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O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse nesta quarta-feira que há um "sentimento" no PSDB para que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) deixe a presidência do partido. A declaração de Cunha Lima reforça o recado do presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que afirmou que o mineiro não tem mais condições de permanecer à frente do partido.

"É um ato unilateral. Mas existe um sentimento no partido de que ele deve formalizar a saída. isso é inegável. Acho que a manifestação pública que eu fiz e que o senador Tasso fez vai ter algum efeito na reflexão de Aécio Neves, mas isso não retira o caráter unilateral da decisão", afirmou o senador.

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Cunha Lima rechaçou a tese de que a parceria entre PSDB e PMDB para barrar as medidas cautelares contra Aécio vá se converter em votos favoráveis ao presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, que analisa a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o peemedebista.

"A imprensa faz uma leitura, e os fatos vão desmentir, de que houve um acordo entre PSDB e PMDB. Semana que vem vai ter painel na Câmara e vocês vão observar que não haverá mudança substancial na posição do PSDB", disse em relação à denúncia contra Temer. "Não há nenhuma correlação entre o que houve ontem aqui no Senado e o que acontecerá na Câmara".

O senador Cássio Cunha Lima (PA), líder do PSDB no Senado e integrante da direção executiva da sigla, defendeu nesta sexta-feira, 22, que o partido não aceite cargos em um eventual governo Michel Temer (PMDB). A posição dele se soma à dos governadores Pedro Taques (MT), Beto Richa (PR) e Geraldo Alckmin (SP) e da maioria dos deputados do partido.

"Eu, particularmente, acho que o PSDB deve ficar muito longe de qualquer marca ou viés fisiológico", afirmou. O tucano falou com os jornalistas durante o Fórum Empresarial, evento organizado pelo empresário e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo João Doria (PSDB) que reúne, em Foz do Iguaçu, empresários e políticos de oposição.

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Questionado sobre um eventual convite direto de Temer ao senador José Serra (PSDB-SP), Cunha Lima disse que o ideal é que nenhum político com mandato assumisse cargo em ministério. "Seria criada uma nova regra: quem tem mandato não vai para o governo. A partir daí os partidos poderiam sugerir nomes. É o momento de quebrar paradigmas. Não é apenas o PSDB que deveria abdicar de participação no governo. Todos os partidos políticos deveriam fazê-lo. É preciso mudar a lógica da formação de coalizão".

O senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado, disse nesta sexta-feira em Foz do Iguaçu, onde participa do 15º Fórum Empresarial, que a presidente Dilma Rousseff teve "bom senso" em seu discurso na ONU.

"No epílogo do mandato, a presidente teve uma dosagem de bom senso de não transformar uma cerimônia internacional da ONU em espaço de proselitismo político. Finalmente alguém a aconselhou de forma adequada. Pelo menos quando sai do Brasil ela consegue ter equilíbrio no teor das declarações", disse.

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A oposição e o grupo político do vice-presidente da República, Michel Temer, temiam que a presidente defendesse na ONU, onde ela discursou na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, a tese de que o impeachment é um golpe.

Dilma não usou o termo "golpe" nem se defendeu abertamente do processo de impeachment. Fez apenas uma discreta menção à crise política do Brasil.

Relator

O senador tucano também falou sobre a resistência dos governistas em aceitar que o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que é aliado de Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do PSDB, assuma a relatoria do impeachment no Senado. "Isso é mais uma tentativa de obstrução da investigação. Não conseguiram apresentar uma defesa consistente e tentam construir factoides. O senador Anastasia não tem nenhum tipo de impedimento para exercer a relatoria".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, por maioria, a possibilidade de o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) concorrer nas eleições ao governo da Paraíba neste ano. Na semana passada, o processo no tribunal foi suspenso, já com maioria formada a favor da liberação da candidatura.

Os opositores do candidato pleiteavam junto ao tribunal que fosse declarada a inelegibilidade do político nas eleições deste ano com base na Lei da Ficha Limpa, mas a maioria do tribunal decidiu deferir o registro do candidato.

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Cassio Cunha Lima foi cassado quando estava à frente do governo da Paraíba, em 2009, acusado de compra de votos ao distribuir cheques à população como parte de suposto programa assistencial.

A coligação do candidato do PSB, Ricardo Coutinho, alegava que o prazo de inelegibilidade deveria começar a contar a partir do segundo turno das eleições de 2006, de 29 de outubro, pois o candidato foi eleito no segundo turno.

Por maioria, o TSE considerou que a inelegibilidade começa a contar a partir do primeiro turno da eleição que deu causa à cassação do mandato. Ficou vencida a ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Tomará posse amanhã, no Senado, o primeiro dos três senadores eleitos no ano passado e barrados pela Lei da Ficha Limpa na hora de assumirem os mandatos. O tucano Cássio Cunha Lima (PB) chega ao Congresso à véspera do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da validade desta lei para as eleições municipais de 2012.

Dias atrás, o STF também determinou a diplomação imediata do senador João Capiberibe (PSB), outro considerado inelegível pelos critérios da Ficha Limpa. Com isso, Wilson Santiago (PB) e Gilvan Borges (AP) serão despejados do Senado. Como ambos são peemedebistas do grupo do líder Renan Calheiros (AL) e do presidente do Senado, José Sarney (AP), a troca reduz o cacife de poder da dupla.

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A perda de dois aliados numa bancada de 19 parlamentares pode parecer pouco expressiva, mas no caso do PMDB ameaça alterar a correlação interna de forças. É que Renan e Sarney já assumiram o comando da bancada este ano sob contestação de um grupo de seis novatos. Somadas a eles as dissidências permanentes dos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (RS), este grupo ficou conhecido como o G8 do Senado.

Embora o líder e o presidente do Congresso tenham se esmerado em conquistar o apoio dos integrantes do G8 com relatorias de projetos importantes nos últimos meses, a perda de dois votos pode ser decisiva mais adiante, na sucessão da dupla. Renan já está em campanha pela presidência do Senado nos bastidores, mas, se o cenário atual se mantiver, ele terá de enfrentar pelo menos um concorrente: o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Na contabilidade política dos partidos, quem agrega força com a posse de Cunha Lima é o senador tucano Aécio Neves (MG). Na mesma linha do presidenciável tucano, Cássio chega entoando o discurso de que o partido não pode reproduzir, nacionalmente, a divisão interna de São Paulo.

"O que farei de forma modesta é tentar mostrar que, para sermos um partido verdadeiramente nacional, precisamos sair do conflito paulista", antecipa o senador. Ele se diz convencido de que o grande confronto PSDB versus PT, que pauta a política paulista, não é verdadeiro para todo o País e propõe ao tucanato que amplie as alianças, tal como defende e pratica Aécio em Minas Gerais. Assim como o PSDB mineiro, o paraibano também tem parcerias com dissidentes do PT, com o PSB, o PDT e o PTB. "São Paulo é importantíssimo e terá peso decisivo, mas existe uma outra metade do Brasil com realidade e visão diferentes sobre alianças", encerra Cássio.

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