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Os espanhóis poderão deixar de usar máscara ao ar livre a partir de 26 de junho, seguindo os passos da França, enquanto cresce a preocupação com a variante Delta do vírus, responsável pelo novo grande surto de Covid-19 em Moscou, que registrou um recorde de casos.

Um dia depois que os franceses deixaram de usar obrigatoriamente a máscara ao ar livre, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que seus cidadãos poderão fazer o mesmo a partir de sábado 26 de junho.

"Este será o último fim de semana com máscaras ao ar livre, porque no próximo 26 de junho não as usaremos mais em espaços públicos", declarou Sánchez em um ato empresarial em Barcelona.

"Nossas ruas e nossos rostos recuperarão seu aspecto normal nos próximos dias", acrescentou.

O uso da máscara ao ar livre foi imposto na Espanha em maio de 2020, a princípio somente quando não fosse possível manter uma distância segura. Depois, a obrigatoriedade do uso acabou se generalizando.

A melhora da situação sanitária e a chegada em breve do verão boreal (inverno no Brasil), no qual a Espanha espera começar a recuperar os milhões de turistas perdidos pela pandemia, aumentaram a pressão para levantar esta medida, como França e Bélgica já fizeram.

- Cepa Delta arrasa Moscou -

Em contraste com esse otimismo, no entanto, cresce também a preocupação com a expansão da variante Delta, detectada inicialmente na Índia e considerada mais contagiosa. Esta variante já provocou uma onda devastadora nesse grande país do sul da Ásia.

Agora, a variante causa estragos em Moscou, onde representa quase 90% dos novos casos de Covid-19, segundo o prefeito Serguei Sobianin.

A pandemia disparou na capital russa, que registrou 9.056 novas infecções em 24 horas. É um recorde desde o começo da pandemia, e o triplo do detectado duas semanas atrás.

Isso levou o prefeito, que há alguns dias impôs vacinações obrigatórias aos trabalhadores do setor de serviços, a decretar a suspensão de eventos de entretenimento em massa, assim como o fechamento de casas de festa e da área de torcida nas partidas de futebol da Eurocopa.

"Não queria fazer isso, mas temos que fazer", afirmou Sobianin.

A variante Delta é considerada responsável também por um inesperado surto de casos no Reino Unido, que adiou por quatro semanas o desconfinamento e ficará pelo segundo ano consecutivo sem o popular carnaval caribenho do bairro de Notting Hill.

Os organizadores desta colorida e animada festa justificaram seu adiamento pela "incerteza permanente e pelo risco representado pela Covid-19".

Ela também preocupa na Alemanha, cujo ministro da Saúde anunciou, nesta sexta-feira, que metade de sua população - 41,5 milhões de 82 milhões - já recebeu pelo menos a primeira dose da vacina.

"A questão não é 'se', mas 'quando' a variante Delta será a dominante", disse o ministro Jens Spahn.

- Vacinação desigual -

A pandemia está afetando o mundo de forma muito desigual. O planeta registrou 9.750 novas mortes em 24 horas, elevando o balanço global de vítimas para 3.844.390 pessoas.

Quase metade desse número veio de três países: Brasil (2.311), Índia (1.587) e Colômbia (596).

O acesso às vacinas também é desigual, das quais já foram administradas 2,5 bilhões de doses em todo mundo, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais.

De acordo com esses números, 72 em cada 100 habitantes dos países ricos receberam uma ou duas doses da vacina, proporção que cai para 1 em cada 100 habitantes nos países pobres.

Um dos contrastes mais significativos é entre Israel, com 5,1 milhões de pessoas completamente vacinadas (55% de sua população), e Palestina, que conta com apenas 260.000 habitantes com as duas doses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Para amenizar essa situação, o novo governo israelense anunciou nesta sexta-feira que dará um milhão de doses "prestes a expirar" para a Autoridade Palestina, cuja sede de governo se encontra na Cisjordânia ocupada.

Além disso, os milhares de voluntários e responsáveis pelos Jogos Olímpicos de Tóquio começaram a receber a vacina. Permanece a dúvida sobre se a situação sanitária permitirá o acesso do público local às competições.

O corpo de uma menina de seis anos, sequestrada junto com a irmã pelo pai, foi descoberto no fundo do mar perto da ilha de Tenerife, após semanas de intensa busca, o que causou comoção na Espanha.

Olivia, de seis anos, e Anna, de um, foram dadas como desaparecidas no final de abril na ilha do arquipélago atlântico das Canárias, depois de o pai dar um último telefonema para a mãe, de quem estava separado, "com um tom de despedida", relatou um porta-voz da Guarda Civil à AFP.

No dia seguinte, um barco pertencente ao pai e uma cadeira de bebê foram encontrados à deriva no mar perto de Tenerife, o que levou as autoridades a iniciarem buscas nas imediações.

Depois de dias de buscas, que ocuparam um grande espaço na imprensa espanhola, foi encontrado no fundo do mar, na tarde de quinta-feira (10), um corpo identificado como o de Olivia, confirmou o porta-voz.

As autoridades ainda buscam por Anna e pelo pai.

Segundo fontes próximas à investigação citadas pela imprensa, o pai das duas meninas foi visto, no dia do seu desaparecimento, carregando sacos em seu barco. O corpo de Olivia foi encontrado a mil metros de profundidade dentro de uma bolsa amarrada à âncora do barco, de acordo com a mídia.

"É o que menos podíamos esperar. Todos estávamos esperançosos de ter as meninas e que Tomás (o pai) estivesse cuidando delas", disse à emissora pública TVE o porta-voz da família, Joaquín Amills.

- "Questão de Estado" -

O anúncio da descoberta de Olivia causou comoção no país. Em várias cidades canárias, fez-se um minuto de silêncio nas instituições públicas.

"Não consigo imaginar a dor da mãe das pequenas Anna e Olivia, que desapareceram em Tenerife, diante da terrível notícia que acabamos de saber", tuitou o presidente do governo, Pedro Sánchez, ontem à noite.

"Não há palavras para acompanhar Beatriz (a mãe) nestes momentos de terrível dor. Esta violência que se exerce contra as mulheres mães para agredir onde mais dói é uma questão de Estado", publicou na mesma rede a ministra da Igualdade, Irene Montero, do partido esquerdista Podemos, que governa em coalizão com os socialistas de Sánchez.

Em um ato público, a rainha Letizia expressou sua dor e tristeza ao mencionar a descoberta do corpo de Olivia, assim como a morte de outra menor: Rocío, de 17 anos, encontrada esquartejada perto de Sevilha (sul) depois de desaparecer no início de junho. Seu ex-namorado e pai de seu filho confessou o assassinato na quinta-feira.

Na Espanha, 39 menores foram assassinados por seus pais, ou pelos parceiros, ou ex-parceiros, de suas mães desde 2013, segundo números oficiais.

Vários coletivos feministas convocaram manifestações para esta sexta à noite (11), em diferentes cidades da Espanha, para repudiar o crime e também o aumento de feminicídios desde o início do ano neste país, onde a luta contra a violência de gênero tem muita visibilidade.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a fazer menção à fala do presidente da Argentina, Alberto Fernández, que disse que os brasileiros vieram da selva, enquanto argentinos chegaram ao continente em navios. Bolsonaro minimizou a declaração do chefe de Estado do país vizinho. "Com todo respeito ao povo argentino, não tem vacina para curar o socialismo, essa visão retrógrada de Fernandez e Maduro. Eu levo isso aí que o Fernandez falou na brincadeira."

Durante a live, Bolsonaro soube que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votava contra ações para impedir a realização da Copa América no Brasil. "O Supremo dessa vez até que foi bem", brincou. Já esperávamos. Vamos massacrar a Venezuela", disse, em referência ao jogo de estreia da competição.

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O presidente Jair Bolsonaro ironizou, nesta quinta-feira (10), fala do presidente da Argentina, Alberto Fernández, sobre brasileiros e o comparou ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. "Presidente da Argentina falou que eles vieram da Europa, de barco, nós viemos da selva né?", perguntou Bolsonaro aos apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. "Eu lembro que, logo depois que o Chávez morreu, assumiu o Maduro, e ele falava que conversava com os passarinhos que estavam encarnados na figura do Chávez. Acho que Maduro e Fernández, para eles não tem vacina", brincou em seguida.

Durante encontro com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, Fernández disse nesta quarta-feira que mexicanos vieram dos índios, brasileiros vieram da selva e argentinos, de barco da Europa. Depois, o presidente argentino se desculpou em sua conta no Twitter. "Eu não quis ofender ninguém", escreveu. Ainda nessa quarta-feira, Bolsonaro postou uma foto no Twitter ao lado de índios na Amazônia e escreveu "Selva!". Além de uma possível ironia a Fernández, a palavra é tradicionalmente usada como saudação por militares.

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A apoiadores, Bolsonaro ainda disse ter conversado com o ex-presidente da Argentina Mauricio Macri por mensagem e minimizou possível atrito entre os países. "Troquei mensagem por 'zap' hoje do ex-presidente Macri, da Argentina. Não tem nenhum problema entre nós, e nem com o povo argentino. Rivalidade com a Argentina, só no futebol".

A Espanha reabriu suas fronteiras para quase todos os viajantes do mundo nesta segunda-feira (7), desde que os turistas estejam vacinados contra a Covid-19 com imunizantes aprovados pela União Europeia ou pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A aplicação da última dose das fórmulas da Pfizer/BioNTech, Moderna, Oxford/AstraZeneca, Sinopharm ou Sinovac (que produz a CoronaVac) ou da dose única da Janssen deve ter ocorrido, ao menos, há 14 dias.

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No entanto, o Brasil não foi contemplado com a medida por ser considerado um país de "especial risco epidemiológico" e os passageiros do país continuam vetados, mesmo que vacinados. A regra é a mesma para a África do Sul. Já os viajantes da Índia podem ir à Espanha, mas precisam cumprir um isolamento obrigatório de 14 dias.

A ideia do governo espanhol é tornar mais simples a entrada de turistas durante as férias nesse meio de ano, considerada a alta temporada no país. Além de estar vacinado, o viajante precisa apresentar um teste negativo para o coronavírus Sars-CoV-2. Mas, a partir desta segunda, serão aceitos também os testes rápidos com antígeno para liberar a entrada, não apenas os RT-PCR.

No ano passado, por conta da pandemia, a Espanha registrou uma queda de 80% na entrada de turistas internacionais.

Da Ansa

O namoro entre Espanha e Portugal para serem sedes conjuntas da Copa do Mundo de 2030 foi oficializado nesta quinta-feira (3), após quase dois anos de tratativas. Bandeiras das duas seleções foram hasteadas em estádios de ambos os países firmando o acordo que será sacramentado antes do amistoso desta sexta-feira.

Espanha e Portugal estarão frente a frente no Wanda Metropolitano, estádio do Atlético de Madrid, fazendo o amistoso clássico dos 100 anos. Nele estarão diversas autoridades dos países para o anúncio oficial da candidatura dupla. Além dos dirigentes, estarão entre os convidados o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, e o primeiro-ministro português, António Costa.

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"Este amistoso será o início de um projeto que unirá espanhóis e portugueses na escolha de sediar a Copa do Mundo", anunciou a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). "RFEF e Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vão tornar visível a força desta candidatura no ato anterior ao jogo entre as suas seleções, cem anos após o seu primeiro jogo."

Com a união, os países acreditam que largam com grande favoritismo na escolha para 2030. Os presidentes da RFEF, Luís Rubiales, e da FPF, Fernando Soares Gomes da Silva, receberão o apoio institucional dos mais altos representantes de ambos os países para organizarem a candidatura de Espanha e Portugal para o Mundial de 2030.

O Rei Felipe VI, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, o primeiro-ministro português, António Costa, e o presidente da república portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, darão visibilidade ao projeto, que promete unir os cidadãos e torcedores dos dois países. A solenidade de parceria será transmitida ao vivo na Espanha e em Portugal.

Além do Wanda Metropolitano, o Palácio das Telecomunicações, sede da Câmara Municipal de Madri, também refletirá a união dos países pelo Mundial de 2030. As fachadas de ambos serão iluminadas com as cores das bandeiras espanhola e portuguesa.

Apenas Ásia, que sediará a Copa de 2022, no Catar, o Concacaf, sede de 2026, não poderão participar do sorteio da sede de 2030, informou a Fifa. A candidatura de Espanha e Portugal, portanto, terá diversos concorrentes, como Marrocos, Grécia, Bulgária, Sérvia e Romênia, além da parceria tripla entra Argentina, Uruguai e Paraguai, até então dispostos a lutar pela competição de 2030.

A Espanha irá autorizar as casas noturnas localizadas em regiões com baixa incidência de Covid-19 a funcionar até as 3h, anunciou nesta quarta-feira a ministra da Saúde, Carolina Darias.

As boates pararam de funcionar na Espanha em agosto de 2020, antes da nova onda da pandemia. O estado de emergência foi levantado no país em novembro, e os governos regionais anunciaram diferentes políticas de tolerância em relação à vida noturna.

As regiões que registraram menos de 50 casos de Covid a cada 100 mil pessoas nos últimos 14 dias poderão abrir suas casas noturnas até as 3h, informou a ministra. "Vamos retornar aos poucos à normalidade. Temos que ser capazes de aprender com as lições", declarou, após se reunir em Pamplona com os conselheiros de Saúde das comunidades autônomas.

Carolina anunciou que cerca de 20% da população espanhola foi totalmente vacinada, e o objetivo do governo é chegar a 70% até o fim do verão local. O índice de infectados caiu para 118,5 casos a cada 100.000 habitantes, quase a metade do registrado no fim de abril.

Apenas as Ilhas Baleares (que incluem Ibiza), a região litorânea de Valencia e a cidade de Ceuta registram menos de 50 infectados a cada 100 mil pessoas, critério para a reabertura das boates.

Agendado para o próximo dia 4, o amistoso entre as seleções da Espanha e de Portugal, que irá ocorrer no estádio Wanda Metropolitano, casa do Atlético de Madrid, em Madri, terá a presença autorizada das autoridades sanitárias da Espanha de 22.590 torcedores.

A quantia representa cerca de 30% da capacidade máxima do estádio. A confirmação veio da presidente do Ministério da Saúde da Comunidade de Madri, Isabel Diaz Ayuso, que publicou a informação por meio das redes sociais.

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A direção geral da pasta autorizou a proposta apresentada pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF, na sigla em espanhol), que respeita as medidas de combate ao novo coronavírus. "O Metropolitano vai ter 30% da lotação para o jogo contra Portugal, em 4 de junho", informou Ayuso em uma conta no Twitter.

O amistoso, que é uma preparação dos dois países para a disputa da Eurocopa, é o primeiro jogo em Madri com público desde o começo da pandemia do novo coronavírus. Até agora, nenhuma partida de futebol da primeira divisão ou da seleção principal foi realizada com público na Comunidade de Madri desde março do ano passado.

A Guarda Civil Espanhola publicou uma foto que mostra um soldado espanhol do Grupo Especial de Atividades Submarinas salvando um bebê marroquino. O resgate aconteceu durante a operação da Espanha para enviar de volta ao Marrocos milhares de pessoas que tentaram migrar para o país, a nado pela praia de Tarajal.

O militar responsável pelo resgate, Juan Francisco, afirmou que o bebê estava congelado e não mexia. "Foi um pouco traumático. Estávamos muito atentos às pessoas mais vulneráveis que não iam poder ficar na água e havia muitos pais e mães com os filhos amarrados", disse em entrevista ao site La Cope. 

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Cerca de oito mil pessoas que saíram do Marrocos recentemente tentaram acessar a cidade espanhola de Ceuta por meio das águas. A entrada dos imigrantes fez com que o governo da Espanha enviasse forças militares à fronteira. Quatro mil marroquinos já foram devolvidos ao seu território.

A Espanha é um dos destinos preferidos dos estudantes na hora de fazer um intercâmbio. O país oferece vários pontos turísticos incríveis, como o Templo Expiatório da Sagrada Família, Alhambra, Mesquita de Córdoba, as praias da Costa do Sol, em Málaga, entre outros.

A nação, inclusive, é o destaque desta semana na série 'Pós-pandemia: planejando a viagem dos sonhos', produzida pelo LeiaJá. Viver a experiência de um intercâmbio é enriquecedor. Mas, manter esse sonho pós-pandemia é um ato de resistência. Alguns países, por causa deste período pandêmico da Covid-19, endureceram as normas para a entrada de estrangeiros e fecharam suas fronteiras para os visitantes, como no caso da Espanha.

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O País perdeu, desde o início da pandemia da Covid-19, em meados de março do ano passado, mais de 79 mil vidas. O pico de contaminação chegou a 107.053 casos em menos de 24 horas. Desde então, os números vêm caindo por causa das medidas restritivas e da vacinação.

De acordo com Maura Leão, presidente da Belta - Associação das Agências de Intercâmbio, quem deseja fazer um intercâmbio para a Espanha, neste momento, precisa seguir algumas restrições. “É necessário apresentar a prova de um teste de PCR negativo para a Covid-19, efetuado nas 72 horas anteriores à sua partida, e realizar quarentena obrigatória de dez dias, ou sete dias se apresentar um PCR negativo, além de preencher uma declaração de saúde”, explica.

Segundo a presidente da Associação, apenas os cursos de ensino superior com o visto de estudante continuam a ser vendidos para a Espanha. “Os cursos de espanhol de pequena duração não estão permitidos por tempo indeterminado”, esclarece. Após a pandemia, a Espanha pode ser um bom destino O país, que integra a União Europeia, chegou a estar, em 2018, conforme os dados da Belta, em segundo lugar no ranking de nações que mais recebem turistas no mundo. Ainda segundo a entidade, a Espanha é “a escolha certa para quem busca estudar a língua espanhola em seu berço, na terra de Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote”.

“Muitas escolas oferecem programas nos quais a aprendizagem da língua está atrelada a algum outro curso com temperos espanhóis, como a gastronomia, a enologia e até mesmo o surfe”, explana Laura.

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Ao LeiaJá, a brasileira Isabella Nascimento Gomes, que cursou odontologia na Universidad del País Vasco, em Basco, pelo Ciência sem Fronteiras, no ano de 2014, diz que a experiência de intercâmbio foi enriquecedora. "Pude aprender muito e fiz amizades que levarei para toda a vida", revela. A dentista, que voltou ao Brasil em 2015 para terminar a faculdade, comenta que rapidamente quis voltar a morar em solo espanhol. “Decidi vir morar aqui [na Espanha] pela qualidade de vida que se tem e pelas expectativas a longo prazo que, no Brasil, na minha profissão, estava cada vez mais difícil”, conta.

Isabella Nascimento Gomes em Basco, na Espanha. Foto: Arquivo pessoal

A doutorando brasileira Patrícia Marques, que mora na cidade de Granada, em Andaluzia, pontua as diversas qualidades de estar em um intercâmbio no País: "Está sendo um sonho. O lugar possui uma excelente qualidade de vida, segurança, uma enorme gama de atrações históricas e turísticas, além de um custo de vida baixo".

Ela ainda comenta: "Eu já conhecia algumas cidades espanholas por conta da minha investigação durante o mestrado. Contudo, vim morar em Granada, por pelo menos três anos, sem antes tê-la visitado, e posso afirmar que fiz uma excelente escolha". Os locais mais procurados na Espanha para fazer intercâmbio são Barcelona e Madrid.

Patrícia Marques reside em Granada. Foto: Arquivo pessoal

Segundo Jayce Cruz, consultora da agência WE Intercâmbio, cada cidade tem uma característica diferente que vai de acordo com as preferências e a adaptação de cada intercambista. Ela listou, ao LeiaJá, o que os brasileiros poderão encontrar em cada cidade. Confira:

Madrid

“Madrid é bastante procurada por brasileiros principalmente pela adaptação do clima e chama a atenção também por ser uma das principais cidades da Espanha. O transporte público de lá é show e isso agrada bastante os intercambistas, tendo em vista que transporte público é o meio mais usado por eles”.

Barcelona

“Barcelona também é bastante procurada por ter demasiadas opções de entretenimento, lazer e etc. Muitos pubs, teatros e centros culturais, como também muitas oportunidades na área acadêmica”.

Salamanca

“Uma das cidades bastante procuradas é Salamanca porque lá se encontram as melhores instituições de ensino da Espanha. E por ser uma cidade mais calma e menos populosa, agrada bastante os estudantes também. Um dos pontos que mais chama atenção é que lá a língua é bastante respeitada e não sofre muitas variações e isso ajuda no entendimento e na comunicação, assim como no aprendizado”. 

Valência

“Valência também é uma ótima opção, a população é extremamente acolhedora e o clima é muito harmonioso. Sem contar que tem praias à disposição, caso queiram um lazer. É uma cidade referência no ensino da língua espanhola”.

Planeje a viagem dos sonhos

Não importa o tamanho da viagem, o tempo ou a experiência que deseja viver, a Espanha deixará muitos intercambistas encantados. Por isso, segundo a consultora Jayce Cruz, quem deseja fazer um intercâmbio precisa se planejar. “É recomendado que o planejamento se inicie cerca de seis meses antes do embarque, para concluir com tranquilidade o processo de documentação e visto adequado de estudo e trabalho, levando em consideração também seus gastos. É essencial ter um bom planejamento para obter um programa bem-sucedido”, explica.

A consultora ainda dá dicas de como se preparar para estudar ou trabalhar na Espanha: “Para iniciar o processo é necessário contratar um curso que possibilite a aplicação do visto de estudante. Para esta aplicação, o estudante precisa se inscrever em um curso de 20 aulas semanais de espanhol pelo período de cinco a seis meses, e solicitar, junto ao consulado da Espanha no Brasil, o visto de estudante, mediante comprovação de renda. É necessário também ter uma média de EUR 594,90 por mês de permanência como comprovação financeira no momento da aplicação”.

Ela complementa: “O visto deve ser solicitado pessoalmente onde você reside legalmente. No momento da apresentação da solicitação de visto, você deverá pagar uma taxa estabelecida de EUR 60, em geral”.

Há diversos programas de intercâmbio, os mais procurados, segundo a consultora de viagens, são os programas de longa duração, a partir de seis meses, que dão permissão para trabalhar. “Você pode optar por um programa de seis, nove ou 12 meses de duração e os custos podem variar entre EUR 2.660 e EUR 4 mil, a depender do tempo escolhido. Um detalhe bem bacana a respeito desses programas é que para cada opção existe um período de férias definido, que vai de quatro a oito semanas, e durante o período de férias, o estudante pode trabalhar o dobro de horas”, conclui.

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Na última semana, um grupo de fotógrafos espanhóis do Children of Darklight conseguiu registrar uma pintura no ar feita com drones carregados com lâmpadas de LED. O feito foi realizado em parceria com a empresa Umiles Group, responsável pela programação dos cinco dispositivos robóticos que desenharam no céu da cidade.

A equipe que manuseou os drones pré-programaram os robôs para que, no momento do voo, cada um fizesse uma parte diferente do desenho e com cores distintas. O resultado foi a pintura de um jogador de futebol de 40 metros, em um movimento de ataque e com a bola localizada próxima ao pé. O resultado ganhou a web com o vídeo. Veja:

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A técnica usada pelos fotógrafos para capturar a imagem é conhecida como light painting. O método utiliza um ou mais pontos de luz como referência em um cenário predominantemente escuro. Conforme a criatividade do fotógrafo, pode-se formar inúmeros desenhos durante o controle de uma fonte de luz.

Para realizar a pintura no ar, a equipe encontrou obstáculos. Primeiro com a bateria dos drones, que não permitiam mais de quatro tentativas. Depois, a necessidade de produzir a técnica no período noturno, e assim, ter um tempo limitado por conta do toque de recolher, a partir das 23h, que o governo espanhol determinou, por conta dos protocolos de quarentena contra a Covid-19.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta quarta-feira (21) que seu país vai doar ao menos 7,5 milhões de vacinas contra a covid-19 em 2021 para países latino-americanos, no marco da Cúpula Ibero-americana que acontece em Andorra.

A Espanha "vai disponibilizar para América Latina e Caribe entre 5% e 10% do total de vacinas contra a covid-19 que nosso país vai receber este ano, o que representará ao menos 7,5 milhões de doses até o final de 2021", disse Sánchez ao afirmar que "o acesso à vacina deve ser igualitário e universal".

As doses serão entregues quando a Espanha chegar "à marca de 50% da população vacinada", disse Sánchez, cujo governo tem como objetivo vacinar 70% dos 47 milhões de espanhóis até agosto.

O líder socialista explicou que as vacinas serão entregues pelo Covax, o mecanismo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma distribuição igualitária das vacinas.

Por sua vez, será a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) que distribuirá "as doses de acordo com as necessidades de cada país", apontou.

Assim como outros países europeus, a Espanha sofreu atrasos na chegada das vacinas. Até o momento, 3,6 milhões de pessoas receberam as doses, 7,6% da população. Madri mostrou sua intenção no passado de doar vacinas aos países menos favorecidos.

A Cúpula Ibero-americana realizada em Andorra, pequeno estado europeu entre Espanha e França, busca principalmente ampliar o acesso às vacinas dos países latino-americanos, em um momento em que a região é afetada por uma nova onda do coronavírus. Devido à crise de saúde, quase todos os líderes latino-americanos participam por teleconferência.

Portugal prorrogou as restrições fronteiriças para turistas até 15 de abril, uma medida adotada no fim de janeiro para conter a propagação de covid-19, anunciou neste domingo (4) o Ministério do Interior.

Em coordenação com a Espanha, Portugal decidiu prorrogar "os controles nas fronteiras terrestres e fluviais" até meados do mês, informou o governo português, acrescentando que o transporte ferroviário também continuará suspenso até a data.

A medida não se aplica nem ao transporte de mercadorias, nem aos trabalhadores transfronteiriços ou aos serviços de emergência.

Tampouco impede aos portugueses e pessoas com permissão de residência retornar ao país, nem a saída de cidadãos estrangeiros, explicou o ministério.

Depois de dois meses de confinamento generalizado para enfrentar a terceira onda da pandemia, Portugal começou a suspender gradualmente as restrições em meados de março em função dos setores de atividade.

Assim, na segunda-feira está prevista a reabertura de museus, escolas de ensino médio e áreas externas de cafeterias. A suspensão do confinamento se prolongará até maio.

No fim de janeiro, o país, de 10 milhões de habitantes, registrava quase 16.500 casos diários de covid-19, mas a situação melhorou bastante desde então.

Segundo o último balanço oficial, publicado neste domingo, foram reportados quatro óbitos e 193 novos casos do coronavírus nas últimas 24 horas.

Mesmo assim, as autoridades decidiram manter as restrições a viajantes em visita a Portugal e os voos com o Brasil e o Reino Unido estão suspensos para limitar a propagação de novas variantes, mais contagiosas, detectadas inicialmente nestes países.

Os viajantes que chegarem a Portugal por terra, procedentes de países com taxa de incidência de covid-19 igual ou superior a 500 casos por 100.000 habitantes (como França, Itália, Hungria e Suécia) deverão manter 14 dias de quarentena em sua chegada, informou o ministério.

O Parlamento espanhol deve finalmente aprovar na quinta-feira (18) uma lei que legalizará a eutanásia no país, um dos poucos no mundo a ajudar um paciente incurável a morrer para evitar o sofrimento.

A legislação, que entrará em vigor em junho após uma moratória de três meses, atende a uma crescente demanda social, que teve casos emblemáticos como o de Ramón Sampedro, interpretado por Javier Bardem no filme vencedor do Oscar "Mar adentro".

É uma vitória "para as pessoas que dela podem se beneficiar" e também "para Ramón", comemorou em entrevista à AFP Ramona Maneiro, a amiga que ajudou Sampedro a morrer. Presa por isso, não foi julgada por falta de provas.

A Espanha será o quarto país europeu a descriminalizar a morte assistida, junto com Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Portugal a validou em janeiro, mas o Tribunal Constitucional pediu uma revisão da lei antes de promulgá-la.

Na América Latina, apenas a Colômbia permite a eutanásia.

Prioridade do governo de esquerda de Pedro Sánchez, a lei espanhola autoriza a eutanásia (pessoal médico administra a substância letal) e o suicídio assistido (a pessoa se encarrega de tomar a dose prescrita).

Vários outros países toleram a última opção, bem como a chamada eutanásia passiva (a interrupção dos tratamentos médicos que sustentam a vida).

- Condições estritas -

A lei na Espanha, que deve ser aprovada amanhã pelo Congresso dos Deputados com o apoio da esquerda e do centro, permitirá que qualquer pessoa com "doença grave e incurável", ou "crônica e incapacitante", solicite ajuda para morrer, evitando assim "sofrimentos intoleráveis".

Em qualquer um dos casos, são impostas condições estritas, tais como que a pessoa, de nacionalidade espanhola, ou residente legal, seja "capaz e esteja consciente" ao fazer o pedido. A solicitação deve ser formulada por escrito "sem pressão externa" e repetida 15 dias depois.

O médico poderá rejeitar o pedido, se considerar que os requisitos não são cumpridos. Além disso, deverá ser aprovada por outro médico e receber sinal verde de uma Comissão de Avaliação.

Qualquer profissional da saúde poderá alegar "objeção de consciência" para se recusar a participar do procedimento, pago pela rede pública de saúde.

Este regulamento foi recebido com alegria por organizações que defendem o direito de morrer com dignidade e por pacientes que apreciam ter a opção disponível.

"Não faz sentido que as pessoas (...) tenham que escolher uma vida indigna", disse Sofia Malagón, uma colombiana de 60 anos com Parkinson, à AFP em Barcelona. "Não quero que me mantenham viva como uma planta" quando chegar a hora, comentou.

- "Forma de homicídio" -

Esta medida é rejeitada pela Igreja Católica e por partidos de direita, e sua aplicação levanta questões em alguns setores médicos.

A eutanásia "é sempre uma forma de homicídio, pois implica que um homem mata outro", afirmou a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) em campanha nas redes sociais.

O Estado passa "da defesa da vida a responsável pela morte infligida", estimou.

Em uma primeira votação na Câmara em dezembro, os conservadores do Partido Popular (PP) e da extrema direita Vox se opuseram, considerando que a eutanásia é "um fracasso" para o país por não garantir alternativas, como os cuidados paliativos.

"Um médico não quer que ninguém morra. É o DNA do médico", disse Manuel García Romero, vice-presidente da federação da Organização Médica Colegiada, expressando dúvidas sobre a implementação da lei.

Desde meados dos anos 1980, quando a eutanásia saltou para o debate público, a Espanha testemunhou vários casos de grande visibilidade.

O mais emblemático, o de Ramón Sampedro, um galego tetraplégico que passou 29 anos reivindicando o direito ao suicídio assistido, finalmente alcançou seu objetivo, graças à colaboração de sua amiga Ramona.

O filme sobre sua história, "Mar adentro", dirigido por Alejandro Amenábar e estrelado por Javier Bardem, ganhou um Oscar em 2005.

Outro caso foi o de Luis Montes, anestesista acusado de provocar a morte de 73 pacientes em estado terminal em um hospital de Madri.

E, mais recentemente, em 2019, Ángel Hernández foi preso e aguarda julgamento por ajudar sua esposa a morrer. Ela vivia imobilizada por esclerose múltipla.

O chefe do governo espanhol Pedro Sánchez e o presidente francês Emmanuel Macron assinarão na segunda-feira (15) um convênio de dupla nacionalidade e abordarão a questão de um passaporte de vacinação em uma cúpula bilateral na cidade francesa de Montauban.

Esta cidade, localizada no sudoeste da França, foi escolhida para a 26º cúpula hispano-francesa - a anterior foi realizada em Málaga em 2017-, pelo seu simbolismo na história comum desses países vizinhos.

Foi para lá onde centenas de exilados espanhóis se deslocaram durante a Guerra Civil espanhola e a ditadura franquista. Em seu cemitério jaz o corpo de quem foi o último presidente da II República espanhola (1936-1939), Manuel Azaña.

Os dois líderes concluirão seu encontro com uma visita ao cemitério para homenagear esta figura republicana, que morreu no exílio em 1940, perseguido pela polícia franquista e a Gestapo, um feito inédito para um chefe de Estado francês.

Um dos pontos mais importantes do encontro será a assinatura de um convênio de dupla nacionalidade, algo "excepcional" segundo Madri, já que na Europa a Espanha tem este acordo apenas com Portugal, apesar de também tê-lo com nações latino-americanas.

Este pacto permitirá que os aproximadamente 190.000 espanhóis que residem na França e os 150.000 franceses que vivem na Espanha possam optar por ter as duas nacionalidades sem renunciar a de origem.

- Passaporte de vacinação -

Na agenda da cúpula, está também a crise de covid-19, a reativação econômica e a questão de criação de um passaporte sanitário em nível europeu - um assunto que ainda está em debate.

Madri se mostra menos relutante que Paris sobre esta ideia que ganha espaço no mundo, com o objetivo de retomar os voos internacionais e o turismo, mas que continua contando com opositores.

Os líderes abordarão também o combate à imigração clandestina e ao terrorismo, principalmente com a reforma do espaço Schengen, que as duas capitais apoiam.

Tratarão também do fechamento de postos de fronteira nos Pirineus, decidido pela França nas últimas semanas, o que gerou controvérsias.

Foi justamente na fronteira com a Espanha que Macron defendeu em 5 de novembro reformar "profundamente" este espaço comum de livre circulação de pessoas, que abrange grande parte do continente europeu, para que - segundo ele - "proteja melhor as nossas fronteiras comuns".

Macron e Sánchez, que mantêm posições parecidas na política europeia, vão preparar também a cúpula da União Europeia de 25 e 26 de março.

A “XII Convocatória Banco Santander-UA” recebe candidaturas, até 16 de abril, para bolsas de mestrado na Universidad de Alicante, na Espanha. Pesquisadores de instituições de ensino latino-americanas podem participar do processo seletivo que prevê aulas presenciais.

Nove bolsas de estudo estão disponíveis, incluindo taxas acadêmicas, seguro médico e auxílio mensal de 850 euros. Análise curricular é uma das etapas da seleção.

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Mais detalhes informativos podem ser vistos no site da universidade. O público também pode entrar em contato com o e-mail p.becas@ua.es.

A Espanha ultrapassou 70 mil óbitos por covid-19 nesta quarta-feira (3), depois de atravessar o mês mais mortal desde a primeira onda, apesar da melhora da situação de saúde, especialmente em lares para idosos, graças à vacinação.

O Ministério da Saúde espanhol notificou 446 novas mortes nesta quarta-feira em relação ao dia anterior, o que elevou o número oficial para 70.247 óbitos desde o início da pandemia.

Fevereiro, com mais de 10.500 mortes pelo coronavírus, tornou-se o pior mês desde abril de 2020, quando foram registrados 16.354 óbitos, embora a mortalidade real estimada seja superior.

Apesar disso, os indicadores apontam para uma melhora da situação epidêmica: de 900 casos por 100 mil habitantes em 14 dias no final de janeiro passou para 159 casos na última contagem.

E nos lares de idosos, onde a primeira onda causou estragos, a mortalidade e as infecções caíram notavelmente com o início da campanha de vacinação, que começou como uma prioridade nesses centros.

Como em outros países, o balanço oficial subestima seu real impacto, visto que muitas vítimas ou infectados não puderam ser diagnosticados formalmente no início da epidemia devido à saturação do sistema de saúde e à falta de exames.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de 45.000 espanhóis morreram de covid-19 entre março e maio, cerca de 18.000 a mais do que os que constam no cadastro do Ministério da Saúde, que registra apenas os que tiveram um teste positivo.

O número de infecções, de 3,1 milhões nesta segunda-feira, também é considerado subestimado já que um estudo do governo publicado em dezembro estimou que 10% da população, cerca de 4,7 milhões de pessoas, contraíram covid.

Na Espanha, mais de 1,2 milhão de pessoas foram imunizadas com duas doses de uma vacina contra a covid-19.

A taxa de vacinação está abaixo do esperado e ameaça a meta do governo de proteger 70% da população antes do fim do verão no hemisfério norte.

Josep Maria Bartomeu, ex-presidente do Barcelona, foi preso na manhã dessa segunda-feira (1) em operação que foi batizada pela imprensa espanhola como ‘Barçagate’. Ao lado de outros membros da sua diretoria - Oscar Grau, Jaume Masferrer e Gomez Ponti - ele é acusado de contratar uma empresa especializada em montar esquemas de difamação e desinformação nas redes sociais para fortalecer sua posição política no clube. Os dirigentes serão jugados por corrupção, lavagem de dinheiro e administração injusta.

A polícia realizou buscas na sede do clube nas primeiras horas da manhã do dia e logo em seguida se dirigiu a residência dos ex-dirigentes. Josep Maria Bartomeu renunciou ao cargo de presidente do Barcelona em 27 de outubro de 2020 após forte pressão política dentro do clube.

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Tudo começou em fevereiro de 2020, quando foi revelado por uma emissora de televisão espanhola, a Cadenaser, um esquema em que o Barcelona, através do atual presidente, Josep Maria Bartomeu contratou a empresa l3Ventures, especializada em divulgação em massa de difamação e fakenews.

Um dia após a reportagem, o então presidente negou as provas apresentadas, mas cancelou o contrato com a l3Ventures. A partir da atitude, a pressão que já vinha por conta de resultados dentro de campo e as tomadas de decisão em casos de renovação, compra ou venda de jogadores só aumentou, pedindo a renúncia ou a antecipação das eleições presidenciais.

Em matéria pouco tempo depois, o El Pais informou que mesmo após a denúncias, Bartomeu continuava a usar perfis falsos e robôs para tentar se autopromover. A Cadenaser voltou a reportar que o Barcelona contava não só com a l3Ventures, mas ainda tinham outras cinco empresas de dados. A partir de junho uma operação judicial foi iniciada para apurar a situação.

Sobe as prisões efetuadas nessa segunda (1), a polícia da Catalunha não se refere só a essa compra de “fakenews”, mas também a uma falta de controle premeditado, que busca um benefício pessoal, falando de "delitos de administração desleal e corrupção entre particulares".

Personagem chave da Espanha do século XIX, o rei emérito Juan Carlos I desfrutou de décadas de popularidade ao liderar o país para a democracia e frear um golpe de Estado, mas os escândalos arruinaram sua reputação e o forçaram ao exílio.

Cercado por investigações judiciais na Espanha sobre sua suposta fortuna escondida no exterior, Juan Carlos I se exilou em agosto do ano passado em Abu Dhabi.

Uma decisão dolorosa com a qual buscou preservar a imagem da monarquia, representada pelo seu filho Felipe VI e da qual abdicou em 2014 depois de 38 anos de reinado.

A polêmica sobre suas finanças começou quando foi revelado que em 2008 ele recebeu 100 milhões de dólares da Arábia Saudita, depositados em uma conta secreta na Suíça. Somaram-se a isso novas informações sobre supostas estruturas em paraísos fiscais para sonegar impostos, e o suposto uso de cartões vinculados a contas bancárias de terceiros.

Nesta sexta-feira (26), seu advogado confirmou que o rei emérito pagou cerca de 4,4 milhões de euros (5,3 milhões de dólares) em impostos não pagos por voos em jatos particulares, com o financiamento de uma fundação com sede em Liechtenstein pertencente a um de seus primos.

Seus problemas não são novos. Começaram com a investigação por corrupção contra seu genro Iñaki Urdangarin, depois preso, e sua filha mais nova Cristina, acusada em 2014 e declarada inocente.

Juan Carlos parecia ainda mais cansado do que em 18 de abril de 2012, quando surpreendeu o país ao pronunciar um pedido de desculpas histórico na televisão: "Sinto muito. Eu errei e isso não acontecerá novamente".

Alguns dias antes, surgiram controvérsias sobre uma caçada a elefantes em Botsuana, de onde foi repatriado com uma fratura no quadril, acompanhado por sua então amante, a alemã Corinna Larsen, a quem teria presenteado com 65 milhões de euros, segundo a imprensa.

Outra aparição na televisão, 31 anos antes, marcou o auge de seu reinado: em 23 de fevereiro de 1981, o monarca em uniforme militar ordenou que os oficiais que ocupavam o Congresso retornassem ao quartel, tornando-se o salvador da jovem democracia espanhola.

Embaixador do luxo

O acidente em Botsuana marcou um antes e um depois para Juan Carlos, coroado aos 37 anos, em 22 de novembro de 1975, dois dias após a morte de Franco, que conduziu a Espanha em sua modernização.

A naturalidade do chefe de Estado, apreciador de esportes e discreto em sua vida pessoal, ganhou ao longo dos anos respeito dentro e fora de seu país.

O prestígio internacional não resistiu à crise econômica que, a partir de 2008, diminuiu repentinamente a prosperidade do país e provocou desconfiança dos cidadãos nas instituições.

Com sua reputação prejudicada, Juan Carlos cedeu a coroa a seu filho Felipe VI em 2014 e, em 2019, se aposentou da vida pública.

Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón nasceu em 5 de janeiro de 1938 em Roma, onde seu avô, rei Alfonso XIII, se exilou após a proclamação da Segunda República Espanhola em 1931.

Seu pai, Juan de Borbón, nunca assumiu o trono, afastado por Francisco Franco devido a opiniões que ele considerava muito liberais.

O ditador, que chegou ao poder com o fim sangrento do regime republicano após a Guerra Civil (1936-39), preferiu o jovem Juan Carlos, a quem chamou em 1948 a continuar seus estudos na Espanha, longe dos pais exilados em Portugal.

Aos seus 18 anos, ocorreu a morte de seu irmão mais novo Alfonso, de 14, pelo disparo acidental de uma arma, quando os dois estavam em um quarto da mansão familiar em Estoril.

"Ainda sinto muito a sua falta", disse o monarca, com os olhos marejados, em um documentário francês gravado no final de seu reinado.

Propulsor da democracia

O jovem monarca, nomeado sucessor do ditador em 1969 e coroado em 1975, rapidamente se livrou do pesado legado franquista e partiu para o caminho da transição democrática.

Juan Carlos definiu sua missão da seguinte maneira: "A ideia principal da minha política era garantir que os espanhóis nunca mais se dividissem em vencedores e perdedores".

Ao contrário do que os nostálgicos de Franco esperavam, em pouco tempo lançou as bases do Estado democrático: legalizou partidos políticos, nomeou um presidente de governo - o centrista Adolfo Suárez - a quem encarregou de organizar eleições e aprovar por referendo uma nova Constituição em 1978.

Sua intervenção histórica de 23 de fevereiro de 1981 confirmou seu papel como propulsor da transição.

"Eu sabia que os militares me aceitariam porque fui nomeado por Franco (...), porque havia passado por todas as academias militares e conquistado a amizade de muitos", afirmou.

E "acima de tudo, porque eu era o chefe supremo das Forças Armadas", disse ele.

Depois de completar seu treinamento militar e seus estudos em direito e economia, o futuro monarca casou-se em 1962 em Atenas com a princesa Sofia, filha mais velha do rei Paulo I da Grécia. O jovem casal se estabeleceu no Palácio Zarzuela, perto de Madri, onde vive desde então.

Do casamento nasceram a infanta Elena em 1963, Cristina em 1965 e Felipe, seu sucessor, em 1968.

Um ônibus sem motorista começou a circular nas ruas de Málaga, sul da Espanha, em um projeto inédito na Europa. Dotado de sensores e câmeras, este ônibus 100% elétrico entrou em serviço no sábado, para fazer um trajeto que une o porto ao centro da cidade andaluza. Um circuito de 8 km que ele faz por seis dias na semana.

"O ônibus sabe em cada momento onde está, sabe em cada momento tudo o que tem ao seu redor", explicou à AFP Rafael Durbán Carmona, diretor da divisão sul da sociedade Avanza, líder do consórcio público-privado responsável pelo projeto.

O veículo "pode interagir com as infraestruturas, com os semáforos", que também estão equipados com sensores que indicam quando estão vermelhos, apontou.

O ônibus também tem um dispositivo de inteligência artificial que lhe permite melhorar suas "decisões" em função dos dados que coleta ao longo do trajeto.

Desenvolvido pela empresa espanhola Irizar, se parece com outro ônibus qualquer: mede doze metros de comprimento e pode levar 60 passageiros.

A Europa viu outros projetos de veículos autônomos, como na França ou na Estônia, mas nenhum que envolva um ônibus urbano de tamanho normal que ocupe as mesmas ruas que outros automóveis.

A legislação espanhola não autoriza que um veículo circule sem alguém para conduzi-lo, portanto um motorista ocupa o assento sem tocar no volante ou nos pedais. Sua tarefa consiste em, excepcional e ligeiramente, corrigir a trajetória, como por exemplo ao chegar a uma rotatória.

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