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A reunião de ministros de Economia e presidentes de bancos centrais dos países do G20 na Indonésia foi concluída neste sábado (16) sem um comunicado conjunto, devido à falta de consenso nas discussões, dominadas pela ofensiva russa na Ucrânia.

O encontro de dois dias na ilha de Bali evidenciou as diferenças entre os líderes ocidentais, que denunciaram o impacto da guerra na Ucrânia na inflação e nas crises alimentar e energética, e a Rússia, que responsabilizou as sanções implementadas pelos países do Ocidente pela piora na situação economia mundial.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, o ministro da Economia da Austrália, Jim Chalmers, e a ministra das Finanças do Canadá, Chrystia Freeland, responsabilizaram Moscou pelo enorme impacto da guerra na economia mundial.

Ao invés do tradicional comunicado conjunto, a Indonésia emitirá uma declaração, explicou a ministra das Finanças do país anfitrião, Sri Mulyani Indrawati, em seu discurso de encerramento.

A ministra disse que havia consenso na maior parte do documento, mas que dois parágrafos se concentrariam nas diferenças dos membros em relação às repercussões da guerra e a forma de responder. "Acredito que este é o melhor resultado", afirmou.

Progressos em normas tributárias

Neste sábado, durante a abertura do segundo dia da reunião, o presidente do Banco Central da Indonésia, Perry Warjiyo, pediu aos participantes que redobrassem os esforços para estabelecer políticas econômicas coordenadas, já que a inflação está acelerando e os riscos para o crescimento se multiplicam.

Na sexta-feira, "muitos de nós [...] enfatizamos a necessidade urgente de abordar o risco de uma inflação persistente provocada pelo aumento dos preços dos produtos básicos" e enfrentar a insegurança alimentar, assinalou.

A reunião aconteceu depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua previsão de crescimento mundial.

O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, e seu equivalente ucraniano, Serhiy Marchenko, participaram da reunião por videoconferência.

O vice-ministro de Economia russo, Timur Maksimov, compareceu pessoalmente às conversas. Na semana passada, o chanceler de seu país, Sergei Lavrov, chegou a abandonar uma reunião do G20 após as críticas do Ocidente à invasão.

Desta vez, Maksimov permaneceu na sala durante as críticas dos representantes do Ocidente, segundo uma fonte presente. O ministro ucraniano, por sua vez, pediu "sanções seletivas mais severas" contra Moscou.

Para os analistas, a falta de consenso sobre um comunicado conjunto dificultará os esforços coordenados para combater a inflação e a escassez de alimentos provocada pela invasão da Ucrânia.

O encontro é uma prévia da cúpula dos chefes de Estado e de governo do G20 que acontecerá nesta ilha paradisíaca da Indonésia em novembro, que deveria ter como foco principal a recuperação econômica pós-pandemia de covid-19.

Os ministros também debateram hoje sobre economia sustentável, criptomoedas e tributação internacional.

A ministra das Finanças do país anfitrião afirmou que houve "progressos" nas mudanças das normas tributárias internacionais, que estabelecerão uma taxa mínima mundial de imposto de sociedades de 15% até 2024.

A insatisfação exposta pela vereadora do Recife e dissidente do PSB, Marília Arraes, com a maneira que as decisões dentro da legenda são tomadas já vem desde as eleições de 2014. Prevista para sair da agremiação desde que optou por atuar na oposição, a parlamentar conversou com a equipe do Portal LeiaJá nesta semana e garantiu sua desfiliação do PSB de uma vez por toda. Para ela, o ponto crucial desta vez foi à fusão do partido com PPS. 

“Sem dúvida a saída do PSB é algo inevitável, mas a gente tem até setembro para tomar essa decisão. Então, a gente deve sair sim do partido. Estamos em conversa com outros partidos, mas a gente vai tomar o tempo que for necessário”, confirmou.

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De acordo com Arraes além da falta de diálogo apontada anteriormente, a união do PSB com o PPS configura uma mudança grande da legenda. “O que consolidou essa minha urgência de sair do PSB foi à questão da fusão, porque a fusão na verdade só confirmou tudo o que eu vinha dizendo: que o PSB partiu para outro rumo que não é o que historicamente é defendido. Isso foi à gota d’água. Não dá para continuar”, cravou.

Segundo a vereadora, a conversa com o PPS e uma possível fusão é algo tratado há cerca de uma década, mas não era bem vista por Miguel Arraes. “Essa fusão com o PPS já vem sendo falada a mais de dez anos, inclusive, quando Miguel Arraes era vivo, e ele próprio já refutava totalmente, e agora, que o PPS está numa situação muito pior que era naquela época, o PBS vem a se colocar para se fundir com esse partido e se colocar no mesmo patamar que ele, que era o que a gente vinha dizendo: que o PSB ia virar uma sublegenda do PSDB”, disparou.

Questionada se já recebeu convite para migrar para outro partido, a ainda socialista contou sobre a proposta de um petista do Agreste. “Só o presidente do PT de Caruaru foi lá e convidou e só isso. A gente está conversando e está vendo como é que faz”, despistou. 

Saída em massa do PSB – Durante a entrevista com o LeiaJá, Marília revelou a possibilidade de outras pessoas saírem do PSB, assim como ela. “Estou conversando com muitas pessoas do PSB que também devem sair e a gente vai ver se faz um caminho em conjunto, nacionalmente falando. Tanto parlamentares quanto dirigentes nacionais que discordam do rumo que o PSB está tomando. Então, a gente vai conversar para até o meio e final de setembro a gente tomar esta decisão e fazer de forma que caracteriza mais força por esse grupo que defendia outro rumo para o partido”, contou.

Esposa de um também vereador do Recife, Felipe Francismar (PSB) ela garantiu que a união não atrapalha sua decisão em relação ao partido. “A nossa relação é pautada pelo respeito aos posicionamentos e as convicções de cada um. A gente quando se conheceu já era adversário. A gente já disputou uma vaga pelo fato de sermos do mesmo partido, então, isso nunca foi problema. (...) Felipe é uma pessoa muito compreensiva e nunca teve esse problema não”, alegou.

Eleições 2016 – Sobre os anseios de permanecer na vida política e quem sabe, compor uma chapa majoritária no Recife, Marília Arraes, confirmou os desejos. “A gente continua a disposição. Isso depende muito do partido para onde a gente vai, mas estou à disposição e tem muita gente que fala: mas corre o risco de ficar sem mandato. Mas a atuação política não é somente a gente ter mandato. A gente tem que trabalhar por um projeto e eu acredito que o projeto hoje pede que a gente trabalhe por mudanças na cidade do Recife  e se essas mudanças for por ter que haver uma candidatura para ganhar ou para perder estamos ai, disponível para compor a chapa”, pontuou.

Como fez o vereador de Olinda, Jesuíno Araújo (PSDB), a deputada Terezinha Nunes (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (3), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que o PSDB de Olinda entrou na bancada de oposição ao prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), na Câmara Municipal. 

A tucana tem o domicílio eleitoral em Olinda e na última eleição foi pré-candidata a prefeita, retirando-se do páreo depois que o PSDB decidiu através de um acordo com o PCdoB envolvendo vários municípios, apoiar à candidatura a reeleição de Renildo Calheiros. Apesar de ter mantido aliança com o gestor até então, ela afirmou ter sido contra o entendimento na época, mas acolheu a decisão partidária.

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Na página de seu Facebook, Nunes explica que “o partido deu um crédito de confiança a Renildo imaginando que ele fosse mudar sua postura como prefeito, mas infelizmente ele não tem conseguido atender aos anseios da população e não é mais possível manter este apoio”, esclareceu. 

Apesar de não apoiar mais Calheiros, a deputada garantiu não se afastar não da população. “Vamos continuar cobrando providências da gestão municipal porque Olinda tornou-se um canteiro de obras inacabadas mas não nos furtaremos a tentar fazer articulações no sentido de que essas obras venham a ser concluídas, inclusive, já convocamos audiência pública sobre o tema na Assembleia”, disparou a parlamentar.

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