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O perfil oficial da embaixada da Rússia no Reino Unido "trocou" o presidente Jair Bolsonaro pelo antecessor Michel Temer em postagem que destaca uma declaração do presidente russo Vladimir Putin durante o 11º encontro da cúpula dos Brics, que ocorreu nesta semana em Brasília. O presidente da África do Sul na foto também é o antecessor do mandatário atual, Cyril Ramaphosa.

"Presidente Putin: a Rússia tem a tecnologia de geração de energia nuclear mais avançada, sustentável e limpa. Estamos prontos para expandir a cooperação com as nações dos Brics em projetos nucleares de benefícios mútuos", diz a postagem, acompanhada de uma foto do encontro do grupo. A imagem, no entanto, é da cúpula do bloco ocorrida no ano passado, quando o presidente brasileiro era Michel Temer.

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Na imagem, estão presentes o então presidente do Brasil, Michel Temer, Narendra Modi, da Índia, Xi Jinping, da China, Vladimir Putin, da Rússia, e Jacob Zuma, da África do Sul, que também já deixou a presidência, dando lugar a Cyril Ramaphosa.

Apesar de "trocado" pelo perfil da embaixada russa, Bolsonaro e Putin tiveram um encontro bilateral nesta quinta-feira, 14, em Brasília. Na reunião, o presidente da Rússia teria prometido a Bolsonaro que enviará fiscais ao Brasil para avaliar frigoríficos e acelerar a derrubada de embargos sobre exportação da carne brasileira.

<p>Excepcionalmente nesta semana, divulgamos o segundo podcast na quinta-feira (14), devido ao feriado nacional da Proclamação da República. O cientista político Adriano Oliveira fala sobre a saída do presidente Bolsonaro do PSL, partido pelo qual foi eleito. Essa saída foi gerada porque o presidente estava sem o controle do partido (que é presidido pelo Deputado Federal Luciano Bivar), e dos consequentes recursos públicos para financiamento de campanha.&nbsp;</p><p>Para Adriano, essa ação tem pontos positivos e negativos. Um dos riscos pode ser a possibilidade de acusações de financiamento ilegal de campanha, já que essa nova sigla não terá o recurso público. Um dos benefícios será a possibilidade de construção de uma bancada futura, cuja liderança seja dele ou de alguém próximo.</p><p>Outro tema abordado é a invasão da embaixada da Venezuela, que aconteceu ontem (13) e que teve apoio informal de um filhos do presidente. Atitudes como essa podem comprometer a visão do país, mesmo que haja melhora na economia. O cientista aponta a necessidade de atenção que o presidente deve ter em relação aos desafios políticos e econômicos</p><p>O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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Para evitar possíveis retaliações de chavistas na Venezuela, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) determinou que as representações diplomáticas do Brasil no país permanecessem fechadas nesta quarta-feira, dia 13, em virtude do incidente registrado na embaixada venezuelana em Brasília.

A reportagem apurou que a ordem valeu para todas as sedes da diplomacia brasileira em território venezuelano. Em regime de plantão, os servidores do Itamaraty mantiveram as portas fechadas e trabalharam de casa, em constante contato telefônico com Brasília, onde o chanceler Ernesto Araújo monitorava a situação. Eles também passaram informes sobre a fronteira, ante um receio de que a passagem pudesse ser bloqueada.

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O Brasil tem uma embaixada em Caracas, onde também funciona o consulado-geral, um consulado em Ciudad Guayana e dois vice-consulados em Puerto Ayacucho e Santa Elena do Uairén. Não há embaixador brasileiro na Venezuela atualmente - o chefe no local é o encarregado de negócios Rodolfo Braga.

Na madrugada desta quarta-feira, um grupo de apoiadores de Juan Guaidó, liderado pelo ministro-conselheiro Tomás Silva, acreditado no MRE, entrou na embaixada. Ele afirmou que assumiu o local com a conivência de alguns funcionários enviados pelo presidente Nicolás Maduro, que teriam passado a apoiar o opositor Guaidó, reconhecido como presidente legítimo pelo Brasil. O governo Maduro protestou e denunciou uma invasão violenta. Durante todo dia, permaneceu um impasse sobre quem tinha o controle real da sede, até que os opositores aceitaram abandonar a embaixada, após a reprovação do governo Jair Bolsonaro, e enfrentamentos do lado de fora, com troca de agressões. Alguns dos nomes envolvidos no incidente diplomático de hoje estavam também coordenando ações de protesto e a tentativa frustrada de atravessar caminhões com ajuda humanitária, em fevereiro, em Pacaraima (RR), entre eles o próprio ministro-conselheiro Tomás Silva e o colaborador venezuelano radicado em Brasília Alberto J. Palombo.

Dos Estados Unidos, a embaixadora Maria Teresa Belandria, que tem oficialmente a credencial reconhecida pelo governo brasileiro, disse que mandou que sua equipe se retirasse por não conseguir garantir a segurança deles e por causa dos episódios de violência.

"Agradecemos ao governo Jair Bolsonaro pelo todo seu respaldo nessas difíceis circunstâncias. Atuando com esse apoio (do governo Bolsonaro) e em respeito ao ordenamento jurídico do Brasil, saímos pacificamente da mesma forma como chegamos à sede da embaixada. Sabemos de onde vem a violência e quem a provocou, as evidências demonstram. Confiamos nas investigações para que se apliquem sanções legais e diplomáticas", cobrou ela. "A partir de agora, iniciamos com autoridades do Brasil um processo de negociação para que, conforme seus interesses e nossos direitos legítimos, possamos acessar no menor prazo possível a nossa sede diplomática."

Insatisfação

Fazia meses que a equipe de Belandria reclamava em não ter acesso à embaixada e ter de trabalhar de improviso, num flat na capital federal. No Brasil desde fevereiro, ela teve as credenciais aceitas pelo presidente em junho. Assessores da embaixadora afirmam que ela já havia comunicado a autoridades do Itamaraty que uma parte dos funcionários da diplomacia chavista, que ocupa a embaixada e responde a Maduro, estava com credenciais vencidas. A falta de acesso teve uma mensagem de apoio hoje do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

Na semana passada, o chanceler de Guaidó, Julio Borges, se reuniu no País com o Grupo de Lima, que anunciou mais pressões alternativas políticas e diplomáticas. Borges queria que o Brasil tentasse sensibilizar Rússia e China, principais potências que apoiam Maduro e injetam dinheiro em Caracas, a rever sua posição.

O episódio de não conseguir garantir a inviolabilidade da embaixada constrangeu diplomatas brasileiros, que haviam se preparado para receber na 11ª cúpula dos BRICS, os presidentes da China, Xi Jinping, da Rússia, Vladimir Putin, da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o premiê da Índia, Narendra Modi. Ao contrário do Brasil, esses países reconhecem apenas o governo Nicolás Maduro.

Desde cedo, o MRE destacou o ministro Maurício Correia, coordenador de Privilégios e Imunidades, para fazer a negociação com os dois lados, tentando uma saída. Ele também mobilizou a equipe de policiais militares do Batalhão Barão do Rio Branco, responsável pelo setor de embaixadas, para tentar solucionar o caso pacificamente. O maior temor era de que um confronto entre os dois lados fizesse vítimas.

Episódios de "tomada" de embaixadas e outras sedes do governo venezuelano pela diplomacia de Guaidó, sobretudo na madrugada, já haviam ocorrido em outros países como a Costa Rica e nos Estados Unidos. Enfrentamentos entre apoiadores de Maduro e Guaidó já ocorreram no Chile e na Argentina, e também houve invasão na Bolívia.

Após mais de 12 horas, um grupo ligado ao autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó, deixou a embaixada da Venezuela em Brasília. Na madrugada desta quarta-feira, 13, representantes de Guaidó tiveram acesso às instalações da representação diplomática e enfrentaram uma reação de funcionários da embaixada e de parlamentares brasileiros de oposição.

O grupo de Guaidó deixou o local pelos fundos por volta das 17h30, saindo por um portão atrás do prédio administrativo e entrando em um ônibus. Eles foram escoltados pela Polícia Militar. Em frente à embaixada, militantes de partidos e movimentos de esquerda cobravam a saída e punição jurídica do grupo.

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O Itamaraty garantiu aos apoiadores de Guaidó que eles poderiam sair em segurança e sem punições, como prisão ou detenção policial. No local, o coordenador de Privilégios e Imunidades do Itamaraty, Maurício Corrêia, negociou a saída com o ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil, Tomas Silva, representante de Guaidó. A manifestação do presidente Jair Bolsonaro repudiando a interferência e a pressão contra a ocupação foram apontados como determinantes para a resolução do impasse.

Em meio ao impasse na embaixada venezuelana, a Polícia Militar do Distrito Federal entrou no prédio da representação diplomática e passou a proibir a entrada e saída de pessoas do local. Os deputados do PSOL e do PT, que acompanham a crise, afirmam que a atitude é "ilegal" e fere os tratados diplomáticos assinados pelo Brasil.

"Toda a ação que não siga em respeito ao escritório de negócio do senhor Freddy Meregote (encarregado de Negócios da Venezuela no Brasil) é uma ação ilegal atuando dentro de um espaço que não é brasileiro", afirmou o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que está dentro da embaixada e acompanha a crise ao lado de outros parlamentares brasileiros.

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Os primeiros policiais brasileiros entraram no prédio da embaixada por volta das 7h30. De acordo com relatos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, assessores do encarregado de negócios da Venezuela no Brasil convidaram os militares a entrarem para ajudar na remoção dos cerca de 20 invasores que ocuparam a embaixada na madrugada desta quarta-feira, 13.

Os policiais restringiram o acesso e a saída de pessoas na entrada principal da embaixada às 8h30, quando os primeiros grupos se formaram para protestar a favor e contra a tomada do prédio. Contudo, os convidados autorizados por Meregote e outros membros do corpo diplomático venezuelano podiam usar a entrada lateral.

Às 11h30, por ordem do major da Polícia Militar Rodrigo Campos, que comanda a operação, o acesso auxiliar também foi fechado.

De acordo com o Glauber Braga, o militar comunicou que estava "respondendo a ordens do governo brasileiro" e que "não sabia dizer quem era o embaixador venezuelano no momento".

"Aqui, quem tem que dar orientação daquilo do que deve ou não deve ser feito, ou de que pode ou não pode, não são as autoridades brasileiras. Quem tem que fazê-lo é o encarregado de negócios, que é o principal representante diplomático do governo brasileiro na embaixada. É ele que determina, orienta. Está havendo um desrespeito flagrante por parte de autoridades brasileiras a esse que é um princípio que rege as relações internacionais", afirmou Braga.

O Brasil é signatário de tratados diplomáticos que garantem a inviolabilidade das missões diplomáticas, de repartições consulares e representações de Organismos Internacionais e de seus arquivos e funcionários. Apesar de estar em Brasília, a área da embaixada é considerada território venezuelano e a polícia militar ou nenhuma outra força de segurança do País pode agir no local sem autorização do corpo diplomático.

A regra foi estabelecida na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, que afirma que são "prerrogativas especiais" para que esses consigam exercer plena e livremente suas funções no país em que cumprem missão, sem a interferência indevida do "país receptor", no caso, o Brasil.

Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República afirmou que o presidente Jair Bolsonaro "jamais tomou conhecimento" ou incentivou a invasão da embaixada. A nota diz ainda que, "como sempre", "indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade". O texto diz ainda que as forças de segurança, da União e do Distrito Federal estão tomando providências para que a situação se resolva "pacificamente".

Procurada, a Polícia Militar ainda não se manifestou.

Após a invasão de um grupo apoiador de Juan Guaidó na Embaixada da Venezuela, em Brasília, por volta das 4h30 desta quarta-feira (13), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) utilizou o Twitter para apoiar o movimento e classificá-lo como 'justo'. Opositor ao governo de Nicolás Maduro, o Brasil reconhece a autoproclamação de Guaidó como presidente venezuelano.

"Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo", avaliou Eduardo, mesmo com a confusão e os acessos bloqueados pelo grupo.

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Segundo relatos, cerca de 20 venezuelanos e brasileiros pró-Guaidó pularam os muros do local onde residem funcionários e diplomatas do país vizinho junto às suas famílias. Crítico da política de Jair Bolsonaro, desde 2016 Nicolás Maduro retirou seu representante do solo brasileiro em protesto ao impeachment da então presidente Dilma Roussef (PT). Desde então, a cadeira estava desocupada.

Já a equipe de Guaidó aponta que funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local. Vale destacar que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada pelo presidente autoproclamado, não está no País.

A polícia acompanha a confusão do lado de fora, pois, mesmo sendo no Brasil, a embaixada trata-se de um território estrangeiro e os invasores não podem ser retirados.

Representantes do opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelo Brasil, conseguiram pela primeira vez acesso à embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (13), horas antes do início das atividades da 11ª Cúpula do BRICS, que reúne os líderes de Rússia, India, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.

Segundo a equipe de Guaidó, funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local de Tomas Silva, ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil. A embaixadora Maria Teresa Belandria não está no País.

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Segundo comunicado dela, um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente.

Leal a Maduro, adido militar fica do lado de fora da embaixada

Houve um princípio de confusão e a polícia militar foi acionado. O adido militar chavista, leal ao regime, ficou do lado de fora.

É a primeira vez que eles entraram na sede, ainda controlada pelo chavistas, desde que presidente Jair Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano.

A diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro - que não tem mais relacionamento diplomático com o Brasil.

Agora, eles pedem que os servidores de sete consulados venezuelanos no País façam o mesmo e garantem ajuda para deixar o Brasil, caso desejem.

Ligado ao escritor Olavo de Carvalho, o diplomata Nestor Forster aceitou a indicação para assumir a Embaixada do Brasil em Washington. A informação foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em conversa com jornalistas, nesta segunda-feira (28), ao deixar os Emirados Árabes rumo ao Catar. "Está tudo certo para o Forster assumir", garantiu o presidente.

Segundo Bolsonaro, o convite foi feito pelo chanceler Ernesto Araújo a Forster por telefone. Em seguida, o Itamaraty expediu o pedido de agrément - consulta para obter a aprovação diplomática do outro país ao nome escolhido.

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Na semana passada, Bolsonaro elogiou Forster e disse que ele seria "um bom nome" para a função, mas que precisava ouvi-lo antes de formalizar a indicação. "Como ele já está lá (na embaixada), é um grandão, conhece muito bem, desatou muito bem e é uma pessoa ativa, seria um bom nome para Washington", declarou.

Há alguns meses, a indicação de Forster para a embaixada do Brasil nos EUA era dada como certa por integrantes do Itamaraty. Próximo ao chanceler Ernesto Araújo e ao escritor Olavo de Carvalho, ele foi promovido em junho ao topo da carreira justamente para poder ocupar o posto. Um mês depois, no entanto, diplomatas foram surpreendidos pela possibilidade de Bolsonaro indicar um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Há alguns dias, com a desistência de Eduardo, o nome de Forster voltou a ganhar força. Mesmo antes do filho afirmar publicamente que abriria mão de pleitear o cargo de embaixador, o presidente da República já havia aventado o nome do diplomata como principal opção.

Diferentemente de Eduardo, a avaliação do governo é de que Forster não encontrará dificuldades para ter seu nome aprovado pelos senadores. Após o agrément, o indicado passa por sabatina no Senado.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro desistiu nesta terça-feira, 22, da indicação para assumir a embaixada do Brasil em Washington em meio à resistência de seu nome no Senado e à crise em seu partido. O filho do presidente e atual líder do PSL afirmou que "fica" no País para defender a pauta conservadora e o governo do pai. O anúncio de Eduardo foi feito no mesmo dia em que o presidente afirmou que poderia indicar o diplomata de carreira Nestor Forster para o cargo caso o deputado desistisse efetivamente do posto, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão de Eduardo, anunciada em pronunciamento no plenário da Câmara durante a aprovação do acordo entre o Brasil e os Estados Unidos para o uso comercial da base de Alcântara, já era esperada por auxiliares de Bolsonaro que afirmavam que, apesar da peregrinação, Eduardo não conseguiu convencer um número suficiente de senadores a apoiarem seu nome - o que poderia levar a uma derrota emblemática para o governo.

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Há pouco mais de três meses, o presidente Jair Bolsonaro passou a defender a nomeação do filho para o principal cargo da diplomacia brasileira no exterior. No início de agosto, o governo dos Estados Unidos deu aval para a indicação de Eduardo como embaixador em Washington. Na prática, o governo de Donald Trump deu sinal verde para Eduardo ao responder positivamente ao pedido de "agrément" do Brasil.

No entanto, a indicação jamais foi oficializada no Brasil por meio de uma mensagem ao Senado. Levantamento do Estado entre os senadores mostra que a resistência ao filho do presidente era grande e Eduardo Bolsonaro não contava com os 41 votos necessários para ser aprovado no Senado.

Procurados pela reportagem, 27 senadores declararam ser contra a indicação, e apenas 17 se diziam a favor. Outros 28 não quiseram responder, seis se diziam indecisos e três não foram encontrados. Mesmo depois de ter realizado "campanha" entre senadores, o 'filho 03' ganhou apenas duas declarações favoráveis a mais desde agosto, quando foi feita a primeira edição do placar.

PSL

O movimento do presidente Bolsonaro para colocar o seu filho na liderança do PSL também ajudou a inviabilizar a possibilidade do deputado de assumir a embaixada brasileira. "A liderança ainda está instável, mas, a princípio, só (fico) até o final do ano", afirmou o deputado.

Na terça, Bolsonaro disse ainda que "no futuro" pode reconsiderar a indicação do filho para embaixada dos EUA. Cotado para a vaga, Forster é próximo ao chanceler Ernesto Araújo e ligado ao escritor Olavo de Carvalho. "Temos lá o Nestor Forster. Ele é um bom nome. Obviamente, o Eduardo desistindo que eu mande o nome dele ao Senado, tendo em vista a importância na política dentro do partido, o Forster é um bom nome para ser consolidado lá", afirmou na terça Bolsonaro antes de seguir para a cerimônia de coroação do imperador japonês Naruhito, em Tóquio.

Forster era o favorito para assumir a embaixada dos EUA antes de Eduardo ser indicado. Para o presidente, seria mais estratégico o filho ajudar a "pacificar" o partido e a "catar os cacos" deixados pela crise interna do PSL.

Em junho, Forster foi promovido ao topo da carreira justamente para poder ocupar o posto. Um mês depois, no entanto, diplomatas foram surpreendidos pela possibilidade de Bolsonaro indicar Eduardo.

Perfil

A sala de Nestor Forster, no terceiro andar da chancelaria do Brasil em Washington, continua a mesma. Desde junho, quando foi promovido ao primeiro escalão da carreira e alçado ao comando da embaixada brasileira nos EUA, ele poderia ter cruzado o corredor rumo ao maior gabinete do prédio, com vista para a Avenida Massachusetts, mas decidiu continuar no seu escritório.

A promoção de Forster parecia o último passo formal antes de sua indicação a embaixador do Brasil na capital americana, até que o presidente Jair Bolsonaro anunciou a intenção de enviar o filho, Eduardo, para o posto.

Forster fizera, logo depois de sua promoção, um discurso de agradecimento aos servidores da embaixada em tom avaliado por alguns diplomatas como um "pronunciamento de futuro embaixador". O nome dele foi o mais cotado para o posto nos bastidores desde os primeiros dias do governo Bolsonaro, conforme revelou o jornal, e sua possível indicação veio se fortalecendo mês a mês.

Mas, diante dos planos para Eduardo Bolsonaro, Forster passou a mudar de assunto quando era questionado sobre sua situação na embaixada.

Ele é reconhecido como um conservador, é católico, entusiasta da agenda de costumes do governo Bolsonaro e pratica canto gregoriano. A música nem sempre está ligada a religião. Na juventude em Porto Alegre, o gaúcho tocava chorinho com alguns integrantes do que veio a se tornar a banda Engenheiros do Hawaii.

Amigo de longa data de Olavo de Carvalho, ele foi o responsável por levar o hoje chanceler, Ernesto Araújo, para conhecer o escritor e espécie de guru do governo Bolsonaro, que vive em Virgínia. Forster conta a pessoas próximas que conheceu Olavo através de um amigo em comum dos dois: o jornalista Paulo Francis.

O diplomata costuma dizer que há coincidência de valores entre Brasil e EUA nos governos Trump e Bolsonaro.

AGU

Forster cita o "Manual de Redação da Presidência da República", assinado pelo ministro do STF Gilmar Mendes, entre suas "obras publicadas" em seu currículo disponível na rede interna do Itamaraty.

Ele foi chefe de gabinete do ministro na Advocacia Geral da União (AGU) entre e 2000 e 2002, quando Gilmar assumiu uma vaga no STF indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Antes os dois haviam trabalhado juntos na Casa Civil durante o governo Fernando Collor de Mello (1990-1992). "É um profissional excelente; inteligente, disciplinado. Fomos colegas na Casa Civil durante o governo Collor e ele foi meu chefe de gabinete na AGU. É um grande quadro do serviço público brasileiro", elogiou Gilmar Mendes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil em Washington deve ficar suspensa por pelo menos um ano, segundo o presidente Jair Bolsonaro. No Japão, o presidente indicou que ainda pensa em tentar viabilizar a nomeação do filho até o final do mandato. Com dificuldades para garantir apoio no Senado no momento, Eduardo anunciou na noite da terça-feira (22), que desistiu de pleitear o cargo de embaixador e que pretende seguir na liderança do PSL na Câmara.

"Quem sabe no futuro a gente volte a esse assunto, mas acho que pelo menos no próximo ano não se discute mais esse assunto", disse Jair Bolsonaro. O presidente destacou que a indicação de Eduardo, mesmo que fosse formalizada, não seria algo garantido justamente porque depende do aval dos senadores.

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"Existiu essa possibilidade de eu indicá-lo (para embaixador) no Senado, não estava garantido porque dependeria de uma sabatina. Eu vinha conversando com ele. A partir do momento em que ele aceitou ser líder do partido (na Câmara), agora ele tem uma tremenda responsabilidade lá no Brasil. Então, parabéns a ele por essa decisão", declarou o presidente.

Indagado sobre que conselhos daria ao filho no novo cargo, Bolsonaro desejou "serenidade" e "tranquilidade". "Ele vai ter problemas pela frente, é uma bancada um tanto quanto grande, mas acho que ele tem capacidade pela sua experiência de bem conduzir o partido", disse.

Na véspera, Bolsonaro havia dito que Eduardo teria de fazer uma escolha entre ser indicado a embaixador ou assumir a liderança do PSL. Bolsonaro também considerou que seria mais estratégico o filho desistir da vaga de embaixador momentaneamente e permanecer no País para "pacificar" a legenda.

Com a desistência de Eduardo, Bolsonaro disse que deve indicar o diplomata Nestor Forster para o comando da embaixada do Brasil nos EUA. Ele é ligado ao chanceler Ernesto Araújo e ao escritor Olavo de Carvalho.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) desistiu de ocupar o cargo de embaixador em Washington. O anúncio foi feito em pronunciamento no plenário da Câmara na noite desta terça-feira (22), durante a aprovação do acordo entre o Brasil e os Estados Unidos para o uso comercial da base de Alcântara (MA). O filho do presidente Jair Bolsonaro e atual líder do PSL, Eduardo afirmou que "fica" no País para defender a pauta conservadora e o governo do pai.

"Esse aqui que vos fala, filho de militar do Exército brasileiro e deputado federal, que foi zombado por ter, aos 20 anos de idade, um trabalho digno e honesto em restaurante fast-food nos Estados Unidos, diz que fica no Brasil para defender os princípios conservadores, para fazer o tsunami que foi a eleição de 2018, uma onda permanente. Assim, me comprometo a caminhar por São Paulo, pelo Brasil e pelo povo", afirmou o deputado.

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A decisão de Eduardo já era esperada por auxiliares de Bolsonaro, que afirmavam que, apesar da peregrinação que fez junto aos senadores, o parlamentar não conseguiu apoios suficientes para ser aprovado para o cargo - o que poderia levar a uma derrota emblemática para o governo.

Além disso, o movimento do presidente para colocar o filho na liderança do PSL, na semana passada, ajudou a inviabilizar a possibilidade do deputado de assumir a Embaixada Brasileira em Washington. "A liderança ainda está instável, mas, a princípio, só (fico) até o final do ano", afirmou o deputado.

De acordo com Eduardo, a rejeição do eleitorado à saída dele da Câmara também pesou na decisão. "A gente escuta conselhos, e confesso que ainda tem o meu eleitorado. Confesso, não era a maioria que estava apoiando", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (22), que poderá indicar o diplomata Nestor Foster para assumir a Embaixada do Brasil em Washington, caso o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) desista do posto. Segundo Bolsonaro, é Eduardo quem vai definir até o final deste mês se quer ter seu nome submetido à aprovação do Senado ou se ficará na liderança do PSL na Câmara.

O presidente falou com a imprensa instantes antes de seguir para a cerimônia de coroação do imperador japonês, Naruhito, em Tóquio.

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Há alguns meses, a indicação de Foster para a Embaixada do Brasil nos EUA era dada como certa por integrantes do Itamaraty. Em junho, ele foi promovido ao topo da carreira justamente para poder ocupar o posto. Um mês depois, no entanto, diplomatas foram surpreendidos pela possibilidade de Bolsonaro indicar o filho Eduardo.

Embora tenha conseguido a aprovação do governo americano, o presidente enfrenta dificuldades para viabilizar o nome do filho no Senado. A crise no PSL também contribuiu para esfriar ainda mais as chances de Eduardo. Agora, Bolsonaro considera que seria mais estratégico o filho ajudar a "pacificar" o partido e a "catar os cacos" deixados pela crise interna.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (18), que não há alteração sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao cargo de Embaixador do Brasil nos Estados Unidos. "Por enquanto, sem alteração", disse o presidente.

A atuação de Bolsonaro para colocar Eduardo na liderança do PSL na Câmara deixou em suspenso a possibilidade de o deputado assumir a embaixada.

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O presidente indicou o filho para o cargo há três meses, mas até agora a intenção não foi formalizada. Para ser confirmado embaixador, Eduardo precisa ser sabatinado e aprovado pelo Senado. Como não há segurança no Planalto sobre o apoio ao nome entre os senadores, o cargo na Câmara seria uma "saída honrosa", segundo auxiliares de Bolsonaro.

Convites

O presidente afirmou que já recebeu vários convites de partidos para sair do PSL. "Tô meio bonito, né. Então tem vários convites", disse. Questionado se algum partido de esquerda o convidou, Bolsonaro ironizou: "tá chamando a esquerda de maluca ou eu de maluco?".

Bolsonaro recebeu na manhã desta sexta-feira (18), o presidente do PSD, Gilberto Kassab (SP). Segundo Bolsonaro, foi uma visita de cortesia. "Eu converso com todo mundo. Uns eu convido, outros querem vir. É o papel de um presidente. Eu quero paz para poder governar. Temos problemas enormes no Brasil para poder resolver", disse Bolsonaro.

Quase três meses depois de ter sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos, ainda não oficializada pelo Executivo, está longe de ter os votos necessários para ser aprovada no Senado. Uma atualização de levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostra que, mesmo depois de fazer "campanha" na Casa, o filho "03" do presidente tem apenas 15 dos 41 votos necessários - mesmo número registrado em agosto.

Um terço (27) dos 81 senadores consultados pelo Estado disse que vai votar contra a indicação. Além destes, oito afirmaram estar indecisos e 31 optaram por não responder. Foi o caso do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A assessoria do senador - que tem trabalhado pela aprovação do deputado - afirmou que ele aguardará o resultado da sabatina para tomar sua decisão.

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Na primeira edição do placar, no início do agosto, Alcolumbre informou que não iria votar, ainda que o regimento permita. Naquele momento, o levantamento do Estado apontava que havia 15 votos declarados a favor da indicação e 29 contra. Outros 36 senadores não revelaram como votariam - 29 não quiseram responder e 7 se declararam indecisos.

Os números dos dois levantamentos são semelhantes - além da posição de Alcolumbre, a única mudança foi a migração de dois senadores declaradamente contrários para o grupo dos que não revelam o voto.

Caso seja oficializada a indicação, Eduardo terá de ser sabatinado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Os membros da comissão então decidem, em votação secreta, se aprovam ou não a indicação. Uma vez aprovado, o nome do indicado é encaminhado para apreciação do plenário da Casa, também em votação secreta. São necessários ao menos 41 votos favoráveis.

O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista ao Estado, que a indicação de Eduardo ainda não tem data para ser oficializada. "Deixa passar a votação da reforma da Previdência. Não tem pressa não", disse. Em agosto, após a divulgação do levantamento do Estado, Bolsonaro afirmou que aguardaria o "momento certo" para oficializar a indicação. No sábado, 5, ele minimizou o fato de, hoje, não ter os votos suficientes. "Ele se prepara melhor para enfrentar a sabatina, caso ele mantenha a ideia de ir para lá. Pra mim seria interessante."

Desde que foi anunciada, em 11 de julho - dois dias depois de Eduardo completar 35 anos, a idade mínima para um brasileiro assumir uma representação diplomática no exterior -, a indicação do filho do presidente para o cargo mais importante da diplomacia brasileira foi alvo de críticas de adversários, que a classificaram de nepotismo e questionaram a qualificação técnica do deputado. "A questão que deve ser posta é se ele está à altura de um posto que já foi ocupado por Joaquim Nabuco", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Eu acho que não está. Se ele não fosse filho do presidente, quem cogitaria nomeá-lo?", questionou.

Hambúrguer

Policial federal licenciado, Eduardo está em seu segundo mandato na Câmara. Quando questionado, ainda em julho, sobre seus atributos para o cargo, ele destacou sua atuação na presidência da Comissão de Relações Exteriores da Casa e o fato de ter feito intercâmbio. "Não sou um filho de deputado que está do nada vindo a ser alçado a essa condição, tem muito trabalho sendo feito, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores, tenho uma vivência pelo mundo, já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos Estados Unidos", disse ele na ocasião.

No fim de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou considerar Eduardo "um jovem brilhante" e disse que está "muito feliz pela indicação", o que foi visto por aliados como trunfo. Em agosto, a consultoria legislativa do Senado elaborou parecer afirmando que a indicação configuraria nepotismo. A Advocacia do Senado, no entanto, emitiu um parecer técnico contrário.

Em busca de votos, Eduardo está em "campanha". Ele tem atravessado o Congresso para fazer um corpo a corpo em conversas privadas com os senadores e já viajou duas vezes aos Estados Unidos - em uma delas, para uma "reunião simbólica" com Trump.

O tema, entretanto, ainda é controverso. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), da base aliada, critica a ausência de uma articulação na Casa para aprovar a indicação. Segundo ele, Eduardo "vai com uma vontade indomável de fazer um grande trabalho para se projetar, inclusive, politicamente". "É um posto de visibilidade muito forte."

Já o senador Humberto Costa (PT-PE) critica o que chama de militância política em cargo institucional. "A alegação de que ele é amigo de Trump mostra uma visão completamente equivocada, até porque boa parte do que diz respeito à política externa norte americana passa pelo Congresso, que tem maioria democrata", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ativistas do Greenpeace França invadiram na manhã desta quinta-feira, 26, a residência do embaixador brasileiro em Paris, Luís Fernando Serra, para protestar contra uma reunião que acontecia no local entre o ministro do Meio Ambiente brasileiro, Ricardo Salles, e executivos de grandes empresas francesas, entre elas, a petrolífera Total. Segundo o Itamaraty, o ato durou pouco tempo e não atrapalhou o encontro do ministro.

Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo, Salles disse que era "meia dúzia de gatos pingados na porta da embaixada".

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Rodrigo Randig, funcionário da Embaixada, disse que a invasão foi rápida e os ativistas saíram assim que os empregados da residência oficial pediram que eles se retirassem. "Nem o embaixador nem o ministro sequer ficaram sabendo; até o fim da reunião, horas depois", esclarece Randig.

Em nota, o Itamaraty também informou que "não houve perturbação à entrada ou saída do ministro do Meio Ambiente, do embaixador, dos demais participantes dos encontros e de funcionários.

As reuniões não foram interrompidas e seguiram normalmente (em verdade, as pessoas que estavam no local sequer perceberam a tentativa de invasão e o protesto)." O órgão disse também repudiar toda e qualquer tentativa de invasão de suas instalações no exterior.

Na rua em frente à residência oficial, no 16º distrito de Paris, ativistas exibiram uma faixa com a mensagem "Bolsonaro assassino da Amazônia".

A maior floresta tropical virou o centro de uma crise internacional nas últimas semanas por causa do aumento de incêndios na região. Ambientalistas de todo o mundo, então, passaram a cobrar o governo brasileiro por medidas mais efetivas para proteger a Amazônia e evitar novas queimadas.

Segundo o comunicado divulgado pelo Greenpeace França à imprensa, o grupo enviou cem alarmes sonoros ao pátio interior da residência, "uma maneira de lembrar o Ministro do Meio Ambiente do Brasil de que sua inação climática não passará despercebida até que sejam tomadas medidas concretas do governo brasileiro para limitar o desmatamento e seu impacto nas mudanças climáticas".

Além disso, um veículo exibindo uma visão dos incêndios na Amazônia foi posicionado em frente à entrada da residência e dificultou o acesso a ela. "Hoje estamos testemunhando um contra-ataque do governo brasileiro, que está tentando aliviar as tensões corretamente levantadas pelos incêndios na Amazônia.

Ao enviar seu ministro do Meio Ambiente em turnê para conhecer as grandes empresas, Jair Bolsonaro tenta preservar as relações comerciais de seu país e melhorar a imagem do governo brasileiro, mas não engana ninguém ", afirmou Suzanne Dalle, especialista em agricultura do Greenpeace França.

Paris é a primeira cidade europeia onde Ricardo Salles passa, durante turnê pela Europa para promover seu governo, depois de passar pelos Estados Unidos, acompanhando Jair Bolsonaro.

"Durante seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, Jair Bolsonaro disse que a Amazônia ainda estava quase intacta, uma mentira constatada e negada pelo Greenpeace Brasil, que sobrevoou a semana passada o Norte do país para identificar as áreas desmatadas do território, uma observação avassaladora apoiada por imagens de satélite", escreveu o Greenpreace França no comunicado à imprensa.

O subprocurador Augusto Aras disse hoje (25) durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que não entende como nepotismo uma possível indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

“Posso dizer, com tranquilidade, que a súmula que disciplina o nepotismo não o estende a agentes políticos. Em todos os estados e municípios, há filhos e parentes de primeiro e segundo graus ocupando cargos em secretarias de estado ou em secretarias de município, sem que isso atinja nenhum valor constitucional. Evidentemente, esta Casa é soberana e poderá decidir o que pensa acerca desse tema e merecerá o meu respeito”, afirmou.

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A indicação do deputado para a embaixada ainda não foi oficializada pelo presidente Jair Bolsonaro. Se for, passará por processo semelhante ao de Aras no Senado. Depois de sabatinado, Eduardo Bolsonaro precisará conseguir o apoio da maioria dos 81 senadores para ocupar o cargo, em votação secreta no Senado.

Manifesto

Questionado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), Aras admitiu que assinou sem ler na íntegra um manifesto da Associação de Juristas Evangélicos que defende "valores cristãos" e a "cura gay" e não reconhece famílias constituídas a partir de relações homoafetivas.

“Eu sou delegado de polícia há 27 anos, eu sou professor de direito há 20, estou senador da República. Eu tenho muito orgulho da minha família, eu tenho um filho. O senhor não reconhece a minha família como família? Eu tenho subfamília? Porque esta carta diz isso, senhor procurador. E diz mais: estabelece cura gay. Eu sou doente, senhor procurador?”, perguntou Contarato.

Aras argumentou que a única ressalva ao tema é que a Constituição disciplina essa questão de uma forma não contemporânea. “A nossa dificuldade aqui é meramente formal. No mais, os meus respeitos à vossa família, aos vossos filhos, que são tão iguais quantos os meus. E nem acredito em cura gay também”, disse o subprocurador.

“Eu me sentiria muito mais confortável, por mim e por meus amigos e amigas que têm casamento em todos os sentidos com pessoas do mesmo sexo, com uma legislação e com uma norma que eu não leia ‘homem e mulher’, mas leia ‘pessoa, cidadão, cidadã”, acrescentou Aras.

Royalties

Outro assunto abordado pelo indicado foi a questão da lei de royalties do petróleo, com a qual Augusto Aras se comprometeu a atuar com "cautela e cuidados devidos". Em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar a suspensão de dispositivos da lei que preveem novas regras de distribuição dos royalties do petróleo, alvo de disputas entre estados e municípios.

"Eu espero cuidar do assunto com cautela e os cuidados devidos", comentou Aras. Ele ponderou que sua experiência o leva a ter "sensibilidade não somente com a folha do papel, mas, sim, além, buscar a natureza humana, o espírito do povo, o espírito do tempo para que possamos nos manifestar oportunamente, se assim ocorrer."

A provável indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a embaixada do Brasil em Washington, Estados Unidos, não tem apoio da população. De acordo com pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, 72,7% da população consideram a indicação inadequada porque acreditam que o presidente não deveria nomear membros da sua família para cargos deste tipo.

Apenas 21,8% dos entrevistados disseram que a indicação, que foi prometida pelo presidente Jair Bolsonaro, é adequada porque o presidente tem a prerrogativa de indicar qualquer pessoa para o posto. Outros 5,5% não souberam ou não quiseram responder.

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Foram realizadas 2.002 entrevistas, entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais.

Desde a vitoriosa campanha eleitoral do ano passado, a bandeira de Israel se tornou peça constante nos eventos com o presidente Jair Bolsonaro. Depois da posse, o país do Oriente Médio ganhou status inédito de aliado prioritário do Brasil e a transferência da embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém entrou no centro do debate político. Setores representativos da comunidade judaica, no entanto, têm manifestado desconforto com uma crescente associação entre os símbolos do judaísmo e as alas mais conservadoras dos evangélicos.

Entre os dias 13 e 15 de janeiro do ano que vem a Universidade de Haifa, em Israel, vai receber a conferência "Política e religião no Brasil e nas Américas: igrejas evangélicas e suas relações com o judaísmo, sionismo, Israel e as comunidades judaicas". Um dos objetivos é discutir os motivos e efeitos da associação entre símbolos judaicos e "grupos conservadores".

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"Hoje a gente vê na política brasileira símbolos judaicos sendo usados por grupos conservadores. É algo que já vinha ocorrendo desde os protestos pelo impeachment da Dilma (Rousseff). Até por conta disso, começam a aparecer alguns comentários antissemitas", disse o sociólogo Rafael Kruchin, coordenador executivo do Instituto Brasil Israel, um dos organizadores da conferência.

Outra preocupação é explicar que o uso dos símbolos judaicos, a aproximação cada vez maior com Israel e demandas como a transferência da embaixada para Jerusalém são pautas dos evangélicos e não da comunidade judaica - ainda que parte dela apoie a mudança.

"É um reducionismo identificar o Estado de Israel com bandeiras da extrema-direita. O presidente tem uma admiração sincera pelo que Israel fez nessas décadas. Ele faz isso constantemente, mas não há necessariamente uma identidade entre a comunidade e o governo", afirma o advogado Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

O uso de símbolos judaicos pelos evangélicos tem raízes profundas na doutrina cristã, mas ganhou ênfase nas igrejas neopentecostais do Brasil nos últimos anos, mais visivelmente a partir da inauguração do Templo de Salomão pela Igreja Universal do Reino de Deus, em 2014, quando o bispo Edir Macedo surgiu usando quipá (chapéu), talit (xale) e uma longa barba.

A associação vem de um conceito teológico conhecido como dispensacionalismo que, em resumo, significa a crença de que Jesus Cristo vai voltar à Terra e, para isso, depende de pré-condições como a retomada de Israel pelo "povo escolhido", os judeus (o que aconteceu em 1948); e a expulsão dos "gentios" de Jerusalém (conquistada por Israel em 1967).

Essa crença levou ao surgimento do sionismo cristão, no qual evangélicos assimilam hábitos e símbolos judaicos movidos pela crença de que aqueles que amam Israel receberão em troca a prosperidade. "Sempre pregamos isso. A volta de Jesus é o maior evento da vida de um cristão, pois significa sua redenção. Contudo, os evangélicos eram até pouco tempo atrás segregados da sociedade. Nosso pensamento não era divulgado para fora das nossas fronteiras sociais", disse o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).

Trump

Para alguns teólogos e analistas políticos, tanto o sionismo cristão quanto sua associação com a política foram importados dos EUA. Lá eleitores pentecostais dos Estados do meio-oeste praticamente garantiram a eleição de Donald Trump. Após a eleição, o sionismo cristão passou a dar suporte para o apoio dos EUA à ocupação de terras na Cisjordânia, que é condenada pela ONU. O Brasil deve ir a reboque. "Isso vai impactar diretamente na nossa maneira de lidar com essas questões", disse o cientista político Guilherme Casarões, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Uma visão distorcida de Israel é outro motivo de incômodo para a comunidade judaica brasileira. "Uma leitura superficial do uso da bandeira de Israel pode levar a crer que existe uma identificação total entre a agenda evangélica e a de Israel. Na agenda de costumes, Israel é um país bastante progressista. Tem uma política de respeito à comunidade LGBT, um ministro assumidamente homossexual e liberdade ampla de escolha sobre aborto. Não é a mesma agenda", disse Michel Schlesinger, rabino da Congregação Israelita Paulista (CIP).

Outro motivo de desconforto para parcela dos judeus é a impressão de que Bolsonaro recebeu apoio unânime da comunidade, reforçada pela ida de Fabio Wajngarten para a Secretaria de Comunicação do governo e a proximidade do presidente com empresários como Meyer Nigri, dono da Tecnisa.

"Entidades (judaicas) que se colocam a favor do Bolsonaro têm uma visibilidade excessiva. São mais enxergadas. Há um processo de construção do imaginário de que não se pode ser judeu e de esquerda", disse Michel Gherman, historiador e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da UFRJ, que em 2017 organizou uma manifestação contra a presença de Bolsonaro no clube Hebraica do Rio.

O Estado procurou Wajngarten, que preferiu não se manifestar. O Palácio do Planalto também não se pronunciou sobre o assunto. A Igreja Universal não respondeu às perguntas enviadas. Procurada, a Embaixada de Israel também não se pronunciou.

Evangélicos

Após pressão de setores do governo que temiam repercussões negativas no comércio com os países árabes, o presidente Jair Bolsonaro recuou em uma de suas principais bandeiras defendidas na campanha de 2018: a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A bancada evangélica, no entanto, vai cobrar a promessa.

"Esse é o nosso ponto de honra. Como todas as pesquisas de opinião às vésperas do segundo turno mostraram, os evangélicos deram mais de 10 milhões de votos de diferença ao presidente em relação ao seu adversário. E o principal motivo é porque Bolsonaro era o único candidato que de maneira taxativa declarava que transferiria a embaixada. Tenho convicção que o presidente não irá cometer estelionato eleitoral com um terço da população brasileira", disse Feliciano.

Os únicos países que transferiram suas embaixadas para Jerusalém até agora são os EUA e a Guatemala, onde 40% do eleitorado é evangélico.

Para Guilherme Casarões, da FGV, Bolsonaro percebeu que poderia ter ganhos eleitorais em uma aproximação com Israel ainda na pré-campanha e não apenas por causa do dispensacionalismo.

De acordo com o cientista político, a associação com o país do Oriente Médio agradou os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, armamentistas, eleitores do Nordeste interessados nas tecnologias israelenses para enfrentamento das secas, antipetistas que ligam o partido de Lula à causa palestina, anti-globalistas etc. "O tema de Israel sempre foi potencialmente politizável", disse Casarões.

Amazônia

Um exemplo do impacto político exercido pelo sionismo cristão no Brasil pôde ser visto na sexta-feira (23) quando Bolsonaro recorreu aos EUA e Israel para enfrentar os ataques da França, Alemanha e outros países ao seu governo por causa dos incêndios na Amazônia.

No ano passado, ainda no governo Michel Temer, o então chanceler Aloysio Nunes visitou Israel e anunciou que a partir de então o Brasil deixaria de votar automaticamente a favor da Palestina na ONU. A bancada evangélica na Câmara foi fundamental para evitar que Temer fosse afastado do cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"É mesmo o filho do presidente quem virá?" é a pergunta frequente em Washington feita, nas últimas semanas, por estrangeiros que integram embaixadas, empresas e consultorias com relação com o Brasil. A perspectiva de ter Eduardo Bolsonaro como chefe da maior sede diplomática do Brasil no exterior agitou a capital americana, mas a demora na sua indicação fará com que a tradicional festa brasileira de 7 de setembro mude de cara.

Os eventos em comemoração ao dia da independência são usados pelos países para receber, na embaixada, contatos importantes com o governo americano, organismos internacionais, além de promover a cultura nacional. Normalmente, comida e bebida típicas do país são servidos aos convidados. Durante a gestão do embaixador Sérgio Amaral, que deixou Washington no início de junho, os eventos aconteceram à noite na residência usada pelo diplomata.

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Neste ano, a recepção será mais modesta e em outro cenário: a Organização dos Estados Americanos (OEA). A ideia de fazer uma só festa, junto com a missão diplomática do Brasil na OEA e com o consulado brasileiro em Washington, partiu de Nestor Forster. O diplomata foi promovido ao primeiro escalão da carreira em junho e, portanto, assumiu a chefia da embaixada de forma interina. Seu nome era anunciado nos bastidores como o do futuro embaixador nos EUA, até que o presidente Jair Bolsonaro disse que indicaria o filho ao posto.

Forster é diplomata de carreira e tem tocado a embaixada sob elogios da família Bolsonaro e do núcleo duro do governo. Os convites para o 7 de setembro, que será comemorado no dia 6, não foram despachados com o nome do embaixador desta vez. O e-mail da solenidade informa que "o representante do Brasil para a OEA, o cônsul geral do Brasil em Washington e o Chargé d'Affaires (encarregado de negócios)" convidam para a cerimônia - que será no horário do almoço, no Salão das Américas da sede da OEA.

No lugar dos 600 convites feitos em anos anteriores, agora cerca de 500 pessoas serão chamadas. Os cerimoniais calculam que quase metade dos convidados não comparece. Sem anfitrião claro, a hora do discurso foi cortada. É possível que os embaixadores convoquem um brinde, mas nada está previsto até o momento. Diplomatas da embaixada minimizam a mudança e dizem que a cerimônia já foi assim em anos anteriores. Há países adotam o mesmo sistema de comemoração, como o Uruguai.

A possível chegada de Eduardo é tema nas embaixadas da região. Uma das preocupações de embaixadores da América Latina ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo é com o quanto Eduardo, se confirmado embaixador, irá se integrar a um bloco regional, diante da sua assumida reverência à Casa Branca de Donald Trump. Segundo um embaixador, Eduardo precisa se sentir "latino-americano" e não só "americano".

Um outro embaixador, no entanto, pondera que qualquer avaliação feita agora é prematura e cita como exemplo o receio de países da região de que Bolsonaro, eleito, endossasse a possibilidade do uso de força para resolver o problema da Venezuela. O apoio a uma intervenção militar foi descartado pelos militares e pelo governo brasileiro desde a posse do presidente. Diplomatas estrangeiros lembram que Eduardo precisará de interlocução com o Congresso também, que inclui os democratas, de oposição a Trump, para representar o País, o que pode ser um entrave.

A maior curiosidade é com o quanto o novo embaixador vai desejar se integrar aos colegas dos países vizinhos. O foco dos embaixadores em Washington é a relação com os EUA. Mas, devido ao fato de os diplomatas enviados à capital serem do alto escalão e confiança de cada um de seus países, as relações bilaterais avançam para além da ligação com a Casa Branca.

Um dos embaixadores ouvidos avalia que o Brasil estava jogando isolado dos demais na sua relação com os EUA, sem conversas informais tidas como rotineiras no caso dos demais países. A avaliação corrente é de que o Brasil tem uma postura de independência extrema, o que acontece mesmo quando os governos dos respectivos países têm posturas e linhas ideológicas convergentes.

A região foi forçada a se coordenar melhor, segundo um dos embaixadores, devido à conjuntura atual na Venezuela. Além disso, uma guinada à direita na região tornou os governos mais próximos. Atualmente, as embaixadas da Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, Costa Rica e Peru tem interlocução intensa, com alinhamento de pautas e bom relacionamento, segundo diplomatas ouvidos. Para embaixadores ouvidos, a representação brasileira ficou espremida em meio ao governo transitório de Michel Temer e o início da gestão Bolsonaro, sem clareza sobre quem ocuparia o posto mais alto em Washington.

Setor privado

 

Dois integrantes do setor privado com trabalho em empresas americanas que possuem operações no Brasil apontam que o nome de Eduardo é bem recebido na área. O poder de um embaixador, segundo eles, reside na sua capacidade de interlocução com Brasília e, sob este aspecto, não há dúvida segundo os empresários de que o recado dado a Eduardo chegará ao Planalto.

Dentro da embaixada do Brasil, a perspectiva otimista de diplomatas de alto escalão externada em reuniões de trabalho era que Eduardo já estivesse na capital americana no final de setembro, quando há possibilidade de que Bolsonaro passe por Washington depois de participar da abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O cenário mudou nas últimas semanas, quando aliados do presidente informaram o Planalto que será difícil ter a aprovação do nome de Eduardo Bolsonaro no Congresso, conforme o placar feito pelo Estadão mostrou na segunda-feira passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou na tarde desta terça-feira, 20, que sua indicação à embaixada do Brasil em Washington está mantida. As declarações foram dadas após o presidente Jair Bolsonaro admitir a possibilidade de desistir da indicação do filho caso sinta que o Senado possa rejeitar o pedido.

"Estão dando o enfoque, tentando dar contorno de que o presidente poderia estar voltando atrás. Não tive nenhuma conversa dessa com ele. (Minha indicação) Está mantida. Estamos seguindo adiante", afirmou o parlamentar no Plenário da Câmara.

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Pela manhã, o presidente sinalizou que poderia desistir da indicação caso o governo não tenha votos suficientes para garantir a aprovação do nome do filho. Na segunda-feira, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que 29 senadores resistem à indicação de Eduardo Bolsonaro.

"Eu não quero submeter o meu filho a um fracasso. Eu acho que ele tem competência. Mas tudo pode acontecer", disse o presidente ao ser questionado sobre as dificuldades que a indicação enfrenta no Senado.

De acordo com levantamento do Estado, dos 81 senadores, 29 responderam que pretendem votar contra o nome do "filho 03" do presidente, ante 15 que disseram ser a favor. Outros não quiseram responder (29) ou se colocaram como indecisos (7).

Indagado sobre levantamentos informais que mostram que Eduardo estaria a sete votos para a aprovação no plenário do Senado, Bolsonaro respondeu que o número representa "voto para caramba". A indicação do parlamentar criou uma "guerra de pareceres" no Senado. Após a divulgação de um documento elaborado pela consultoria legislativa da Casa que aponta nepotismo na possível nomeação, outro parecer, também de consultores, afirma o contrário.

Sobre o parecer contrário, Bolsonaro disse que as consultorias agem de acordo com o interesse do parlamentar. "Tem um viés político dessa questão. O que vale para mim é a súmula do Supremo (Tribunal Federal) que diz que não é nepotismo", afirmou o presidente. Ele ponderou que, "se o Senado quiser rejeitar o nome de Eduardo, é direito dele".

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