Foi a vez do coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, visitar o ex-presidente Lula, que está preso desde o dia 7 de abril passado, em Curitiba, na sede da Polícia Federal. Após o encontro, que aconteceu nessa quinta (5), ele contou com detalhes como encontrou Lula ressaltando que foi um momento de muita emoção. Também participou da visita o ex-presidente do PT Rui Falcão.
Stédile disse que ficou impressionado por ter encontrado uma pessoa muito serena. “A gente fica emocionado, a gente faz perguntas, se ele está bem de saúde, se está mais magro, o que faz em tal hora, como está a família e aquelas coisas de compadre que vem do coração. Nós encontramos uma pessoa muito serena, é impressionante como ele está com clareza, próprio de quem é inocente, ele não está lá deprimido perguntando quando vai sair, ele está lá com dignidade, ou seja é o comportamento de uma pessoa que está sendo injustiçada”, expôs.
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Ele também falou que Lula está “revoltado’’com tudo que está assistindo na televisão e lendo nos jornais sobre a situação do país e teria reafirmado que será candidato até as últimas consequências. “A gente nem encontra as palavras certas para dizer a situação do nosso país e ele ta p... com todo esse entreguismo que o governo quer fazer coma Eletrobrás, Petrobras e citou as crianças que foram separadas das famílias nos Estados Unidos. Nós encontramos um homem muito indignado com a situação do país e disse quando eu sair e se eleger presidente e pediu para anotar o nome de todo mundo que ficou na vigília porque eu faço questão de dar uma medalha para cada um”, continuou relatando João Stédile.
Ao coordenador do MST, o líder petista ainda teria dito que quer ser presidente de novo não por vaidade pessoal, mas por querer mudar o Brasil e devolver as riquezas do país ao povo brasileiro. “Ele falou: ninguém mais aguenta essa sujeira dos políticos porque a política brasileira virou uma sujeira, uma esculhambação apodrecida, foi essa a expressão que ele falou, que os políticos brasileiros apodreceram”, ressaltou também antecipando que em um possível novo governo Lula uma assembleia constituinte seria convocada para mudar o contexto político atual.