Tópicos | Fervedouro

Após sofrer uma emboscada, às 18h da última quinta (16), o camponês Edeilson Alexandre Fernandes da Silva foi atingido por sete tiros, no Engenho Fervedouro, localizado no município de Jaqueira-PE. De moto, o trabalhador conseguiu se equilibrar no veículo até chegar a um conjunto de casas localizadas no engenho, onde desabou no chão e foi socorrido por uma família. Os conflitos entre os posseiros do Engenho Fervedouro e a empresa Agropecuária Mata Sul S/A, arrendatária das terras da Usina Frei Caneca, vem se intensificando nos últimos meses. A informações são da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O trabalhador passou por cirurgia para retirar as balas e está em estado grave, internado em uma UTI. “A Comissão Pastoral da Terra e as famílias exigem, em caráter de urgência, que os órgãos competentes investiguem e apurem a tentativa de assassinato, averiguando com imparcialidade e eficiência a sua autoria, as suas motivações e eventuais relações com a luta das famílias pelo direito à terra no local onde vivem há mais de setenta anos”, cobra a CPT em nota pública.

##RECOMENDA##

Escalada da violência

Nos últimos meses, houve grande intensificação das denúncias de violência contra agricultores no Engenho Fervedouro, onde vivem 70 famílias de posseiros. Para a advogada da CPT, Luísa Duque, um dos complicadores para a resolução dos impasses é o fato de o juiz responsável pela inspeção das terras não ter delimitado quais áreas seriam consideradas antigas- isto é, dos posseiros- e quais seriam os terrenos em que as plantações são recentes. “A empresa tem se valido disso, dessa ausência de marcos geográficos, para avançar sobre posses antigas dos posseiros, consideradas antigas pelo próprio juiz. Então, já que não há nada marcado, a empresa vai e escolhe o que ela considera antigo ou novo”, explica.

A advogada comentou ainda que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) chegou a realizar um levantamento detalhado acerca das posses. "Esse documento foi ignorado", completa. Ela ressalta ainda que a própria caracterização das terras não foi orientada por um técnico, mas decorrente da avaliação do próprio juiz. "Ele delimitou a partir do que achou que era área de uso novo e antigo. Nesse processo, a comunidade já havia perdido muitas áreas antigas", conclui.

A empresa já tinha sido acusada, em janeiro, de destruir dez mil pés de banana de outro agricultor, em Barro Branco, uma comunidade vizinha. Segundo o CPT, no dia 3 de abril, funcionários da Agropecuária Mata Sul S/A tentaram cercar uma das fontes de água utilizada para subsistência da população, ação que não se concretizou, diante da mobilização dos posseiros. No dia 24 de abril, nove agricultores da comunidade Fervedouro denunciaram terem sido ameaçados de morte por Guilherme Maranhão, representante da Agropecuária Mata Sul S/A.

Na data de 7 de maio, um camponês da comunidade de Fervedouro registrou Boletim de Ocorrência denunciando estar ameaçado de morte pela "elite da empresa". No mesmo dia, famílias relataram que foram surpreendidas com um helicóptero sobrevoando suas áreas e despejando agrotóxico, atingindo suas lavouras, fontes de água e também alguns camponeses, os quais apresentaram sintomas de intoxicação.

Ainda segundo informações do CPT, no dia 09 de maio, policiais e seguranças privados contratados pela Agropecuária Mata Sul S/A intimidaram e ameaçaram as famílias da comunidade. No mesmo mês, o LeiaJá noticiou a presença de policiais fortemente armados no Engenho Fervedouro, alegando que davam cobertura a uma ação de cercamento de uma suposta área da empresa.

Por volta das 7h da última terça (19), um grupo de 20 funcionários da empresa Agropecuária Mata Sul S/A foram ao Engenho Fervedouro, na cidade de Jaqueira, na Mata Sul de Pernambuco, e derrubaram cerca de dez mil pés de banana plantados pela família de um agricultor, identificado como Reginaldo Félix. As informações são da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que acompanha as famílias do local, região de conflito fundiário com usineiros.

Durante a derrubada, a família estava na escola comunitária, na sede do Engenho Fervedouro, participando da campanha de vacinação promovida pela Prefeitura de Jaqueira. Segundo a CPT, quando eles retornaram ao sítio já estava tudo destruído, mas foi possível identificar a saída de funcionários da Agropecuária Mata Sul S/A do local, em carros e motos.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Intensificação da violência

Nos últimos meses, houve grande intensificação das denúncias de violência contra agricultores no Engenho Fervedouro, onde vivem 70 famílias de posseiros, em conflito fundiário com a empresa Agropecuária Mata Sul S/A, arrendatária de parte das terras da antiga Usina Frei Caneca. Para a advogada da CPT, Luísa Duque, um dos complicadores para a resolução dos impasses é o fato de o juiz responsável pela inspeção das terras não ter delimitado quais áreas seriam consideradas antigas- isto é, dos posseiros- e quais seriam os terrenos em que as plantações são recentes. “A empresa tem se valido disso, dessa ausência de marcos geográficos, para avançar sobre posses antigas dos posseiros, consideradas antigas pelo próprio juiz. Então, já que não há nada marcado, a empresa vai e escolhe o que ela considera antigo ou novo”, explica.

A advogada comentou ainda que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) chegou a realizar um levantamento detalhado acerca das posses. "Esse documento foi ignorado", completa. Ela ressalta ainda que a própria caracterização das terras não foi orientada por um técnico, mas decorrente da avaliação do próprio juiz. "Ele delimitou a partir do que achou que era área de uso novo e antigo. Nesse processo, a comunidade já havia perdido muitas áreas antigas", conclui.

Policial flagrado nas terras do Engenho Fervedouro, na última quarta (13). (CPT/divulgação)

A empresa já tinha sido acusada, em janeiro, de destruir dez mil pés de banana de outro agricultor, em Barro Branco, uma comunidade vizinha. Segundo o CPT, no dia 3 de abril, funcionários da Agropecuária Mata Sul S/A tentaram cercar uma das fontes de água utilizada para subsistência da população, ação que não se concretizou, diante da mobilização dos posseiros. No dia 24 de abril, nove agricultores da comunidade Fervedouro denunciaram terem sido ameaçados de morte por Guilherme Maranhão, representante da Agropecuária Mata Sul S/A. Na data de 7 de maio, um camponês da comunidade de Fervedouro registrou Boletim de Ocorrência denunciando estar ameaçado de morte pela "elite da empresa". No mesmo dia, famílias relataram que foram surpreendidas com um helicóptero sobrevoando suas áreas e despejando agrotóxico, atingindo suas lavouras, fontes de água e também alguns camponeses, os quais apresentaram sintomas de intoxicação.

Ainda segundo informações do CPT, no dia 09 de maio, policiais e seguranças privados contratados pela Agropecuária Mata Sul S/A intimidaram e ameaçaram as famílias da comunidade. Na última quarta (13), o LeiaJá noticiou a presença de policiais fortemente armados no Engenho Fervedouro, alegando que davam cobertura a uma ação de cercamento de uma suposta área da empresa.

Flagra de policial apontando arma para camponês, nesta quarta (13). (Reprodução/ Instagram)

##RECOMENDA##

Para os moradores do Engenho Fervedouro, em Jaqueira, na Mata Sul de Pernambuco, cumprir com o isolamento social preventivo ao novo coronavírus recomendado pelo governo de Pernambuco tornou-se impossível nas últimas semanas. Nesta quarta (13), agricultores residentes do Engenho Fervedouro, registraram a presença de policiais na região, tendo um deles sido flagrado apontando uma arma de grosso calibre para um morador. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), os agentes afirmam estar no Engenho por determinação judicial e dar cobertura para o cercamento de uma área de suposta posse da empresa Agropecuária Mata Sul S/A.

Segundo os agricultores, o local a ser cercado contém plantações comunitárias e uma cacimba de água, utilizada para subsistência da população. No dia 7 de maio, representantes da comunidade registraram Boletim de Ocorrência, relatando que o camponês Ernande Vicente Barbosa da Silva, de 52 anos, está ameaçado de morte em decorrência de sua permanência no Engenho Fervedouro, em que reside há décadas.

No local, vivem 70 famílias de posseiros que enfrentam conflito fundiário com a empresa Agropecuária Mata Sul S/A, arrendatária de parte das terras da antiga Usina Frei Caneca. Outras ameaças de homicídio foram relatadas. Fontes do LeiaJá informaram que um usineiro tentou atropelar um dos posseiros, que conseguiu escapar. A população está deixando a quarentena na tentativa de se manter nas terras.

De acordo com a advogada da CPT, Luísa Duque, o juiz responsável pela inspeção das terras, não delimitou quais áreas seriam consideradas antigas- isto é, dos posseiros- e quais seriam as áreas novas de plantio. “A empresa tem se valido disso, dessa ausência de marcos geográficos, para avançar sobre posses antigas dos posseiros, consideradas antigas pelo próprio juiz. Então, já que não há nada marcado, a empresa vai e escolhe o que ela considera antigo ou novo”, explica. A advogada comentou ainda que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) chegou a realizar um levantamento detalhado acerca das posses. "Esse documento foi ignorado", completa.

Ela ressalta ainda que a própria caracterização das terras não foi orientada por um técnico, mas decorrente da avaliação do próprio juiz. "Ele delimitou a partir do que achou que era área de uso novo e antigo. Nesse processo, a comunidade já havia perdido muitas áreas antigas", conclui.

Um homem de 19 anos foi preso em Fervedouro, Minas Gerais, vendendo sal de cozinha como se fosse cocaína. Ele foi encontrado após uma mulher de 25 anos denunciá-lo alegando estar insatisfeita porque foi comprar cocaína e recebeu sal.

De acordo com a PM de Fervedouro, o papelote da substância análoga à cocaína foi encontrado no tênis do rapaz. Durante o registro da ocorrência, a namorada do suspeito teria começado a provocar um tumulto, pegando ainda cerca de R$ 30 do bolso do jovem sem autorização dos policiais.

##RECOMENDA##

A polícia informou também que a namorada, parentes e amigos do homem foram atrás da viatura policial, xingando e ameaçando o efetivo. A jovem foi detida por desacato e encaminhada, junto ao namorado, para a Delegacia de Muriaé.

A jovem que denunciou o crime também foi levada para a delegacia como testemunha. Três exames foram feitos na substância apreendida, não sendo constatada a presença de cocaína, apenas sal.

O jovem e a namorada assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados. A denunciante foi qualificada como testemunha e também liberada.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando