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O dólar abriu e é negociado em queda ante o real na manhã desta terça-feira (18). O exterior positivo - com índices acionários e moedas emergentes em alta - é o que favorece esse movimento, numa manhã de atenção à CPI da Covid. A sessão com o ex-ministro Ernesto Araújo começou pouco antes das 9h30.

O petróleo sobe, diante do dólar fraco globalmente e do maior otimismo dos agentes econômicos com a reabertura das economias dos EUA e da Europa, que neste momento se sobrepõe a temores de que a demanda pela commodity na Ásia seja comprometida por uma nova onda de Covid-19.

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Serão conhecidos pela manhã os novos parâmetros macroeconômicos do governo brasileiro. Às 9h30, o Ministério da Economia divulga o boletim Macro Fiscal e, na sequência, realiza coletiva de imprensa.

Também fica no radar a reunião virtual do Banco Central com analistas do Rio de Janeiro. Ontem, em reunião com economistas de São Paulo, o grupo que participou do encontro à tarde com diretores do BC mostrou uma divisão em relação à "normalização parcial" da taxa de juros e inflação, que pode, segundo as fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, estar ocorrendo também entre os membros do Copom. "Reuniões dos economistas com o Banco Central devem exacerbar as preocupações do mercado com a inflação", escreveu hoje o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.

Mais cedo, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que o "governo deve voltar a exercer papel mais ativo e inteligente na economia". "Estímulos são investimentos para tornar economia mais competitiva e sustentável. Devemos reorientar política fiscal e resolver subinvestimento em infraestrutura", afirmou a secretária.

Em relatório, o Bradesco BBI projetou o Ibovespa a 135 mil pontos no fim de 2021 e 150 mil pontos no término de 2022, segundo relatório divulgado hoje. De acordo com a instituição, a mudança ocorreu devido a projeções mais altas para os lucros.

Às 9h20, O dólar spot caía 0,39% aos R$ 5,2469. O futuro recuava 0,59% aos R$ 5,253. O barril do Brent tinha alta de 0,62% e beirava os US$ 70, sendo vendido a US$ 69,88.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou, nesta semana, a relação de selecionados no Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior. No total, 650 estudantes de pós-graduação foram aprovados para a formação que busca complementar doutorado em outros países, tais como Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá e Japão.

Participam do programa instituições de ensino com nota igual ou superior a 4. De acordo com a Capes, a previsão é que os alunos iniciem os intercâmbios de pós-graduação a partir de setembro deste ano.

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“A internacionalização é um dos indicadores de avaliação de excelência da pós-graduação e, portanto, da ciência de um País, e o PDSE representa a maior chance de estudar fora do Brasil para as pessoas que não podem passar dois, três, quatro anos no exterior”, comentou a presidente da Capes, Cláudia Queda de Toledo, segundo o site da instituição.

A bolsa de estudos dura de quatro a seis meses. Após a conclusão, os estudantes retornam ao Brasil para defender as teses de seus trabalhos de pesquisa. Confira os valores das bolsas.

A primeira viagem de Joe Biden ao exterior como presidente dos Estados Unidos será para a cúpula do G7 no Reino Unido em junho, seguida pelas cúpulas da Otan e da União Europeia em Bruxelas, informou a Casa Branca nesta sexta-feira(23).

O presidente deve participar do encontro do Grupo dos Sete, que reúne as principais potências mundiais, na Cornualha, na Inglaterra, de 11 a 13 de junho. No dia seguinte ele viajará para a Bélgica.

O presidente "destacará seu compromisso em restaurar nossas alianças, revitalizar a relação transatlântica e trabalhar em estreita colaboração com nossos aliados e parceiros multilaterais para enfrentar os desafios globais e proteger melhor os interesses dos Estados Unidos", disse a Casa Branca sobre a primeira viagem ao exterior do presidente democrata desde que assumiu o cargo em janeiro.

Depois que o ex-presidente Donald Trump enfraqueceu os laços históricos da América com aliados europeus e asiáticos, Biden enfatizou a necessidade de reconstruir alianças tradicionais e colocar Washington de volta no centro de grupos multilaterais, como o G7.

A Casa Branca não disse se Biden também buscará incluir uma possível cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, durante a viagem.

O presidente mostrou sua disposição de se reunir com o líder do Kremlin em um terceiro país para tentar estabilizar as relações cada vez mais tensas entre os Estados Unidos e a Rússia.

Biden vai "reforçar nosso compromisso com o multilateralismo, trabalhar para promover as principais prioridades políticas da América em saúde pública, recuperação econômica e mudança climática e demonstrar solidariedade e valores compartilhados entre as principais democracias", disse Psaki.

O G7 também proporcionará uma oportunidade para negociações bilaterais com outros líderes do grupo, incluindo o anfitrião, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, disse a Casa Branca.

Na cúpula da Otan em 14 de junho, Biden buscará "afirmar o compromisso dos Estados Unidos com a Otan, a segurança transatlântica e a defesa coletiva", segundo a porta-voz.

"Os líderes da Otan vão discutir como guiar a aliança contra ameaças futuras e garantir uma divisão efetiva de tarefas", acrescentou Psaki. Outras reuniões individuais com outros líderes da Otan serão agendadas.

Além disso, Biden participará de uma cúpula entre os Estados Unidos e a União Europeia para "enfatizar" o compromisso "com uma forte parceria transatlântica baseada em interesses e valores compartilhados".

"Os líderes discutirão uma agenda comum para garantir a segurança da saúde global, estimular a recuperação econômica global, abordar a mudança climática, aprimorar a cooperação digital e comercial, fortalecer a democracia e abordar as preocupações mútuas de política externa", listou Psaki.

Milena e Luíse são alunos da rede estadual de ensino de Pernambuco. Fotos: Cortesia

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Duas estudantes da rede estadual de ensino de Pernambuco foram aprovadas para ingressar em universidades estrangeiras. Luíse Carolina, de 18 anos, e Milena Ribeiro, 17, enfrentaram um duro período de estudos em que, em plena pandemia da Covid-19, se sacrificaram para dividir a preparação focada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nas seleções de instituições situadas no exterior.

Aluna da Escola Técnica Estadual (ETE) Advogado José David Gil Rodrigues, do bairro de Jardim Jordão, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, Luíse foi aprovada em sete universidades canadenses, bem como foi contemplada, por meio da nota obtida no Enem, com o ingresso na graduação de administração, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A jovem estudou o ensino fundamental em escola privada, mas, em 2017, migrou para a rede estadual, onde alimentou o objetivo de fazer intercâmbio em outros países.

Além de investir na preparação para o Enem, a estudante realizou pesquisas, durante a pandemia, em busca das informações necessárias para realizar o intercâmbio. “Tive a ajuda indispensável dos meus professores, que sempre me ajudaram desde o primeiro ano. Depois de meses de preparação, pesquisas, provas e entrevistas on-line, eu consegui ser admitida em sete universidades no exterior”, relatou, em entrevista ao site da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco.

Luíse contou que, na noite anterior à divulgação do resultado do Enem, ela recebeu um e-mail da University of British Columbia, apontada como uma das melhores faculdades do Canadá. A mensagem deu forma ao seu sonho, pois trouxe a confirmação da admissão. “No dia seguinte, recebi notícia que tinha passado em primeiro lugar de escola pública em administração na UFRPE, que também era a universidade dos meus sonhos“, completou. A jovem optou por ficar na universidade brasileira, em razão dos custos de vida em solo canadense.

Milena Ribeiro também foi contemplada com aprovações no exterior. Estudante da Escola Técnica Estadual (ETE) José Alencar Gomes da Silva, do bairro do Janga, na cidade de Paulista, Milena soma quatro admissões em universidades dos Estados Unidos, além de celebrar a possibilidade de cursar relações internacionais, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

“A maioria dos estudantes que está se preparando para tentar ingressar em algo fora do país se depara com a falta de tempo. Chega um momento em que o estudo toma a maior parte do seu dia e eu precisei fazer escolhas. No meu caso, optei por priorizar o estudo para as aplicações nos Estados Unidos. Não é algo que eu recomende, mas foi o que funcionou para mim”, contou.

O percurso até a conquista foi marcado por desafios, atenuados pelos efeitos da pandemia da Covid-19. “No decorrer do processo comecei a me deparar com dúvidas, angústias e comparações com outros estudantes. É um processo seletivo que leva muito tempo, são várias fases e o psicológico acaba ficando abalado. Até que numa tarde, recebi a primeira ligação falando sobre a aprovação. É uma emoção que eu não consigo nem descrever”, relembrou Milena.

A jovem resolveu estudar relações internacionais na Maryville University, em St Louis. Agora, outro desafio marca a trajetória da estudante: conseguir os valores necessários para bancar a viagem.

Milena precisa arrecadar R$ 10 mil. Em busca da quantia, ela ensina inglês e criou uma “vakinha” para receber doações. Quem quiser ajudar, pode clicar na plataforma brasileira e realizar uma doação.

O dólar opera em baixa nesta quinta-feira, 18, após a alta de ontem e diante da desvalorização externa da moeda norte-americana nesta manhã. Mas os sinais são moderados e a moeda já testou máximas na casa dos R$ 5,40, em manhã com liquidez ainda reduzida e cautela com ruídos políticos e possível aumento do déficit público com a retomada do auxílio emergencial sem garantias de contrapartidas.

Mais cedo, a desaceleração nas prévias de três índices de preços chamou atenção: IGP-M, IPC-Fipe e IPC-S. O fluxo cambial em meio a IPOs na Bolsa segue no radar.

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No exterior, o pano de fundo do dólar fraco é a expectativa por uma definição sobre o pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão.

Há um compasso de espera também pelos dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, além de comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) durante a sessão.

Na ata da última reunião do Banco Central Europa, que começou a ser divulgada há pouco, os dirigentes concordaram que amplo apoio fiscal permanece essencial. Além disso, afirmam que os dados confirmam impacto econômico da pandemia em curto prazo e inflação fraca, mas ressaltam ser importante avaliar o impacto da alta dos juros de títulos no cenário de inflação.

Às 9h35, o dólar à vista recuava 0,40%, a R$ 5,3935. O dólar para março caía 0,39%, R$ 5,3950.

O dólar opera em alta no mercado doméstico, acompanhando a tendência da moeda americana nesta manhã de quinta-feira (4) no exterior em meio ao impasse sobre o novo pacote fiscal dos EUA. Um pano de fundo de cautela predomina também em relação à agenda do Congresso brasileiro, porque os investidores e analistas querem ver a evolução da pauta - se realmente acontecem no Parlamento as reformas e privatizações prometidas pelo Executivo.

No exterior, mais cedo, a libra se fortaleceu levemente ante o dólar e a Bolsa de Londres acentuou queda após o Banco da Inglaterra (BoE) manter inalterada sua política monetária, conforme esperado. Em comunicado sobre a decisão, a instituição prevê uma rápida recuperação da atividade econômica britânica em 2021, impulsionada pela vacinação contra a covid-19, mas descreve a situação como "incerta". Às 9h20, a libra estava a US$ 1,3649, ante US$ 1,3644 no fim da tarde ontem. O dólar segue em alta leve frente euro e iene. Às 9h28, o dólar á vista subia 0,11%, a R$ 5,3763. O dólar para março ganhava 0,59%, a R$ 5,3825.

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A Rússia quer aumentar a produção de sua vacina Sputnik V no exterior, informou nesta quarta-feira (3) o porta-voz do Kremlin, um dia depois de a revista científica The Lancet publicar que a eficácia do fármaco é de quase 92%.

"Em um futuro muito próximo queremos começar a produzir em outros países para responder a demanda crescente de mais e mais países", disse Dmitri Peskov.

A vacina russa há muito é tratada com suspeita em face da falta de dados científicos públicos.

No entanto, a Sputnik V já foi aprovada em mais de 15 países: em vizinhos ex-soviéticos como Belarus e Armênia, em aliados como Venezuela e Irã, mas também na Argentina, Argélia, Tunísia e Paquistão. Na terça-feira, as autoridades mexicanas aprovaram o uso da vacina russa.

Em vez de exportar, Moscou quer desenvolver parcerias de produção. No momento, Cazaquistão, Índia, Coreia do Sul e Brasil produzem a Sputnik V. Mas nem todos a utilizam ainda.

A Rússia também iniciou o processo de aprovação junto à Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar aberta, condicionalmente, à ideia de usá-la na Europa.

A Sputnik V é uma vacina de vetor viral em duas injeções, mas terá uma versão "light", de uma só dose.

Alguns brasileiros almejam morar nos Estados Unidos, seja pelo desejo de fazer parte de uma cultura diferente ou em busca de melhores condições financeiras. Essa vontade costuma se intensificar nos momentos de crise econômica, onde diversas pessoas, de diferentes classes sociais, perdem a esperança de dias melhores no Brasil.

Na semana passada, a atriz e apresentadora Xuxa Meneguel anunciou sua saída da Record TV e o desejo de ir morar na Itália. Outros famosos já deixaram o país, como é o caso de Fernanda Lima, Wagner Moura e Carla Perez. Assim com eles, outros trabalhadores também buscam uma nova vida, fora do solo brasileiro. É o caso da advogada Roberta Minuzzo, 39 anos, de Winter Garden, na Flórida (EUA), que já tinha uma vida profissional estabelecida no Brasil. O maridodela trabalhava em uma multinacional há mais de 20 anos. "Achava que era hora de dar uma reviravolta na nossa vida pessoal e profissional, sair da nossa zona de conforto", lembra.

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A advogada Roberta Minuzzo, que mora na Flórida | Foto: Arquivo Pessoal

Roberta explica que morar fora do Brasil possui algumas desvantagens, como viver longe da família, além da carga horária de trabalho ser maior, já que nos Estados Unidos a vida é bem dinâmica. "Por outro lado, não convivemos com a violência, nossas filhas têm educação de qualidade, mesmo em escola pública. Podemos desfrutar da excelente estrutura e oportunidades que o país oferece, além das nossas filhas poderem se divertir ao lado de casa, já que moramos a 15 minutos da Disney", relata a advogada, que não planeja retornar ao país natal.

O que é necessário para conseguir o Green Card

Para sair do Brasil não basta mudar de endereço ou residência. Alguns procedimentos precisam ser cumpridos. Aqueles que pretendem morar nos Estados Unidos precisam ter o Green Card, documento que concede o direito de permanência no país.

Existem alguns tipos de vistos, como o E-2, uma modalidade que possibilita cidadãos de países com tratado de navegação e comércio com os Estados Unidos viverem no país com suas famílias. Para esse visto, é exigido que o solicitante disponha de US$ 120 a 150 mil, além de capital de giro e disposição para empreender e investir. "É temporário e concedido de dois ou até cinco anos. Depende da análise da imigração. Boa parte dos países da Europa fazem parte deste tratado, com exceção de Portugal", explica o advogado especialista em direito internacional Daniel Toledo.

Outro visto é o L1, voltado para empresários que desejam ampliar seus negócios no país norte-americano. Nesse caso, é preciso apresentar a saúde financeira da empresa por meio de impostos de renda e firma reconhecida. "Também é preciso demonstrar a folha de pagamento, balancete e extratos que comprovem a movimentação financeira. A documentação será analisada pelo profissional que vai auxiliar o processo no órgão Consular ou em um escritório da Imigração dos Estados Unidos", detalha Toledo.

Os investidores podem optar pelo visto EB-5, que concede ao empresário os mesmos direitos de um cidadão americano. "Para esse visto, além de pagar US$ 900 mil para o EB-5 indireto ou direto, que é feito por meio da criação do próprio projeto, também é preciso pagar uma taxa de US$ 1,8 milhão. Há também taxas de imigração. Outra exigência é a de criar pelo menos dez novos empregos que podem, em tese, receber a aplicação do EB-5", descreve o advogado.

No caso de um brasileiro que vai realizar um casamento com alguém natural dos Estados Unidos e deseja morar lá, é preciso a comprovação de que existe uma relação verdadeira entre o casal. "Deve ser provada a boa fé e consistência desse relacionamento. É necessário juntar fotos, demonstrar que ouve ligação com essa pessoa, emails que comprovam o histórico de troca de mensagens, conversas. Afinal de contas, não se casa com uma pessoa em que você conversa com ela uma vez por mês", explica o advogado.

O casal deve possuir coabitações, como morar junto da pessoa, ter seguro de saúde conjunto, além de referenciar o parceiro nas declarações de imposto de renda. "Demonstrar que essa pessoa faz parte do seu dia a dia, e que você possui algum tipo de patrimônio com ela, é essencial para esse tipo de processo", orienta Toledo. Além disso, o advogado lembra que o agente responsável pelo processo, ao perceber que as exigências não foram cumpridas, pode abrir uma investigação ou negar a validade do Green Card.

Para profissionais com curso de pós-graduação existe o visto EB-2, que, segundo o advogado, também podem ser valido para estrangeiros que possam beneficiar a economia nacional, os interesses culturais, educacionais ou o bem-estar dos Estados Unidos.

O dólar opera em linha com o exterior e recua no mercado doméstico. Os investidores precificam a possibilidade do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar um pacote fiscal da ordem de US$ 2 trilhões ainda nesta quinta-feira (14).

Os dados da balança comercial da China em dezembro, sobretudo de exportações, ajudam também as divisas emergentes e ligadas a commodities ante o dólar pelo sinal positivo sobre a recuperação da economia global como um todo. No radar estão ainda a ata do BCE (9h30) e um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (14h30).

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No Brasil, ruídos envolvendo a troca de comando no Banco do Brasil são monitorados bem como o avanço da Covid-19 no País e o risco fiscal em caso de novo lockdown e necessidade de retomada do auxílio emergencial e de estímulos à economia. Um contraponto no câmbio pode ser o fluxo cambial, que já contribui para queda do dólar ontem. Às 9h17, o dólar à vista caía 1,00%, a R$ 5,2574. O dólar futuro para fevereiro recuava 0,77%, a R$ 5,2625.

"Acho que a distância do Brasil aumentou, a saudade aumentou. Poder ir ou não deixou de ser uma escolha. Agora, não há perspectiva de quando vou reencontrar minha família", diz a bióloga Laís Maia, de 29 anos, que mora em Christchurch, na Nova Zelândia. "Antes, eu podia falar 'Pego um voo e vou'. Quando não se tem essa possibilidade, a distância fica maior", concorda o diretor de arte Daniel Cazzamatta, de 33, que vive no Porto, em Portugal.

Nas últimas semanas, a reportagem do Estadão ouviu depoimentos sobre o ano de 2020 de sete brasileiros que vivem fora do País. Se por um lado alguns deles se sentem sortudos - e até aliviados - de estarem em lugares cujos governos lidaram melhor com a pandemia, por outro lamentam a solidão de um ano em que não houve contato pessoal com a família.

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Cazzamatta, por exemplo, vive fora há cinco anos. Primeiramente, na Itália. Agora, em Portugal. Nesse período, nunca ficou mais do que um ano e meio sem visitar os parentes. Em 2020, ele e a mulher já tinham até comprado passagem para outubro. O voo foi cancelado e a companhia emitiu um voucher para remarcação. "Decidimos esperar mais, porque os casos voltaram a aumentar."

Para ele, o pior momento foi viver a distância o luto pela perda do avô. "Eu queria ter ido ao velório. Mas não pudemos. Depois, pensamos em passar o Natal. Seria importante estar com a família. Meu avô era muito pilar, era quem unia todos."

Aceitar não ir ao Brasil também foi difícil para Laís. Ela vive há três anos na Nova Zelândia, onde faz pesquisa de doutorado na Universidade de Canterbury. Nos dois primeiros anos, nem podia pensar em viajar - ela precisava acompanhar diariamente a pesquisa que realizava ou os insetos de seu experimento morreriam. Tão logo terminou essa fase, ainda em 2019, comprou bilhetes para as esperadas férias no Brasil. Seriam em abril de 2020.

"Estava superansiosa. Quando em fevereiro começou a surgir o assunto da pandemia, pensei que não poderíamos ir mais", lamenta. "Me sinto sortuda por viver aqui, mas foi um ano em que me senti mais isolada, mais triste."

Para Cazzamatta, até mesmo a decisão de morar fora tem sido reavaliada. "Antes, para mim era tranquilo. Eu pensava: qualquer coisa pego um voo e em 12 horinhas estou em casa. Agora, o cenário mudou. E mudou nossa percepção inclusive sobre querer continuar aqui ou não."

Pescaria adiada

Este foi o primeiro Natal que o arquiteto Gustavo Minosso, de 40 anos, não passa com seus parentes no Brasil. Ele vive em Milão, na Itália, onde tem um escritório há 13 anos. A decisão sobre a quebra da tradição foi tomada em setembro. "Vi que a situação aqui na Europa iria piorar e poderia acabar ficando 'preso' no Brasil ou ser obrigado a fazer quarentena quando retornasse." Aficionado por pescaria, ele tem o hábito de organizar passeios com o irmão todos os anos. Agora, suas expectativas para rever os parentes foram adiadas para agosto, período de férias na Itália. Enquanto isso, contenta-se em pescar nos lagos de Como e de Garda, por exemplo, perto de Milão.

Para a empreendedora Maria Fernanda Hinke, de 39 anos, também será exceção passar as festas de fim de ano longe da família. Ela mora em Paris, na França, desde 2012. Como trabalha com cicloturismo, aproveita os meses frios de dezembro a fevereiro, quando não há demanda, para visitar o Brasil.

Fernanda conta que tomou a decisão de não ir há sete meses, quando entendeu a proporção da crise. Para ela, é uma questão de consciência. "Não é o momento de fazer esse tipo de viagem, de fazer o vírus circular. E tem o fato de que o Brasil está administrando muito mal a crise." Ela está com saudade. "Quando moramos fora, temos a expectativa de passar esses momentos com a família. Gostaria de abraçar minha mãe, meus irmãos, minha sobrinha."

Moradora de Senago, na Itália, a arquiteta Virginia Fabri, de 36 anos, é outra que lamenta a distância dos parentes nesta época. "Será o primeiro ano que não vou ao Brasil", conta ela, que vive na Itália desde 2009. Em abril, sua irmã e seu cunhado iriam visitá-la. "Já tinham passagens e acabaram suspendendo", relata. Os pais dela também pretendiam ir à Itália, mas foram forçados a mudar os planos. "A gente sempre teve esperança, essa coisa de vai melhorar, vai melhorar. Mas, infelizmente, não melhorava", lamenta.

Desde que se mudou para Estocolmo, na Suécia, o plano da nutricionista Carla Avesani, de 47 anos, era visitar o Brasil a cada 18 meses, uma vez no verão, outra no inverno. A última vinda foi em julho de 2019. Era a hora de passar o Natal com a família. "Pela dificuldade em planejar viagem com a covid, achei melhor adiar", diz Carla. "Não só pelos voos e regulamentações, mas porque parte das pessoas com quem iríamos conviver é do grupo de risco."

Dor de não estar presente. Para a física e divulgadora científica Gabriela Bailas, de 29, dona do canal Física e Afins no YouTube, pior do que não passar as festas de fim de ano com a família é ficar vendo postagens nas redes sociais dos entes queridos confraternizando. "O Natal é uma data que pega, porque está todo mundo celebrando com a família", afirma ela, que mora em Tsukuba, no Japão, onde trabalha no centro de pesquisas para inteligência artificial da universidade local.

Gabriela vive no Japão desde 2018. Mas antes morou em Portugal e na França. Estava tudo certo para ela passar as festas no Brasil. Seria, aliás, a primeira vez que seu marido, japonês, conheceria o País. A dolorosa decisão de adiar os planos foi tomada no meio do ano. Não será a primeira vez que Gabriela ficará longe dos parentes nesta época. "Quando eu morava na França, passei o Natal sozinha uma vez. Foi muito ruim. Minha família até me colocou, por Skype, na ceia de Natal", lembra. "Mas é uma coisa que eu não recomendo."

Visto especial

Na casa da funcionária pública Margareth Bailas, de 51 anos, a mala continua pronta, como se ainda fosse viajar de Pelotas para Tsukuba, no Japão. Em 17 de setembro, ela soube que a filha, a física Gabriela Bailas, de 29 anos, que mora do outro lado do mundo, talvez precisasse passar por cirurgia. O problema é que brasileiros já haviam sido proibidos de entrar no Japão. Começava ali uma batalha de mãe. "Telefonei para o consulado japonês em Porto Alegre", conta. "Queria saber se a viagem seria permitida se Gabriela fosse submetida à cirurgia." Margareth soube que vistos especiais estavam sendo concedidos com autorização direta do Japão. O caso foi aprovado. "Achei sensível da parte deles." Uma notícia boa: Gabriela, felizmente, não precisou de cirurgia. Mas as malas de Margareth continuam ali.

Voos cancelados

Em 2020, os brasileiros acabaram sendo barrados ou impedidos de realizar viagens internacionais. Não foram poucos os que perderam compromissos de trabalho e tiveram de enfrentar a saudade de pessoas queridas. Ou mesmo passaram pelas duas situações.

É o caso, por exemplo, da gerente de programas socioambientais Camila Daminello, de 34 anos, que trabalha em uma instituição cuja sede fica nos Países Baixos. Neste ano, ela praticamente colecionou bilhetes aéreos de voos cancelados. Pelo planejamento de janeiro, ela iria pelo menos oito vezes a trabalho para a Europa neste ano. E pretendia fazer ainda duas viagens estritamente pessoais - o namorado dela vive na Itália, onde faz o doutorado.

"Seria um ano inteiro de viagens. Cheguei a comprar diversas passagens. A primeira, em março, foi cancelada cinco dias antes. Fiz as malas, troquei dinheiro, comprei presentes, tudo estava preparado", recorda-se. "Ainda no primeiro semestre, tive mais duas viagens para a Europa canceladas, com passagens compradas e tudo."

Camila conta que, nos primeiros meses, ela e o namorado passavam a maior parte do tempo livre pesquisando as restrições e as constantes mudanças de regras em cada país, alimentando esperanças e pensando em alternativas improváveis. "Estava muito desgastante. Aí, em maio, mudamos a chavinha." Os dois estão há quase 11 meses sem se encontrar.

Funcionária de uma instituição do governo italiano, a economista Pauline Vargas, de 42, também tem as viagens internacionais na rotina de trabalho. Em 2020, ela deveria ir pelo menos quatro vezes a Roma. Tudo foi cancelado e seu dia a dia profissional passou a ser repleto de teleconferências.

Ela espera que, tão logo a situação se normalize, as viagens voltem a ocorrer. "Por outro lado, reconheço que viajava muito a trabalho", comenta. "Gostei de reduzir essas viagens. Quando retomar, espero não voltar no mesmo ritmo."

O sociólogo Bruno Santos, de 31, mudou-se há dois anos para a Itália, onde faz doutorado na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Ainda na primeira onda da pandemia na Europa, retornou a São Paulo para ficar ao lado da família, já que as aulas passaram a ocorrer online. "Foi muita dificuldade para conseguir embarcar", recorda.

Seu plano era voltar à Itália no início do semestre, em setembro. Mas a Itália restringiu os voos que partiam do Brasil. Nesse meio-tempo, venceu sua carta de permissão - o documento provisório que dá a ele o direito, como estudante, de viver como estrangeiro na Itália. "Não pude renovar porque não estava em território italiano."

Para a família Vasconcellos, a separação que seria de um ano acabou se tornando um ano e meio longe. O tecnólogo Davi Vasconcellos, de 36 anos, se mudou a trabalho para Radovljica, na Eslovênia, em abril de 2019. Pela legislação local, sua família estaria autorizada a viver no país com ele exato um ano depois. Com a pandemia, Vasconcellos só conseguiu dar entrada no pedido de reunificação familiar em maio. O processo demorou mais do que o normal e saiu apenas em julho. Ao chegarem à Eslovênia, a mulher e os dois filhos dele ainda precisaram passar por 14 dias de quarentena.

O reencontro, como era de se esperar, foi marcado por lágrimas. "Foi emocionante. Nunca imaginamos ficar tanto tempo separados", diz Ilislane, de 35 anos, a mulher de Davi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alissa Veiga, filha de Tom Veiga, intérprete de Louro José, comentou no Twitter sobre a repercussão da morte de seu pai, vítima de um AVC no último domingo (1º), no exterior.

No Twitter, a garota, que tem 15 anos de idade e é fruto da relação do ator com Alessandra Veiga, divulgou a matéria do jornal norte-americano The Washington Post, que fala sobre a comoção do público brasileiro pela morte de Tom.

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No Brasil, a morte de uma marionete de papagaio agita a nação, diz o título da reportagem. Alissa então comentou: "Pai, você dominou o mundo".

Anteriormente, ela havia desabafado sobre a perda: "Eu só queria ter recebido um 'feliz aniversário' dele. Eu não sei o que eu faço, é uma dor inexplicável", escreveu.

O Santander, através da iniciativa '#InvistaEmVocê', abriu, nesta quarta-feira (23), as inscrições para 1.525 bolsas de estudos em universidades do exterior. Quem deseja concorrer a uma das oportunidades deve se inscrever através do site do programa.

Há bolsas para cursos presenciais e on-line em universidades como MIT Professional Education, London School of Economics, Universidade da Pennsylvania, dentre outras. A oportunidade é destinada a graduandos de todo o Brasil que estão no começo da carreira. "Formações têm foco no aprimoramento de habilidades digitais e emocionais, na capacidade de liderança, idiomas, desenvolvimento de carreira e acesso ao mercado de trabalho internacional", detalhou a instituição financeira.

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De acordo com o superintendente executivo do Universidades Santander Brasil, Nicolas Vergara, a oportunidade de intercâmbio é uma forma de combater a crise econômica causada pelo novo coronavírus. “A pandemia atingiu em cheio a empregabilidade do jovem no Brasil, além de antecipar ao momento presente as necessidades de atualização de habilidades de diferentes esferas, mas essenciais, como digitais e emocionais. As bolsas globais que estamos oferecendo preparam os jovens neste momento de transformação aguda e profunda”, comenta o superintendente, conforme informações da assessoria de imprensa do Santander.

Um dos programas disponíveis, o Bolsa Santander English for Professional Development – Universidade da Pennsylvania, reúne 500 vagas. Elas são direcionadas a estudantes que falem inglês e almejam ingressar no mercado de trabalho internacional. "As atividades se darão por meio de conferências, debates e exercícios de compreensão que os alunos podem completar de forma independente. Além disso, terão encontros com os instrutores e colegas, e algumas tarefas em equipe. Duração 13 semanas. Público-alvo: jovens que miram o mercado de trabalho internacional e falem inglês", detalhou o banco. Interessados podem conferir, através do edital de cada bolsa, quais são os requisitos, prazo de inscrição, público-alvo, domínio da língua, tempo de duração e outros critérios da seleção.

Após um fechamento da curva nas últimas sessões, os juros futuros abriram nesta terça-feira (28) em alta apoiado pelo dólar valorizado e cautela no exterior. Nos curtos o movimento é limitado, em meio à precificação de maior chance maior de corte de 25 pontos-base da Selic no Copom da próxima semana. Ontem a curva de juro tinha precificação de 80% para corte ante a possibilidade de manutenção em 2,25%.

No radar desta terça-feira está a reunião de diretores do Banco Central com investidores neste último dia pré período de silêncio do Comitê de Política Monetária (Copom).

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O diretor de política econômica do BC, Fabio Kanczuk, tem reunião às 10 horas, por videoconferência, com a equipe econômica da MAG Investimentos.

Também o diretor de política econômica, Bruno Serra, tem reunião com representantes da Capstone (11 horas). As duas reuniões são para tratar da conjuntura econômica.

Às 10h06, o DI para janeiro de 2022 indicava 2,78% ante 2,74% ontem no ajuste e o DI para janeiro de 2027, 6,32%, de 6,26%.

O atacante Tiago Chulapa procurava ser sempre o primeiro a chegar ao vestiário do Al Arabi, dos Emirados Árabes Unidos, antes dos treinos em 2014. O jogador não via a hora do funcionário do clube preparar as frutas servidas como aperitivo ao elenco porque as bananas e maçãs colocadas na bandeja eram as únicas garantias de que conseguiria comer no dia. Mesmo em um ambiente tão rico quanto o futebol, muitos brasileiros, todos os anos, enfrentam experiências como a de Tiago ao se aventurarem no exterior e terem de lidar com abandono dos clubes, promessas não cumpridas, falta de estrutura e até fome.

Segundo dados do registro de transferências da CBF, uma média de 600 jogadores brasileiros se transferem por ano ao exterior. Os destinos preferidos são geralmente Portugal, Arábia Saudita, Japão, Malta e Ucrânia, por vezes em divisões inferiores e com realidades financeiras distantes de salários altos e boas condições de trabalho. Um estudo feito em 2016 pelo sindicato mundial dos atletas, o FIFPro, revela que 21% dos jogadores profissionais do mundo ganha menos de R$ 1,5 mil por mês e 41% convive com rotineiros atrasos salariais.

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Esses problemas se tornam ainda mais complicados quando se trata de um jogador brasileiro no exterior. Muitos mudam de país sozinhos, sem o conhecimento básico de outro idioma e longe de terem informações sobre o futuro clube. Um estudo divulgado em maio mostra o quanto a mão de obra nacional é a mais valorizada (e talvez uma das mais baratas) do mundo do futebol. Segundo um trabalho do Centro Internacional de Estudos do Futebol, na Suíça, o Brasil é a nação com mais jogadores em atividade fora do próprio país. Eram mais de 1,5 mil em 2019.

Por isso, jogadores como Tiago Chulapa por vezes precisam encarar muitos obstáculos fora do esporte. "Infelizmente é comum a gente passar dificuldade por confiar na pessoa errada. Eu fui para os Emirados Árabes pensando que seria contratado, mas na verdade eu fui enganado e estava só passando por testes. Não me deram nenhum papel para assinar", disse o jogador, que atualmente está no Nongbua Pitchaya, da Tailândia.

O atacante brasileiro passou um mês morando no Al Arabi. A equipe estava em crise financeira e em alguns dias não conseguia nem servir as refeições regulares ao jogador. "Tinha vezes que eu passava mal nos treinos, porque não tinha comido. Eu procurava dormir o máximo de tempo possível para não sentir fome", contou. A situação só melhorou depois que Tiago tentou a sorte no país vizinho, Omã, para onde foi se arriscar em um teste. Conseguiu passar e foi contratado.

Ao deixar o São Paulo no fim de 2015, o zagueiro Edson Silva aguentou ficar só cinco meses no Estrela Vermelha, da Sérvia. A dificuldade com o idioma, o atraso salarial e a falta de apoio à adaptação pesaram muito. "O clube estava em crise e não conseguia me pagar. Ainda bem que eu tinha guardado um dinheiro. Se não fosse isso, teria sido pior. Eu sofri também porque minha mulher estava grávida de oito meses e o clube prometeu me ajudar com isso e não cumpriu. Não conseguimos arrumar um médico adequado para que ela se sentisse à vontade", comentou o defensor, atualmente no Novorizontino.

Edson Silva conseguiu voltar ao Brasil e retomar a carreira com a certeza de que para jogar no exterior não vale só ficar atento ao dinheiro previsto no contrato. É preciso também observar se a estrutura para a família, acomodação e até a presença de um tradutor serão contemplados. "Quando o jogador vai para o exterior, precisa estar amparado para que ele só se preocupe com o futebol. Se não, você não vai se adaptar nem vai render", disse.

A falta de amparo do time fez o atacante Renan deixar o Wisla Krakow, da Polônia, sem nem avisar a diretoria. Após se transferir para lá em 2013 pela insistência do empresário, ficou só 40 dias. Hoje em dia no Santo André, ele disse ter sido vítima de xenofobia pelos colegas e sofrido com a falta de auxílio para se adaptar. O único que lhe ajudava era um colega hondurenho de time. "Eu fui buscar meu espaço, mas a realidade é bem diferente de quem tem contrato milionário. Eu deveria ter pesquisado mais, só que fui sem saber nada, sem referência", contou.

AUXÍLIO DOS COMPATRIOTAS - O meia Felipe Wallace encarou um revés no novo clube em plena pandemia do novo coronavírus. O jogador chegou ao Trang, da terceira divisão tailandesa, e logo depois teve o contrato rescindido. Sem poder voltar ao Brasil nem ter dinheiro para buscar um abrigo, ele teve as diárias em um hotel bancadas pelo clube. "Eles me pagaram 50% do salário até maio. Mas eu estava ficando sem condições. Eu almoçava, mas não tinha dinheiro para jantar. Me sentia como em um deserto", contou.

A situação dele só melhorou porque pelas redes sociais, conheceu outros jogadores brasileiros que jogam na Tailândia e que lhe ofereceram moradia e ainda o auxiliavam com alimentação. Agora, ele já negocia com outras equipes para disputar a próxima temporada da liga local.

O dólar se enfraqueceu no exterior com a melhora dos índices futuros das Bolsas de Nova York em meio à alta das commodities, como petróleo, cobre e minério de ferro, e direciona os negócios locais, após duas alta seguidas.

Os dados de vendas no varejo em maio ante abril acima das previsões e a aceleração dos preços trazida pelo IGP-DI e o IPC-S de junho ajudam na baixa também ao corroborar para uma pausa no afrouxamento monetário, reforçando as chances de Selic estável em 2,25% em agosto.

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As vendas do comércio varejista subiram 13,9% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,90% e 11,60%, com mediana positiva de 5,90%. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 19,6% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, superando o teto do intervalo das estimativas dos analistas, entre 0,50% e 13,10%, com mediana positiva de 7,70%.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,60% em junho, após um avanço de 1,07% em maio, acima da mediana estimada de 1,40%, mas dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta desde 1,10% a 1,75%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Já o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a 0,50% na primeira quadrissemana de julho, de 0,36% em junho.

Às 9h26, o dólar à vista caía 0,15%, a R$ 5,3752. O dólar futuro para agosto cedia 0,03%, a R$ 5,3790.

Estudante do Instituto Federal de São Paulo, Isabelly Moraes Veríssimo dos Santos, de 18 anos, conquistou, em 2020, a aprovação em sete das dez universidades estrangeiras a qual pleiteou oportunidades de estudo. Nesta segunda-feira (6), às 16h30, a jovem particicipará de uma live no Vai Cair No Enem, projeto multimídia realizado em parceria com o LeiaJá.

No encontro, a estudante contará como era sua rotina de estudos para aprovação, qual o processo de candidatura às vagas em universidades estrangeiras, dará dica para os estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre outros assuntos abordados. 

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Isabelly foi aprovada na Charles Darwin University (Austrália), Cedar Crest College, Ohio University, Nova Southeastern University, Rose-Hulman Institute of Technology, Indiana University Bloomington, todas nos Estados Unidos. A transmissãos erá exibida por meio do Instagram @vaicairnoenem e do canal youtube.com/vaicairnoenem

Foto: Arquivo pessoal

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O dólar retoma a queda nesta quarta-feira, após ter subido ontem, alinhado à desvalorização predominante no exterior. O IPCA em maio caiu 0,38%, menos que a mediana das projeções do mercado (-0,46%), ficando em segundo plano. Em abril, o indicador de inflação teve queda recorde de 0,31% desde o início do Plano Real, em 1994.

No mercado de moedas global, o dólar opera desvalorizado, em meio à expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (15h) e a entrevista coletiva do seu presidente, Jerome Powell (15h30). Também serão anunciadas pelo Fed as primeiras projeções para a economia e juros neste ano. Nos EUA, o índice de inflação ao consumidor (CPI) recuou 0,1% em maio ante abril, pior que o esperado (0%). O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, caía 0,22%,a 96,109 pontos por volta das 9h30, praticamente nos mesmos níveis de antes do indicador.

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Às 9h38, o dólar à vista caía 0,29%, a R$ 4,8756. O dólar para julho recuava 0,50%, a R$ 4,8805.

O otimismo externo após a China afirmar que continua comprando soja dos EUA embala a queda do dólar no exterior e no mercado doméstico. Nesta segunda-feira (1°), o dólar subiu ante o real, contrariando a queda lá fora, com investidores reforçando posições defensivas em meio a tensões políticas locais após os protestos a favor da democracia e contra o governo Bolsonaro no domingo, em São Paulo.

A melhora do ambiente nesta terça antecede "as expectativas do mercado de uma brutal queda mensal da produção da indústria em abril", que será conhecido amanhã", diz a Renascença DTVM. A agenda econômica do dia é fraca e a cena política interna permanece no radar.

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A pauta do Congresso será monitorada. O plenário do Senado deve votar nesta terça-feira o PL que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, já chamada de Lei das Fake News. E a Câmara dos Deputados realiza sessão virtual, a partir das 15h, para apreciar a MP 944, que libera crédito para pagamentos de salários e foca em micro e pequenas empresas.

Além disso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, marcou para o dia 10 o julgamento sobre a continuidade ou não das apurações do inquérito das fake news. E a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avalizar pedido da Polícia Federal (PF) para prorrogar por 30 dias as investigações sobre a suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na corporação. O procurador-geral da República, Augusto Aras, também vai pedir que Bolsonaro preste depoimento por escrito.

Em entrevista ontem à GloboNews, Aras disse que Bolsonaro esqueceu de "combinar" com ele sobre o arquivamento do inquérito que apura se houve interferência política na Polícia Federal. O presidente disse recentemente acreditar no "arquivamento natural" do caso. Cabe a Aras decidir se denuncia ou não Bolsonaro. O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que a tendência é que Aras peça o arquivamento do caso.

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou deflação em todas as sete capitais que compõem a amostra no fechamento de maio. No mês, o indicador cheio caiu 0,54% e ficou 0,36 ponto porcentual abaixo da taxa de abril (-0,18%), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Às 9h23 desta terça, o dólar à vista caía 1,22%, a R$ 5,3226. O dólar futuro para julho recuava 0,80%, a R$ 5,3320.

Brasileiros que moram no exterior em situação ilegal encontraram brechas para receber o auxílio emergencial de R$ 600 mensais. A Controladoria-Geral da União (CGU) está apurando as denúncias, confirmou o órgão ao Estadão/Broadcast, mas ainda não tem ideia da quantidade de pessoas que fraudaram o sistema para se inscrever no programa. Quem for identificado será obrigado a devolver os valores e poderá sofrer sanções civis e penais - não explicitadas pelo órgão, no entanto.

Mais de dez milhões de pessoas enquadradas nos requisitos do auxílio emergencial ainda aguardam o processamento de seus pedidos. Enquanto isso, entre as fraudes já apuradas, o Estadão revelou que militares - recrutas que prestam serviço obrigatório e pensionistas - receberam o benefício de forma irregular. Já o jornal O Globo mostrou que estudantes universitários, mulheres de empresários, servidores aposentados e seus dependentes também conseguiram obter o benefício.

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O auxílio é pago pela União para ajudar trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados com renda per capita de até R$ 522,50 mensais ou renda familiar de até R$ 3.135, o equivalente a três salários mínimos.

Não têm direito ao auxílio aqueles com emprego formal, que estejam recebendo seguro-desemprego ou benefícios previdenciários ou assistenciais (exceto o Bolsa Família) e que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559.70 em 2018, de acordo com declaração do Imposto de Renda.

A burla ao sistema acontece na base de dados da Receita Federal. Brasileiros que estão em situação regular no exterior - ou seja, que se mudaram para outro país de forma definitiva ou que passaram à condição de não residente em caráter temporário - são obrigados a apresentar a Declaração de Saída Definitiva do País ao órgão.

Quem imigra ilegalmente não presta essa informação ao Fisco e, por isso, conta como residente no Brasil, sem emprego formal ou renda. Por causa dessa falha, é identificado como elegível nas operações de cruzamento de informações realizadas pela Dataprev, responsável por dar suporte tecnológico para o Ministério da Cidadania no reconhecimento do direito do auxílio aos cidadãos. "A empresa utiliza as informações constantes nas bases oficiais do governo federal para cruzar os dados e realizar a elegibilidade dos cidadãos, conforme previsto na legislação", disse a Dataprev.

Em comunidades em redes sociais que reúnem brasileiros residentes em outros países, o próprio Itamaraty tem orientado os cidadãos a baixarem o aplicativo do auxílio emergencial em lojas do Google e da Apple "brasileiras". Os consulados do Brasil em Tóquio, Roma e Madri publicaram em suas páginas no Facebook orientações para o recebimento do benefício.

Consciência

Nos comentários dessas publicações, brasileiros confirmam ter recebido o dinheiro, enquanto alguns cobram consciência e acusam os demais de estarem se apropriando de recursos que deveriam ficar no Brasil. Aqueles com dificuldades em fazer o pedido pelo celular recebem orientações dos demais. A principal dica é fazer a solicitação pelo site do auxílio.

Assim, é possível preencher os dados com um celular de um familiar ou amigo que tenha um número nacional.

Em dólares, na cotação em que a moeda fechou ontem no mercado oficial, R$ 600 equivalem a US$ 107,98. O auxílio equivale a £ 88,28 no Reino Unido, a € 98,71 nos países da União Europeia e a 11.634,67 ienes no Japão.

À frente das investigações de fraudes dentro do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Bruno Dantas afirmou que as pessoas que se inscrevem no programa com informações falsas cometem crime de falsidade ideológica e de declaração falsa a órgãos públicos - cuja pena é de reclusão de um a cinco anos e multa, conforme artigo 299 do Código Penal Brasileiro.

"São criminosas e devem ter seus nomes enviados ao Ministério Público para serem processadas", afirmou. Segundo ele, embora a lei não cite que é preciso morar em território nacional para receber o dinheiro, a interpretação do governo é razoável e válida. "Não faz sentido pagar benefício assistencial para alguém que mora em outro país."

A Caixa, que realiza os pagamentos, não se pronunciou sobre o caso. O Ministério da Cidadania informou ter firmado parceria com a CGU para acompanhar o processo de pagamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Notícias externas devem se contrapor, pelo menos por ora, a temores relacionados à política brasileira, como sugere o Ibovespa futuro, que avança acima de 3% e dos 80 mil pontos na manhã desta segunda-feira (18). A valorização acompanha os ganhos firmes das bolsas europeias e dos EUA, que já amanheceram positivas, mas ganharam ainda mais força após a notícia sobre evolução de um medicamento contra o novo coronavírus.

Nesta segunda-feira, a farmacêutica americana Moderna anunciou que teve avanços em testes de sua vacina mRNA-1273 contra a doença. Relatou que houve "dados positivos" em testes iniciais com 45 pessoas.

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Às 10h47, o Ibovespa subia 3,54%, aos 80.283 pontos, zerando, portando as perdas de 3,37% da semana passada. No exterior, as bolsas subiam entre 2,00% e quase 4%.

A expectativa de retomada de algumas economias após o isolamento social determinado para conter a pandemia é outro fator a impulsionar os mercados acionários internacionais e estimular o local também, observa o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira. "O movimento lá fora está forte, e isso deve ajudar aqui hoje", diz.

A alta das commodities, como a do petróleo de mais de 8% em Nova York e superior a 6% em Londres, e do minério, de 3,41% no porto de Qingdao, na China, deve sustentar ganho das principais blue chips da B3 - Petrobras e Vale. No entanto, há risco de a expectativa de valorização na Bolsa brasileira ser limitada pelo risco político, pelo aumento dos casos da doença e pelo vencimento, hoje, de opções sobre ações. "Enquanto lá fora os países estão tentando retomar as atividades, o Brasil está indo na contramão, e com adoção de lockdown em algumas cidades e preocupação em relação ao pico aumento da demanda de pacientes com covid-19 nos hospitais. Ainda assim, a Bolsa deve subir hoje por causa do externo", afirma.

Além do temor relacionado ao crescimento no número de casos de pessoas infectadas pela pandemia e no total de mortes, Bandeira lembra ainda da questão política no Brasil, que continua ganhando novidades e reforçando a instabilidade. "O quadro interno é ruim, seja pelos indicadores, pelo político, mas hoje os mercados tendem a reagir ao exterior", estima.

No domingo, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, disse que a economia americana deve se recuperar gradualmente no segundo semestre e que a instituição ainda tem munição para combater a recessão.

Se por um lado a fala de Powell anima, "não podemos esquecer da escalada das tensões comerciais entre EUA e China", observam em nota os analistas da Rico Investimentos.

O governo chinês divulgou uma nota em resposta às restrições impostas pelos EUA contra as companhias de tecnologia chinesas, alertando para uma possível ameaça à cadeia de produção global e anunciou novas restrições para companhias de chips americanas manterem seus negócios com as subsidiárias chinesas.

Já no Brasil, os agentes acompanham os desdobramentos da acusação do empresário Paulo Marinho, ex-aliado do Jair Bolsonaro, de que o presidente teria tentado interferir na Polícia Federal (PF). Marinho acusa também a PF de vazar informações sobre uma operação ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai analisar a suspeita de vazamento de informações da PF.

Ainda segue no radar a expectativa de Bolsonaro por uma definição quanto ao veto ou não de reajustes aos servidores público no âmbito do pacote de socorro aos Estados.

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