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Um incêndio complicava neste sábado (26) as até agora infrutíferas buscas pelos 159 desaparecidos no desabamento parcial de um prédio na Flórida, que tinha "danos estruturais importantes", segundo um relatório de 2018.

"Enfrentamos enormes dificuldades com este incêndio", admitiu neste sábado a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, durante uma coletiva de imprensa.

O incêndio, cujo foco os bombeiros não conseguiram localizar, foi desencadeado no local onde o Champlai Towers, de doze andares, desabou na madrugada de quinta-feira. A fumaça se espalha pelos escombros, tornando inacessíveis algumas áreas de buscas, segundo a prefeita.

Ao menos quatro pessoas morreram no desabamento do edifício de 12 andares, de frente para o mar em Surfside, perto de Miami Beach. O prédio ruiu enquanto os moradores dormiam.

"Mantemos a esperança. Continuamos procurando sobreviventes entre os escombros, é nossa prioridade e nossas equipes não pararam" os trabalhos, assegurou neste sábado Levine Cava aos jornalistas.

Quase um terço dos desaparecidos é de estrangeiros: nove são argentinos, seis paraguaios - entre eles a irmã da primeira-dama daquele país - e pelo menos quatro são canadenses, segundo as autoridades.

As famílias, cada vez mais frustradas, demonstram impaciência e temem que o alto número de desaparecidos faça subir o de mortos.

- 72 horas -

Alguns familiares das vítimas criticam as operações de resgate e começam a perder as esperanças.

"Nenhum socorrista tentou retirar os escombros, pouco a pouco, mesmo com as mãos, sem uma máquina, para retirar as pessoas", declarou na sexta-feira Maurice Wachsmann à AFP.

Seu melhor amigo e outro conhecido estão entre os desaparecidos.

"O amigo da minha mãe está lá (sob os escombros). Queremos ter esperança, mas temos que ser realistas. O passo seguinte é estar ao lado das famílias e averiguar porque isto aconteceu", disse Mark, de 55 anos, sem revelar seu sobrenome.

"Nossa experiência é que durante as primeiras 72 horas há muitas chances de que as pessoas continuem vivas lá dentro", disse à emissora CBS o bombeiro do condado de Miami-Dade Danny Cardeso.

Os socorristas, que ouvem barulhos vindos dos escombros mas não têm certeza de que sejam produzidos por pessoas, fizeram um túnel sob o estacionamento alagado do edifício para tentar chegar a possíveis sobreviventes.

Perto do local da catástrofe foi erguido um monumento com velas, flores e cerca de 40 fotos dos desaparecidos.

"Temos uma amiga que conseguiu escapar do prédio com seu marido", disse neste sábado à AFP Gina Berlin, de 54 anos, que mora na região desde 1992. "Ainda estou em choque e vim rezar pelos desaparecidos".

- Danos estruturais -

As dúvidas sobre as causas do colapso se multiplicaram nos últimos dias e a investigação provavelmente vai durar meses.

No entanto, um relatório de 2018 sobre as condições do prédio revelou "danos estruturais significativos" e "rachaduras" no subsolo, de acordo com documentos divulgados na noite de sexta-feira pelo governo da Surfside.

“A impermeabilização sob a borda da piscina e da via de acesso para veículos (...) ultrapassou sua vida útil e por isso deve ser totalmente removida e substituída”, destacou o especialista Frank Morabito, diretor da Morabito Consultores, em um relatório.

“A impermeabilização defeituosa causa danos estruturais significativos à laje de concreto estrutural abaixo dessas áreas”, acrescentou o documento.

"Se a impermeabilização não for substituída no futuro próximo, o grau de deterioração do concreto vai se expandir exponencialmente", destaca o estudo, que não mencionou o risco de desabamento embora recomende a realização de reparos para manter a "integridade estrutural".

Até agora, as atenções tinham se voltado especialmente para um relatório de 2020, que revelou que o edifício havia sofrido um afundamento a um nível de quase dois milímetros por ano entre 1993 e 1999.

No entanto, Shimon Wdowinski, um dos autores do estudo e professor da Universidade Internacional da Flórida (FIU), disse à emissora CNN que não sabia "se o colapso era previsível".

Ao menos quatro pessoas morreram do desabamento de um edifício residencial perto de Miami Beach e as equipes de emergência procuram 159 desaparecidos, incluindo muitos latino-americanos.

"Estamos sem notícias de 159 pessoas. Além disso, confirmamos que o balanço de mortes subiu para quatro (...) tomei conhecimento ao acordar que retiraram três corpos dos escombros", afirmou Daniella Levine Cava, prefeita do condado de Miami-Dade.

"Sabemos o paradeiro de 120 pessoas, o que é uma notícia muito boa", disse.

As autoridades afirmaram que não sabem quantas pessoas estavam no prédio no momento do colapso, que aconteceu na madrugada de quinta-feira.

"Continuaremos as operações de busca e resgate porque ainda temos a esperança de encontrar pessoas com vida", disse a prefeita.

Levine Cava destacou que os integrantes das equipes de resgate "estão motivados com a perspectiva de encontrar pessoas. Temos que obrigá-los a respeitar o rodízio, o que demonstra como sua motivação é forte".

Quase 55 apartamentos do edifício, em frente ao mar na cidade de Surfiside, ao norte de Miami Beach, foram afetados pelo colapso, segundo o vice-comandante do corpo de bombeiros de Miami-Dade, Ray Jadallah.

A imprensa local informou que o prédio foi construído em 1981 e tinha 130 apartamentos.

"Uma parte do edifício caiu completamente. Não existe mais", disse Nicolás Fernández, um argentino de 29 anos que mora em Miami e aguardava notícias de amigos que estavam no apartamento de sua família no imóvel.

"Não sei se estão vivos", afirmou à AFP.

Bombeiros e policiais, com a ajuda de drones e cães farejadores, trabalharam durante a madrugada, apegados às reduzidas probabilidades de encontrarem mais sobreviventes.

Enquanto os socorristas trabalhavam com dificuldade sob luzes artificiais, os corpos recuperados foram cobertos por sacos amarelos e removidos do local, enquanto detetives trabalham na identificação das vítimas.

Os bombeiros terminavam de apagar um incêndio na parte norte do edifício, ainda de pé, enquanto o cheiro de borracha e plástico ficava no ar em meio às rajadas de chuva.

"Continuaremos a busca porque ainda temos esperanças de encontrar pessoas vivas", disse Levine Cava, que elogiou a dedicação "incrivelmente emocionante" dos socorristas.

"As operações são realizadas com um risco muito alto para esses indivíduos. Escombros caem por cima deles enquanto eles fazem seu trabalho", destacou.

O presidente Joe Biden declarou emergência e ordenou o envio de ajuda federal para os trabalhos de busca.

A irmã da primeira-dama do Paraguai, Sophía López Moreira, seu marido e os três filhos, assim como uma empregada, estão entre os desaparecidos, informou o chanceler Euclides Acevedo.

Também são desconhecidos os paradeiros de nove argentinos e três uruguaios, de acordo com fontes dos respectivos consulados.

Os trabalhos de resgate podem durar "ao menos uma semana", estimou na quinta-feira Andrew Hyatt, outro responsável da Surfside.

- A esperança diminui -

Em um centro comunitário em Surfside, parentes dos desaparecidos choravam e aguardavam por notícias. Inquilinos do edifício que não estavam no prédio no momento da tragédia descobriram que ficaram sem casa.

Erick de Moura, 40 anos, passou a noite de quarta-feira na casa da namorada.

"Acabo de retornar e a cena é impactante", disse. "Há muita dor. Me sinto abençoado por estar vivo".

No edifício moravam residentes de tempo integral e pessoas que passavam apenas temporadas, o que dificulta determinar o número exato de desaparecidos.

"A esperança persiste, mas está diminuindo", declarou a comissária do condado de Miami-Dade, Sally Heyman, ao canal CNN.

Alguns moradores conseguiram escapar pelas escadas, enquanto outros foram resgatados das varandas.

O chefe adjunto dos bombeiros de Miami-Dade, Ray Jadallah, disse que os socorristas se guiavam pelos sons que detectaram "ao longo da noite".

"Não são especificamente sons humanos, pode ser uma batida, pode ser aço se retorcendo, pode ser algo dos escombros caindo", explicou à imprensa.

"Temos esperanças. E cada vez que ouvimos um barulho, nos concentramos nessa área".

- Explicações -

Embora as razões do colapso não estejam claras, a infraestrutura do edifício, construído em 1981 e com 130 apartamentos, será analisada de perto.

A Champlain Towers deveria receber uma outra certificação esse ano, seguindo as diretrizes de segurança do condado de Miami-Dade, e teve seu telhado consertado como parte desse processo.

No entanto, as autoridades destacaram que isso é pouco provável que esses trabalhos sejam a causa do desabamento.

Segundo um estudo, dirigido pelo professor da Florida International University (FIU), Shimon Wdowinski, o local mostrava sinais de desabamento em meados dos anos 1990.

"Não sei se o colapso era previsível, mas detectamos que o edifício se moveu nos anos 1990", disse Wdowinski à CNN nesta sexta-feira.

A FIU alertou em uma publicação que o "afundamento da terra por si só provavelmente não causaria o colapso de um prédio".

A investigação para determinar o ocorrido envolverá uma grande coleta de dados, coleta de amostras de aço e de concreto, busca de sinais de corrosão ou algum evento incomum anterior ao colapso, disse outro especialista da FIU, Atorod Azizinamini, chefe do departamento de engenharia civil e ambiental.

"Infelizmente, isso não acontecerá em alguns dias ou semanas", afirmou, "Levará algum tempo".

A norte-americana Julia Yonkowski foi surpreendida ao fazer uma visita de rotina até um caixa eletrônico. A intenção da idosa era sacar apenas 20 dólares, ou cerca de R$ 100, em uma das unidades do banco Chase Bank na cidade de Largo, no estado da Flórida, mas a mulher encontrou um saldo de quase 1 bilhão de dólares na conta, o que equivale a pouco mais de R$ 5 bilhões na cotação atual. 

Embora a notícia possa parecer animadora, Yonkowski contou ao noticiário News Channel que não ficou feliz com a descoberta. “Meu Deus, eu fiquei horrorizada. Sei que a maioria das pessoas pensaria que ganhou na loteria, mas fiquei horrorizada”, garantiu ela ao veículo de notícias. 

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"Quando eu solicitei os US$ 20, a máquina voltou e disse: 'nós daremos a você os US$ 20, mas isso será um saque descoberto e você será cobrado' e eu disse: 'Ah, esqueça'", recordou durante a entrevista, destacando que, inicialmente, o banco afirmou que ela queria sacar mais do que tinha de saldo. 

Após o aviso, a americana tirou o extrato bilionário da conta, incompatível com a mensagem. "Eu li histórias sobre pessoas que pegaram o dinheiro ou tiraram dinheiro, e então tiveram que reembolsar, e eu não faria isso de qualquer maneira porque não é meu dinheiro", enfatizou ela, ressaltando que desde a surpresa não movimentou mais a conta. 

Julia Yonkowski ainda afirmou que tentou entrar em contato com Chase Bank inúmeras vezes, mas o sistema automatizado da instituição não deu acesso a nenhum atendente humano para ajudar com a situação. Ela disse ainda que pretende ir até uma agência física da financeira nesta semana, e também mostrou-se preocupada com ataques virtuais. "Isso me assusta porque vocês conhecem as ameaças cibernéticas. Não sei o que pensar", finalizou a idosa.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou nesta terça-feira (1º) uma lei que proíbe mulheres e meninas transgênero de competir em esportes femininos em escolas públicas em seu estado, no sul dos Estados Unidos.

"Acreditamos que é muito importante que a integridade dessas competições seja preservada", disse o governador republicano ao sancionar a medida em uma escola cristã na cidade de Jacksonville.

"Na Flórida, meninas praticarão esportes femininos e meninos praticarão esportes masculinos", afirmou ele. "Agiremos com base na biologia, não com base em ideologia ao lidar com esportes".

A norma, que entra em vigor em 1º de julho, exige que meninas e mulheres jovens declarem seu sexo biológico por meio de sua certidão de nascimento para competir em uma equipe.

DeSantis assinou a medida no primeiro dia do Mês do Orgulho LGBTQ.

"Terrível", publicou no Twitter o representante do estado da Flórida Carlos Smith, um legislador democrata que se identifica como latino e gay.

"Primeiro dia do Mês do Orgulho LGBTQ e @GovRonDeSantis assina a SB 1028, que bane crianças trans de esportes na escola... Isso alimenta a transfobia e coloca crianças e adolescentes vulneráveis em risco sem motivo", escreveu ele.

A Human Rights Campaign, um grupo de defesa dos direitos da comunidade LGBTQ, anunciou que contestaria a lei na justiça.

“O governador DeSantis e os legisladores da Flórida estão legislando com base em uma premissa falsa e discriminatória que coloca em risco a segurança e o bem-estar das crianças trans”, afirmou o presidente da organização, Alphonso David.

“Crianças transgênero são crianças; meninas transgêneros são meninas. Como todas as crianças, elas merecem a oportunidade de praticar esportes com seus amigos e fazer parte de um time”, defendeu David.

A Flórida agora se torna o estado mais populoso dos Estados Unidos que proíbe mulheres trans em esportes femininos, juntando-se a outros estados com governadores republicanos que recentemente aprovaram medidas semelhantes.

Duas pessoas morreram e uma estimativa de 20 a 25 ficaram feridas em um tiroteio do lado de fora de um salão de banquetes no sul da Flórida. O tiroteio começou na manhã deste domingo (30) no El Mula Banquet Hall, no noroeste do condado de Miami-Dade, perto de Hialeah, disse a polícia a meios de comunicação.

O salão de banquetes foi alugado para um concerto. Três pessoas saíram de um SUV e abriram fogo contra a multidão do lado de fora, disse o diretor de polícia Alfredo "Freddy" Ramirez III. As autoridades acreditam que o tiro foi direcionado.

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"São assassinos a sangue frio que atiraram indiscriminadamente contra uma multidão e buscaremos justiça", disse Ramirez em um tweet.

Duas pessoas morreram no local, segundo a polícia. Cerca de 25 pessoas foram a vários hospitais para tratamento. Nenhuma prisão foi anunciada imediatamente.

"Este é um ato desprezível de violência armada, um ato covarde", Ramirez disse ao jornal Miami Herald.

(Fonte: Associated Press)

O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou uma lei nesta segunda-feira (24) que pune empresas de tecnologia como Twitter e Facebook por bloquear candidatos políticos, como fizeram em janeiro com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O republicano DeSantis, que é apontado como possível candidato à presidência em 2024 e busca herdar a base eleitoral de Trump, considera a medida parte do “combate à censura das grandes empresas de tecnologia”.

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"Muitos em nosso estado sofreram censura e outros comportamentos tirânicos em primeira mão em Cuba e na Venezuela", disse ele, apelando a dois eleitorados que deram a vitória a Trump na Flórida, que mesmo assim perdeu em nível nacional.

"Se os censores das grandes empresas de tecnologia aplicarem as regras de forma inconsistente, para discriminar em favor da ideologia dominante do Vale do Silício, eles agora serão responsabilizados", acrescentou.

A lei SB 7072, aprovada pelo Legislativo em 19 de abril e que entra em vigor em 1º de julho, prevê multas de até 250.000 dólares por dia para plataformas que censuram qualquer candidato a um cargo estadual.

Ela também irá multar em 25.000 dólares por dia aquelas que derrubarem contas de candidatos em outras eleições além da Flórida.

Além disso, permite que os floridenses que sejam "tratados injustamente" por empresas de tecnologia, processem-nas em troca de compensação monetária.

No início do ano, várias redes sociais bloquearam as contas de Trump, invocando a divulgação de informações falsas que, segundo elas, levaram ao aparecimento de apoiadores do ex-presidente no Capitólio em 6 de janeiro para tentar contestar a eleição de Joe Biden.

Outras contas de seguidores do então presidente e simpatizantes do movimento de conspiração QAnon que espalharam notícias falsas também foram bloqueados após o ataque.

Um dos golpes mais duros foi sofrido pela rede social Parler, ponto de encontro favorito dos conservadores, quando foi tirada de serviço por várias semanas depois que Google, Apple e Amazon a vetaram, argumentando que ela não moderava conteúdo que incitava violência.

De acordo com a deputada estadual democrata Anna Eskamani, a lei da Flórida, que deve ser contestada no tribunal, é uma forma de defender Trump após os acontecimentos de janeiro.

“A medida é uma retaliação porque a administração presidencial anterior foi bloqueada nas redes sociais depois de divulgar informações falsas e incitar motins, sedição e violência”, disse em abril, citada pelo canal local WFLA.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, proibiu o uso de "passaportes de vacina" neste estado americano, nesta sexta-feira (2), enquanto a União Europeia avança nas discussões para criar este certificado de saúde digital, quase um mês após a China lançar o seu.

A ordem executiva do governador republicano proíbe escritórios do governo de emitir qualquer documento comparável aos chamados "passaportes de vacina" com o propósito de certificar que um indivíduo foi imunizado contra a covid-19.

Também proíbe que empresas privadas na Flórida exijam que seus clientes forneçam qualquer tipo de documento certificando sua vacinação ou imunidade após terem se recuperado do coronavírus.

A ordem de DeSantis explica que "os chamados passaportes para vacinas reduzem a liberdade individual e prejudicam a privacidade do paciente".

O governador, um fervoroso defensor do ex-presidente Donald Trump, aventado como um possível candidato à Presidência, anunciou na segunda-feira que seu estado não forçaria o uso desses documentos.

“É totalmente inaceitável que o governo ou o setor privado imponham a exigência de comprovação da vacina para simplesmente poder participar da sociedade de forma normal”, disse DeSantis em entrevista coletiva na época.

"Se você quiser ir ao teatro, você tem que mostrar isso?", acrescentou. "Não. Nós não apoiamos isso".

Seu anúncio foi feito depois que o Washington Post relatou, com base em várias fontes anônimas, que o governo do presidente democrata Joe Biden está trabalhando no desenvolvimento de um documento padronizado - um passaporte de vacina - que permite retomar a vida normal.

Esses tipos de documentos estão sendo discutidos globalmente para mostrar que uma pessoa foi imunizada contra a covid-19 e, entre outras coisas, para facilitar viagens internacionais e reviver o turismo.

A China lançou um "passaporte de saúde" digital para esse fim, em 9 de março, enquanto a Comissão Europeia propôs uma semana depois a criação de um "Certificado Verde Digital" para facilitar a livre circulação dentro da União Europeia.

Quase seis milhões de pessoas já receberam pelo menos uma dose da vacina na Flórida, um estado de 21 milhões de habitantes e que depende economicamente do turismo.

A partir de segunda-feira, todos os residentes que quiserem poderão recebê-la sem receita: dos 16 anos à Pfizer e dos 18 à Moderna e Johnson & Johnson.

A multidão de turistas americanos que se aglomerou na pequena cidade de Miami Beach, na Flórida, iludidos com o "fim da pandemia", é tão incontrolável que as autoridades locais impuseram um toque de recolher neste sábado (20).

Durante as próximas 72 horas, os visitantes terão que sair das ruas e os restaurantes terão que fechar suas portas às 20h nas principais zonas turísticas de South Beach, epicentro da diversão de Miami Beach, anunciaram as autoridades.

Além disso, as três pontes que ligam a ilha ao continente ficarão fechadas ao trânsito a partir das 22h. Terão acesso apenas residentes, trabalhadores e hóspedes dos hoteis.

A decisão vem após semanas de intensas festividades em Miami Beach, que é acostumada à incontrolável multidão de turistas: todos os anos, em março, esta pequena ilha recebe milhares de estudantes de todo o país que vão passar as férias.

Mas este ano "o volume é claramente maior do que nos anos anteriores", disse o prefeito Dan Gelber. "Creio que em parte se deve ao fato de que há poucos lugares abertos no resto do país, ou são muito frios, ou estão fechados e também muito frios."

Nos últimos dois dias, viralizaram imagens de brigas em restaurantes que deixaram sérios estragos, além de fazerem com que clientes fugissem sem pagar contas caras, segundo relatos da imprensa local.

O chefe da polícia de Miami Beach, Richard Clements, afirmou que está preocupado que a situação saia do controle.

"Na quinta-feira, centenas de pessoas correram em determinado momento e arremessaram mesas e cadeiras como armas", contou ele. "Esperávamos que fosse um evento isolado, mas na noite passada houve três dessas situações e uma jovem ficou ferida."

A ilha de apenas 92 mil habitantes atrai 200 mil visitantes e trabalhadores todos os dias, disse Gelber na segunda-feira.

Acusado de ter furado fila para conseguir tomar a vacina contra a Covid-19 em uma cidade na Flórida, nos Estados Unidos, Kiko, do KLB, se manifestou em seus Stories do Instagram na última sexta-feira, dia 19, e explicou a sua versão dos fatos, reafirmando que ficou nove horas na fila para ser imunizado contra a doença.

- Eu, Francine e mais alguns amigos combinamos de tentar ir lá tomar a vacina, afinal de contas, a vacina está autorizada para que as pessoas possam tomá-la. E assim fizemos. Fomos, chegamos lá 09h30 da manhã, estávamos em três carros. Por volta de 12h30, 12h25, o nosso amigo do primeiro carro precisava muito ir no banheiro. Estávamos na fila há algumas horas. E aí ele falou Kiko, vem para cá para o meu carro, eu preciso ir na conveniência, preciso ir fazer xixi. Quando ele voltou, ele falou assim Por que você não fica aqui? A gente está junto, tira o carro de vocês da fila e a gente fica em um carro só. Para mim soou super normal, vou ficar batendo papo [enquanto] ficamos mais algumas horas na fila, porque estávamos lá para esperar por essa oportunidade, e foi o que aconteceu. Tiramos o nosso carro da fila e ficamos lá batendo papo.

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Depois disso, um dos supervisores responsáveis por aquele local de vacinação abordou Kiko, afirmando ter recebido reclamações de outras pessoas que estavam na fila.

- Três pessoas começaram a rodear o carro, até que foram falar com o pessoal da organização. Um tempo depois, o supervisor veio até o nosso carro e falou Vem cá, o pessoal está reclamando que vocês entraram nesse carro, que vocês não estavam no carro. A gente falou Realmente - estávamos em três carros, a oito carros do primeiro -, a gente realmente estava cinco carros para trás, mas a gente veio aqui e resolvemos ficar juntos. Tiramos o nosso carro da fila, mas se o senhor preferir, a gente desce do carro, espera esses oito carros serem vacinados, e a gente é vacinado na sequência, não tem problema nenhum.

O artista esclareceu que só permaneceu no carro do amigo com o aval do supervisor.

- O cara falou assim Não, isso aqui é o seguinte: a vacinação é por carro, então não importa quantas pessoas têm no carro. Vocês já tiraram dois carros da fila, então vocês deram a oportunidade para mais dois carros estarem na fila. Fiquem aí nesse carro que é bem melhor para a organização. E foi o que fizemos. Essas três pessoas que estavam ali fora estavam querendo inflamar, era gente que queria causar tumulto, confusão, pessoas que viram que era eu que estava no carro, então fica agradável causar confusão e usar o meu nome para isso.

Por fim, Kiko alegou que tem preocupações muito maiores neste momento delicado de pandemia - ainda mais com conhecidos dele no Brasil.

- Prosseguimos na fila desde às 09h30 da manhã, fomos vacinados às 17h30 da tarde. E assim foi o que ocorreu. Então assim, a única coisa que a gente tem que pensar, é que tipo de gente é essa... A minha preocupação, sabe qual é? Minha mãe, meus irmãos, minha família, meus amigos, meus parentes, meus fãs, as pessoas que eu gosto, que estão no Brasil e vivendo um momento de caos.

Quando Cathy Tobias começou a amarrar fitas coloridas em uma corda para cada morte decorrente da Covid-19 na Flórida, não imaginava que acabaria enchendo o quintal de sua casa de histórias também coloridas.

Esta homenagem aos que morreram no "estado do Sol" durante a pandemia cruza o pátio de uma ponta à outra, se entrelaça pelas escadas e percorre a varanda da casa de Tobias na Ilha Anna María, uma pequena comunidade na costa oeste da Flórida.

Há mais de 30.000 fitas de todas as cores do arco-íris.

Sentada na varanda de sua casa junto com uma vizinha que a ajuda, Tobias conta que começou a amarrar as fitas porque precisava visualizar o número de mortos.

"Ver que os números aumentam tão rápido quanto podemos amarrar as fitas, nos afeta de uma forma muito profunda e muito forte; nos mostra quantas pessoas morreram e estão morrendo", disse a mulher de 67 anos. "É muito triste".

Neste contexto, a homenagem na casa de praia de Tobias, ao mesmo tempo sombria e jovial, chama a atenção.

Contando as fitas, ela diz: "cada uma dessas pessoas tinha familiares, amores e amigos que foram profundamente impactados e eu não queria que eles ficassem perdidos nesta pandemia".

Tobias conhece bem o sentimento de perder alguém. Seu primeiro filho faleceu anos atrás, com menos de um mês de vida. "Infelizmente eu sei como é perder alguém querido", disse à AFP.

- Um trabalho de amor -

Amarrar fitas pode parecer uma tarefa não muito complicada, mas à medida que a pandemia se espalha pelo mundo, Tobias e sua vizinha Lucy Kancy criaram um sistema para não perder a conta dos mortos.

A cada dez mortes, elas amarram uma fita branca; depois escrevem com uma caneta cada centena, cada milhar, cada dezena de milhar.

"Toma muito tempo, é um trabalho de amor", disse Kancy, de 69 anos. "Cortar essas fitas do tamanho certo exige horas".

"É muito mais fácil amarrá-las do que cortá-las. E depois, antes que você se dê conta, já é hora de fazer tudo de novo".

Tobias também disponibiliza canetas para que as pessoas possam escrever os nomes de seus mortos nas fitas coloridas, principalmente aqueles que não puderam se despedir.

"Muitas dessas pessoas morreram sozinhas", lamenta Tobias. "Seus familiares não tiveram a chance de chorar por eles em um luto adequado, ou de realizar um funeral".

Tobias agora procura o que fazer com o seu trabalho. Até o momento, vai participar de uma exposição este mês em um museu na cidade vizinha de St. Petersburg. Depois, ela sonha em reproduzir seu "Covid Ribbon Memorial" em todos os estados dos EUA, para homenagear o meio milhão de mortos de covid-19 no país - o mais afetado pela pandemia.

A Flórida impôs a exigência de comprovação de residência para vacinar contra a Covid-19, em um esforço para conter o chamado "turismo de vacinas".

A medida, no entanto, fará com que os imigrantes sem documentos não sejam imunizados, assim como os sem-teto e de baixa renda, denunciam os líderes comunitários.

“É muito lamentável que a consequência deste novo regulamento acabe excluindo algumas das pessoas mais vulneráveis em nossa comunidade, que são aqueles que não têm documentos”, disse à AFP nesta sexta-feira (21) Lily Ostrer, médica residente do Hospital Jackson Memorial em Miami e membro do sindicato médico CIR / SEIU.

A Flórida, um estado marcado cultural e economicamente pela imigração - um em cada cinco habitantes nasceu no exterior - limitou suas vacinas a residentes permanentes e temporários, estes últimos são chamados "pássaros da neve" (pássaros migratórios) por passarem apenas o inverno nesta região do sudeste americano.

A decisão foi tomada depois de relatos de turistas dos Estados Unidos ou do exterior que viajaram ao estado - que atualmente vacina todos os maiores de 65 anos - apenas para se imunizarem, em um novo fenômeno denominado "turismo de vacinas".

Embora a Flórida tenha administrado mais de 1,3 milhão de doses, o processo é lento e às vezes caótico. Portanto, a advertência assinada pelo chefe da Saúde da Flórida, Scott Rivkees, indica que, devido à escassez de vacinas, os candidatos devem apresentar comprovante de residência, que pode ser uma carteira de motorista, uma conta de algum serviço público ou uma carta de um banco.

Mas os imigrantes sem documentos não podem ter carteira de motorista da Flórida e, na ausência de documentação, geralmente têm serviços públicos em nome de terceiros. Além deles, cidadãos sem-teto ou extremamente pobres também podem ser excluídos da vacinação.

Thomas Kennedy, coordenador da organização de direitos dos imigrantes United We Dream, na Flórida, disse que a nova medida "cria uma barreira cruel e deliberada para muitos moradores da Flórida, incluindo imigrantes sem documentos, mas também para muitas pessoas sem acesso a uma casa".

Muitas dessas pessoas também estão em alto risco de contrair o coronavírus porque são trabalhadores essenciais ou moram com várias pessoas em pequenas casas.

Além disso, os sem documentos não têm acesso à saúde pública.

“O acesso à vacina deve estar disponível para todos, independentemente de onde vivam ou de seu status de imigração”, disse Kennedy à AFP.

Ostrer, a médica e sindicalista, reforçou que, além disso, essas pessoas são desproporcionalmente mais afetadas pela pandemia.

“Para que as vacinas sejam eficazes, precisamos vacinar o maior número possível de pessoas”, disse ela. “Qualquer política que exclua pessoas da vacinação não é uma boa política de saúde pública”.

O Papai Noel recebeu permissão oficial para se deslocar com suas renas por todo o estado da Flórida, nos Estados Unidos, entrar em todas as casas e distribuir presentes às crianças sem pagar taxas, mas desde que use o tempo todo uma máscara.

O Departamento de Agricultura da Flórida, que regulamenta o transporte de animais e rebanhos, emitiu nesta quarta-feira (23) uma autorização para o casal Noel, residente no Polo Norte, visitar o estado com nove renas.

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Altamente oficial, o certificado detalha na descrição que as renas são "muito fofas e peludas; uma com nariz vermelho".

A licença é válida a partir desta quinta-feira às 20h até sexta-feira às 7h, embora "tempo adicional possa ser alocado para o Sr. Noel terminar os biscoitos e leite após sua última entrega".

Também exige que o visitante "use sempre uma máscara ao sair do trenó para entregar presentes, de acordo com as diretrizes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças".

"Devido aos desafios deste ano, queremos garantir que o Papai Noel possa viajar com segurança pelo estado e espalhar a alegria do Natal para todas as crianças da Flórida", disse a comissária Nikki Fried em um comunicado.

O texto detalha que os animais serão examinados e o trenó desinfetado ao entrar na Flórida.

"O Dr. Michael Short, veterinário do estado, observou que uma das renas, chamada Rudolph, parece ter o nariz vermelho", acrescentou a nota. "No entanto, isso não se deve a um problema de saúde."

Aparentemente, o nariz vermelho de Rudolph - o mais famoso integrante da equipe do Noel - tem a função de guiar o trenó.

Donald Trump e Joe Biden levaram, nessa quinta-feira (29), a campanha para um terreno conhecido da vida eleitoral americana: a Flórida. Os dois realizaram comícios em horários diferentes na cidade de Tampa. Para convencer os indecisos, o presidente usou o crescimento de 7.4% do PIB no terceiro semestre para tentar frear o rival democrata.

As diferenças entre os dois candidatos, no entanto, eram gritantes. Trump fez um comício no estádio do Tampa Bay Buccaneers, time de futebol americano, para uma multidão aglomerada e, na maioria das vezes, sem máscaras. Biden discursou horas depois em um drive-in, com seus eleitores dentro dos carros.

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Há boas razões para que os dois candidatos tenham escolhido fazer campanha na Flórida a cinco dias da eleição. Os seus 29 votos no colégio eleitoral representam quase o dobro de Michigan (16) e o triplo de Wisconsin (10), por exemplo. As eleições no Estado costumam ser decididas por menos de um ponto porcentual e Trump e Biden aparecem praticamente empatados nas pesquisas.

Mas há uma razão melhor ainda para os dois candidatos terem escolhido Tampa. O condado de Hillsborough, onde fica a cidade, é um microcosmo dos EUA, com equilíbrio entre eleitores republicanos, democratas e independentes. Em 11 das últimas 13 eleições presidenciais, o vencedor no condado ganhou a Casa Branca - uma das exceções foi Hillary Clinton, que venceu Trump em Tampa, em 2016.

"A Flórida tem a chave da eleição. Se ganharmos aqui, a eleição acabou", disse ontem o candidato democrata, com seu tradicional óculos de sol Ray-Ban. Biden fez uma blitz no Estado, com discursos em Miami e Fort Lauderdale, antes de chegar a Tampa.

No ataque

O presidente chegou à cidade mais cedo, no início da tarde. Em seu discurso, ao lado da primeira-dama, Melania, ele exaltou o crescimento da economia. "Estou muito contente que esse número do PIB tenha saído antes da eleição", disse Trump, que vem sendo aconselhado a falar mais sobre economia, uma das poucas áreas que ele, segundo pesquisas, aparece à frente de Biden.

No entanto, Trump não se manteve por muito tempo dentro do roteiro e logo passou a atacar a imprensa e o rival democrata. "Eles me pedem para falar sobre o sucesso que tive na economia, sobre o PIB. Quantas vezes eu preciso repetir, cinco ou seis? Eles me pedem para não falar mal do Biden. Dizem que ninguém se importa. Mas eu discordo. É por isso que eu estou aqui, e eles não."

Foi então que o presidente começou a dispara contra o democrata, acusando Biden de estar a serviço da Rússia e da China e de ser culpado pelo tombo recente do mercado financeiro. Em determinado momento, Trump disse que, se Biden for eleito, "não haverá festas de Natal" - um ataque que ele vem utilizando com frequência.

No fim, o presidente voltou a atacar a imprensa, principalmente a rede de TV CNN e o jornal The New York Times. "A imprensa livre nos EUA realmente é a inimiga do povo", disse o presidente. A reclamação mais recente de Trump é com relação a um artigo anônimo publicado em 2018 pelo Times.

No texto, assinado por um funcionário do alto escalão do governo, ele afirmava que fazia parte de uma "resistência" e seu objetivo era conter as intenções do presidente. Na quarta-feira, Miles Taylor, ex-chefe de gabinete do Departamento de Segurança Interior (DHS), revelou ser o autor do artigo. "Quem é esse sujeito?", ironizou Trump. "Diziam que ele era um funcionário do alto escalão do governo, mas ninguém na Casa Branca nunca ouviu falar dele." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Joe Biden segue para a Flórida nesta terça-feira (13) com a intenção de se aproximar dos eleitores idosos que apoiaram o presidente Donald Trump há quatro anos, mas que dessa vez parecem inclinar-se para o candidato democrata, ao mesmo tempo em que a pandemia continua atingindo fortemente os Estados Unidos.

Biden, de 77 anos, é o candidato democrata mais velho da história e apresentará "sua visão para os americanos mais velhos" em um evento na cidade de Pembroke Pines, no norte de Miami, informou sua equipe de campanha.

A visita do ex-vice-presidente à Flórida acontece um dia depois de Trump realizar um comício naquele estado, o primeiro desde sua internação pela covid-19.

Ao contrário dos pequenos encontros socialmente distantes que caracterizam Biden, milhares de simpatizantes lotaram a pista do aeroporto no marco da volta do presidente à campanha eleitoral presencial.

Trump, de 74 anos, fará outro comício na terça à noite em Johnstown, na Pensilvânia, e esta semana segue para visitas a Iowa, Carolina do Norte e Geórgia como parte de um esforço para recuperar o terreno perdido para Biden.

O democrata tem uma vantagem de dois dígitos nas pesquisas nacionais antes das eleições de 3 de novembro.

Iowa e Geórgia foram dois estados nos quais Trump venceu confortavelmente em 2016, mas as pesquisas agora mostram diferenças.

A Flórida obteve 29 votos do Colégio Eleitoral para Trump em 2016, proporcionando sua surpreendente vitória sobre a democrata Hillary Clinton.

Naquela eleição, os americanos com 65 anos ou mais favoreceram Trump em vez de Clinton por uma margem de 53% a 45%, segundo o Pew Research Center e outras pesquisas de opinião.

- O impacto do coronavírus -

Mas as pesquisas mais recentes mostram uma mudança dos adultos mais velhos em relação ao presidente republicano, em grande parte por causa do seu gerenciamento da pandemia da covid-19, que afetou bastante a população idosa.

No total, mais de 215.000 pessoas morreram no país e mais de 7,8 milhões foram infectadas.

A recente pesquisa NBC/Wall Street Journal mostrou Biden com uma vantagem de 27 pontos (62-35%) sobre Trump nesta faixa etária.

Outra, a CNN/SSRS, mostrou uma lacuna de 21 pontos percentuais na intenção de voto de americanos com 65 anos ou mais (60% a 39%).

Enquanto isso, uma pesquisa com prováveis eleitores da Flórida publicada nesta terça-feira pela Florida Atlantic University (FAU) colocou Biden com 51% e o republicano com 47%.

"Joe Biden ainda é mais competitivo entre os eleitores mais velhos do que Hillary Clinton em 2016, e isso pode fazer a diferença na Flórida", explicou Kevin Wagner, professor de ciência política da FAU.

Entre os entrevistados, 44% disseram que o tratamento de Trump frente a pandemia do novo coronavírus foi bom ou excelente, enquanto 50% o classificaram como ruim ou terrível.

- "Baixem a temperatura" -

Trump, que se referiu aos idosos como "suas pessoas favoritas no mundo" depois de receber alta do hospital, além de prometer "os mesmos cuidados" que recebeu, ignorou os dados das pesquisas em seu comício na segunda-feira.

"Daqui a vinte e dois dias, vamos ganhar neste estado, vamos ganhar mais quatro anos na Casa Branca!", declarou.

Trump também retratou Biden como um homem muito velho e impróprio para o cargo, destacando um momento na segunda-feira em que o democrata parecia não se lembrar do nome do senador republicano de Utah, Mitt Romney, e erroneamente disse que estava concorrendo ao Senado.

"O sonolento Joe Biden teve um dia particularmente ruim hoje", tuitou Trump.

"Ele não se lembrava do nome de Mitt Romney, disse novamente que estava concorrendo ao Senado dos Estados Unidos e esqueceu em que estado estava", acrescentou.

"Se eu fizesse qualquer uma dessas coisas, seria motivo para desqualificação. Sendo ele, está apenas desatento Joe!", finalizou trump.

Por sua vez, Romney pediu aos adversários nesta terça-feira que "baixem a temperatura", já que a "consequência do aumento da raiva leva a um lugar muito ruim".

Romney, o único membro da maioria republicana no Senado a votar a favor da condenação de Trump no processo de impeachment, relatou estar preocupado com a política americana.

Em um comunicado, ele disse que a natureza desse ãmbito se tornou "um pântano vil, cheio de acusações e ódio que é impróprio para qualquer nação livre".

O senador republicano condenou, entre outras atitudes, que Trump qualificasse como "monstro" a candidata democrata à vice-presidência, Kamala Harris.

Enquanto isso, o Texas se tornou o último estado a iniciar a votação antecipada, que acontece em um "ritmo recorde" até agora entre os estados que permitem isso, de acordo com Michael McDonald, professor da Universidade da Flórida.

De acordo com o Projeto Eleições dos Estados Unidos, realizado pelo acadêmico, foram contabilizados 11,49 milhões de votos até agora em estados com votação antecipada.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ainda se recupera da Covid-19, revelou nesta quinta-feira (8) em entrevista à emissora Fox News que pretende organizar um comício neste sábado, provavelmente na Flórida.

"Acho que vou tentar fazer um comício no sábado (10) à noite se tivermos tempo suficiente para organizá-lo, mas queremos fazer um comício provavelmente na Flórida no sábado à noite", revelou o presidente durante entrevista ao apresentador conservador Sean Hannity.

Trump afirmou que também pretende organizar outro comício no domingo (11) na Pensilvânia. "Eu me sinto muito bem", garantiu o presidente, após receber o aval de seu médico particular para retomar as atividades públicas neste fim de semana.

Davion e Maria não poderão votar nos Estados Unidos. Ambos cumpriram pena de prisão, mas ainda devem multas impagáveis. E, devido a uma nova lei da Flórida que afeta principalmente as minorias, eles não podem desfrutar de um dos direitos mais básicos de um cidadão: o sufrágio.

Davion Hampton foi condenado em 2008 a 36 meses de prisão por tráfico de cocaína. Anos atrás cumpriu sua pena, mas foi libertado da prisão com uma multa de 52.500 dólares, com juros.

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"Pago há quase dez anos e ainda devo 46.000", conta o afro-americano de 42 anos em um parque em Sanford, no centro da Flórida.

De acordo com uma lei de 2019 assinada pelo governador republicano Ron DeSantis - um aliado do presidente Donald Trump -, os ex-presidiários são obrigados a pagar todas as multas, taxas e indenizações que devem ao estado para se registrar para votar.

"Eu adoraria reconquistar o poder do voto", disse ele à AFP. "Isso me daria uma sensação de segurança, me faria sentir humano, que sou um cidadão dos Estados Unidos da América. É meu direito", desabafou.

María Aurora Estévez, uma cubano-americana de Miami que deve 500.000 dólares ao Estado, também não votará depois de ser libertada da prisão em 2007. Ela cumpriu pena de dois anos por fraude.

"Esse direito foi tirado de mim", lamenta a mulher de 64 anos, cega de um olho.

Descontam 15% de seu salário mensal de 800 dólares em um restaurante fast-food. Ela mal consegue colocar o pão na mesa, muito menos pagar ao fisco meio milhão de dólares.

Quase 775 mil floridenses que já cumpriram suas penas estão na mesma situação, uma população composta em sua maioria por pessoas de baixa renda.

- "Ataque à democracia" -

O problema não é recente. Há 150 anos, uma lei destinada a impedir que escravos recém-libertados votassem aboliu para sempre o sufrágio de ex-presidiários.

Em 2018, os moradores da Flórida votaram a favor da Emenda 4, que restaurou o direito de voto incondicionalmente a 1,4 milhão de pessoas que já haviam cumprido suas penas - exceto se tivessem cometido estupro, ou assassinato.

No ano seguinte, porém, DeSantis assinou uma lei que suprimia seu voto, a menos que pagassem suas dívidas monetárias. Embora mais tarde tenha sido considerada inconstitucional por um juiz federal da Flórida, a medida foi mantida em setembro por um tribunal de apelação.

A Flórida, com 14 milhões de eleitores, é um estado politicamente importante. Contribui com 29 votos eleitorais dos 270 necessários para vencer. O resultado costuma ser resolvido por alguns milhares de votos. Isso significa que o projeto de lei DeSantis terá grande impacto nos resultados de 3 de novembro.

A lei afeta desproporcionalmente os eleitores hispânicos e afro-americanos, que tendem a votar nos democratas.

Para ativistas de direitos humanos, este é um exemplo flagrante de supressão de votos das minorias.

"Este não é apenas um ataque aos negros, ou aos hispânicos, é um ataque deliberado à democracia que queremos neste país", disse Desmond Meade, presidente da Florida Rights Restoration Coalition (FRRC), que defende o voto dos "cidadãos retornados" da Flórida.

O grupo convocou uma marcha às urnas no dia 24 de outubro, dia em que começa a votação antecipada neste estado do sudeste.

O argumento dos legisladores republicanos é que um ex-presidiário não cumpre sua pena até que também termine de pagar suas dívidas financeiras.

- Compra de votos? -

Após a validação da lei, o bilionário Michael Bloomberg, que faz campanha pelo democrata Joe Biden, ajudou a arrecadar 16 milhões de dólares para pagar multas e taxas de ex-condenados da Flórida.

Celebridades como o cantor John Legend, os jogadores de basquete LeBron James e Michael Jordan e o cineasta Steven Spielberg também doaram um total de 20 milhões de dólares, de acordo com o FRRC.

Questionado pela AFP, o FRRC não estava em condições de informar quantos ex-presidiários pagaram suas dívidas graças às doações.

A procuradora-geral da Flórida Ashley Moody, uma republicana, ordenou que o FBI e a polícia da Flórida investigassem Bloomberg por "possíveis violações das leis eleitorais".

Já o congressista da Flórida Matt Gaetz, um apoiador leal de Trump, denunciou Bloomberg pelo que ele alegou ser compra de votos.

Para Hampton, essas reações "revelaram a raiz do problema".

Os republicanos "acham que [as doações] estão comprando votos democratas e que, se os cidadãos que retornam puderem votar, haverá mais votos democratas do que republicanos", diz ele.

"Mas precisamos ser levados em conta. É simples assim. Porque pagamos impostos como todo o mundo", completou.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, retirou nesta sexta-feira as restrições impostas a bares e restaurantes e eliminou as multas relacionadas ao distanciamento social, no dia em que o estado dos EUA ultrapassou 14 mil mortes pela pandemia de covid-19.

A ordem executiva "remove as restrições estaduais a negócios como restaurantes" e instrui que "nenhuma lei impede que um indivíduo trabalhe em uma empresa", de acordo com o texto divulgado pelo gabinete do governador, fiel aliado do presidente Donald Trump.

Com vigência imediata, a ordem que avança para a "fase 3" também impede que os municípios imponham o uso de máscaras, "suspendendo as multas e penalidades pendentes, assim como a sua cobrança no futuro, que venham a ser aplicadas contra pessoas em relação à covid-19".

"No estado da Flórida, todos têm direito ao trabalho", disse DeSantis em entrevista coletiva, ao anunciar a medida.

Os governos municipais e dos condados podem manter algumas restrições aos seus restaurantes, mas não podem limitar sua ocupação a menos de 50%.

"Eles simplesmente não podem dizer que não", disse o governador republicano.

Não ficou claro que medidas seriam tomadas pelo populoso condado de Miami-Dade, que concentra o maior número de casos de coronavírus no estado e também atrai o turismo.

Até o momento, os restaurantes da região do sul da Flórida estão operando com 50% da capacidade.

A Flórida é um epicentro do coronavírus e está longe de controlar o surto da doença.

Acumula quase 700 mil infectados e um total de 14.083 mortes, segundo dados da Secretaria de Saúde.

Nesta sexta-feira, o estado somou 122 mortes por covid-19.

O estado está registrando entre 2.000 e 3.000 novas infecções por dia, bem abaixo das 15.000 registradas no pico da pandemia.

Além disso, a quantidade de testes feitos diariamente foi reduzida drasticamente.

O candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, viajou nesta terça-feira (15) pela primeira vez à Flórida com um objetivo na bagagem: ampliar sua popularidade entre os eleitores latinos, essenciais para a vitória no Estado. A Flórida é um dos maiores colégios eleitorais do país, com 29 votos, cruciais para determinar o resultado da eleição de novembro.

Faltando menos de 50 dias para a eleição americana, a viagem de Biden reflete o resultado de uma pesquisa do instituto Marist para a NBC News, divulgada na semana passada. A sondagem mostra o democrata empatado com Trump (48% a 48%). No entanto, o que mais chama a atenção é a composição dos números, especialmente uma inversão do voto latino e dos eleitores acima de 65 anos.

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Em 2016, Trump teve 17 pontos porcentuais a mais do que Hillary Clinton entre os eleitores acima de 65 - um grupo que representa um terço do eleitorado do Estado. Agora, Biden inverteu a vantagem e lidera por 1 ponto porcentual, segundo a pesquisa.

Em compensação, entre os latinos, o democrata vem tendo um resultado pior que o de Hillary, que venceu Trump com 27 pontos de vantagem entre os hispânicos do Estado. Agora, Trump lidera o mesmo segmento por 4 pontos porcentuais. Os números do presidente, de acordo com a interpretação de muitos analistas, são impulsionados pela comunidade cubana da Flórida, que defende a política dura do governo americano com relação a Cuba e também a Venezuela.

Ontem, Biden não escondeu o propósito da viagem. "Pretendo falar sobre como vou trabalhar para reverter todos os votos latinos", disse o democrata, antes de partir para Tampa, onde se reuniu com veteranos e fez um discurso para a comunidade hispânica de Kissimmee, cidade de 75 mil habitantes nos subúrbios de Orlando.

As duas regiões visitadas - Tampa e Kissimmee - têm forte presença de eleitores de origem porto-riquenha. Eles são em torno de 200 mil pessoas e têm um perfil diferente dos cubanos - a maioria ainda se ressente da falta de ação do presidente americano após a passagem do furacão Maria, em setembro de 2017, que deixou pelo menos 3 mil mortos em Porto Rico.

Os eleitores latinos também serão importantes para determinar o resultado das eleições em vários outros Estados, como Arizona, Nevada e Texas. No entanto, a maioria dos eleitorado fora da Flórida é composta por mexicanos, que priorizam outros temas e aumentam a complexidade do voto latino nos EUA.

Estatísticos dizem que a Flórida é mais importante para Trump do que para Biden. Se perder a eleição no Estado, dificilmente o presidente será reeleito. Já o democrata, em caso de derrota na Flórida, ainda pode obter a maioria no colégio eleitoral se ganhar a votação nos Estados do Cinturão da Ferrugem, como Wisconsin, Michigan e Pensilvânia.

A Flórida é tão importante que o bilionário Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, um desafeto de Trump, anunciou na semana passada que pretende gastar US$ 100 milhões nos últimos 50 dias de campanha para impulsionar o candidato democrata no Estado. Segundo Bloomberg, o dinheiro servirá para que a campanha de Biden possa concentrar recursos em outros lugares.

A viagem de ontem também foi uma resposta de Biden à pressão dos principais líderes da comunidade latina da Flórida, que vinham alertando para o crescimento de Trump no Estado. "Nas últimas duas semanas, temos trabalhado para colocar todas as peças no lugar", disse José Parra, estrategista democrata de Miami. "A questão é saber se não é tarde demais."

Ontem, uma pesquisa da Monmouth University foi recebida com alívio pela campanha de Biden. De acordo com os números, o democrata manteve uma liderança de 5 pontos porcentuais sobre Trump (50% a 45%). De acordo com o site Five Thirty Eight, que estima a posição de cada candidato de acordo com a média ponderada das sondagens, Biden lidera na Flórida com 48,5%, Trump tem 46,1%.

Nos últimos dez anos, sete eleições majoritárias na Flórida foram decididas por 1 ponto porcentual - algumas até menos. Um exemplo de como a votação no Estado é sempre apertada foi a eleição de 2018 para o Senado. O republicano Rick Scott venceu o democrata Bill Nelson por apenas 10 mil votos - 0,13 ponto porcentual total do eleitorado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um banhista saiu do mar com um tubarão preso pelos dentes em seu braço. O caso aconteceu em uma praia da Flórida, nos Estados Unidos, e atraiu muitas pessoas no local.

O animal é da espécie tubarão-lixa, também conhecido como tubarão-enfermeiro. Em um vídeo gravado do ocorrido, é possível observar que o homem segura o tubarão, tentando evitar um ferimento mais grave.

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Segundo o jornal The Sun, o homem ainda tentou tirar o animal, mas não conseguia por sentir muita dor. Ele foi levado para o hospital, onde o tubarão foi retirado. O banhista passa bem.

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A compra de um carro de luxo resultou na prisão de um homem no Condado de Walton, estado da Flórida (EUA).

Um dia após adquirir um modelo Porsche 911 Turbo na concessionária da marca alemã e pagar US$ 139 mil (cerca de R$ 743 mil) em cheque, o estadunidense Casey William Kelley, 42 anos, foi detido ao ser descoberto como falsificador.

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O curioso é que o golpista conseguiu sair com o carro da loja e só foi preso quando tentava praticar outra fraude em uma relojoaria que também vende artigos luxuosos.

O esquema de Kelley só foi notado porque o gerente da relojoaria desconfiou da forma de pagamento dos três relógios da marca Rolex.

No ato da compra, o comerciante manteve o golpista na loja após receber um cheque pré-datado no valor de US$ 61,5 mil (cerca de R$ 329 mil) e foi conferir junto ao banco se o cheque tinha fundos.

Ao perceber que seria vítima do fraudador, o lojista chamou a polícia. No momento da prisão, o falsário confessou o crime e disse às autoridades locais que fabricou os cheques em seu computador pessoal.

Kelley também alegou ter tido suporte de outros equipamentos que mantém em casa para praticar as fraudes.

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