Dominika Cibulkova estava perto de completar uma década como coadjuvante no circuito mundial de tênis. No mesmo mês que pela primeira vez entrou no grupo das nove melhores do ranking mundial, também surpreendeu ao conquistar, neste domingo, o título do Masters da WTA. Na final, em Cingapura, mostrou sua força ao vencer a líder do ranking, a alemã Angelique Kerber, por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 6/4.
A eslovaca, que chegou a Cingapura como oitava do mundo, entrou no Top 20 pela primeira vez em 2008. Desde então e até o começo desse mês, nunca havia chegado ao nono lugar. Chegou a ser décima colocada por algumas semanas em 2014, mas nunca acima disso. Agora, entretanto, coloca seu nome história do tênis.
##RECOMENDA##Em sua primeira participação no Masters, torneio que envolve as oito atletas que mais pontuaram na temporada, alcançou o título mais importante da carreira. Até então, seu maior feito havia sido ser vice-campeã do Aberto da Austrália em 2014. Aos 27 anos, só alcançara uma outra semifinal de Grand Slam (Ronald Garros, em 2009) e sequer eventos de nível intermediário havia ganho.
Até a conquista deste domingo, só tinha sete títulos na carreira: Katowice, Eastbourne, Linz (todos em 2016), Acapulco (2014), Stanford (2013), Carlsbad (2012) e Moscou (2011). Agora como campeã do Masters, ela vai fechar o ano num inédito quinto lugar do ranking mundial, à frente da espanhola Garbiñe Muguruza, da checa Karolina Pliskova e da norte-americana Madison Keys, de quem vai ganhar posições.
"Vir aqui pela primeira vez e vencer o maior título da minha vida... Eu não tenho palavras. Hoje você pode ver que eu fui realmente sortuda no final", disse a tenista de apenas 1,61m ao final da partida. Kerber e Cibulkova já tinham se enfrentado nove vezes, com a alemã tendo vencido as últimas cinco, inclusive na fase de grupos do Masters.
A eslovaca chegou a sentir a pressão de um momento tão importante na carreira, desperdiçando três match-points quando vencia o segundo set por 5/4 e sacava para ganhar o jogo. Ela ainda precisou salvar dois break-points para, enfim, fechar a partida.
Nem parecia a tenista que não deixou Kerber jogar durante toda a partida, acertando um winner atrás do outro - foram 28, contra 14 da rival. Mesmo assim, errou bem menos: 14 vezes, diante de 23 erros não forçados de Kerber. Frustrada por não conseguir reagir, a alemã ficou longe de mostrar as qualidades que a tornaram a líder do ranking mundial pela primeira vez em setembro. "Dei tudo que eu podia na quadra", disse ao fim do jogo.
Ao faturar o título do Masters, a eslovaca se tornou a segunda tenista seguida a ser campeã depois de perder dois jogos na fase de grupos - já havia sido assim com a polonesa Anieszka Radwanska em 2015.