mês que servem à regiões afetadas pela epidemia. Por isso, todos os passageiros vindos destes lugares estão sendo monitorados por três semanas e são postos imediatamente em quarentena se apresentarem febre.

Apesar disso, Piot diz que o controle feito pelo país de doenças infecciosas melhorou e as autoridades locais se tornaram mais abertas a riscos de saúde pública desde o surto de síndrome respiratória aguda grave (SARS, na sigla em inglês) no sul da China em 2002. A doença infectou cerca de 8 mil pessoas ao redor do mundo, matando quase 800 pacientes.

O governo chinês também está engajado no combate ao abola na África, com a doação de US$ 86 milhões aos três países do oeste do continente mais afetados pela epidemia: Guiné, Serra Leoa e Libéria. Cerca de 200 médicos chineses também foram enviados a estas nações para ajudar nos esforços humanitários. Fonte: Associated Press.

Taiwan confirmou nesta quarta-feira o primeiro caso "importado" de gripe aviária H7N9, a variação responsável pelo contágio de mais de 100 pessoas na China, em particular no sul e leste do país, que provocou 21 mortes.

Um homem de 53 anos que trabalha na cidade chinesa de Suzhou (leste) apresentou sintomas de gripe três dias depois do retorno a Taipé, via Xangai, em 9 de abril, anunciou o Centro de Controle de Doenças Infecciosas de Taiwan.

Hospitalizado desde 16 de abril, o homem, que sofre de hipertensão e hepatite, tem estado "grave".

Durante a viagem a China, ele não teve contato com aves vivas nem consumiu carne de aves de curral pouco cozidas, segundo um comunicado.

A China registra 105 casos de pessoas infectadas com vírus H7N9.

Como no caso da cepa H5N1 da gripe aviária, a mais comum, os cientistas temem que uma mutação permita o contágio entre humanos, o que poderia ativar uma pandemia.

A China, país de maior população do mundo, é considerada de risco por suas dezenas de milhões de aves. Em 2005 e 2006, no pior momento da crise, as autoridades lançaram campanhas de vacinação das aves, o que permitiu controlar a situação.

Contágio consegue estabelecer a tensão que dá seu tom desde o primeiro minuto de exibição. É com um pé no real e um no espetáculo que costuma ser montado em volta de grandes casos de doenças desconhecidas e fatais que o longa estabelece a sua narrativa.

O enredo é simples, mas eficiente: um vírus novo e totalmente desconhecido passa a atacar e assustar a população. Assim como poderia se esperar, o início do filme se passa em um aeroporto – local ideal para que o tal vírus seja espalhado por diferentes cidades e países. No início, trata-se de um contágio rápido, mas relativamente pequeno, entretanto a situação se agrava e a velocidade de contaminação toma enormes proporções. Dessa maneira, o longa passeia por diversas questões relacionadas a uma epidemia e ao que uma situação extrema como essa pode despertar no ser humano. Ou seja, não se trata apenas de um filme eletrizante de uma corrida contra o tempo em busca de uma cura, mas também de uma obra que pretende despertar discussões relacionadas à natureza humana e que também levanta questionamentos relacionados à manipulação da informação. Aspectos esses bem dosados e devidamente equilabrados.

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Assim como de costume Steven Soderbergh trabalha com um grande elenco. Dessa vez fazem parte da produção nomes como Matt Damon, Marion Cotillard, Gwyneth Paltrow, Jude Law, Kate Winslet e Laurence Fishburne. Cada um representando diferentes questões como por exemplo: um pai que perdeu parte da família e pretende fazer tudo o que puder para salvar a única pessoa que lhe resta, sua filha; um jornalista freelancer que alia a vontade de desvendar a verdade e a de fazer dinheiro; uma especialista extremamente dedicada mais preocupada com a situação da população do que com o seu próprio bem estar e assim por diante. Várias facetas despertadas a partir de um problema comum. Um roteiro com tantos fios e pontas pode se perder facilmente. Felizmente, não é o caso. O experiente Soderbergh (Traffic/ 2000 e Full Frontal/ 2002) entrega uma história ampla, completa e muito bem amarrada. Personagens e enredos paralelos não se perdem e o espectador tem o prazer de acompanhar suas respectivas resoluções. É bem verdade que o tempo de tela não se mostra proporcional, mas todos recebem seu desfecho.

Impossível assistir ao filme sem recordar do relativamente recente boom da gripe H1N1. Naturalmente, salvo as devidas proporções, mas o paralelo entre as epidemias que assolam o mundo e aquela retratada por Contágio não passa em branco. O filme reflete ainda o impacto de notícias como essas na sociedade, que acaba sendo bombardeada praticamente 24 horas por dia com a mesma situação para, em seguida, passar para o próximo desastre bombástico da semana. Afinal, a vida tem que continuar de alguma maneira, não é? Essa lógica e a sua tensão decrescente marcam presença no longa que segue a mesma proposta.

Outro ponto importante diz respeito a uma questão que vai além do filme em si: a campanha de divulgação que, além de posters simples, mas eficazes, (cada vez mais raros) contou ainda com um outdoor especialmente criado para o filme feito com fungos e bactérias. Vale a pena conferir.

Em um ano de lançamentos fracos como 2011 tem se mostrado, Contágio consegue algum destaque uma vez que alia propostas diferentes em um filme bastante comercial que é bem estruturado e amarrado.

Contágio (Contagion/ 2011/ 105min)
Roteiro: Scott Z. Burns
Direção: Steven Soderbergh
Atores: Matt Damon, Marion Cotillard, Gwyneth Paltrow, Jude Law, Kate Winslet, Laurence Fishburne, Bryan Cranston.

Onde assistir:

Boa Vista 3 | 14h10, 16h25, 18h40, 21h
Box 12 | 14h35, 16h50, 19h05, 21h25
Plaza 1 | 14h25, 16h45, 19h10, 21h40, 23h59
Recife 8 | 13h45, 16h10, 18h35, 21h, 23h25
Tacaruna 1 | 13h, 15h15, 17h30, 19h45, 22h

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