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Araceli Rosario Hidalgo Sánchez, de 96 anos, residente em uma casa de repouso de Guadalajara, região central da Espanha, se tornou neste domingo a primeira pessoa do país a ser vacinada contra a Covid-19.

"Não senti nada", disse, sorridente, a idosa após receber a injeção e caminhar com a ajuda de um andador.

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Depois de Araceli, a segunda vacinada foi Mónica Tapias, funcionária do mesmo asilo.

A casa de repouso Los Olmos, de Guadalajara, foi escolhida para iniciar a vacinação na Espanha por sua proximidade com um centro de armazenamento do laboratório americano Pfizer, onde as vacinas chegaram no sábado procedentes de uma fábrica do grupo farmacêutico na Bélgica.

O local também foi escolhido porque não registra nenhum caso positivo de Covid-19 no momento.

As autoridades espanholas esperam vacinar até junho de 2021 entre 15 e 20 milhões de pessoas, de uma população de 47 milhões.

A Espanha foi um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, com 50.000 mortes e mais de 1,8 milhão de casos, segundo o ministério da Saúde.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou na segunda-feira a vacina contra o coronavírus da Pfizer e do laboratório alemão BioNTech e os 27 Estados membros da União Europeia (UE) iniciam a vacinação neste domingo.

Espanha e Portugal anunciaram nesta segunda-feira (21) que proibirão a entrada a cidadãos procedentes do Reino Unido devido à nova cepa do coronavírus detectada neste país, informou o governo espanhol em comunicado.

"O governo da Espanha decide, em conjunto com Portugal, a suspensão de voos de entrada procedentes do Reino Unido a partir desta manhã", disse o Executivo, que toma a mesma medida de países como França, Alemanha, Rússia ou Itália.

O Executivo também anunciou "um reforço dos controles na passagem fronteiriça de Gibraltar", um pequeno território britânico ao sul da Espanha onde também foram detectados casos da nova cepa.

A decisão ocorre após uma reunião de crise da União Europeia para analisar esta nova cepa mais infecciosa do vírus, que circula "fora de controle no Reino Unido".

O comunicado afirma que a suspensão dos voos foi decidida após uma conversa entre o chefe do governo espanhol Pedro Sánchez e seu homólogo português, Antonio Costa.

O governo da Espanha informou neste domingo (20) que pediu a Bruxelas uma resposta "coordenada" sobre os voos com o Reino Unido, depois que vários países da região anunciaram que suspenderão suas conexões aéreas com este país devido a uma nova cepa do coronavírus.

"O objetivo é proteger os direitos dos cidadãos comunitários a partir da coordenação, evitando a unilateralidade", explicou o governo espanhol em um comunicado.

A Espanha fez o pedido "nesta manhã (domingo) à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao presidente do Conselho Charles Michel", afirmou o comunicado.

Caso não haja uma atuação conjunta, Madri tomará medidas "em defesa dos interesses e direitos dos cidadãos espanhóis", acrescentou o governo do socialista Pedro Sánchez.

Ao anunciar o reconfinamento de Londres e partes do sudeste da Inglaterra, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson relacionou o aumento de casos de covid-19 nessas áreas com a nova cepa do coronavírus descoberta.

A Alemanha também estuda a possibilidade de suspender os voos com o Reino Unido e África do Sul, onde também foi detectada essa variante do vírus.

A Câmara de Deputados da Espanha aprovou um projeto de lei que permitirá o suicídio assistido por médico e a eutanásia para pacientes com doenças incuráveis ou condições permanentes insuportáveis. O projeto, que foi apoiado pelo governo de coalizão de esquerda da Espanha e vários outros partidos, foi aprovado por 198 votos a favor e 138 contra. O conservador Partido Popular e o partido de extrema direita Vox votaram "Não".

O projeto agora enfrentará uma votação no Senado, onde também deve ser aprovado. De acordo com o anteprojeto de lei aprovado pela Câmara, ela só entrará em vigor três meses após sua publicação no Diário Oficial.

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O projeto de lei foi apresentado em fevereiro pelo governo do premiê socialista Pedro Sánchez, que defendeu a remoção de um artigo do código penal que proíbe qualquer pessoa de ajudar na morte de alguém que sofra de doença terminal.

O projeto de lei tem como objetivo permitir que o paciente decida entre a eutanásia, realizada por um profissional de saúde, ou o suicídio assistido, que pode ocorrer em casa com a ingestão de uma dose fatal do medicamento prescrito.

A eutanásia - quando um médico administra medicamentos fatais diretamente a um paciente - é legal na Bélgica, Canadá, Colômbia, Luxemburgo, Holanda e Suíça. O suicídio com assistência médica - onde os próprios pacientes administram a droga letal, sob supervisão médica - é permitido em alguns Estados americanos. Um ano atrás, a Austrália Ocidental se tornou o segundo Estado da Austrália a aprovar uma lei para morte assistida.

Até agora, quem sofria de doença terminal na Espanha poderia rejeitar tratamento, mas a nova lei também permitirá que esse paciente receba assistência para suportar uma morte sem dor, desde que essa ajuda seja procurada "livre e inequivocamente".

Antes de procurar atendimento, diz a lei, os pacientes devem ter recebido informações completas sobre suas condições, bem como sobre os cuidados paliativos e quaisquer outras alternativas disponíveis.

A lei também especifica que o pedido de morte deve ser feito por escrito e deve ser repetido 15 dias depois. Os médicos podem se recusar a realizar a eutanásia ou ajudar no suicídio de um paciente doente, alegando objeção de consciência. A Espanha planeja ter um registro de médicos que se opõem à medida.

A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) condenou a aprovação, afirmando que "causar a morte não pode ser um atalho" para "poupar recursos humanos e econômicos em cuidados paliativos e acompanhamento" dos doentes. Segundo a entidade, a eutanásia "estabelece uma ruptura moral; uma troca nos objetivos do Estado: de defender a vida para ser responsável pela morte infligida". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Espanha começará a ministrar a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 em 27 de dezembro - anunciou o ministro da Saúde, Salvador Illa, nesta sexta-feira (18).

"No 27, domingo, vai começar a vacinação na Espanha", afirmou o ministro, em uma entrevista coletiva. As vacinas serão aplicadas um dia depois de a União Europeia (UE) entregar as primeiras doses aos Estados-membros, completou Illa.

"A Europa vai distribuir as [primeiras] doses no sábado, 26", disse o ministro, acrescentando que essa distribuição será progressiva, semana a semana. Segundo ele, a prioridade serão os residentes de lares para idosos e os profissionais de saúde.

No dia 21, espera-se que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) avalie e aprove a vacina dos laboratórios da Pfizer-BioNTech, que já está sendo administrada no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Quando essa aprovação ocorrer, a Comissão Europeia dará sinal verde para o início da campanha, a qual, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, começa no bloco entre 27 e 29 de dezembro.

Na segunda-feira, o ministro Illa havia anunciado que a UE contará com sete vacinas diferentes e que, do total previsto para os 27 países do bloco (1,4 bilhão de doses), a Espanha terá "cerca de 140 milhões de doses para imunizar 80 milhões de cidadãos". Isso é quase o dobro da população do país, de 47 milhões.

Desta forma, "sobrarão vacinas" para "outros países que possam necessitar delas no nosso entorno", afirmou o ministro na ocasião. Illa alertou que, nos últimos dias, houve um salto da incidência do vírus na Espanha, que é urgente combater.

E, embora o início da campanha de vacinação seja "o início do fim" da pandemia, o ministro lançou um apelo à população para que limite ao máximo seus deslocamentos durante as festas de fim de ano.

A Espanha se encontra em estado de alarme, devido à emergência sanitária e, em todo território, exceto nas Ilhas Canárias, há um toque de recolher noturno em vigor.

Até o momento, o país acumula 1,78 milhão de casos diagnosticados e mais de 48,7 mil óbitos, segundo balanço do Ministério da Saúde.

Um dos maiores ídolos do futebol espanhol, o meia Andrés Iniesta vai ficar um tempo sem poder jogar. Nesta quarta-feira (16), o Vissel Kobe, do Japão, anunciou que o seu jogador, hoje com 36 anos, passou por uma cirurgia na última terça, em Barcelona, para corrigir uma ruptura em um tendão da coxa direita, ocorrida no último dia 10 contra o Suwon Bluewings, da Coreia do Sul, pelas quartas de final da Liga dos Campeões da Ásia, e o tempo de recuperação estimado é de quatro meses.

Iniesta apresentou dores na perna direita pela primeira vez na partida entre o Vissel Kobe e o Shanghai SIPG, da China, pelas oitavas de final, no começo do mês. Porém, ainda assim seguiu com a equipe para o duelo das quartas. E, com a persistência do problema, precisou passar por cirurgia. Tanto que não jogou as semifinais contra o Ulsan Hyundai e viu das tribunas a derrota na disputa por pênaltis.

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"A intervenção foi realizada com sucesso pelo Dr. Ramón Cugat e sua equipe na cidade de Barcelona e contou com a presença do chefe dos serviços médicos de Vissel Kobe", explicou o clube japonês em um comunicado oficial nesta quarta-feira.

Por conta da lesão, Iniesta ficará fora das duas rodadas finais do Campeonato Japonês e também perderá boa parte do começo da próxima temporada. O capitão do Vissel Kobe chegou ao clube em 2018, após decidir deixar o Barcelona. Em 2020, ele disputou 34 partidas, com seis gols e oito assistências.

Entre 15 e 20 milhões dos 47 milhões de habitantes da Espanha poderão ser vacinados contra a covid-19 até maio, ou junho de 2021 - anunciou o governo nesta sexta-feira (4), acrescentando que planeja iniciar a campanha de imunização em janeiro.

"Estimamos que, no início de janeiro, vamos poder iniciar a campanha de vacinação", afirmou o ministro da Saúde, Salvador Illa, em entrevista coletiva.

"Nossa previsão é que 2,5 milhões de pessoas sejam vacinadas na primeira etapa", que deve durar cerca de dois meses, disse o presidente do governo, Pedro Sánchez, em cerimônia na Cantábria (norte).

Esta fase incluirá a imunização das "pessoas que estão em lares para idosos, dos profissionais de saúde que cuidam delas, dos profissionais de saúde que estão na linha de frente e de pessoas dependentes", detalhou Illa.

Na segunda etapa, com a disponibilidade progressiva das doses, o governo espera, para "maio, ou junho", ter "entre 15 e 20 milhões de espanhóis vacinados", disse Sánchez.

Os grupos populacionais envolvidos nesta segunda fase não foram especificados.

"Finalmente, a terceira etapa, quando o número de doses e vacinas disponíveis já será extenso e muito amplo, nos permitirá cobrir o conjunto da população", acrescentou o líder socialista.

Esta última fase deve começar no verão boreal (inverno no Brasil), embora o governo não tenha especificado quando todos os espanhóis terão recebido a vacina. Sua aplicação não será obrigatória.

Até o momento, o governo anunciou ter autorizado a compra de mais de 100 milhões de doses de vacinas, no âmbito de contratos da União Europeia (UE) com vários laboratórios.

No início de dezembro, o conselho de ministros aprovou a compra de 20,9 milhões de doses da Janssen; 8,3 milhões, da Moderna; e 23,5 milhões, da CureVac.

Nas últimas semanas, o governo Sánchez já havia anunciado que receberia doses de outras duas empresas farmacêuticas: 31,6 milhões, da AstraZeneca, e 20,9 milhões, da Pfizer-BioNTech.

Quase todas as vacinas requerem duas doses, o que significa que os 47 milhões de espanhóis já estariam cobertos.

A Espanha pretende dedicar as doses restantes a "tarefas de solidariedade" com terceiros países, segundo o governo.

Um dos países europeus mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, a Espanha acumula quase 1,7 milhão de casos de contágio e mais de 46 mil mortes.

A situação melhorou no último mês, quando a taxa de incidência acumulada do vírus se reduziu pela metade, para cerca de 240 casos a cada 100 mil habitantes em 14 dias, conforme o último balanço do Ministério da Saúde.

A Uefa realizou nesta quinta-feira em sua sede, na cidade suíça de Nyon, o sorteio da fase final da Liga das Nações. Nele ficou definido que a Itália, anfitriã dos duelos decisivos, jogará contra a Espanha em uma das semifinais e França e Bélgica farão o duelo por uma vaga na decisão. Todas as seleções buscam o título inédito da competição europeia.

A Itália vai enfrentar a Espanha no dia 6 de outubro de 2021, no estádio San Siro, em Milão. A outra semifinal será no dia seguinte entre França e Bélgica, no Juventus Stadium, em Turim. A decisão da Liga das Nações será no dia 10, novamente em Milão. No mesmo dia, os perdedores das semifinais disputarão o terceiro lugar, em Turim.

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Esta é a segunda edição da Liga das Nações, torneio bianual disputado durante as datas Fifa de amistosos. Portugal foi a primeira seleção campeã, vencendo a Holanda na decisão, em junho de 2019, no estádio do Dragão, no Porto.

Na atual edição, a França se classificou com a melhor campanha no geral - somou 16 pontos (cinco vitórias e um empate) no Grupo 1. A Bélgica conquistou 15 no Grupo 2, a Itália foi a primeira do Grupo 3, com 12 pontos, e a Espanha venceu o Grupo 4, com 11.

NOVO TORNEIO - A Uefa anunciou nesta quinta-feira a criação de um terceiro torneio de clubes no continente europeu. A partir do próximo ano, a Europa Conference League terá a participação de 184 equipes ao longo da temporada, incluindo pelo menos uma de cada uma das 55 federações-membro da entidade e 46 clubes que virão da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

As partidas do novo torneio serão realizadas sempre às quintas-feiras, junto com as da Liga Europa. A primeira final está marcada para o dia 25 de maio de 2022 na Arena Nacional de Tirana, na Albânia, que tem capacidade para 21.690 pessoas.

Com uma atuação fulminante, principalmente no primeiro tempo, a seleção da Espanha aplicou 6 a 0 na Alemanha nesta terça-feira, pela rodada final da fase de grupos da Liga das Nações da Uefa. A goleada, conquistada em Sevilla, garantiu a equipe espanhola na fase final da competição europeia. O grande destaque da partida foi Ferrán Torres, autor de três gols.

O jogo disputado na Espanha era um confronto direto para decidir o vencedor do Grupo 4 da Liga A. Os "campeões" de cada uma das quatro chaves da liga principal, equivalente à primeira divisão da Liga das Nações, disputam as semifinais em 2021. Com o triunfo, a Espanha garantiu sua vaga na fase decisiva, que já tinha a França. Bélgica e Itália são as favoritas a ficar com os dois postos restantes das semifinais.

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Com uma escalação mesclada, entre jogadores mais experientes e novatos, a Espanha massacrou a Alemanha no primeiro tempo, em Sevilha. Foram três gols validados, um anulado, domínio de sobra e tudo isso apesar de duas baixas importantes por lesão. O meia Canales e o zagueiro e capitão Sergio Ramos se machucaram na etapa inicial - o defensor já virou preocupação para o Real Madrid.

O primeiro gol veio aos 17 minutos, após três boas oportunidades dos anfitriões. Depois de cobrança de escanteio na área, Morata subiu mais que Gnabry e abriu o placar, de cabeça. Seis minutos depois, o mesmo Morata mandou novamente para as redes. O árbitro, contudo, assinalou impedimento e anulou o lance.

O gol anulado não desanimou a Espanha, que seguia forte no ataque. Ferrán Torres criou duas grandes chances de gol em sequência antes de anotar o segundo dos anfitriões, aos 34. Ele aproveitou rebote, após cabeçada de Dani Olmo que carimbou o travessão, e estufou as redes.

Apenas quatro minutos, mais um gol da Espanha. E novamente em lance de bola parada. Desta vez, a cobrança de escanteio encontrou Rodri, que tirou vantagem da nova falha de marcação da defesa alemã e registrou o terceiro gol dos espanhóis, aos 38. Na sequência, Sergio Ramos deixou o gramado mais cedo, devido a dores na coxa direita.

O intervalo não esfriou o ímpeto da Espanha. Olmo desperdiçou outra boa chance logo aos dois minutos. E, aos 10, Ferrán Torres marcou o quarto gol dos anfitriões, desta vez em rápido contra-ataque.

Surpreendido, o técnico Joachim Löw fez rápidas mudanças na Alemanha. E sacou jogadores como Leroy Sané e Goretzka para dar chance aos jovens Waldschmidt e Neuhaus. Entre os titulares, a equipe alemã era liderada por jogadores como Neuer, Gündogan e Kroos.

Mas a experiência não fez qualquer diferença em campo. Aos 27, a Espanha voltou à carga, novamente com Ferrán Torres, convertendo jogada, após contra-ataque iniciado por Fabián Ruiz: 5 a 0. Nos minutos finais, aos 44, Oyarzabal ainda teve tempo de anotar o sexto gol dos espanhóis, selando a goleada histórica.

JOGO ADIADO - Pouco antes do início da rodada, a Uefa confirmou o adiamento do duelo entre Suíça e Ucrânia, pelo mesmo Grupo 4 da Liga A. A partida estava marcada para Lucerna, mas as autoridades sanitárias suíças vetaram a realização do jogo e colocaram a delegação ucraniana em quarentena após a revelação de três testes positivos no elenco dos visitantes.

De acordo com a Uefa, a Federação de Futebol da Ucrânia alegou que não tinha outro time ou mais jogadores para mandar a campo nesta terça ou mesmo na quarta. "O assunto agora será submetido ao Conselho de Controle, Ética e Disciplina da Uefa, para uma decisão a ser tomada seguindo as regras da Uefa", anunciou a entidade que controla o futebol europeu.

A partida, ainda sem nova data, é determinante para o grupo porque decidirá quem será rebaixado para a Liga B. No Grupo 4 da Liga A, a Ucrânia ocupa a terceira colocação, com seis pontos, e a Suíça figura em quarto, com três.

FRANÇA - No Stade de France, em Saint-Denis, a seleção francesa venceu mais uma ao superar a Suécia por 4 a 2. Viktor Claesson marcou para os visitantes, mas os anfitriões buscaram a virada com dois gols de Olivier Giroud e um de Benjamin Pavard. No fim, Robin Quaison descontou para os suecos e Kingsley Coman deu números finais ao marcador.

Já classificados, os franceses aumentaram a vantagem na liderança do Grupo 3, com 16 pontos, contra 13 de Portugal. A seleção de Cristiano Ronaldo, campeã da primeira edição da Liga das Nações, já entrou em campo nesta terça sem chances de obter a vaga.

Mesmo assim, não desanimou e venceu a Croácia, atual vice-campeã mundial, fora de casa, por 3 a 2. Ruben Dias, duas vezes, e João Felix marcaram os gols portugueses. Ronaldo foi titular, mas passou em branco. Portugal terminou sua campanha neste grupo com 13 pontos.

Em outros resultados desta terça, Montenegro goleou Chipre por 4 a 0, enquanto Luxemburgo e Azerbaijão empataram sem gols, pelo Grupo 1 da Liga C. A Letônia aplicou 5 a 0 em Andorra e Malta e Ilhas Faroe empataram por 1 a 1, pelo Grupo 1 da Liga D. Pelo Grupo 2, Gibraltar e Liechtenstein ficaram no 1 a 1.

A Espanha superou nesta quarta-feira (11) os 40 mil mortos pela covid-19, segundo o último balanço do ministério da Saúde, que acrescentou 349 óbitos ao total e mais de 19 mil contagiados, elevando a cifra de infectados a 1,4 milhão.

Com 40.105 mortos, a Espanha é um dos países europeus mais afetados pelo novo coronavírus. Embora some menos vítimas fatais do que o Reino Unido, a França ou a Itália, a mortalidade com relação à população é mais elevada, segundo cálculos da AFP.

Na véspera, a Espanha havia registrado um recorde de óbitos durante a segunda onda da pandemia, com 411 mortes em 24 horas, de acordo com dados do ministério da Saúde.

Mesmo assim, o aumento dos contágios diminuiu nos últimos dias, após as várias restrições adotadas, como toques de recolher, confinamentos em perímetros e fechamentos de bares e restaurantes.

Há "uma estabilização para baixo da situação epidemiológica no nosso país (...), mas que continua sendo muito preocupante", disse durante coletiva de imprensa o ministro da Saúde, Salvador Illa, advertindo que "é preciso continuar mantendo a guarda elevada".

Durante a primeira onda, a Espanha já tinha se situado entre os países europeus mais afetados pela pandemia, que conseguiu controlar com a imposição, em março, de um confinamento domiciliar estrito, suspenso completamente no fim de junho.

Em meados de julho, os contágios voltaram a subir, provocando a progressiva reimposição de diferentes restrições.

Desde 25 de outubro, o governo espanhol decretou um estado de alerta para implantar um toque de recolher em quase todo o país, com o qual espera evitar o confinamento domiciliar reinstaurado em vários países europeus.

O Barcelona cobra do atacante Neymar, atualmente no Paris Saint-Germain, devolução de 10,2 milhões de euros (equivalente a R$ 65 milhões). O clube catalão decidiu exigir o dinheiro do jogador brasileiro depois de passar por uma inspeção feita pelo Ministério da Fazenda da Espanha. No estudo, chegou-se à conclusão de que o Barcelona pagou a Neymar uma carga de impostos maior do que o necessário.

O clube acionou o jogador por meio de um processo conhecido como "pagamento indevido". O Barcelona alega que durante o período da passagem do atacante pela equipe, entre 2013 e 2017, houve um erro no cálculo do acerto de impostos ao atleta. Se a situação não for regularizada, a Agência Tributária da Espanha vai tratar o repasse desse dinheiro como doação para Neymar. E deixar que o clube se entenda com os advogados do jogador.

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Cinco meses após a Justiça espanhola ter condenado Neymar a pagar 6,7 milhões de euros (R$ 42,8 milhões) ao Barcelona ao perder o processo em que cobrava para receber todo o valor de luvas prometido na renovação entre as partes, o clube reclama agora os 10,2 milhões de euros do brasileiro com o entendimento legal acima descrito.

Após uma passagem vitoriosa pela Catalunha, Neymar quase retornou ao Barcelona em 2019. No entanto, o Paris Saint-Germain não liberou a sua saída. Ele tinha contrato. Mesmo que essa cobrança não represente um grande problema jurídico, Neymar tem outras pendências na Espanha. Ele é, como pessoa física, a que mais deve à Fazenda do país. O valor aproximado é de R$ 220 milhões.

Nesta semana, Neymar está no Brasil, onde integra a seleção brasileira para a disputa dos próximos compromissos válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Machucado, ele não enfrenta a Venezuela, nesta sexta-feira, para retornar na terça diante do Uruguai, em Montevidéu. Sua assessoria de imprensa e seus advogados ainda não responderam sobre o caso.

As forças de segurança da Espanha prenderam cerca de 60 pessoas ao longo do sábado (31) nos protestos contra as restrições adotadas para conter a propagação do novo coronavírus em diversas regiões do país.

As manifestações começaram a ser registradas ainda na sexta-feira, dia da entrada em vigor, em grande parte do território, das medidas que impedem deslocamentos e as aglomerações durante o feriado de Todos os Santos, que afetam 87% da população.

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Segundo os dados do Ministério da Saúde, a Espanha acumula 1.185.678 casos de infecção pelo novo coronavírus. Além disso, desde o início da pandemia da covid-19 no país, 35.878 pessoas morreram por causa da doença, de acordo com balanço divulgado na sexta-feira, já que não há atualizações durante o fim de semana.

Os protestos contra as medidas restritivas registrados nas últimas 48 horas, após convocação pelas redes sociais, tiveram como ponto em comum fins violentos, com lançamento de objetos e queima de lixeiras, entre outros atos de vandalismo.

Além dos 60 detidos, a polícia espanhola indicou que 11 agentes ficaram feridos durante a atuação na contenção das manifestações. Em Madri, cidade em que houve confronto mais tenso, foram 32 presos e 12 pessoas apresentando ferimentos, sendo três delas policiais.

"A conduta violenta e irracional de grupos minoritários é intolerável. Não é o caminho", escreveu no Twitter o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.

O Congresso da Espanha aprovou na quinta-feira (29) uma prorrogação de seis meses do estado de emergência, o que permite a aplicação de duras restrições para conter o agravamento das infecções por covid-19.

Decretado pelo governo de Sánchez, o regime excepcional vigorará até 9 de maio e dá cobertura legal para o toque de recolher em quase todo o país.

Embora agora o vírus tenha um crescimento menor na Espanha do que em seus vizinhos, o país continua sendo uma das regiões mais afetadas pela pandemia. (Com agências internacionais)

Exaustos após mais de seis meses de pandemia, os médicos do sistema público de saúde espanhol iniciaram uma greve nacional nesta terça-feira (27), a primeira em 25 anos, para exigir um maior reconhecimento de seu trabalho.

Devido às medidas de distanciamento social, apenas cerca de cinquenta profissionais reuniram-se em frente ao Congresso Espanhol de Madri, respondendo ao apelo da Confederação Estadual dos Sindicatos Médicos (CESM).

Segundo esta entidade, contactada pela AFP, cerca de 85% dos 267 mil médicos espanhóis participaram na greve, embora a maioria de forma simbólica.

Esta reivindicação nacional em um dos países europeus mais afetados pela Covid-19 é nova, uma vez que esse tipo de protestos são geralmente covocados em nível regional, já que as regiões detêm competências de saúde pública.

Segundo o gastroenterologista Sergio Casabona, que participou do protesto em frente ao Congresso, "a gota d'água" para os profissionais de saúde foi um decreto, publicado no final de setembro, que permite a transferência de médicos para outros serviços hospitalares independente de sua especialidade.

O Ministério da Saúde justifica esta reforma pela pandemia Covid-19, mas o CESM a define como "o maior ataque perpetrado contra a saúde espanhola".

A greve acontecerá todas as últimas terças-feiras de cada mês até que seja obtida resposta, segundo o CESM.

Neste contexto, o governo espanhol anunciou nesta terça-feira que o projeto de orçamento de 2021 vai aumentar a rubrica saúde em 151%, com mais 3 bilhões de euros, dos quais 2,4 bilhões serão atribuídos à compra de vacinas e ao reforço da rede de atenção primária.

O Programa Top España, do Santander Universidades, está com inscrições abertas até o dia 30 deste mês. A iniciativa oferece bolsa integral em um curso de idioma e cultura espanhola, de forma gratuita, na Universidade de Salamanca, na Espanha.

O curso terá duração de três semanas e oferece, entre seus benefícios, passagens aéreas, alojamento, refeições diárias, seguro saúde, seguro de vida e visitas culturais. A previsão é que a viagem seja realizada em julho de 2021.

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O processo seletivo possui vários critérios de participação. Entre eles estão ser brasileiro, ter mais de 18 anos, possuir média geral igual ou superior a sete e não ter em seu histórico escolar reprovação em componentes curriculares. Mais detalhes estão disponíveis no site do Programa Top España.

As inscrições devem ser feitas pelo site da iniciativa e pelo e-mail. Confira mais informações sobre a seleção

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, convocou uma reunião de gabinete neste domingo para preparar novo estado de emergência para conter o avanço da segunda onda de Covid-19 no país, em iniciativa que pode envolver toque de recolher e outras restrições. O governo espanhol informou, na noite de sábado, que a maioria dos líderes regionais da Espanha está de acordo quanto à necessidade de um novo estado de emergência e o encontro deste domingo tem por objetivo estudar os termos.

O estado de emergência atribui poderes extraordinários ao governo central, inclusive a possibilidade de suspender temporariamente liberdades individuais asseguradas pela Constituição, como o direito ao livre movimento. Em março, no início da pandemia, a situação excepcional foi declarada no país, para que se pudesse adotar um estrito confinamento, o fechamento do comércio e o recrutamento de trabalhadores da iniciativa privada para a luta da saúde pública contra a doença. (Fonte: AP)

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Morreu na última quinta-feira (22), aos 36 anos, na Espanha, a recifense Julia Soares. A médica estava internada há cerca de quatro meses, em busca de um transplante de medula óssea. Ela foi diagnosticada com uma doença chamada Aplasia Medular Severa, que impede a produção necessária de plaqueta. Em setembro, amigos e familiares lançaram a campanha #TodosPorJulia, com intuito de conseguir achar um doador para a realização do transplante.

No Instagram, o perfil da ação solidária noticiou o falecimento da profissional de saúde. "Ela não está mais entre nós, mas com certeza está no coração de cada um aqui. Que ela possa ter deixado o melhor dela em cada um de nós e levado um pouco de nós com ela. Agora ela nos cuida do céu!", diz um trecho da postagem.

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De acordo com a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), a campanha aumentou o número de pessoas que se disponibilizaram a ajudar a médica. Julia Soares era casada e deixa uma filha de apenas cinco anos. O corpo dela será cremado em Barcelona, neste domingo (25), às 11h30.

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No hospital Severo Ochoa de Leganés, nos arredores de Madri, um dos mais atingidos durante a primeira onda da epidemia de covid-19, a unidade de terapia intensiva está completamente lotada, e seus funcionários temem reviver o mesmo "horror".

"Estamos saturados", disse à AFP o chefe da unidade, doutor Ricardo Díaz Abad, em frente aos 12 leitos ocupados por pacientes gravemente enfermos.

Equipado com um traje completo de plástico branco, óculos de proteção, uma ou duas máscaras, duas luvas roxas em cada mão e uma capa de sapato azul, como armadura antivírus, os funcionários se revezam na unidade.

No interior, o silêncio é interrompido periodicamente por aparelhos de ventilação mecânica que ajudam pacientes nus e iluminados por um mosaico de telas.

No dia anterior, "infelizmente dois pacientes morreram", diz Díaz Abad, enquanto observa pela janela como os enfermeiros limpam homens e mulheres, todos com mais de 50 anos.

Ao contrário do que aconteceu na primeira onda, quando o hospital viveu o "horror" de não ter leitos suficientes para pacientes com covid-19, agora "abrimos uma ala" para eles, afirma o médico.

- Pessoal esgotado -

Permanece, no entanto, o medo de que a segunda onda da pandemia os supere.

Na primavera boreal (outono no Brasil), os corredores "ficavam lotados de pacientes em cadeiras, em poltronas, todos com seus cilindros de oxigênio", lembra o doutor Luis Díaz Izquierdo, de camisa verde e bandana multicolorida.

"Passa constantemente por nossa cabeça a possibilidade de que isso aconteça novamente", afirma o médico, com olhos cansados.

"A primeira onda foi um grande esforço para todos nós, tanto física quanto emocionalmente (...). Estamos mais cansados, obviamente, não tivemos tempo para nos recuperar totalmente", desabafou.

Epicentro da pandemia neste país que já registrou quase 34.000 mortes, a região de Madri ainda tem memórias frescas de uma pista de gelo transformada em necrotério há seis meses e de hospitais colapsados.

Perto do aeroporto, guindastes trabalham em um "hospital de pandemias", que as autoridades esperam inaugurar em novembro.

Para conter o vírus, Leganés, assim como a capital madrilena, está sob confinamento perimetral desde o início de outubro. Para muitos médicos, contudo, essas restrições são insuficientes para reduzir o fluxo de pacientes.

Cartazes na porta do hospital convocam manifestações. "Nunca mais mortes evitáveis!", indicam.

"A carga de trabalho às vezes nos impede de fazer todas as videochamadas que queremos" entre os pacientes e seus familiares, lamenta Sonia Carballeira, uma enfermeira de 39 anos.

- "Não baixar a guarda" -

"Esperávamos que ocorresse uma segunda onda, mas não tão cedo, quando a gripe ainda nem começou", ou a temporada de outras infecções respiratórias, diz a enfermeira em frente à "zona covid" do hospital, com 48 pacientes.

Ali, é hora do almoço e das videochamadas para os doentes.

Comendo iogurte, Manuel Collazo Velasco se assusta: "Não sinto o açúcar nem nada. Como e não sinto o doce, nem o sal", diz este homem de 61 anos, cujo paladar foi afetado pelo vírus.

Algumas salas adiante, Carmen Díaz Coello recupera as pernas e pede "responsabilidade" aos seus compatriotas.

"Não desanimem" com o vírus, pede esta avó de 72 anos, vestida com jaleco branco e amarelo, em videoconferência com a AFP.

A disputa entre o governo central e o Executivo regional de Madri sobre as restrições a serem adotadas, bem como o relaxamento de uma parte da população, não são compreendidos no hospital.

"No plano científico, claro que aprendemos muito sobre o manejo dos pacientes (...) mas dá a impressão de que, no plano social, aprendemos pouco", lamenta o dr. Díaz Izquierdo.

Na saída do hospital, um grande banner instalado após a primeira onda lembra: "Não baixe a guarda" diante da covid-19.

O Conselho de Ministros da Espanha, em reunião extraordinária convocada pelo premier, Pedro Sánchez, declarou estado de emergência em Madri por conta do aumento no número de contágios pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

A decisão foi comunicada à governadora, Isabel Díaz Ayuso, pela vice-premier, Carmen Calvo, e permite que o governo nacional tome medidas restritivas na região pelos próximos 15 dias, como o impedimento em deixar a cidade de residência por motivos não essenciais.

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A urgência em aplicar a medida deve-se ao fato da próxima segunda-feira (12) ser feriado no país, o que provocaria um aumento na circulação de pessoas se deslocando para aproveitarem o descanso.

No entanto, o anúncio ocorre em um momento de intensa disputa jurídica e política na capital espanhola. Recentemente, o Tribunal Superior de Justiça de Madri bloqueou a aplicação de medidas de restrição de circulação por considerar que elas "ferem" os direitos dos moradores.

Além disso, o governo de Ayuso pediu mais tempo para desenvolver medida contra a Covid-19, dizendo que não seguiria as ordens nacionais e criaria normas "mais justas e adequadas" para a situação epidemiológica local.

Porém, como não há consenso entre Sánchez e Ayuso, o governo nacional tomou uma medida mais drástica. Forças policiais se deslocarão às cidades para evitar os deslocamentos dos cidadãos a partir das 15h (10h no horário de Brasília).

Em coletiva, o governo afirmou que a meta é baixar a taxa de incidência de mil casos a cada 100 mil habitantes para 750 casos a cada 100 mil moradores.

Em nota oficial, o governo da capital criticou a decisão "difícil de entender" porque os números "não estão estáveis, estão diminuindo tanto em contágios como em leitos de hospital".

Porém, segundo dados do próprio Ministério da Saúde, Madri é a região que mais vem registrando novas infecções diárias pelo novo coronavírus: foram 2.265 em 24 horas, conforme boletim divulgado na quinta-feira (8). Para efeito de comparação, nenhuma das outras regiões espanholas teve mais de 438 casos no mesmo período.

Nos últimos 14 dias, Madri teve 37.572 novas contaminações - mais do que o dobro da segunda colocada, a Catalunha, com 14.942.

A Espanha, assim como ocorre em outros países europeus, vem sofrendo com uma segunda onda de Covid-19. Desde o início da pandemia, em fevereiro, o país contabiliza 848.324 casos e 32.688 mortes.

Da Ansa

O Tribunal Superior de Justiça de Madri rejeitou nesta quinta-feira o confinamento perimetral imposto para combater a pandemia na capital e em cidades vizinhas, um revés para o governo espanhol, que se prepara para decretar estado de alerta na região.

Seis dias após a sua aplicação, o tribunal negou a ratificação da restrição de mobilidade que afetava 4,5 milhões de pessoas na capital e em outros nove municípios da região de Madri, a mais atingida da Espanha pelo vírus, com mais do dobro da média nacional.

Em comunicado, o tribunal alegou que as medidas, impostas pelo Ministério da Saúde apesar da rejeição do governo conservador regional, afetam "os direitos e liberdades fundamentais".

Diante do embate, o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, prepara uma possível ativação em Madri do estado de alerta, que, entre março e junho, serviu para amparar o confinamento severo imposto aos espanhóis para conter o vírus.

Em conversa com a presidente de Madri, Isabel Ayuso, contrária às restrições, Sánchez lhe propôs aplicar as mesmas medidas com uma lei regional ou aplicar o estado de alerta, seja a pedido próprio ou por decisão do Executivo central, assinalou o governo, que anunciou a convocação para amanhã de um conselho extraordinário de ministros, fórum em que deve ser aprovada a medida, que serviria para restaurar as restrições "que já vinham sendo aplicadas".

"Consideramos preocupante a evolução da pandemia em Madri. Em consequência, temos que colocar na mesa todos os instrumentos para achatar a curva", advertiu Sánchez horas antes, durante visita oficial à Argélia.

Segundo um comunicado da líder regional, as duas administrações terão uma reunião amanhã, na qual se espera "chegar a uma solução que beneficie os cidadãos e dê clareza".

'Grande confusão'

O revés na Justiça foi recebido com perplexidade pela população da capital, submetida há semanas a divergências políticas e normas sucessivas para conter a pandemia.

"Há uma grande confusão, porque eu, agora mesmo, não sei se estou desrespeitando uma norma", desabafou o aposentado Carlos, 70. "Ficamos um pouco confusos", concordou Mercedes, 65.

O confinamento parcial foi aplicado após uma intensa disputa entre o governo de esquerda de Sánchez e autoridades regionais conservadoras, contrárias às restrições devido, principalmente, às suas consequências econômicas.

Isabel Ayuso considerou a decisão da Justiça um respaldo à sua posição, mas recomendou aos cidadãos que limitem seus deslocamentos durante o fim de semana e o feriado de segunda-feira.

Em 21 de setembro, o governo de Isabel instaurou medidas para limitar os deslocamentos em alguns bairros da região, principalmente de classe operária, onde a incidência do vírus era alta. Em seu discurso, a presidente destacou que estas medidas começavam a dar resultado, e considerou desnecessário um fechamento generalizado, que seria negativo para a economia.

"Madri evolui bem, mas estamos em uma situação muito alta, das mais altas da Europa", advertiu o diretor do centro de emergências sanitárias espanhol, Fernando Simón.

Em sua decisão desta quinta-feira, o tribunal concluiu que a lei que protege estas medidas não permite limitar os direitos fundamentais da população. "Os direitos fundamentais que a Constituição atribui aos cidadãos não podem ser afetados por qualquer interferência não autorizada do Estado por parte de seus representantes por meio de um dispositivo com força de lei", diz a decisão do tribunal.

A corte reconheceu, porém, que está "ciente da gravidade da crise sanitária sem precedentes" sofrida pelo país e da "necessidade de se adotar medidas imediatas e eficazes (...) para proteger a saúde dos cidadãos e para conter a propagação da doença (...), entre as quais caberia incluir medidas restritivas de direitos fundamentais de maior, ou menor, alcance".

A Espanha registrou 800.000 casos e 32.000 mortes por coronavírus até o momento, e apresenta uma das incidências de Covid-19 mais altas da Europa.

Reportagem da revista 'Crusoé' traz que a dissertação de mestrado apresentada por Kassio Marques à Universidade Autônoma de Lisboa, em 2015, teria 46,2% de semelhança com outros textos já publicados. Segundo a Crusoé, nas 127 páginas do trabalho do desembargador, há mais de uma dezena de passagens inteiras idênticas a textos publicados pelo advogado Saul Tourinho Leal. O desembargador foi indicado por Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na Universidade Autônoma de Lisboa, Kassio se formou mestre em direito. No entanto, para conseguir essa formação, segundo publicado pela Crusoé, o desembargador teria feito um "copia e cola" de textos de Saul, repetindo na dissertação até um erro de português. No trabalho não haveria, se quer, uma referência ao advogado Tourinho Leal. 

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A revista aponta ainda que, para além dos indícios de plágio, no arquivo do texto, que está disponibilizado na internet, o conteúdo registra o nome "Saul" como autor do documento. Essa informação levanta a suspeita de que Tourinho Leal pode não ter apenas "inspirado" o trabalho do desembargador Kassio, como também ajudado a escrever a dissertação.

Os textos do advogado Tourinho foram publicados em um site jurídico em 2011, quatro anos antes de Kassio Marques entregar a dissertação "Concretização Judicial do Direito à Saúde: um contributo à sua efetivação no Brasil a partir das experiências jurisprudenciais no Direito Comparado e nas matrizes teóricas portuguesas". 

Essa é mais uma polêmica que envolve o indicado de Bolsonaro para o STF. Anteriormente, a Universidad de La Coruña, na Espanha, negou possuir o curso de pós-graduação em "Contratación Pública", colocada por Marques em seu currículo. A universidade aponta que o desembargador havia participado apenas de um curso de quatro dias, entre 1 e 5 de setembro de 2014, como ouvinte do "I Curso Euro-Brasileiro de Compras Públicas".

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