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De acordo com informações do jornal espanhol “Diario Gol”, o Barcelona procura “desesperadamente” por um novo atacante de ofício e um dos nomes que mais chamam a atenção do clube catalão é Gabriel Barbosa, o “Gabigol”. Além disso, o Barcelona estaria disposto a oferecer um valor de aproximadamente 20 milhões de euros, que corresponde a R$ 128 milhões.

Esta é uma das posições em que o clube espanhol tem sofridos nos últimos tempos. O último grande camisa 9 que esteve no time foi “Luizito” Suárez, que foi transferido para o rival Atlético de Madrid. Para substituir o uruguaio, a diretoria foi em busca de Sergio Aguero, que precisou se aposentar precocemente,  devido a uma arritmia cardíaca. Agora mais do que nunca, o time precisa de uma referência no ataque.

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Atualmente, Gabigol é um dos grandes atacantes que atuam no Brasil e por conta disso, chegou a ser convocado diversas vezes para a Seleção Brasileira. O atacante de 25 anos foi revelação no Santos em 2016 e devido a isso foi contratado pela Inter de Milão (ITA), e posteriormente emprestado ao Benfica (POR). Apesar disso, nunca teve bom rendimento no exterior, apenas no Brasil, principalmente no Flamengo.

 

 

As autoridades de saúde espanholas autorizaram nesta terça-feira (7) a vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos a partir de 15 de dezembro, em um momento em que o país luta contra um novo aumento dos casos.

A Comissão de Saúde Pública "aprovou a vacinação" das crianças desta faixa etária "para reduzir a carga da doença neste grupo", assim como a transmissão da doença para seu entorno familiar, informou o Ministério da Saúde em um comunicado.

O primeiro lote de vacinas pediátricas chegará à Espanha em 13 de dezembro, segundo o ministério, e será distribuído então entre as regiões, que são as encarregadas de sua administração. A vacinação começará a partir de 15 de dezembro, diz a nota.

Segundo as autoridades, na Espanha há 3,3 milhões de crianças dessas idades que poderão receber essas vacinas agora. "Neste momento, os menores de 12 anos representam a faixa etária com maior incidência acumulada de casos de covid-19", destaca o ministério.

A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos, com uma versão reduzida da vacina da Pfizer, é possível na União Europeia desde que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou seu uso em 25 de novembro.

Desde então, vários países também a incorporaram, como Itália e Grécia.

A Espanha é um dos países do mundo com a maior taxa de vacinação: segundo as autoridades, 89,4% da população alvo tem o esquema completo. Essa porcentagem alta não evitou, porém, um surto de casos nas últimas semanas, alinhado com outros países europeus.

O ex-presidente Lula (PT) participou, neste sábado (20), do debate "Construindo o futuro: desafios e alianças populares", realizado pelo Podemos em Madri, na Espanha, com lideranças do campo progressista. Em seu discurso, Lula voltou a criticar o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) e comentar a questão ambiental e a fome no país.

"O presidente brasileiro lamentavelmente não foi preparado para falar. Só foi preparado para mentir. Ele adotou a política do Trump, de contar muitas mentiras por dia. É por isso que ele não gosta de dar entrevista. Ele gosta de fazer a fake news dele sozinho, dentro de casa, porque ele não quer dar satisfação das bobagens que fala", declarou.

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"A extrema direita está nos desafiando. Precisamos analisar o discurso deles", acrescentou Lula. "Como pode ter surgido o Trump, o Bolsonaro, dois candidatos de extrema direita na França? Temos que refletir sobre isso e entender onde erramos no nosso discurso também."

Sobre a questão ambiental, o petista ressaltou que não pode ser um tema abordado apenas na esfera acadêmica ou pela esquerda. "É uma questão do povo do planeta Terra. Nós só temos ele. Os ricos estão gastando milhões para fazer uma pequena viagem ao espaço de 15 minutos. Eles não percebem que são responsáveis pela poluição. Temos que colocar essa discussão na ordem do dia", disse.

Lula também voltou a tratar do tema da fome no país. "As pessoas estão comendo carcaça de frango, vão no açougue procurar osso", lamentou. "A luta pela igualdade tem que ser uma bandeira nossa da esquerda. O faminto não faz a revolução, está fragilizado. Nós é que temos que estender a mão para eles, temos que ser a perna deles", afirmou.

Em continuidade ao seu tour pelo continente europeu, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira (18), do seminário “Cooperação multilateral e recuperação regional pós-Covid-19”, promovida pelo Common Action Forum (CAF), na Casa América da capital espanhola, Madri. Na fala, o petista enfatizou a importância de reconhecer a desigualdade como um vírus tão mortal e ainda mais antigo que a Covid-19. Falou sobre uma aliança global em combate à fome e alfinetou o acúmulo de riquezas por parte dos mais ricos.

“A pergunta que precisa ser feita é a seguinte: 'Para qual normal a humanidade deseja voltar?' A verdade é que muito antes do primeiro caso de Covid-19, o mundo já estava doente, vítima de um vírus igualmente mortal chamado desigualdade. A desigualdade está na raiz de incontáveis mortes que acontecem ao redor do mundo. Inclusive quando o atestado de óbito informa como causa da morte a Covid-19. A desigualdade mata todos os dias”, disse o líder militante.

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Lula lembrou o estudo da Organização Não Governamental Oxfam, divulgado em janeiro de 2020, e que expôs que a parcela dos 1% mais ricos do mundo detêm mais do dobro da riqueza possuída por 6,9 bilhões de pessoas e que os 22 homens mais ricos do mundo acumulavam mais dinheiro do que todas as mulheres da África.

“De lá para cá, a desigualdade cresceu. Em plena pandemia, os bilionários ficaram bilhões de dólares mais ricos. Ao mesmo tempo, os pobres atingiram um nível tão devastador de pobreza, que precisarão de uma década e meia para recuperar o que perderam e voltar à pobreza inicial”, continuou.

O ex-presidente também alertou para o problema da fome: "Não existe vacina contra a fome, e não foi preciso inventá-la para livrar o Brasil desse flagelo. Bastou vontade política para implementar medidas tão simples quanto revolucionárias, a exemplo do Bolsa Família, considerado o maior programa de inclusão social do mundo".

Lula ainda argumentou que o problema com o financiamento da segurança alimentar não é falta de recursos, mas de interesse. “Os países ricos investiram quase 2 trilhões de dólares para salvar o sistema financeiro durante a crise de 2008. Os Estados Unidos gastaram 8 trilhões de dólares nas suas guerras no Oriente Médio. Ou seja, recursos financeiros existem. Infelizmente, não vemos a mesma generosidade quando se trata de salvar o planeta do aquecimento global, combater a crescente desigualdade e eliminar a miséria no mundo", disse.

Leia os trechos finais do discurso:

“Quero terminar dizendo que não estamos sozinhos. Somos muitos. Vários de nós estamos reunidos aqui nesta Casa, neste exato momento, buscando soluções para a reconstrução do planeta pós-Covid-19. Reconstruir o planeta significa construirmos juntos um novo normal.

Precisamos encontrar alternativas para a geração de emprego em meio a transição causada pela digitalização do trabalho, que tem gerado desemprego em massa, perda de direitos trabalhistas, empobrecimento e exaustão física e mental.

Esse desafio precisa ser encarado por todos: governos, sindicatos, centrais sindicais, universidades. Para que voltemos a gerar empregos em quantidade suficiente, com salários dignos e garantia de direitos trabalhistas. Para que o trabalhador seja tratado como pessoa, e não como um algoritmo descartável.

Precisamos mudar nossa relação com o meio ambiente e proteger a natureza. Cuidar do nosso planeta deve ser compromisso de todos os governos, sobretudo dos países ricos, que se industrializaram há mais tempo. Mas muitos deles se recusam a cumprir as metas de redução de emissão de gases poluentes, tornando-se cúmplices de uma tragédia ambiental da qual talvez não haja retorno.

Temos que impulsionar a transição energética e ecológica, desenvolver novas formas de produção e consumo ambientalmente sustentáveis. E os investimentos nessa direção, podem ser oportunidades de novos empregos, novas tecnologias, com mais desenvolvimento científico e impulso à inovação.

Esses grandes desafios não serão solucionados pelo sistema criado após a Segunda Guerra Mundial. Como ocorreu depois de outras grandes crises, é necessário reconstruir as instituições internacionais sobre novas bases.

É urgente convocar uma conferência mundial, com representação de todos os Estado, e participação da sociedade civil, para definir uma nova governança global, justa e representativa.

Somos partes de gerações e gerações de jovens que alimentaram o sonho de mudar o mundo. Mas mudar o mundo não pode ser apenas um sonho de juventude, que vamos esquecendo com o passar do tempo e a chegada da maturidade.

Mudar o mundo deve ser sempre a nossa profissão de fé, a própria razão para existirmos e nos lançarmos a uma luta árdua e permanente, da qual não poderemos jamais descansar.

Nosso maior alento é a certeza de que a construção de um outro mundo é perfeitamente possível, porque já fomos capazes de construí-lo. Um mundo mais sustentável, menos desigual, mais justo, mais solidário e mais feliz.

É este o novo normal que desejamos. E que vamos construir juntos.

Muito obrigado”.

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 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta quinta-feira (11) um tour por quatro países da Europa.

Já de olho nas eleições de 2022, o petista passará por Alemanha, Bélgica, França e Espanha e se reunirá com diversas lideranças políticas.

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O principal compromisso deve ser na próxima segunda-feira (15), quando Lula participa de uma reunião de alto nível no Parlamento da União Europeia, a convite da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), grupo que detém a segunda maior bancada no Legislativo do bloco.

O encontro reunirá líderes da Europa e da América Latina, incluindo o ex-primeiro-ministro da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero e as prefeitas da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, e de Bogotá, Claudia López Hernández.

O ex-presidente também dará uma coletiva de imprensa ao lado da líder do S&D no Europarlamento, a espanhola Iratxe García. "Nós, progressistas da Europa e da América Latina, estamos unidos por nosso compromisso pela solidariedade, pela igualdade, pelos direitos humanos e pela democracia", disse García.

"Denunciamos com força a politização dos direitos humanos por parte da direita. As tentativas sistemáticas de minar as instituições democráticas, violar a separação dos poderes e alimentar o ódio encontrarão nossa mais firme resistência", acrescentou a socialista.

Já na terça-feira (16), Lula dará uma palestra no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po) sobre o "lugar do Brasil no mundo de amanhã". Na quarta (17), o ex-presidente receberá o prêmio Coragem Política 2021, concedido pela revista Politique Internationale por seu "desejo de promover a igualdade".

Da Ansa

A França garantiu o título da segunda edição da Liga das Nações derrotando a Espanha de virada por 2 a 1, neste domingo, em um segundo tempo eletrizante no estádio San Siro, em Milão, na Itália. Assim como na semifinal, a seleção francesa mostrou todo seu poder de reação para provar que a eliminação precoce da última Eurocopa ficou no passado e conquistar pela primeira vez o novo torneio de seleções da Uefa.

O jogo foi muito disputado, minuto a minuto, mas os grandes lances só aconteceram no segundo tempo. A Espanha abriu o placar com Oyarzabal, mas belos gols de Benzema e Mbappé garantiram uma virada rápida e o título para os franceses.

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Como já era esperado de uma final deste porte, ninguém cedeu espaços nos primeiros minutos de jogo e as grandes chances de gol pouco aconteceram. A Espanha teve mais a bola e até foi levemente superior aos adversários, mas trocou passes sem conseguir furar a marcação francesa. O time comandado por Didier Deschamps fez a única finalização na direção do gol durante todo o primeiro tempo.

A França voltou do intervalo esperando repetir o grande desempenho que teve no segundo tempo da semifinal, quando fez três gols e buscou a virada sobre a Bélgica. O público no estádio San Siro, de fato, presenciou duas equipes mais ofensivas na etapa final e não demorou muito para grandes emoções acontecerem na partida.

Na melhor chance da partida até então, a França quase abriu o placar. O lateral Theo Hernández finalizou contra-ataque com um chute forte no travessão. O gol só sairia no lance seguinte, para a Espanha, aos 19 minutos. Busquets lançou Oyarzabal, que ganhou a disputa com o zagueiro Upamecano e bateu cruzado, vencendo Lloris.

O poder de reação francês está mesmo em dia. Dois minutos após sofrer o gol, Karim Benzema empatou o placar da final com um golaço. O atacante recebeu de Mbappé, dominou na entrada da área e bateu colocado no ângulo do goleiro espanhol.

O gol sofrido acordou os franceses, que tiveram duas chances de virar o jogo com Mbappé já nos lances seguintes ao empate. O bom momento continuou até a virada sair, aos 34 minutos. O atacantes do Paris Saint-Germain recebeu passe de Théo Hernandez, pedalou na frente de Unai Simón e bateu por baixo do goleiro para virar a partida.

O jogo continuou em ritmo acelerado. Quando a partida já caminhava para o fim, Lloris impediu que Oyarzabal fizesse o gol de empate, fazendo grande defesa. Incansável, Mbappé ainda voltou a dar trabalho para Simón. Mas, para confirmar o título, foi o goleiro da França quem brilhou. Lloris ainda fez mais uma grande defesa após escanteio espanhol nos acréscimos, em chute de Pino.

As duas seleções mostraram a sua força para a Copa do Mundo de 2022. Assim como na Eurocopa, a Espanha voltou a ficar entre os quatro melhores de uma competição europeia, enquanto que a França se recupera da queda precoce nas oitavas de final do torneio europeu e mostra a capacidade da sua atual geração com o título.

Alba Aragón, goleira espanhola que atua no CAP Ciudad de Murcia, denunciou na última segunda (4) que um ginecologista, do Hospital Reina Sofía com quem foi se consultar, determinou que a causa de sua doença era sua homossexualidade.

Ao portal El Spañol, a atleta revelou não ter vergonha de ser homossexual e ao chegar no médico, buscando respostas sobre sua saúde, já que seu ciclo menstrual estava estranho, não se importou de ter sua orientação sexual na sua ficha, mas quando recebeu o laudo ficou surpresa: estava escrito que seu problema de saúde era ser “homossexual”.

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Alba Aragón relatou que a atitude do ginecologista a fez relembrar traumas do passado, onde sofreu com seu pai não aceitar sua homossexualidade, descoberta aos 15 anos. Para o Conselho de Saúde espanhol e o Hospital Reina Sofía, não houve preconceito, apenas um erro do médico.

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"Errei", diz médico

O ginecologista Eugenio Lópes tentou se explicar nessa quinta-feira (7) após receber centenas de ligações de portais espanhóis. O médico afirmou ter “cometido uma gafe”, tendo sido um erro de transcrição no prontuário médico.

“O que eu vou fazer? Foi um erro, sou um ser humano, apertei o botão errado e bem, estou incomodado agora com todas as ligações que a mídia está fazendo para mim”, iniciou. “Em vez de escrever esta palavra (homossexual) na caixa correspondente, na caixa de 'antecedentes', porque era de interesse para o contexto clínico da doença desta menina, o que aconteceu é que saltou para a caixa de 'doença atual'. Foi um erro do computador”, concluiu.

Apoio do clube

A goleira recebeu o apoio do seu clube, que publicou nas redes sociais a denúncia e um pedido para que os órgãos responsáveis avaliem e punam de forma necessária a homofobia. “Apoiamos incondicionalmente a jogadora em sua corajosa reclamação”, informou o CAP Ciudad de Murcia, equipe da 4ª divisão espanhola.

Os clubes profissionais de futebol da Espanha terminaram a temporada 2020-2021 com um prejuízo de 337 milhões de euros (R$ 2,13 bilhões na cotação atual), segundo divulgou nesta quarta-feira a LaLiga, empresa que organiza a primeira divisão do Campeonato Espanhol. O montante, contudo, não leva em conta as perdas de 487 milhões de euros (R$ 3,08 bilhões) que anunciou recentemente o Barcelona, o que elevaria o total para 824 milhões de euros (R$ 5,21 bilhões).

A LaLiga divulgou o montante na sessão informativa sobre os limites de custo salarial de cada elenco que disputará a primeira divisão do Campeonato Espanhol na temporada 2021-2022, que contou com cálculos da empresa de consultaria PWC.

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O encontro indicou a estimativa da cifra global de negócios em 2,94 bilhões de euros (R$ 18,64 bilhões), com perdas previstas de 733 milhões de euros (R$ 4,63 bilhões), considerando os 486 bilhões (R$ 3 bilhões) do Barcelona.

O diretor-geral executivo da LaLiga, José Guerra, explicou que com a manutenção da presença de público nos estádios, conforme acordo feito com o Ministério da Saúde espanhol e as autoridades regionais do setor, os clubes poderão terminar 2021-2022 com resultado melhor.

"Se for confirmado que manteremos 100% de público, se regularizam os ingressos e seja reativado o mercado de transferências, poderíamos esperar, ao fim da temporada, pelo menos, uma situação equilibrada e que já não tenhamos perdas dos clubes na primeira e segunda divisão", disse o dirigente.

O Campeonato Espanhol tem um novo líder. O Real Madrid conquistou, neste domingo, um belo resultado no estádio de Mestalla ao virar o jogo contra o Valencia, pela quinta rodada do torneio, e ganhar por 2 a 1. As duas entraram em campo buscando o topo e, quando o jogo parecia se encaminhar para os donos da casa, Vinicius Jr e Benzema voltaram a brilhar e colocaram mais três pontos na conta dos merengues.

O início do jogo foi de muita movimentação ofensiva. Real Madrid e Valencia buscavam inaugurar o marcador. Do lado merengue, o destaque era Vinicius Junior, protagonista na maioria das jogadas. Os valencianos, no entanto, não tiveram boas notícias. Carlos Solver se lesionou logo aos 14 minutos, após dividida com Casemiro, e precisou ser substituído.

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No primeiro tempo, ficou evidente o anseio dos times em buscar a vitória, com boas jogadas construídas pelos flancos com velocidade. Mas a sorte não estava em campo neste domingo.

Aos 23, mais um jogador do Valencia saiu contundido, o zagueiro Thierry Correia. Em

seguida, Carvajal deixou o time da capital espanhola com problemas físicos.

Apesar da busca pelo gol, as equipes não demonstraram boa efetividade. Com 30 minutos da primeira etapa, o jogo contava com apenas uma finalização certa. Os goleiros não tiveram trabalho. Aos 42, veio a primeira boa oportunidade do Valencia. Após cobrança de falta, o brasileiro Gabriel Paulista desviou de cabeça e exigiu boa defesa de Courtois.

No segundo tempo, o panorama foi parecido. O Valencia buscava o gol a todo instante e perdeu duas ótimas oportunidades. Na terceira, não desperdiçou. Hugo Duro recebeu na entrada da pequena área e, em um chute cruzado, colocou o 1 a 0 no placar em Mestalla.

O Real Madrid buscou a reação. Em um intervalo de três minutos, já no fim do tempo regulamentar, Vinicius Junior balançou as redes após assistência de Benzema. Em seguida, os papeis se inverteram. O brasileiro fez belo cruzamento, e o francês concluiu.

Com a virada, o Real Madrid assume a liderança do Campeonato Espanhol, com 13 pontos, dois a mais que o rival Atlético. O Valencia fica estacionado na terceira posição, com dez pontos.

Mais cedo, três igualdades marcaram a rodada. Mallorca e Villarreal empataram sem gols, mesmo placar do jogo entre Real Sociedad e Sevilla. Na capital andaluz, Betis e Espanyol ao menos balançaram as redes, mas o placar terminou igual, 2 a 2.

Um vulcão no Atlântico passou a chamar atenção dos cientistas nos últimos dias por um aumento da atividade sísmica. O gigante está em Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na costa do continente africano. O Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias (Pevolca) elevou o nível de alerta de verde para amarelo, o que implica uma ação preventiva diante de um risco moderado de atividade vulcânica. De acordo com especialistas, o vulcão poderia provocar um grande tsunami do Brasil - onde seriam atingidas as regiões Norte e Nordeste - aos Estados Unidos em caso de colapso numa grande erupção.  

O nível amarelo é o segundo dos quatro existentes e quando acionado a população é orientada para que fique atenta a uma mudança na situação, além de se intensificar a vigilância e monitoramento da atividade vulcânica e sísmica. 

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No nível laranja, no terceiro nível, é decretado o alerta máximo para fenômenos que precedem uma erupção iminente para, no vermelho, notificar-se uma emergência de que há uma erupção em andamento. 

La Palma experimentou um aumento significativo nos movimentos sísmicos desde sábado (11), acompanhando a tendência de alta desde 2017 e ganhou maior força desde 2020. Nos últimos dias, além de aumentar o volume de movimentos sísmicos, sua intensidade aumentou com abalos que tiveram magnitude superior a três. A profundidade dos epicentros também diminuiu, em média, de 30 para 12 quilômetros. Só ontem foram mais de 100 tremores e um teve profundidade de apenas quatro quilômetros. 

A atividade registrada desde sábado é mais intensa. O Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias, Involcán, descreveu o movimento como “uma mudança significativa” no vulcão Cumbre Vieja, ligada ao fenômeno conhecido como intrusão magmática, um processo que ocorre dentro da crosta terrestre em que o magma se aproxima da superfície. Os dados de emissão de hélio-3, que determinam a atividade magmática, têm “o maior valor observado nos últimos 30 anos”, de acordo com a avaliação do comitê Pevolca para o monitoramento geoquímico de gases vulcânicos. Segundo avaliações da MetSul Meteorologia, a opinião sobre o risco de tsunami difere entre cientistas do Brasil e do exterior. 

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O Atlético de Madrid oficializou nesta quarta-feira a contratação do atacante Matheus Cunha. O jogador brasileiro foi adquirido junto ao Hertha Berlin, da Alemanha, por 30 milhões de euros (cerca de R$ 189 milhões na contação atual). O contrato do medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com clube espanhol, atual campeão nacional, é de cinco temporadas.

Matheus Cunha chegou em Madri na terça-feira para realizar exames médicos e depois assinou o contrato com o Atlético de Madrid. Ele ficou fora do jogo do Hertha Berlin pelo Campeonato Alemão, no último final de semana, em meio às negociações.

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Revelado nas categorias de base do Coritiba, Matheus Cunha tem passagem por grandes clubes na Europa, como o RB Leipzig, clube emergente da Alemanha. Na última temporada, pelo Hertha Berlin, balançou as redes oito vezes em 28 partidas. O Atlético de Madrid será o quarto clube na carreira profissional do jogador de 22 anos.

Um dos destaques da seleção olímpica na conquista da medalha de ouro em Tóquio-2020 - foi o artilheiro do Pré-Olímpico, em 2020, e de todo o ciclo com 21 gols, sendo três na Olimpíada -, o atacante foi convocado pelo técnico Tite para os próximos compromissos do Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar, contra Chile, Argentina e Peru.

Em alta, Matheus Cunha se tornou a opção para o Atlético de Madrid reforçar o ataque, depois de o time não conseguir viabilizar a chegada de Vlahovic, da Fiorentina, e de Rafa Mir, que foi para o Sevilla. Vai jogar ao lado do uruguaio Luis Suárez.

A chegada do brasileiro como um jogador extracomunitário irá obrigar a equipe do técnico argentino Diego Simeone a se desfazer de alguma peça do plantel. O argentino Nehuén Pérez é um deles e está na Itália para concluir a sua transferência por empréstimo para a Udinese.

Após ver a Premier League, da Inglaterra, e a La Liga, da Espanha, anunciarem que não irão liberar jogadores de seus clubes nas datas Fifa, o presidente da entidade se pronunciou através de um comunicado enviado à imprensa. Na “carta”, Gianni Infantino pede que as ligas europeias revejam suas posições e tenham “responsabilidade na preservação e proteção da integridade esportiva das competições em todo o mundo”.

Confira o comunicado na íntegra:

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“Enfrentamos problemas globais juntos no passado e devemos continuar a enfrentá-los no futuro. A liberação de jogadores nas próximas janelas internacionais é uma questão de grande urgência e importância. Sou grato pelo apoio e cooperação de muitas partes interessadas no jogo durante este período desafiador.

Estou pedindo uma demonstração de solidariedade de cada associação membro, cada liga e cada clube, para fazer o que é certo e justo para o jogo global. Muitos dos melhores jogadores do mundo competem em ligas na Inglaterra e na Espanha, e acreditamos que esses países também compartilham a responsabilidade de preservar e proteger a integridade esportiva das competições em todo o mundo.

Sobre a questão das restrições de quarentena na Inglaterra, para jogadores que retornam de países da lista vermelha, escrevi ao primeiro-ministro Boris Johnson e apelei pelo apoio necessário, em particular, para que os jogadores não fiquem privados da oportunidade de representar seus países na qualificação jogos da Copa do Mundo da FIFA, que é uma das maiores honras para um jogador de futebol profissional. Sugeri que uma abordagem semelhante à adotada pelo governo do Reino Unido para as fases finais do EURO 2020 seja implementada para os próximos jogos internacionais.

Juntos, mostramos solidariedade e unidade na luta contra a COVID-19. Agora, estou pedindo a todos que garantam a liberação de jogadores internacionais para as próximas eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA. ”

Horas depois da Premier League, liga que organiza o Campeonato Inglês, anunciar que não liberaria os jogadores de países que fazem parte da "lista vermelha" do Reino Unido (risco de contaminação por Covid-19), os clubes da Espanha, com o apoio de La Liga, adotaram, nesta terça-feira, a mesma posição.

"Em relação à decisão unilateral da Fifa de estender o calendário de jogos da Conmebol em setembro e outubro por dois dias, de 9 para 11 dias, ignorando as alternativas viáveis propostas pela Word Leagues Forum, LaLiga quer deixar claro que apoiará os clubes espanhóis que decidirem não liberar jogadores para obrigações internacionais com países da Conmebol. LaLiga tomará as medidas legais cabíveis, pois essa mudança afetará a disponibilidade dos jogadores para jogar em seus clubes, em evidente detrimento da integridade da competição", informou a LaLiga, que cuida do Campeonato Espanhol, em um comunicado.

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Segundo a LaLiga, 25 jogadores de 13 clubes diferentes foram convocados por seus países, um número que pode aumentar quando Equador e Venezuela anunciarem seus convocados para as próximas partidas. "LaLiga considera que o calendário internacional de jogos não pode e não deve ser modificado desta forma, especialmente tendo em conta que existem alternativas viáveis."

Por fim, a entidade externou sua insatisfação com a situação e anunciou que vai marcar uma reunião com os clubes afetados nos próximos dias. "A LaLiga, por meio da World Leagues Forum, já deixou claro o seu descontentamento com este cenário e com a falta de consideração com os clubes no que diz respeito ao calendário de partidas internacionais, que é combinado com quatro anos de antecedência e que as ligas nacionais têm aceito e adaptado tendo em mente as circunstâncias relacionadas ao COVID, mas sempre de formas mutuamente acordadas por todas as partes envolvidas."

Antes de embarcar para a Espanha, na noite de segunda-feira, onde assinará um contrato de empréstimo com o Celta, do técnico argentino Eduardo Coudet, o meia-atacante Thiago Galhardo se despediu do Internacional em uma publicação nas redes sociais. Com a camisa colorada foram 82 jogos, com 34 gols marcados e 11 assistências.

No primeiro semestre futebolístico de 2020, quando viveu o seu melhor momento no Internacional, justamente com o futuro novo treinador, ele chegou a ser convocado para a seleção brasileira pelo técnico Tite e figurou entre os principais artilheiros do Brasil.

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"Não tenho palavras para dimensionar o quão importante foi, é e continuará sendo esse clube na minha carreira e na minha vida. Foi no Inter que eu atingi o meu ápice e onde e realizei meu grande sonho de menino, que era vestir a camisa da seleção brasileira. Graças a Deus, a todos meus companheiros, treinadores e profissionais com os quais estive ao lado", disse em um trecho da mensagem publicada pelo jogador no Instagram.

Se os primeiros momentos de Thiago Galhardo no Beira-Rio foram positivos, o final nem tanto. Nas últimas semanas, atleta e direção colorada entraram em choque diversas vezes, tornando a permanência do jogador insustentável.

Em sua mensagem de adeus, o atleta evitou comentar polêmicas, mas garantiu que sempre teve comprometimento. "Muita coisa foi falada nessas últimas semanas, mentiras e insinuações e boatos disseminados por pessoas que, não entendo o porquê, quiseram tentar manchar a linda história que construí ao longo da minha passagem pelo clube, mas preferi o silêncio, pois a verdade sempre aparece, não importa quanto tempo demore. Ninguém é perfeito, logicamente todos nós podemos cometer erros, e nem sempre vamos agradar a todos. Porém, sempre me dediquei, honrei com meus compromissos, nunca me omiti dentro e fora de campo e dei a cara a tapa inúmeras vezes para defender os interesses do Internacional", pontuou.

Com a saída de Thiago Galhardo consumada, a diretoria do Internacional não deve buscar uma reposição para a sua vaga. A tendência é que o plantel permaneça o mesmo até o final da temporada.

A Justiça espanhola ordenou, nesta quinta-feira (19), a suspensão do toque de recolher em Barcelona e grande parte da Catalunha entre 1 e 6 da manhã e que permanecerá limitado a 19 municípios com alta incidência de Covid-19.

"As medidas propostas não se justificam tanto em razões sanitárias quanto em motivos de segurança ou de ordem pública", escreveu o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC), para explicar sua rejeição ao governo regional, que solicitou prorrogar em 148 municípios esta medida em vigor desde meados de julho.

O Tribunal prorroga, no entanto, por mais uma semana as limitações de até 10 pessoas em reuniões públicas ou privadas e as restrições em atos religiosos.

Afetada em cheio pela quinta onda do vírus, a Catalunha solicitou, na metade de julho, o restabelecimento do toque de recolher que foi suspenso na Espanha no início de maio. Com uma incidência de casos disparada - especialmente entre os jovens -, a Justiça autorizou a medida, que entrou em vigor em 17 de julho.

A restrição foi inicialmente aplicada a 161 municípios, incluindo Barcelona, com uma incidência superior aos 400 casos a cada 100.000 habitantes nos últimos sete dias.

O impacto das restrições adotadas nesses dias - que também envolveram o fechamento do lazer noturno em espaços fechados ou a limitação das reuniões -, junto ao bom ritmo de vacinação, reduziu os casos de covid, que na cidade de Barcelona era de 130,58 casos por 100.000 habitantes na quarta-feira, segundo os últimos dados do governo regional.

O toque de recolher já foi prorrogado em três ocasiões, ajustando os parâmetros.

O governo catalão solicitava agora reduzir novamente o número de casos para manter a medida e dominar problemas como o dos encontros noturnos - quando grupos, geralmente de jovens, se reúnem para beber em espaços públicos.

Os eventos são muito comuns em áreas turísticas devido ao fechamento dos locais de lazer, mas a Justiça não considerou esse motivo suficiente para manter o toque de recolher.

As autoridades, no entanto, mantêm as limitações horárias para o lazer noturno, sobre as quais o TSJC não se pronuncia.

A administração regional, cujo sistema de saúde chegou a suspender as operações não urgentes nos hospitais no final de julho e considerou reduzir as férias dos profissionais, ainda não anunciou se vai propor uma nova resolução.

Apesar da melhora dos números, a Catalunha continua apresentando a maior taxa de ocupação de leitos de UTI por pacientes com covid na Espanha (42%), o dobro da média nacional.

O ex-goleiro Iker Casillas, da seleção da Espanha e do Real Madrid, se juntou aos voluntários que trabalham para tentar extinguir focos de incêndio que atingem os municípios de Navalacruz, onde tem uma casa, e Cepeda de la Mora, na província de Ávila, na Espanha.

Fotos e vídeos em que o campeão da Copa do Mundo em 2010 aparece como uma das centenas de pessoas que atuam no combate às chamas viralizaram nas redes sociais nos últimos dias.

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Além de ser a localidade onde Casillas mantém uma casa, Navalacruz é a região onde nasceu a família do ex-jogador, que se aposentou em meados do ano passado, até quando defendeu o Porto, de Portugal.

De acordo com o órgão que faz monitoramento para a União Europeia, os incêndios na região já consumiram 22.723 hectares, tendo nível 2 de perigo, em uma escala de 0 a 3. Não há risco para a população, de acordo com a mesma fonte.

As declarações dos jogadores espanhóis, depois da derrota para o Brasil na final da Olimpíada de Tóquio-2020, foram em uma única direção de sentimentos. Segundo alguns dos que estiveram em campo, frustração e injustiça pelo resultado de 2 a 1 de virada, na prorrogação.

"Acho que durante o jogo tanto eles quanto nós teríamos sido vencedores merecidamente e dessa forma as penalidades teriam sido a coisa mais justa", disse Carlos Soler, autor da assistência que resultou no gol da Espanha feito por Oyarzabal.

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Mas para o jogador do Valencia, a prata ainda tem um gosto especial. "Temos que dar valor ao que temos, e isso vai acontecer com o tempo. É compreensível que jogadores e torcedores estejam frustrados, mas no fim das contas isso é algo que poucos jogadores espanhóis na história têm".

Jesús Vallejo, outro atleta da Espanha, também mencionou justiça ao ser indagado sobre uma análise em relação à final contra o Brasil. "Foi um jogo muito disputado, em que qualquer coisa poderia ter acontecido. O mais justo teria sido resolver nos pênaltis, mas o futebol não nos devolveu tudo que nós demos", afirmou o zagueiro do Real Madrid.

Esta foi a terceira medalha de prata da Espanha, que já venceu os Jogos Olímpicos em casa, na edição de Barcelona, em 1992. Já o Brasil conseguiu a sua segunda medalha de ouro consecutiva.

Coube ao atacante Malcom ser o improvável herói do bicampeonato olímpico do futebol brasileiro neste sábado nos Jogos de Tóquio-2020. O ex-jogador do Corinthians, atualmente no Zenit St.Petersburg, da Rússia, saiu do banco de reservas na prorrogação para fazer o gol da dramática vitória por 2 a 1 sobre a Espanha, no estádio Internacional de Yokohama.

A chegada do jogador à Olimpíada foi uma epopeia, cheia de idas e vindas. Ele foi convocado na lista inicial do treinador André Jardine ainda no dia 17 de junho. O problema é que o Zenit St.Petersburg não liberou o atleta e a comissão técnica, então, resolveu chamar Martinelli, do Arsenal. Tudo mudou depois que Douglas Augusto, lesionado, acabou cortado. A CBF voltou a pedir ao clube russo a convocação de Malcom e conseguiu que o atacante se juntasse à seleção somente faltando três dias para a estreia, mais de um mês depois da convocação inicial.

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Com o triunfo deste sábado, o Brasil passa agora a ter dois ouros (Rio-2016 e Tóquio-2020), três pratas (Los Angeles-1984, Seul-1988 e Londres-2012) e dois bronzes (Atlanta-1996 e Pequim-2008). A seleção saltou para o terceiro lugar no ranking de todos os tempos do futebol masculino nos Jogos Olímpicos, ultrapassando a Argentina (dois ouros e duas pratas), atrás apenas de Hungria e Grã-Bretanha (três ouros cada).

O título invicto marca uma campanha na qual Jardine não pôde contar com todos os jogadores que gostaria sem a liberação de nomes como Neymar, Marquinhos, Weverton, Rodrygo, Vinicius Junior e Pedro. Apesar de tantas ausências, ele conseguiu montar um time forte e competitivo.

A final deste sábado, no entanto, poderia ter sido menos complicada para o Brasil se Richarlison não tivesse desperdiçado, aos 37 minutos do primeiro tempo, um pênalti sofrido por Matheus Cunha. A volta do atacante Hertha Berlin, recuperado de uma contratura muscular, inclusive, melhorou muito o poder ofensivo do time.

Com Antony pela direita, Claudinho na esquerda e Matheus Cunha e Richarlison se movimentando próximo à área, o Brasil marcava sob pressão e criou boas chances de gol ao longo do primeiro tempo. O lance mais efetivo da Espanha foi aos 15 minutos, mas Diego Carlos salvou em cima da linha.

O belo gol marcado por Matheus Cunha já nos acréscimos fez justiça ao time que mais atacou na etapa inicial, apesar da tensão e do equilíbrio do jogo. Aos 46 minutos, após invertida de bola de Claudinho, Daniel Alves mandou para o meio da área, onde Matheus Cunha se livrou da marcação de três espanhóis com um único toque na bola e bateu de primeira com estilo.

Como precisava do gol, a Espanha se arriscou mais ao ataque no segundo tempo e passou a oferecer espaços para os contragolpes da seleção. Em uma dessas escapadas, o Brasil esteve muito perto de ampliar aos oito minutos, quando Richarlison carimbou o travessão.

O problema é que a seleção recuou demais a marcação e deixava a bola muito tempo com a Espanha. Após tanto rondar a área do Brasil, os espanhóis empataram aos 14 minutos em um belo gol de Oyarzabal após cruzamento da direita.

A partida, então, ficou perigosa para a seleção. O Brasil deixou de pressionar a saída de bola e aceitava passivamente o jogo da Espanha. Os jogadores ignoraram o fair play, passaram a trocar provocações e empurrões. Nesse jogo de imposição física, o Brasil parecia mais cansado do que a Espanha. Os espanhóis acertaram duas bolas no travessão em sequência. Aos 39 minutos com Soler e aos 42 com Bryan Gil.

Na prorrogação, a entrada de Malcom no lugar de Matheus Cunha renovou o fôlego do ataque e quem passou a ser mais perigoso foi o Brasil. Faltava, no entanto, melhorar o acabamento das jogadas. Até que, aos dois minutos do segundo tempo, Malcom disparou em velocidade pela esquerda e tocou na saída do goleiro para garantir mais uma medalha de ouro para o Brasil.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 x 1 ESPANHA

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães, Claudinho (Reinier) e Anthony (Gabriel Menino); Richarlison (Paulinho) e Matheus Cunha (Malcom). Técnico: André Jardine.

ESPANHA - Unai Simón; Óscar Gil (Vallejo), Èric Garcia, Pau Torres e Cucurella (Miranda); Zubimendi (Moncayola), Mikel Merino (Soler) e Pedri; Marco Asensio (Bryan Gil), Oyarzabal e Dani Olmo. Técnico: Luis de La Fuente.

GOLS - Matheus Cunha, aos 46 minutos do primeiro tempo; Oyarzabal, aos 14 minutos do segundo tempo; e Malcom, aos 2 minutos do segundo tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Guilherme Arana, Richarlison e Matheus Cunha (Brasil); Eric García e Bryan Gil (Espanha).

ÁRBITRO - Chris Beath (Fifa-Austrália).

RENDA E PÚBLICO - Jogo com portões fechados.

LOCAL - Estádio Internacional, em Yokohama (Japão).

Um golaço de Marco Asensio para a Espanha, como nas semifinais contra o Japão, ou uma finalização eletrizante de Richarlison para o Brasil podem definir a medalha de ouro no futebol masculino nos Jogos de Tóquio, no sábado (7), em Yokohama (8h30 de Brasília), quando essas potências se encontram numa final que pode dar mais um título olímpico a uma delas.

Estrelas não faltam e o planeta do futebol vibra ansiosamente à espera deste duelo decisivo, de qualidade e promessa de emoções e de bom jogo. Se a pressão não agir sobre os protagonistas.

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A Espanha, medalhista de ouro em Barcelona-1992, conta com a base da seleção dirigida por Luis Enrique na recém-diputada Eurocopa 2020 -Pedri, Olmo, Oyarzabal, Unai Simon, Eric García, Pau Torres- e grandes reforços de luxo, como Asensio (do Real Madrid), autor do gol que levou a equipe para a disputa de pênaltis contra o Japão.

Mesmo caminho trilhado pelo Brasil, que após o 0 a 0 no tempo normal e prorrogação, foi para a loteria das penalidades e derrotou o México por 4 a 1.

Tendo como destaques a experiência do capitão Daniel Alves, de 38 anos e dono da maior quantidade de títulos conquistados no mundo (42), a solidez do goleiro Santos, herói nas semifinais, e a periculosidade de Richarlison no ataque, a Seleção Brasileira também tem credenciais para repetir o lugar mais alto no pódio, obtido na Rio-2016.

- Passado e presente -

O conjunto espanhol, sob o comando de Luis de la Fuente, de 60 anos, fez uma campanha sem brilho, embora contra adversários mais fortes. No entanto, superou todos os desafios que surgiram.

Na estreia, ficou no empate por 0 a 0 com o Egito, campeão africano, suou para derrotar a Austrália por 1 a 0 e sofreu para empatar com a Argentina (1-1) para avançar como primeiro no Grupo C.

Nas quartas de final, faltavam dois minutos para ser eliminado, mas três gols de Rafa Mir garantiu uma vitória por 5 a 2 na prorrogação, após o 2 a 2 no tempo normal.

Na semifinal, o salvador foi Asensio, que marcou um golaço de pé esquerdo para decretar o 1 a 0 contra os japoneses na prorrogação (115).

“Queríamos uma medalha, essa meta já foi alcançada, mas não queremos ficar aqui. Queremos mais, queremos aquela medalha de ouro, além do fato de já termos feito uma grande virada”, disse o atacante do Real Madrid.

Por outro lado, o Brasil chegou à final com mais solidez, embora tenha perdido força até aqui.

O atual campeão olímpico começou ofuscando os adversários com uma vitória por 4 a 2 sobre a Alemanha, com direito a três gols Richarlison.

Em seguida, empatou por 0 a 0 com a Costa do Marfim e passou como primeiro no Grupo D ao vencer a Arábia Saudita por 3 a 1.

Nas quartas de final, venceu o Egito por 1 a 0 com justiça, mas sem poupar, e nas semifinais superou o México nos pênaltis, devolvendo a derrota na final de Londres-2012.

“A Espanha está no seu melhor e construiu uma equipe poderosa ao longo do torneio. Será um rival forte", disse o técnico André Jardine, 41 anos, em entrevista coletiva.

O Brasil disputa sua quinta final olímpica. Em Los Angeles-1984 perdeu por 2 a 0 para França e quatro anos depois, em Seul-1988 foi derrotado pela antiga União Soviética (2-1), Em Londres 2012 foi superado pelo México (2-1), até vencer na Rio-2016 a Alemanha por 5-4 nos pênaltis, após o 1 a 1 no tempo normal.

“Jogar a final olímpica é um sonho. Estou orgulhoso deste grupo. Durante as palestras anteriores, elogiei os jogadores por sua dedicação e esforço em todos os momentos. Nenhum deles mostrou vaidade e sempre respeitaram as minhas decisões ", disse Jardine.

A Espanha jogará sua terceira final, porque em Antuérpia-1920 foi prata, mas vencendo um torneio de consolação. Em Barcelona-1992, derrotou a Polônia por 3 a 2 e Sydney-2000 perdeu nos pênaltis para os Camarões, após o 2 a 2 no tempo regulamentar.

Espanha e Brasil disputam no sábado (7) uma final olímpica do futebol masculino com gosto de clássico em que as duas equipes, que conquistaram o ouro uma vez, buscarão seu segundo título, em Yokohama.

Os dois venceram em casa: espanhóis em Barcelona-1992 e brasileiros na Rio-2016.

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Luis de la Fuente, o técnico da seleção espanhola, lateral-esquerdo em seus tempos de jogador do Athletic Bilbao dos anos 1980 que conquistou duas ligas espanholas, admite, em entrevista à AFP, que o adversário "é uma grande equipe".

Mas ele completa que "o Brasil deve pensar o mesmo de nós" e avisa que "não vamos ceder nada e vamos dar nossas vidas" na final.

"Nós conhecemos bem [a seleção brasileira]. Os analistas de nossa equipe fizeram um trabalho excepcional. Conhecemos toda a equipe em detalhes, todos os jogadores. Como suponho que eles nos conheçam", disse o técnico.

"Depois tem a outra parte, porque quando os jogadores entram em campo tem o talento, o improviso, a qualidade dos atletas. Essas são situações incontroláveis que são a parte mais bonita do futebol", alertou.

O treinador elogiou o atacante Richarlison, artilheiro do torneio com cinco gols: "É um dos jogadores importantes que o Brasil tem, mas é uma grande equipe, embora devam pensar o mesmo que nós. A força de ambas as equipes reside nisso, no espírito de equipe".

Sobre a posse de bola, característica do futebol espanhol que conquistou a Europa e o mundo com o tiki-taka, De la Fuente acredita que outras qualidades também são determinantes. "Nos sentimos mais confortáveis com a posse de bola, com domínio e controle do jogo, mas também mostramos que somos uma equipe que pode ser versátil e que também sabe jogar no contra-ataque", analisou.

"Uma final é vencida controlando e dominando todos esses aspectos, então vamos tentar minimizar as principais características do Brasil o melhor que pudermos e valorizar as nossas", acrescentou o treinador.

Sobre o estado de espírito de seus jogadores, ele garante que "eles estão exultantes, extremamente motivados e ansiosos por um momento como este para entrar em sua vida futebolística. Estão com a moral nas alturas".

Luis de la Fuente falou sobre o que mais espera desta participação da Espanha em Tóquio. "Queremos que todos os espanhóis se sintam orgulhosos desta seleção. Desde a tranquilidade de valorizar que fizemos algo importante como chegar a uma final, vamos com tudo. Queremos o ouro e queremos lutar para ter o nosso melhor dia e tentar obtê-lo".

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