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Parece que 2020 será um ano em que as mulheres vão dar um passo adiante em Hollywood, de acordo com uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (27), que destaca que os quatro filmes mais esperados no próximo ano são dirigidos por mulheres.

Essa tendência parece improvável se considerarmos que apenas cinco mulheres foram indicadas ao Oscar de melhor diretor e uma Hollywood com tendência às vezes ambivalente em relação à misoginia, que veio à tona graças ao movimento #MeToo, que derrubou o produtor Harvey Weinstein.

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"Wonder Woman 1984", protagonizada por Gal Gadot, marcada para estrear em junho nos EUA, foi selecionada como o filme mais esperado do ano por mais de 2.000 espectadores consultados pelo site do Fandango.

Patty Jenkins volta a dirigir Mulher Maravilha depois que o primeiro filme, baseado na heroína amazônica da DC Comics, faturou US$ 820 milhões em todo o mundo em 2017.

Os próximos dois da lista também são filmes de super-heróis.

"Viúva Negra", que inicia uma nova fase dos filmes da Marvel, dá ao personagem popular de Scarlett Johansson seu próprio filme. Com lançamento nos EUA programado para maio, o filme é dirigido por Cate Shortland.

"The Eternals", de Chloe Zhao, apresentará em novembro novos personagens da Marvel interpretados por um elenco cheio de estrelas, que inclui Angelina Jolie, Salma Hayek e Kit Harington.

O quarto filme mais esperado para o ano que vem é "Mulan", de Niki Caro, o mais recente da série de remakes de desenhos clássicos que será lançado nos EUA em março.

Outros filmes que também são esperados para 2020 são "No Time to Die", de James Bonde, "Soul", da Pixar, e "Fast and Furious 9", da Pixar.

O Festival de Berlim inicia nesta quinta-feira sua 69ª edição, com a maior seleção de diretoras em sua história na disputa pelo Urso de Ouro.

Fora de competição, o destaque é "Marighella", primeiro filme dirigido pelo ator brasileiro Wagner Moura, famoso em todo o mundo por interpretar Pablo Escobar na série "Narcos".

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Protagonizado pelo ator e cantor Seu Jorge, o longa-metragem é baseado na biografia do guerrilheiro Carlos Marighella.

Entre as diretoras, uma das mais aguardadas é a espanhola Isabel Coixet, com "Elisa y Marcela", filme que conta a história do primeiro casamento homossexual registrado na Espanha. Além disso, a produção é a primeira da Netflix a disputar o Urso de Ouro.

Além de Coixet, outras seis diretoras foram selecionadas pela Berlinale para a competição oficial, de um total de 17 cineastas, ou seja 41%, um recorde para o evento e um percentual muito maior que o registrado na última edição do Festival de Cannes (14%).

O vencedor do Urso de Ouro será anunciado em 16 de fevereiro. No ano passado, a romena Adina Pintilie venceu a competição com "Touch me not".

- Binoche no júri -

O tapete vermelho da Berlinale, o mais político e socialmente engajado dos festivais europeus, receberá Christian Bale, Diane Kruger, Tilda Swinton, Catherine Deneuve, Jonah Hill, Chiwetel Ejiofor e Casey Affleck, além de Juliette Binoche, presidente do júri.

A atriz francesa, à frente de outros cinco jurados, incluindo o cineasta chileno Sebastián Lelio, celebrou a forte presença feminina.

"Muitos homens não percebem que as mulheres tiveram que ficar na segunda fila durante gerações", disse Binoche em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel.

O diretor da Berlinale, Dieter Kosslick, "garantiu que selecionou bons filmes, não porque foram dirigidos por mulheres", completou.

O longa-metragem "The kindness of strangers", dirigido pela dinamarquesa Lone Scherfig, abre o festival nesta quinta-feira. Rodado em Nova York, o filme mostra uma mulher (Zoe Kazan) que tem dois filhos e depende da ajuda de amigos para seguir adiante.

Outro filme muito aguardado é "Grace à Dieu", do francês François Ozon, sobre a história real de um padre processado na França por ter abusado sexualmente de crianças.

Pessoas exploradas no trabalho e o avanço do extremismo são alguns dos temas recorrentes no programa da Berlinale, que inclui 400 filmes de todo o mundo.

- Forte presença do Brasil -

As mostras paralelas terão uma presença marcante de filmes brasileiros.

Na mostra Panorama serão exibidos "Divino Amor", de Gabriel Mascaro, e "Greta", de Armando Praça. Entre os documentários estão "Estou me guardando para quando o carnaval chegar", de Marcelo Gomes, e "La Arrancada", de Aldemar Matias.

Depois de 18 anos esta será a última edição de Kosslick à frente do festival.

Carlo Chatrian, atualmente diretor do Festival de Locarno, e Mariette Rissenbeek, diretora holandesa do German Film, instituto que promove os filmes alemães no exterior, assumirão o comando do Festival de Berlim.

Em sua despedida, além do maior número de filmes dirigidos por mulheres na história da mostra oficial, Kosslick também ofereceu ingressos aos líderes do partido de extrema-direita Alternativa para Alemanha para que assistam o documentário "Who will write our history?", sobre o gueto de Varsóvia.

O Ministério da Cultura (MinC) anunciou, na última terça (21), os filmes habilitados na primeira etapa do processo de escolha do longa-metragem que disputará o Oscar 2019, na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira. Neste ano, a produção audiovisual feminina se sobresaiu correspondendendo em 40,9% das obras. Dos 22 filmes selecionados, nove foram dirigidos por mulheres. 

Dentre esses, estão O Caso do Homem Errado, de Camila Lopes de Moraes; Encantados, de Tizuka Yamasaki; Aos Teus Olhos, de Carolina Jabor; Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg; Como é Cruel Viver Assim, de Julia Rezende; O Desmonte do Monte, de Sinai Mello e Silva Sganzerla; e O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida. Além desses, Alguma Coisa Assim, de Mariana Bastos e Esmir Filho; e As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, foram codirigidos por cineastas mulheres.

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Além desses, também entram na disputa outros 13 filmes, sendo quatro deles documentários. O escolhido para representar o cinema brasileira na premiação internacional será anunciado no dia 11 de setembro. O Oscar 2019 acontece em 24 de fevereiro, em Los Angeles.

Confira a lista de filmes que concorrem à vaga:

Além do Homem

Direção: Willy Biondani.

Alguma Coisa Assim

Direção: Mariana Bastos e Esmir Filho

O Animal Cordial

Direção: Gabriela Amaral Almeida

Antes Que Eu Me esqueça

Direção: Tiago Arakilian

As Boas Maneiras

Direção: Julia Rojas e Marco Dutra

Aos Teus Olhos

Direção: Carolina Jabor

Benzinho

Direção: Gustavo Pizzi

Canastra Suja

Direção: Caio Sóh

O Caso do Homem Errado

Direção: Camila de Moraes

Como é Cruel Viver Assim

Direção: Julia Rezende

Dedo na Ferida

Direção: Silvio Tendler

O Desmonte do Monte

Direção: Sinai Sganzerla

Encantados

Direção: Tizuka Yamazaki

Entre Irmãs

Direção: Breno Silveira

Ferrugem

Direção: Aly Muritiba

O Grande Circo Místico

Direção: Cacá Diegues

Ex-Pajé

Direção: Luiz Bolognesi

Não Devore Meu Coração

Direção: Felipe Bragança

Paraíso Perdido

Direção: Monique Gardenberg

Talvez Uma História de Amor

Direção: Rodrigo Spada Bernardo

Unicórnio

Direção: Eduardo Nunes

Yonlu

Direção: Hique Montanari

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Depois explorar em 2015 o abuso sexual e psicológico, além dos conflitos internos da protagonista, Jessica Jones retorna após um longo tempo de espera para sua segunda temporada na Netflix, sendo disponibilizada justamente no Dia das Mulheres. A produção, que conta a história da detetive particular dos quadrinhos da Marvel, retorna focando mais nos traumas do passado da personagem e em como ela pode usar seus poderes para seguir em frente com sua vida.

A grande novidade deste ano é o fato de todos os 13 episódios serem dirigidos apenas por mulheres, cada uma responsável por um capítulo da trama. São elas: Anna Foerster, Minkie Spiro, Mairzee Almas, Debora Chow, Millicent Shelton, Jet Wilkinson, Jennifer Getginger, Zetna Fuentes, Rosemary Rodriguez, Neasa Hardiman, Jennifer Lynch, Liz Friedlander e Uta Briesewitz, respectivamente.

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“Nossa série já é bem feminina. Já está no nosso DNA. Mas ter só mulheres nessa temporada foi empolgante, pois nunca tinha sido feito antes, o que é estúpido. O conteúdo que abordamos e os assuntos sombrios e as questões sexuais, para ser sincera, são mais fáceis pra mim de se conversar com outras mulheres. Eu me sinto muito mais à vontade e segura, e capaz de estar vulnerável e exposta, quando estou planejando essas coisas com uma mulher”, disse a atriz Krysten Ritter, que interpreta Jessica Jones, em entrevista ao Collider sobre trabalhar com diretoras. “Eu mal posso esperar para que isso seja algo comum e não encarado como algo maluco”, afirmou em relação à contratação de mais mulheres nos bastidores.

No último domingo, a cerimônia do Oscar virou uma noite de empoderamento feminino. Ao receber o prêmio de melhor atriz pelo filme “Três Anúncios para um Crime”, Frances McDormand promoveu um levante com todas as mulheres indicadas neste edição, contra o machismo na indústria do cinema.

Ainda há muito coisa para ser conquistada e muita barreiras a serem quebradas, mas essas dificuldades não impediram algumas diretoras de realizarem obras que ficarão para sempre na história de Hollywood. Nesse Dia Internacional da Mulher, o LeiaJá destaca 10 longas de diretoras que são essenciais para todo fã de cinema. Confira a lista:

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Guerra ao Terror (2008) Direção: Kathryn Bigelow

Já que começamos falando de Oscar, a primeira indicação é o vencedor de 2010 de Melhor Filme e de outras cinco categorias, incluindo Direção para Kathryn Bigelow. Em Guerra ao Terror, acompanhamos a rotina de uma integrante do esquadrão antibomba do exército americano durante os conflitos no Iraque. Tenso até dizer chega.

 

 

Quero Ser Grande (1988) Direção: Penny Marshall

Provavelmente você conhece a clássica cena em que Tom Hanks e Robert Loggia dançam em cima das teclas de um piano gigante. Com Penny Marshall na cadeira de diretora, Quero Ser Grande se tornou uma comédia atemporal. Completa três décadas esse ano.

 

O Piano (1993) Direção: Jane Campion

Jane Campion escreveu e dirigiu um dos maiores clássicos dos anos 90. No Oscar daquele ano, ela levou o prêmio de Melhor Roteiro Original e seu filme ainda ficou com as estatuetas de Melhor Atriz (Holly Hunter) e Atriz Coadjuvante (Anna Paquin). Lacrou.  

 

 

Encontros e Desencontros (2003) Direção: Sofia Coppola

Sofia Coppola divide opiniões e nem todos os seus filmes são bem recebidos, mas Encontros e Desencontros talvez seja uma unanimidade. Ficou com o Oscar de Melhor Roteiro Original daquele ano.

 

 

O Babadook (2014) Direção: Jennifer Kent

A australiana Jennifer Kent escreveu e dirigiu um dos melhores longas de terror psicológico da década. A história da sinistra figura de cartola que assombra um garoto e sua mãe ganhou nada menos do que 55 prêmios em festivais do gênero. 

 

 

Mulher-Maravilha (2017) Direção: Patty Jenkins

O tão criticado Universo DC nos cinemas, finalmente, ganhou um exemplar que agradou quase todo mundo. A Mulher-Maravilha de Patty Jenkins foi um dos melhores filmes de super herói do ano passado e sua continuação tem tudo para bombar de novo.

 

 

Cemitério Maldito (1989) Direção: Mary Lambert

Clássico do cine trash, Cemitério Maldito é umas das adaptações da obra de Stephen King de maior sucesso nos cinemas. Mary Lambert, que na época era mais conhecida por dirigir videoclipes, foi a responsável por cenas clássicas envolvendo um gato zumbi, bisturis e um fantasma. Uma fofa.

 

Primeiro, Mataram o Meu Pai (2017) Direção: Angelina Jolie

Após brilhar em vários e vários filmes, Angelina Jolie foi para detrás das câmeras contar a história de ativista de direitos humanos Loung Ung, que sofreu os horrores do regime do Khmer Vermelho no Camboja.

 

Que Horas Ela Volta? (2015) Direção: Anna Muylaert

Representante nacional na lista, Anna Muylaert emocionou o Brasil inteiro com a complicada relação entre Val (Regina Casé) e Jéssica (Camila Márdila), mãe e filha separadas pela distância entre Pernambuco e São Paulo e pelas diferenças culturais. Ganhou 28 prêmios ao redor do mundo. 

 

 

Quanto Mais Idiota Melhor (1992) Direção: Penelope Spheeris

Mike Myers escreveu um dos roteiros mais malucos do cinema e deu à Penelope Spheeris a missão de transformar Wayne's World em um sucesso. E ela conseguiu. A comédia faturou 180 milhões de dólares ao redor do mundo. 

 

A proporção de mulheres entre diretores de empresas foi de 24% em média no mundo em 2015, contra 22% no ano precedente; no entanto, situa-se no mesmo nível de 2013, segundo um estudo feito pela assessoria Grant Thornton.

O número um da classificação de países é a Rússia, com 45% de diretoras mulheres, seguido pelas Filipinas e a Lituânia, ambas com 39% cada, segundo o estudo, feito com 5.520 empresas em 36 países, que contabiliza a proporção de mulheres nos órgãos de direção empresariais (conselhos administrativos).

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De forma geral, os países do leste europeu e da região Ásia-Pacífico se aproximam mais da paridade do que os membros do G7, com 35% e 34%, respectivamente, contra 22% nas sete grandes potências econômicas (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

Trinta e nove por cento das empresas do G7 não têm nenhuma mulher em seus conselhos administrativos.

Entre os países com proporções menores de mulheres em seus cargos de diretoria estão Japão (7%), Alemanha (15%) e Índia (16%).

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