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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli foi escolhido nesta quinta-feira (30) novo relator da ação na qual o Senado Federal recorreu à Corte para anular os mandados de busca e apreensão cumpridos no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), durante a Operação Custo Brasil. O ministro Celso de Mello havia sido designado relator, mas renunciou.

O pedido chegou ao Supremo na última quinta-feira (23), mesmo dia em que a operação foi deflagrada. Inicialmente, o mandado de segurança foi distribuído ao ministro Celso de Mello, que chegou a despachar no processo, mandando o juiz da 6ª Vara Federal da Justiça Federal justificar a decisão que determinou as buscas e a prisão do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, marido da senadora.

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No entanto, Mello pediu ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que o processo fosse encaminhado ao ministro Dias Toffoli, devido à decisão que libertou o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo ontem (29).

“Tendo em vista a circunstância, processualmente relevante, de que o ministro Dias Toffoli precedeu-me na prática de ato decisório, entendo, salvo melhor juízo, que se acha configurada, na espécie, a sua competência em razão do critério da prevenção”, pediu Mello.

 

Prisão revogada

Na decisão na qual concedeu liberdade a Paulo Bernardo, Toffoli entendeu que houve “flagrante constrangimento ilegal” na decisão da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, que determinou as prisões cumpridas na Operação Custo Brasil.

A defesa de Paulo Bernardo comemorou a concessão de liberdade e disse que Toffoli “deixou claro que os fundamentos eram genéricos e que os requisitos legais e constitucionais não estavam presentes”. O ex-ministro deixou a sede da Polícia Federal em São Paulo, onde estava preso, na noite de ontem. 

De acordo com a investigação, o ex-ministro Paulo Bernardo recebia recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar no início da noite desta quarta-feira (29) mais um preso na Operação Custo Brasil. O ministro atendeu pedido de extensão feito pela defesa do empresário Dercio Guedes de Souza. Mais cedo, Toffoli determinou a liberdade do ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Na petição, o empresário pediu que a decisão de Dias Toffoli fosse estendida, por entender que os argumentos usados pelo ministro para libertar Paulo Bernardo também podem ser aplicados a ele.

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Outro pedido de extinção, feito pelas defesas do secretário municipal de Gestão da prefeitura de São Paulo, Valter Correia da Silva, e de Paulo Adalberto Alves Ferreira, ex-tesoureiro do PT, estão sendo analisados por Dias Toffoli.

Na decisão na qual concedeu liberdade ao ex-ministro, Toffoli entendeu que houve “flagrante constrangimento ilegal” na decisão da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, que determinou as prisões cumpridas na Operação Custo Brasil.

Após a divulgação da decisão, a defesa de Paulo Bernardo comemorou a concessão de liberdade e disse que Toffoli " deixou claro que os fundamentos eram genéricos e que os requisitos legais e constitucionais não estavam presentes”.

De acordo com a investigação, o ex-ministro Paulo Bernardo recebia recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli afirmou não haver nenhum impedimento para a atuação dos sete ministros investigados pela Lava Jato empossados pelo presidente em exercício Michel Temer.

"A Constituição diz que a pessoa é inocente até condenação formal pelo Poder Judiciário. Nada impede que os ministros exerçam seu papel, atuem nas suas competências. Isso é uma opção do presidente que assumiu de levar pessoas que ele entende que são as pessoas preparadas, na visão dele, Michel Temer", afirmou.

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Sobre o fato de a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil ter sido impugnada pelo STF, Toffoli ressaltou que o STF havia sido provocado e por isso tomou decisão no caso de Lula, também investigado pela Lava Jato. "O Judiciário não age de ofício. O Judiciário age se houver provocação".

Ele evitou comentar a formação do novo ministério, que não tem mulheres nem negros no primeiro escalão. "Não cabe ao Judiciário opinar sobre as opções políticas dos eleitos democraticamente. Isso cabe à opinião pública."

Dias Toffoli participa da abertura do XXVIII Fórum Nacional, evento promovido no Rio pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso.

O ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta sexta-feira, 6, que o desenvolvimento das novas tecnologias está criando o fenômeno da 'uberização da política'.

"Estamos diante de uma situação em que cada vez mais as novas gerações apresentarão as demandas como quem pega o iPhone para chamar um Uber, chamar um táxi, pedir uma pizza. Elas vão querer cada vez mais rapidez", disse o ministro, no II Congresso Internacional de Direito Eleitoral, em São Paulo.

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As informações foram divulgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Saudado pelo presidente do TRE/SP, desembargador Mário Devienne Ferraz, Toffoli fez uma palestra especial sobre a história política brasileira, desde o Império até os dias atuais.

Toffoli disse que os partidos precisam rever sua forma de atuação e que "a classe política tem que começar a pensar que o eleitor e o cidadão serão cada dia mais exigentes".

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou nesta quinta-feira (3) pedido de liberdade para o presidente da construtora Odebrecht, o empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho do ano passado na Operação Lava Jato. Ao analisar o pedido, o ministro decidiu negar seguimento ao habeas corpus por tratar-se de recurso contra decisão do relator dos processos oriundos da operação, ministro Teori Zavascki.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal em Curitiba, Marcelo está envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras e atuava orientando as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira.

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Para abrir a ação penal, o juiz Sérgio Moro considerou significativos documentos da Suíça, apresentados pela acusação, que demonstram a movimentação de contas da Odebrecht para ex-dirigentes da estatal. A defesa de Marcelo Odebrecht alega que a prisão é ilegal e afirma que houve cerceamento de defesa no processo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou nesta quinta-feira (3) pedido de liberdade para o presidente da construtora Odebrecht, o empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho do ano passado na Operação Lava Jato. Ao analisar o pedido, o ministro decidiu negar seguimento ao habeas corpus por tratar-se de recurso contra decisão do relator dos processos oriundos da operação, ministro Teori Zavascki.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal em Curitiba, Marcelo está envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras e atuava orientando as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira.

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A facilidade em fraudar uma eleição manual é a maior preocupação apontada pelos parlamentares pernambucanos, ouvidos pelo Portal LeiaJá, com relação à portaria da Justiça Eleitoral estabelecendo que as eleições municipais de 2016 sejam realizadas manualmente.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB), apontou que a mudança no processo traz apenas impactos negativos. “Primeiro na confiabilidade do processo. Antes eram muitas as tentativas de se fraudar as eleições. E segundo na logística de dia, todos sabem do transtorno que isso muitas vezes causava”, lembrou.

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Ventilado como candidato a prefeito do Recife, Daniel também disse acreditar que a medida adotada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, é “muito mais no campo da pressão” ao Executivo e não deverá se concretizar. 

“Não consigo acreditar que alguém vá fazer a eleição de 2016 no papel. As urnas têm custos, mas garantem a lisura do processo. Seria um retrocesso esta mudança. Vejo tudo isso mais uma pressão dele por mais recursos. Ainda dá tempo para o Congresso negociar e discutir o orçamento com o Judiciário, não votamos ainda a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias 2016]”, observou o tucano.

Relator da LDO de 2016 no Congresso, o deputado Ricardo Teobaldo (PTB) informou que o governo deve abrir a guarda para o Judiciário e tentar negociar uma revisão da portaria. “Eles [os ministros do Judiciário] me procuraram. Hoje à tarde vamos sentar e veremos como podemos fazer para amenizar estes impactos. Tem sim a possibilidade do governo sinalizar um entendimento”, esclareceu. “O Brasil é hoje um dos países que tem a apuração mais rápida do mundo. Vamos voltar agora para o processo manual demorado? Não podemos deixar”, acrescentou o petebista.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Silvio Costa (PSC) observou a portaria como uma estratégia para que o Executivo reveja o orçamento para 2016. “Isso é uma questão intempestiva”, frisou. Para ele a aprovação da Lei que obriga o TSE a imprimir o voto a partir de 2018 e coloca-lo em uma urna separada para uma possível recontagem, também foi usada como ponto para a decisão. 

Sob a ótica do vereador do Recife André Régis (PSDB), caso o contingenciamento para o Judiciário não seja reduzido o governo federal sofrerá as consequências. “O Executivo é quem vai arcar com o ônus desta decisão por contingenciar o orçamento”, argumentou. “[A medida] é um perigo para a democracia porque o histórico do Brasil é associado a muita fraude. O voto eletrônico está consolidado, precisaria ser aperfeiçoado com a nova Lei para a impressão do voto, mas ao invés de aprimorar o sistema esta decisão retrocede”, completou o parlamentar.

De acordo com a portaria do Poder Judiciário, além de inviabilizar que as eleições de 2016 sejam eletrônicas, a decisão também aponta que fica indisponível para empenho e movimentação financeira um total de R$ 1,7 bilhão. 

As urnas eletrônicas foram usadas pela primeira vez em 1996 em alguns municípios brasileiros. Em Pernambuco, os contemplados foram Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Apenas em 2004, depois de oito anos de existência, a Justiça Eleitoral conseguiu utilizar o equipamento em todos os municípios brasileiros.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quinta-feira (5) que o PSDB não encontrou indícios de fraude nas eleições de 2014. A informação foi dada em plenário pelo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli.

Há um ano, após a divulgação do resultado do segundo turno, vencido pela presidenta Dilma Rousseff (PT), o partido pediu ao tribunal autorização para fazer auditoria própria do processo de votação.

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Durante a sessão, Toffoli disse que o PSDB teve oportunidade de confirmar que não houve irregularidades no processo de votação. O objetivo da auditoria era verificar a lisura das eleições do ano passado, ou seja, averiguar a integridade das urnas eletrônicas e sistemas adjacentes, buscando evidências que comprovassem alguma suspeita ou tese de fraude. "Volto a dizer que não foi encontrada nenhuma evidência em tal sentido”, afirmou o ministro.

Em novembro do ano passado, ao solicitar autorização para auditoria, o PSDB declarou que tinha “absoluta confiança” na garantia dada pelo TSE de segurança do pleito, mas pretendia  tranquilizar eleitores que levantaram, por meio das redes sociais, dúvidas quanto à lisura da apuração dos votos.

O ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu nesta quinta-feira (22) o projeto de lei do Registro Civil Nacional (RCN). A proposta vem sendo criticada por associações de cartórios e outras entidades, que enviaram pareceres à comissão especial na Câmara questionando a inconstitucionalidade da lei.

O projeto, apresentado ao Congresso pelo Executivo em coautoria com o TSE, prevê unificar os dados do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil a partir do cadastro biométrico realizado pela Justiça Eleitoral, incluindo outras informações biográficas ou biométricas em outras bases de dados da Justiça.

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"Esse projeto está sendo encaminhado pela Justiça. Estamos absolutamente seguros da constitucionalidade dele", afirma Toffoli. "Sei de pareceres contrários à medida e que foram enviados à comissão, mas esta é uma avaliação de alguns professores; mas não é a de seis eminentes ministros do TSE." O deputado Júlio Lopes (PP-RJ), relator do projeto, questiona a segurança do sistema.

Para ele, o gasto público é desnecessário, já que o Cadastro de Pessoa Física (CPF) já garante as necessidades de identificação no Brasil. "O gasto previsto para emissão de novas identidades, de R$ 2 bilhões, não condiz com o momento de crise em que vive o País", afirma.

Além disso, o deputado diz que o RCN fere a privacidade. "Entidades importantes como associações de bancos, sindicatos das polícias federais e tribunais de justiça, além de renomados juristas se põem frontalmente contra o projeto", contesta.

Toffoli rebate destacando a eficiência do registro biométrico para assegurar a identificação dos brasileiros no processo eleitoral. Ele lembrou casos nas últimas eleições em que brasileiros apresentaram mais de um CPF para poder votar em zonas eleitorais diferentes, e foram identificados e punidos por crime de falsidade graças ao banco de dados da Justiça Eleitoral.

Segundo Toffoli, não faz sentido que o registro biométrico seja usado somente a cada dois anos. "Se vossas excelências aprovarem esse projeto, já acabaria com todo tipo de fraude", argumenta. Segundo ele, desde o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, todos os governos vêm tentando, sem sucesso, unificar a identificação dos brasileiros.

O custo do TSE por eleitor, quando o sistema for universal, será de 18 centavos por eleitor, segundo o ministro. A previsão é que isso aconteça em 2020. "O País já está fazendo esse investimento a baixíssimo custo, e todo esse esforço não pode ser desperdiçado", argumentou.

Toffoli também defendeu que a aprovação do projeto é questão de segurança pública. "O mundo inteiro está discutindo a identificação nacional depois do 11 de setembro. Em alguns países, nem documento em papel existe mais."

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, que é também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como "positivo" o fim das doações de empresas a partidos e candidatos, mas afirmou ser necessário agora a criminalização do caixa dois e o estabelecimento de "punições severas" para quem descumprir a lei. Toffoli participou nesta sexta-feira, 25, de um congresso de Direito Tributário em Belo Horizonte (MG). As doações de empresas em campanhas eleitorais foram declaradas inconstitucionais em julgamento do Supremo no último dia 17.

"Sobre a proibição de empresas doarem penso que foi algo positivo, mas tem que vir aliado à criminalização do chamado caixa dois, para que haja sanções severas a quem não cumprir essa proibição, e regras claras para quem não cumprir a vedação, partidos ou candidatos, que receberem recursos de maneira ilegal. É um tema que o Congresso Nacional deveria refletir sobre ele e, diante da decisão tomada no Supremo, reformatar a legislação", avaliou o ministro.

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Antes de dar palestra no congresso, Toffoli defendeu o sistema, em elaboração no país, do número único de registro de identidade civil. "A identificação seria para toda a vida civil do cidadão, ao invés de uma para cada estado, para Previdência Social, Ministério do Trabalho e Receita Federal", argumentou o presidente do TSE. Ao menos inicialmente, porém, Toffoli negou que documentos como CPF e carteira de identidade sejam extintos imediatamente após a entrada em vigor do novo sistema.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), avalia que a Corte deveria aguardar uma definição final sobre financiamento de campanha por parte do Legislativo antes de julgar o tema. Nesta quinta-feira, 10, o ministro Gilmar Mendes liberou para julgamento a ação que questiona as doações empresariais, após um ano e cinco meses. Na quarta, a Câmara aprovou projeto de lei que trata do assunto.

"O melhor era aguardar a sanção ou veto (sobre o projeto da Câmara), para depois o Supremo avaliar esse tema. Já tivemos bastante tempo para refletir sobre isso, não custa nada aguardar um pouco mais", disse Toffoli. Na semana passada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autora da ação, entrou com novo questionamento no Supremo para que a proibição de doações empresariais passasse a valer a partir das eleições municipais de 2016.

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Dos 11 ministros do STF, seis já votaram pela derrubada do financiamento de campanhas eleitorais feito por empresas os ministros Luiz Fux, Joaquim Barbosa - já aposentado -, Toffoli, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio Mello e o presidente do Supremo Federal, Ricardo Lewandowski.

O ministro Teori Zavascki votou pela constitucionalidade das doações empresariais. Ainda restam os votos dos ministros Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Celso de Mello. O presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, disse que o fato de o projeto ter sido aprovado no Congresso não prejudica a princípio a discussão no Supremo, já que ainda não há definição sobre veto ou sanção por parte da presidente Dilma Rousseff sobre o texto.

"O que sabemos até esse momento é que enquanto a presidente não se manifestar o processo legislativo não se encerrou e portanto a ação pautada para quarta-feira não deve ser prejudicada", afirmou Lewandowski, que ressaltou que eventual norma que surja posteriormente ao julgamento pode ser analisada pelo Supremo, "à luz dos princípios constitucionais".

Reforma política

Ao comentar o projeto aprovado pela Câmara ontem, Toffoli, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, afirmou que o Congresso conseguiu realizar "avanços", mas ainda há pontos a serem debatidos. "A reforma política e eleitoral para o sistema democrático brasileiro não termina com esta reforma. É um tema que é permanente", disse o ministro.

Ele considerou como principais pontos positivos aprovados no texto a diminuição do tempo de campanha oficial, o limite de doações empresariais e a prestação de contas completa na internet, o que "antecipa a análise das contas e permite ao cidadão avaliar quem está financiando o seu candidato", na visão do ministro.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, propôs igualar o salário de ministros-advogados da Corte aos vencimentos dos magistrados do Superior Tribunal de Justiça (STJ), hoje de R$ 32 mil mensais. Em contrapartida, os ministros serão proibidos de atuarem como advogados, o que hoje é permitido, desde que a atuação não seja na Justiça eleitoral.

A Corte eleitoral é composta por sete ministros titulares, sendo três deles originários do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do STJ e dois advogados, cujos nomes são escolhidos pela presidência da República a partir de uma lista tríplice aprovada pelo Supremo. Os ministros-advogados hoje são remunerados com uma gratificação por presença nas sessões, no valor de R$ 1.012,89 cada. Como geralmente são oito sessões mensais, o valor mensal pode ficar em torno de R$ 8 mil.

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A proposta foi levada por Toffoli, que também integra o STF, em reunião administrativa da Suprema Corte que discute a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), sob qual está submetida toda a magistratura.

A argumentação apresentada pelo presidente do TSE é de que o valor pago pelo jeton (gratificação por presença) é insuficiente como remuneração de um ministro. Embora o tema não tenha sido decidido, a ideia foi bem recebida por alguns ministros presentes na reunião administrativa, entre eles o ministro Luiz Edson Fachin, que afirmou que trata-se de uma "medida saneadora".

O tema deverá passar pela avaliação dos ministros do STF para integrar o projeto da Loman. O texto será então submetido à aprovação do Congresso e substituirá a versão anterior, de 1979. Atualmente, uma minuta consolidada pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, prevê uma série de benefícios aos magistrados, uma forma de satisfazer a categoria sem falar em aumento salarial.

Entre outros benefícios, a proposta prevê: auxílio-transporte quando não existir veículo oficial à disposição do juiz, adicional de deslocamento, ajuda de custo para mudança, indenização para transporte de bagagem, auxílio alimentação, ajuda de custo para despesas com moradia em valor igual a 20% do salário, auxílio-creche e auxílio educação, auxílio plano de saúde e auxílio funeral.

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), se declarou suspeito de relatar um inquérito sigiloso derivado das investigações do mensalão que tramita na Corte. Com a decisão, o inquérito foi redistribuído para o ministro Dias Toffoli.

O inquérito corre sob segredo de justiça e é um desmembramento das investigações que resultaram no processo do mensalão. O caso ficou parado desde que o ex-ministro Joaquim Barbosa deixou a relatoria dos processos do mensalão. O inquérito foi, em primeiro momento, encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso, que já se declarou impedido. Posteriormente, foi enviado para o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, cujo acervo de aproximadamente 1,4 mil processos foi encaminhado a Fachin, que tomou posse no último dia 16.

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Em despacho de ontem, Fachin se declarou suspeito, uma possibilidade que os ministros têm para deixar de julgar um caso por motivos de foro íntimo. Hoje, o inquérito foi encaminhado para o gabinete de Toffoli.

O inquérito 2474 foi instaurado na Corte em 2006 para que as investigações sobre o mensalão continuassem mesmo após o início da ação penal 470 no Supremo. A investigação, que está em segredo, busca traçar parte do caminho do dinheiro usado no esquema e analisa convênios firmados pelo BMG com o INSS, por meio da Dataprev.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará nesta terça-feira (30), às 19h, a sessão de encerramento do primeiro semestre forense de 2015. A convocação da reunião foi feita através de edital pelo presidente do órgão, ministro Dias Toffoli.

As férias coletivas no meio do ano estão previstas no artigo 66 da Lei Complementar 35/1979. De acordo com a norma, os membros dos tribunais devem gozar de férias coletivas de 2 a 31 de julho. Durante este período os prazos processuais ficarão suspensos e o expediente na Secretaria do Tribunal será das 13 às 18 horas.

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O recesso forense encerrará no dia 2 de agosto e no dia 3 as atividades retornarão ao normal. 

Após encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, disse ver de forma positiva a votação da Reforma Política no Congresso. O ministro lembrou que as mudanças eram demandas antigas e que agora o Parlamento se dispôs a votar. "Não se colocava a voto. O que o presidente Eduardo Cunha está fazendo é colocar a voto", elogiou.

Toffoli considera que a deliberação da Câmara mantendo o financiamento empresarial para campanhas eleitorais não interfere no julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema. "Vai depender do resultado das deliberações. Penso que, se o Congresso está deliberando, é de bom tom que o Supremo aguarde as deliberações do Congresso para retomar esse julgamento", comentou.

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Questionado sobre um mandado de segurança impetrado por um grupo de parlamentares contra a votação do financiamento de campanha na Câmara, Toffoli disse não ver necessidade da Corte interferir no caso. A ação está aos cuidados da ministra Rosa Weber, que deverá nesta quinta-feira, 11, se reunir com Cunha. "Enquanto o processo legislativo está em curso, uma ordem judicial para suspendê-lo é uma medida drástica. Só se fosse algo extremamente absurdo. Penso que não é o caso de suspender e o Poder Judiciário dar uma decisão impedindo que o Congresso delibere", afirmou.

O ministro foi ao Congresso defender a aprovação da adesão do Brasil como membro do Instituto para a Democracia e Assistência Eleitoral (Idea Internacional). Toffoli explicou que a Presidência da República já encaminhou o pedido de autorização do Congresso para o País integrar o grupo de 28 países.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nessa quinta-feira (9) pedido de liminar para suspender a tramitação da emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Toffoli entendeu que não há motivos para concessão de medida cautelar para uma matéria que ainda está em fase de discussão.  A questão da constitucionalidade será julgada no mérito da ação.

O mandado de segurança foi impetrado pelo deputado federal Cabuçu Borges (PMDB-AP). O parlamentar considera a PEC inconstitucional antes mesmo da aprovação, por entender que o Artigo 228, da Constituição, prevê que menores de 18 anos são inimputáveis.

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Na quarta (8), a Câmara dos Deputados instalou uma comissão especial para discutir a redução da maioridade. Os trabalhos serão presididos pelo deputado André Moura (PSC-SE). A comissão instalada terá até 40 sessões para debater o assunto e produzir um relatório que será votado pelo colegiado e, posteriormente, pelo plenário da Câmara, em dois turnos de votação. Se aprovada pelos deputados, a proposta será encaminhada ao Senado para apreciação. Para aprovação de uma PEC, são necessários os votos de pelos menos 308 deputados.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou nesta quarta-feira, 8, um pedido de habeas corpus do diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros sob a justificativa de que o pedido contraria a jurisprudência da Suprema Corte. Em recurso protocolado no Supremo na última segunda-feira, 6, a defesa de Medeiros questionava o valor legal da delação do doleiro Alberto Youssef e sua homologação pelo ministro Teori Zavascki no STF. Toffoli, relator do HC, considerou o recurso "manifestamente incabível", citando precedentes do STF. "A jurisprudência da [Suprema] Corte não tem admitido o habeas corpus originário para o Pleno contra ato de seus ministros ou de outro órgão fracionário da Corte", escreveu o ministro.

Embora os casos relacionados à Lava Jato no STF sejam geralmente distribuídos ao ministro Teori Zavascki, que acumula a relatoria da Operação no Tribunal, esse caso foi distribuído por meio de sorteio a Dias Toffoli já que a defesa de Medeiros colocou Zavascki como coautor da ação, já que ele homologou a delação de Youssef no Supremo.

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O pedido foi apresentado pelo advogado José Luiz Oliveira Lima (Juca) que anexou ao HC um parecer do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, contestando a legalidade do acordo de delação premiada firmado por Youssef com o Ministério Público Federal (MPF). No parecer, Dipp questiona o fato de Youssef já ter firmado anteriormente um acordo de delação premiada, no âmbito do escândalo do Banestado, que foi quebrado por ele, resultando em sua prisão preventiva. O ex-ministro cita que a sentença condenatória de Youssef, por ter quebrado o acordo de delação no caso Banestado é de 17 de setembro de 2014 e que o novo acordo de delação foi assinado em 24 de setembro do ano passado. "Frise-se, sete dias após a prolação da sentença onde consta a quebra do acordo anterior. Os fatos estão intimamente ligados e muito próximos no tempo", escreveu Dipp. "Não é válido e eficaz o novo acordo, como também quaisquer atos dele decorrente", escreveu o ex-ministro.

Delações

Os acordos de delação premiada firmados pelo doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa deram origem a 26 inquéritos no STF e outros dois no STJ. Após as delações terem sido homologadas pelo Supremo entre setembro e dezembro do ano passado, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) trabalharam entre janeiro e fevereiro formulando os pedidos de abertura de inquérito e arquivamento apresentados aos tribunais no início de março. O caso agora está em processo de diligências, conduzidas pela Polícia Federal, com o objetivo de fundamentar ou refutar a oferta de denúncia contra as autoridades citadas pelo delatores pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

O ministro Dias Toffoli assumiu nesta terça-feira (17) uma cadeira na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), colegiado que vai julgar as ações da Operação Lava Jato. Na semana passada, os ministros que compõem o colegiado decidiram convocar um integrante da Primeira Turma para ocupar a vaga deixada pelo ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado. A medida foi tomada porque a presidenta Dilma Rousseff ainda não indicou um nome para o lugar de Barbosa no Tribunal. 

Ao assumir a vaga, Toffoli disse que a mudança não foi “uma decisão fácil”, porque foi na Primeira Turma que ele participou de sua primeira sessão como juiz do Tribunal.

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O ministro Gilmar Mendes elogiou a solução encontrada para completar o colegiado. “Imaginávamos que a não transferência de um membro da Primeira Turma para a Segunda ocasionaria uma pressão ímpar, um questionamento intenso sobre o colega que viesse a ser escolhido, tendo em vista a tensão política que se torna mais prenunciada. Por isso acredito que esta solução que se encontrou deve ser elogiada”, disse.

Com a decisão, além de participar do julgamento dos processos que envolvem políticos citados na Operação Lava Jato, Toffoli presidirá a Segunda Turma a partir de maio, quando acaba o mandato do ministro Teori Zavascki na presidência da turma. A ministra Cármen Lúcia e o ministro Celso de Mello também fazem parte do colegiado.

A transferência foi assinada na semana passada pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. A decisão foi cumprida formalmente, respeitando o critério de antiguidade e a pedido de Toffoli. Pelo Regimento Interno do STF, o candidato mais antigo na Primeira Turma tem preferência na escolha. Como o ministro Marco Aurélio, membro mais antigo, disse que não vai deixar o colegiado, Toffoli, segundo integrante mais antigo, foi transferido. 

As duas turmas do STF são compostas por cinco membros. No entanto, desde julho do ano passado, com a aposentadoria de Joaquim Barbosa, a Segunda Turma estava julgando as ações com quatro ministros, registrando empates, que favorecem a absolvição de réus em ações criminais.

 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse hoje que a transferência de seu colega Dias Toffoli para a segunda turma da Corte foi uma solução construída em conjunto e dentro de um consenso com os demais componentes. Segundo Mendes, a medida foi para "aliviar toda essa tensão" em torno da indicação do novo ministro. "Não é um movimento contra ninguém", disse após encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com o ministro, não existe nenhum questionamento interno sobre o fato de Toffoli ter sido advogado do PT e agora integrar um colegiado que vai julgar parte da Operação Lava Jato. "Não tem nenhum problema. Temos toda confiança. Ele tem tido um excelente desempenho no Supremo Tribunal Federal e vai honrar o trabalho que lhe foi confiado na segunda turma", respondeu.

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No encontro com Cunha, Mendes disse que não foi discutida a investigação da Lava Jato. "É melhor não. Conversa no processo", declarou. Mendes contou que pediu a Cunha para que os projetos da época do Pacto Republicano sejam retomados, como a questão do Mandado de Injunção (instrumento jurídico que pode ser usado em casos de eventuais omissões na legislação), abuso de autoridade e responsabilidade civil do Estado para estabelecer formas de reparação.

Um dia depois de pedir para migrar para a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela maioria dos inquéritos relativos à Operação Lava Jato, o ministro Dias Toffoli se reuniu na manhã desta quarta-feira (11) com a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Palácio do Planalto. Toffoli negou que os casos relativos à Operação Lava Jato tenham sido tratados no encontro.

Segundo o ministro, a audiência com Dilma estava marcada "há muito tempo" e serviu apenas para apresentar a proposta do Registro Civil Nacional (RCN), que será uma identificação centralizada do cidadão brasileiro pela Justiça Eleitoral, abrangendo o período do seu nascimento até o óbito.

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A audiência do ministro com a presidente Dilma Rousseff foi comunicada em cima da hora pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. A atualização de agenda de Dilma informando o encontro com Toffoli só foi distribuída à imprensa às 8h26 desta quarta-feira (11).

Segundo a assessoria de Toffoli, a audiência no Planalto foi um pedido do próprio ministro e havia sido confirmada ao seu gabinete nesta terça-feira (10) entre o final da manhã e o início da tarde. A reunião durou cerca de uma hora e trinta minutos.

"Essa agenda (com Dilma) já estava marcada há muito tempo, esse é um projeto (do Registro Civil Nacional) que vossas senhorias podem ver que estava feito há muito tempo, foi apenas uma questão e circunstância de coincidência", disse Toffoli, diante da insistência de repórteres sobre o fato de a audiência ocorrer um dia depois do pedido para migrar para a 2ª Turma.

Questionado pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, se tratou de Lava Jato na reunião, Toffoli respondeu, incisivo: "Não."

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Com a formalização da transferência para a 2ª Turma, Toffoli vai presidir durante um ano os trabalhos de investigação de políticos acusados de participar de um esquema de corrupção na Petrobras.

Conforme informou nesta quarta-feira o jornal O Estado de S.Paulo, a migração de um ministro para a 2ª Turma evita empates na Lava Jato e elimina o risco de o novo ministro do STF ser indicado de forma "ad hoc" - para julgar especificamente o caso dos inquéritos da Lava Jato.

Ex-advogado do PT, Toffoli já atuou como assessor jurídico da Liderança do PT na Câmara dos Deputados (de 1995 a 2000), subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil no governo Lula (de janeiro de 2003 a julho de 2005) e advogado-geral da União (de março de 2007 a outubro de 2009), também no governo Lula.

Indagado sobre a demora de a presidente Dilma Rousseff indicar o novo ministro do STF, o ministro respondeu: "Não vou comentar sobre isso. Não vou comentar."

Registro

Segundo o TSE, a adoção do Registro Civil Nacional (RCN) traz benefícios para o cidadão, por garantir sua identificação em todo o País, concentrar informações de vários cadastros em um documento único e desburocratizar procedimentos.

"Essa é a proposta que eu trouxe e teve uma receptividade muito positiva por parte da presidente, do ministro José Eduardo Cardozo, do ministro Aloizio, e vamos institucionalizar isso para que áreas técnicas da Justiça Eleitoral e do Poder Executivo implementem essa proposição. Foi isso que vim tratar nessa agenda com a presidenta Dilma Rousseff", disse Toffoli.

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