Um dos rankings mais respeitados do mundo, o Times Higher Education (THE), apontou a Universidade de São Paulo (USP) entre as 200 melhores universidades do mundo. No ano passado a instituição aparecia na 232º colocação. Neste ano ocupa o 178º lugar. O crescimento da USP no ranking ocorreu em conseqüência do amplo desenvolvimento de pesquisas naquela universidade, bem como na ampliação da publicação de trabalhos científicos no exterior. Com estas iniciativas a Instituição de ensino capitalizou mais recursos e se tornou mais respeitada na comunidade acadêmica nacional e internacional.
O ranking da THE é realizado a partir de vários critérios científicos. Dentre eles encontram-se aqueles que consideram a internacionalização da educação. Ou seja, o número de professores e alunos estrangeiros estudando na universidade, além da realização de pesquisas as quais abrangem o desenvolvimento de produtos e conhecimentos. Por outro lado, a relação professor/ aluno e o percentual de doutores existente na unidade também são fatores relevantes na pontuação daquele ranking. Uma outra notícia excelente é a de que a Universidade de Campinas (Unicamp), que bateu o recorde de inscrições no vestibular de 2012, está na 286º colocação, embora tenha caído no ranking haja vista que em 2010 estava na 248º colocação.
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Por outro lado, outro ranking importante, embora realizado de forma distinta do ranking da THE, é o da Quacquarelli Symonds (QS), empresa do Reino Unido, especializada em educação no exterior. Este, é alvissareiro registrar, inclui 31 universidades brasileiras entre as 100 melhores da América Latina. A importância destas tabelas de desempenho está diretamente ligada à escolha dos estudantes na hora da graduação, sobretudo dita a prioridade de estratégia no desenvolvimento de parcerias de pesquisas.
Apesar de o destaque nacional ter sido focado nas instituições do sul e sudeste do Brasil, uma universidade nordestina também foi colocada em destaque. A Universidade Federal de Pernambuco, que apareceu em 33º no ranking da QS. Se compararmos ela com todas as instituições federais apontadas na pesquisa, a UFPE é considerada a quinta universidade brasileira com melhor qualidade de ensino. Parabéns para todos os professores, funcionários e alunos da UFPE.
A notícia é muito boa. Entretanto, mesmo com dados tão positivos, à luz das universidades da América latina, é preciso atentar para problemas a serem superados neste continente, e mais especificamente aqui no Brasil. É necessário ter em mente que as concorrentes das universidades do continente sul americano, são grandes instituições estruturadas por organismos governamentais de sucesso. A exemplo dos Estados Unidos que investem 3,1% de seu PIB em educação. O Brasil possui um potencial competitivo na área de pesquisa cuja expansão é notória, porém os investimentos na área ainda não acompanham este desenvolvimento.
No caso de Pernambuco, temos revelado um potencial de crescimento econômico contínuo, sobretudo com a implantação de novos parques industriais. Com a educação não pode ser diferente, é preciso dar continuidade aos projetos estruturados de infraestrutura, de pesquisa e de implantação de cursos que formem e qualifiquem profissionais que possam contribuir para o crescimento do estado e com isso impulsionem o aumento do desenvolvimento econômico em nossa terra.
* Artigo de Opinião produzido por Janguiê Diniz, Doutor em Direito e fundador e acionista controlador do Grupo Ser Educacional. Texto originalmente publicado no Blog do Janguiê