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Fenômenos climáticos extremos, como as chuvas que provocaram ao menos 126 mortes no Recife, devem se tornar ainda mais frequentes nos próximos anos, segundo o professor especialista em recursos hídricos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Rodrigo Manzione. 

“A gente tem essas anomalias, essas instabilidades no clima, que são difíceis de prever. Elas já são resultado do quadro de mudanças climáticas que vem alterando a temperatura dos oceanos, entre outras coisas. Então, é de se esperar que a gente continue tendo anomalias, surpresas nos próximos anos”, diz. 

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O especialista destacou que as fortes chuvas que têm atingido a Região Nordeste nas últimas semanas acontecem em um momento em que não seriam esperados temporais tão intensos. “Essas chuvas geralmente o pessoal costuma esperar para janeiro, fevereiro, março. E, agora, está vindo fora de hora, e acabou causando mais estragos para essa época do ano do que o esperado”, acrescentou. 

Neste ano, o fenômeno acontece, segundo Manzione, devido ao La Ninã, quando há o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, mudando os padrões do clima. “A gente vem passando por anos consecutivos de alterações nessas temperaturas do [Oceano] Pacífico. Hora com aquecimento, hora com resfriamentos anômalos. Isso faz com que a gente tenha os quadros de La Niña, com aquecimento, El Niño, com resfriamento, se repetindo ano a ano. Isso faz com que os padrões climáticos normais, vamos dizer assim, acabem não ocorrendo”, explicou. 

Maior frequência

Essas alterações no clima pressionam, de acordo com o especialista, a capacidade das zonas urbanas de conter e dar resposta a essas situações. “Eventos que ocorriam a cada dez, 20 anos, começam ocorrer a cada cinco. Aí, não tem cidade que suporte”, enfatizou. 

O Brasil também começa, segundo Mazione, a ficar exposto a situações que não ocorriam no passado. Ele citou como exemplo os fortes ventos e os ciclones que atingiram Santa Catarina nos últimos anos. "A gente pode ter eventos que até então estavam em categorias mais baixas como furacões de classe mais baixa. A gente não está livre desses fenômenos, como se acreditava no passado”, alerta. 

O professor acredita na importância de se pensar estratégias para reduzir o impacto desses eventos no futuro. “Esse é o dilema, como a gente vai responder a esse tipo de problema. Se a gente vai se prevenir e, quando acontecer, a gente poder responder de uma forma mais eficiente e poder minimizar as perdas de vida, materiais, econômicas”, diz. 

O desafio, no entanto, é grande. Manzione ressalta que existem no país 8 milhões de pessoas vivendo em áreas consideradas de risco.

As autoridades americanas não podem explicar certos fenômenos aéreos não identificados e indicam que não se trata de uma tecnologia secreta do Pentágono, de acordo com um relatório há muito aguardado, cujos detalhes foram revelados na quinta-feira (3) pelo New York Times, que entrevistou responsáveis com conhecimento deste documento.

De acordo com essas autoridades, o relatório, que analisa mais de 120 casos de avistamentos de objetos misteriosos, não menciona nenhuma evidência de que sejam veículos extraterrestres.

No entanto, a inteligência dos Estados Unidos continua incapaz de explicar certos movimentos desses objetos, incluindo sua capacidade de acelerar, mudar repentinamente de direção ou submergir.

Uma coisa é certa, segundo as autoridades entrevistadas pelo jornal: na maioria dos casos, não se trata de tecnologia americana secreta que Washington se nega a divulgar.

Segundo o New York Times, a inteligência americana teme que possa ser, pelo menos em alguns casos, tecnologia experimental de nações rivais, como Rússia ou China, que testariam, por exemplo, material supersônico.

Após décadas de sigilo em torno desses fenômenos inexplicáveis que entraram no imaginário coletivo sob a sigla de ovnis (para "objetos voadores não identificados"), o Congresso ordenou no ano passado que o executivo dos Estados Unidos informasse ao grande público sobre as atividades da unidade do Pentágono responsável por estudá-los.

A elaboração deste relatório foi confiada à Direção dos Serviços de Inteligência (DNI). Segundo o New York Times, espera-se que seja liberado ao Congresso americano em 25 de junho.

Deve incluir um anexo classificado como segredo de defesa, que não conterá mais elementos que comprovem a existência de ovnis, de acordo com os funcionários citados pelo jornal, mas que pode continuar a alimentar especulações.

O Pentágono divulgou no ano passado vídeos feitos por pilotos da US Navy mostrando encontros em voo com dispositivos estranhos.

O céu ainda guarda surpresas para 2020. Pelo menos três eventos astronômicos vão marcar, com chave de ouro, o final deste ano.

Um mês movimentado, segundo o doutor em Física e professor do Instituto Federal de Santa Catarina, Marcelo Schappo.

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A começar, neste dia 13, com o ápice da chuva de meteoros chamada de Geminídeas. O fenômeno ocorre quando fragmentos de rochas entram na atmosfera do planeta Terra em alta velocidade e são incinerados.

O rastro de luz é também chamado popularmente de ''estrelas cadentes'' e segundo Schappo, esta chuva de meteoros de dezembro é uma das mais esperadas pelo espetáculo visual.

Rastros de luz

Para a observação das Geminídeas a dica é ''montar guarda''.

''A ideia é se afastar completamente das luzes da cidade, daí fique de olho no céu e monte guarda. Quando mais aberto estiver o céu, mais chance de observar os meteoros que são rastros de luz de curta duração que vão pipocando pelo céu'', orienta o físico.

No dia 14 é a vez de um eclipse solar, alinhamento astronômico em que a Lua fica entre o Sol e a Terra.

Em países como Argentina e Chile o eclipse será total, mas aqui no Brasil ele será observado de forma parcial. No Sul do país, o encobrimento ficará entre 40% e 60%. Enquanto, no Distrito Federal será de menos de 10%.

De olho no céu

Mas, mesmo com o eclipse parcial, o professor do IFSC alerta para os cuidados com a observação do Sol.

“Muito importante que não se faça a olho nu. A solução é comprar um vidro de soldador, que pode ser encontrado em lojas de material de construção, com tonalidade 14. Ele oferece proteção segura. Jamais use chapas de raio-x ou vidros fumês”, adverte.

Encontro de gigantes

E por fim, e tão aguardado, um encontro de gigantes do nosso sistema solar com auge no dia 21 de dezembro. É a chamada grande conjunção de Júpiter e Saturno.

O alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno com a Terra é considerado relativamente raro por que ocorre a cada 20 anos, mas desta vez, é ainda mais. Isso porque tamanha proximidade entre os planetas não era vista há séculos.

E o escalonamento deste alinhamento já pode ser observado.

'' O que é mais interessante observar na grande conjunção é que ela pode ser acompanhada ao longo do mês. No horizonte oeste, após o pôr do Sol vai observar dois pontos que parecem duas estrelas, mas são Júpiter e Saturno. Noite após noite estarão mais próximos um do outro. O ápice deste encontro será no dia 21. E depois disso, poderão continuar a observar o distanciamento.'', diz o professor.

 

Por causa da ação do homem, começou a ser observado em vários locais do mundo um tipo de raio “invertido”, que em vez de descer das nuvens e tocar no solo, parte de uma estrutura alta na superfície, tais como torres de telecomunicações, se propagando em direção às nuvens.

No Brasil, esses raios estão sendo observados em locais como na região da Avenida Paulista e no Pico do Jaraguá, em São Paulo, onde há muitas torres instaladas. Só no Pico do Jaraguá, a frequência desse tipo de raios costuma ser de 40 a 50 ocorrências por ano. A maior parte dos raios ascendentes (invertidos) no Brasil ocorre principalmente na transição da primavera para o verão e do verão para o outono.

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O estudo é feito no Brasil, nos Estados Unidos e na África do Sul. No Brasil, ele vem sendo tocado por pesquisadores do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Em entrevista à Agência Brasil, Marcelo Magalhães Fares Saba, pesquisador do Inpe e coordenador do projeto, disse que esse tipo de raio passou a existir à medida que o homem foi colocando ou construindo estruturas altas na superfície terrestre como torres de telecomunicações, torres de celular ou arranha-céus.

“Normalmente os raios saem de cima para baixo, saem da nuvem e vem para o solo. Estávamos procurando no Brasil algum lugar em que os raios acontecessem de forma contrária, saíssem do solo e fossem para a nuvem. O raio sempre começa com uma descarga, que vai se alongando até chegar no solo ou ele começaria no solo, o que é mais surpreendente. Nesse caso, você tem uma torre alta, um prédio alto, e na ponta desse prédio ou dessa torre se inicia a descarga. Para isso precisamos ter uma nuvem de tempestade por perto”, explicou Saba. 

Para a observação desses raios “invertidos”, os pesquisadores utilizaram câmeras fotográficas digitais e de vídeo de alta velocidade, além de medidores de campo elétrico e de luminosidade e uma câmera de ultra alta velocidade. Os resultados dessas observações e análises indicaram que os raios descendentes positivos  - aqueles que tocam o solo e que deixam um saldo de carga negativa na nuvem – é que permitem a incidência dos raios ascendentes (ou invertidos). 

A primeira vez que um raio ascendente foi observado e filmado no Brasil foi em 2012, no Pico do Jaraguá. Os pesquisadores descobriram que para que esses raios ocorram no Brasil é preciso ocorrer antes um raio descendente. “O processo que temos visto é que, quando o raio normal cai no solo, ele deixa uma falta de cargas positivas na nuvem, ou seja, introduz cargas negativas na nuvem. Essas cargas negativas na nuvem, se a perturbação for rápida e suficiente, eles provocam na torre um súbito aumento do campo elétrico e essa mudança rápida no campo elétrico do alto da torre é que produz o início da descarga para cima”, explicou Saba. 

Também é preciso, segundo ele, que ocorra um tipo de nuvem grande e horizontal, que produz os raios chamados positivos. “Esse raio positivo, quando toca o solo, ele deixa um excesso de carga positiva na Terra e um excesso de carga negativa na nuvem”, falou. 

Segundo Saba, os raios ascendentes não apresentam risco de atingir humanos, já que são originados na ponta das torres de energia ou de telecomunicações. Mas podem causar danos à estrutura dessas torres.

O luar foi triplamente especial nesta quarta-feira (31) no Hemisfério Norte, com a ocorrência simultânea de uma superlua, uma "Lua Azul" e um eclipse total da Lua. Dos três fenômenos, porém, apenas a superlua pôde ser observada do Brasil. O eclipse total ocorreu durante o dia, por volta das 9h30.

Já o fenômeno conhecido como "Lua Azul" não é observável: ele se refere apenas à ocorrência de duas Luas cheias no mesmo mês. Apesar do nome, a Lua não fica azul. A primeira Lua cheia de janeiro ocorreu no dia 1º, quando também ocorreu uma superlua. A coincidência dos dois fenômenos havia ocorrido pela última vez em última vez em 1982.

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Uma superlua ocorre quando a Lua está cheia e, ao mesmo tempo, em seu perigeu - isto é, quando sua órbita atinge a maior proximidade da Terra e o satélite aparece 14% maior, com um brilho 30% mais forte.

Os eclipses lunares, por sua vez, ocorrem quando a Lua passa pela sombra da Terra, o que não ocorre todos os meses porque a órbita da Lua está ligeiramente inclinada com relação à eclíptica, isto é, ao plano da órbita da Terra em relação ao Sol.

Quando o eclipse é total, a Lua não desaparece do campo de visão, mas adquire uma tonalidade avermelhada, razão pela qual o fenômeno também é conhecido informalmente como "Lua de Sangue". A atmosfera da Terra, que se estende por cerca de 80 quilômetros além do diâmetro terrestre, atua como lente, desviando a luz do Sol, ao mesmo tempo que filtra eficazmente componentes azuis, deixando passar só a luz vermelha que será refletida pela Lua, produzindo uma característica tonalidade cor de cobre.

O último eclipse total da Lua ocorreu em 2015. De acordo com a Nasa, a agência espacial americana, além do eclipse total de 31 de janeiro, o fenômeno ocorrerá novamente no dia 27 de julho de 2018. A coincidência de uma superlua com um eclipse lunar voltará a ocorrer no dia 21 de janeiro de 2019. Segundo a Nasa, a última vez que uma Lua Azul coincidiu com superlua e eclipse lunar no Hemisfério Norte foi no dia 31 de março de 1866. O triplo fenômeno só voltará a ocorrer no dia 31 de janeiro de 2037.

O eclipse lunar desta quarta-feira foi visto parcialmente em toda a América do Norte e América Central, em Colômbia, Peru, Venezuela e Equador, oeste e sudeste da Ásia, leste da África, metade oriental da Europa e Escandinávia. Nessas áreas, porém, a Lua desapareceu no horizonte antes da conclusão do fenômeno - ou surgiu no céu apenas depois do seu início.

O fenômeno só pôde ser observado do início ao fim na Oceania, no Alasca, no noroeste do Canadá, no Havaí, na metade oriental da China e da Rússia, no Japão, na Mongólia, nas Filipinas e na Indonésia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O livro A Menina e o Céu de Leo Cunha, retrata as observações que a personagem, uma menina, faz do céu, seus astros e fenômenos, como a lua, o temporal e o arco-íris. O livro faz parte da série Arco Íris e pode ser lido como um conjunto de poemas ou como uma narrativa em verso.

Leo Cunha escreve para crianças e jovens. Atua também como jornalista, professor universitário e tradutor. No livro, a personagem faz perguntas, contas e receitas de anjos, ao mesmo tempo em que se atenta aos barulhos da noite, dando asas à imaginação. A Menina e o Céu conta com o trabalho da ilustradora Cris Eich.

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