Tópicos | FNP

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) divulgou nesta quarta-feira (7), em Brasília, nota defendendo urgência na “simplificação do sistema tributário brasileiro para a melhoria do ambiente de negócios”.

A entidade, no entanto, é contrária a eventuais mudanças na repartição da arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS). “Nós não abrimos mão que o ISS continue com as prefeituras. Nós queremos preservar o ISS”, enfatizou Jonas Donizette (PSB), prefeito de Campinas (SP), presidente da FNP.

##RECOMENDA##

A FNP representa as capitais dos estados e as cidades com mais de 80 mil habitantes, cerca de 400 municípios (no universo de 5.570) que concentram 60% da população e 75% da atividade econômica (PIB). “O ISS é a galinha dos ovos de ouro. Ele é o imposto que mais cresce e é o imposto do futuro. É o imposto que dá sustentabilidade hoje às médias e grandes cidades”, assinalou Donizette.

O temor da FNP é que o ISS seja agrupado ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), de competência estadual, após a reforma tributária em um novo imposto de valor agregado.

A eventual incorporação pode representar perda de arrecadação e esvaziar parte da autonomia tributária dos municípios, que também cobram o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos).

“Quem é responsável pelo posto de saúde? Quem é responsável pela creche? A prefeitura. Se tirar qualquer dinheiro do caixa municipal pode impactar diretamente a vida do cidadão”, prevê Donizette.

As críticas dos prefeitos são apoiadas pela Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf). De acordo com Vitor Puppi, secretário de finanças de Curitiba (PR) e presidente da associação, o município tem que ter capacidade de sustentar os serviços básicos que presta. “Essas reformas que estão aí não demonstram isso”, avaliou.

De acordo com levantamento da FNP, há no parlamento uma dezena de propostas de reforma tributária. A entidade analisou cinco projetos. Para Donizette, não está claro o efeito de nenhum projeto sobre as contas dos municípios.

“A gente não consegue enxergar como vai ficar a distribuição do bolo tributário depois das propostas apresentadas”, reclama o presidente da entidade. “Não tem como as prefeituras se manifestarem sem ter uma simulação”.

A Abrasf também quer ter acesso a dados e projeções de arrecadação para poder se posicionar. “Vamos fazer um cálculo de quanto é necessário de receitas para cada ente. Não é possível que os entes não tenham autonomia, inclusive os estados. A autonomia municipal significa não ter que viajar toda hora aqui para Brasília para forçar um lobby para conseguir mais recurso”, descreveu Puppi.

Segundo dados da Receita Federal (2017), a fatia da União nos tributos equivale a 68,02% de todos impostos, taxas e contribuições arrecadadas. Os estados ficam com 25,72%; e os municípios, 6,26%.

O ISS equivale a 0,86% do PIB, enquanto o ICMS (estadual) corresponde a 6,6%; e o Imposto de Renda (União), 3,63%. Os estados devem repassar um quarto dos recursos arrecadados com o ICMS aos municípios. A União repassa 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O ISS incide sobre a maioria dos serviços prestados por empresas no Brasil. A lista das atividades é descrita na Lei Complementar nº 116. As exceções são os serviços de comunicações, transporte e energia, que são tributados pelos estados.

Além de manter o ISS na arrecadação dos municípios, a FNP defende a universalização da cobrança eletrônica do tributo. De acordo com a Lei Complementar nº 157, as alíquotas do ISS variam conforme o município, entre os limites de 2% (mínimo) e 5% (máximo).

De acordo com estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, o Brasil ocupa o último lugar no ranking que compara a qualidade de vida (medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano) e o peso da carga tributária no PIB.

 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) reforçou, nesta segunda-feira (27), a tese de que a revisão do pacto federativo brasileiro é urgente e deve ser feita, segundo ele, para melhorar a qualidade de vida da população. Ao discursar durante a 72ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), no Recife, o pessebista criticou a concentração de recursos na União e se comprometeu a em 2018 discutir o assunto. 

“Nunca em um momento de democracia houve tanta concentração de recursos na União. Quem hoje administra municípios e estados sabe das dificuldades do dia a dia. Isso precisa ser muito bem discutido. Precisamos elaborar alternativas, porque os Estados têm responsabilidades, os municípios têm responsabilidades e, hoje, o recurso precisa ser melhor aplicado”, frisou, acrescentando que este é um “debate pelo futuro do Brasil”. 

##RECOMENDA##

De acordo com Paulo Câmara, a bandeira de revisão do pacto federativo foi colocada pelo ex-governador Eduardo Campos já no seu segundo mandato, mas com a morte dele em 2014, o assunto não foi à diante das eleições. “Em 2018 vamos estar efetivamente no debate para discutir isso. Como governantes que somos temos que fazer o debate para o futuro. Um estado forte que seja capaz de dar respostas”, comprometeu-se. 

O assunto vai nortear a chamada Carta do Recife, que será lançada nesta terça-feira (28) pelos prefeitos. “Não tenho dúvidas, diante da minuta que já vi, que os tópicos estão em consonância com os anseios da população brasileira. E a nossa responsabilidade é essa: trabalhar cada vez mais com transparência, com responsabilidade e olhando os anseios de uma população tão sofrida", salientou o governador.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), diz que está percorrendo o Brasil em nome da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) da qual é vice-presidente de Relações Institucionais.

Em entrevista à imprensa cearense, Doria afirmou que como vice-presidente da FNP, ele tem a "missão de defender os prefeitos" e "conhecer os problemas das prefeituras" do Brasil. "Estou cumprindo a agenda que acho necessária." A FNP é presidida pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB).

##RECOMENDA##

A declaração foi uma resposta às críticas de que o prefeito estaria deixando a administração da capital paulista em segundo plano para fazer uma pré-campanha presidencial pelo País. "As viagens são curtas, muito objetivas. Eu tenho meu próprio avião, então viajo e não tem custo nenhum para a Prefeitura de São Paulo, como eu mesmo não tenho, doo todos os meus salários para entidades de terceiro setor", disse.

Doria destacou que vai continuar as viagens: "Não estou nestas viagens como presidenciável, mas como prefeito de São Paulo e como vice-presidente da Frente de Prefeitos para conhecer bem o Brasil e para fazer a defesa dos prefeitos. Vou continuar estas viagens, sim."

Orçamento

Apesar de negar o desejo de disputar a Presidência da República, quando questionado sobre se ele se sente capacitado para comandar a administração federal, ele respondeu: "Eu sou preparado para ser gestor da maior cidade do País, com R$ 54 bilhões de orçamento, o terceiro maior do País, só perde para o da União e para o Estado de São Paulo. Quem administra o maior orçamento do País, se vê como gestor em qualquer circunstância."

Doria já visitou cinco cidades nordestinas em agosto: Salvador, Natal, Fortaleza, Recife e Campina Grande. Tem uma agenda nas próximas semanas para cidades da Região Norte.

O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Márcio Lacerda, foi surpreendido hoje (29) ao ser informado, que, por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), o depósito da parcela da multa de repatriação referente ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) só poderia ser feito no dia 30. Como a data é feriado bancário, o dinheiro só entraria na conta das prefeituras em janeiro, quando o município já estaria sendo administrado pelos sucessores dos atuais prefeitos. 

“A questão do depósito da parcela da multa da repatriação referente ao FPM é o assunto mais importante nesse momento. Viemos agradecer e tivemos notícia desagradável que representa obstáculo: a manifestação do TCU dizendo que a Medida Provisória fala que é dia 30 e que, portanto, o depósito não poderia ser feito no dia 29”, disse Lacerda após reunir-se com o presidente Michel Temer, quando recebeu a informação.

##RECOMENDA##

Segundo ele, caso o depósito não seja feito hoje, entre 3 mil e 4 mil municípios poderão ter dificuldades para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. A maioria deles, de menor porte. Lacerda explicou que esses repasses correspondem a aproximadamente R$ 5 bilhões, a serem divididos levando em conta a renda e a população do município. Municípios menores e de renda mais baixa têm participação maior por habitante.

A fim de superar esse obstáculo, Lacerda apresentou sugestões ao presidente Temer. A primeira é a de publicar ainda hoje uma nova medida provisória com a data ajustada. A outra é a de aproveitar o expediente interno dos bancos para enviar os recursos às prefeituras. Os bancos estarão fechados amanhã (30) apenas para o público, mas terão ainda funcionários finalizando os balanços.

“Se houver problemas de interpretação [do texto da MP], o Tesouro pode fazer os depósitos à meia-noite”, disse Lacerda. “Foram apenas sugestões nossas para o caso de o TCU manter esse entendimento”, acrescentou.

Segundo ele, a maior preocupação dos prefeitos é a de entregar o município ao sucessor em melhores condições financeiras e, em muitos casos, nas conformidades previstas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Os atuais prefeitos serão favorecidos porque vão poder [fazer] constar no balanço esses recursos para melhorar o desempenho frente à LRF, e os novos prefeitos também serão beneficiados porque terão acesso a um recurso e poderão decidir onde usá-los. Para o prefeito reeleito, há dupla vantagem porque fecha melhor as contas e vai usar o recurso em janeiro”, completou o presidente da FNP.

Após o encontro com Temer, Lacerda se dirigiu ao TCU para tentar obter autorização para que os repasses sejam feitos ainda hoje.

Após a sinalização de que a União vai liberar R$ 5 bilhões da multa da repatriação aos Estados em troca de um rigoroso ajuste fiscal, os municípios também reclamam sua fatia nos recursos. O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, diz que o dinheiro é um direito dos municípios, que se sentem preteridos pelo governo federal. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como os municípios avaliam a negociação do governo com os Estados?

##RECOMENDA##

Os prefeitos estão muito incomodados, um pouco revoltados, com essa situação, principalmente porque são prefeitos, reeleitos ou não, em final de mandato e têm que prestar suas contas de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ou seja, precisam deixar recursos no caixa para a próxima gestão (honrar dívidas inscritas como restos a pagar, que não podem ficar descobertas). Achamos que está havendo insensibilidade muito grande do governo federal, principalmente da Fazenda, a quem parece que só existem os Estados. Lógico que as prefeituras, de maneira geral, estão com as finanças um pouco melhores do que a média dos Estados, mas evidentemente muitos ajustes tiveram que ser feitos para o final do mandato. Do ponto de vista político, nós achamos que estamos sendo marginalizados, não conseguimos sequer ser atendidos em conversas adequadamente, nem no Palácio do Planalto, nem no Ministério da Fazenda. Boa parte das grandes cidades são até maiores do que alguns Estados. Não faz sentido sermos tratados como entidades federativas de segunda categoria. O sentimento é de frustração e revolta.

Por que vocês se sentem marginalizados?

Não há boa vontade de receber a entidade dos prefeitos para debater os assuntos. No Congresso, termos abertura melhor, mas o Executivo não está dando a devida atenção ao diálogo com os prefeitos. Então é por isso que nós acompanhamos os Estados como parte interessada nas ações sobre a multa da repatriação, mas, não sentindo que isso fosse suficiente, também entramos com ação.

Algum município está prestes a decretar calamidade financeira?

De maneira geral, as grandes cidades estão na média numa situação melhor do que a média dos Estados. Mas isso também porque trabalharam para isso. Fizemos o dever de casa e não podemos ser punidos por isso. Acho que de certa maneira está havendo uma punição, como se os municípios fossem uma classe inferior de entes federativos. Isso é o que nos incomoda.

Os municípios topariam negociação como foi feita com os Estados pelos recursos?

Se for necessária essa contrapartida (de ajuste fiscal), os municípios podem concordar ou não. Cada um, individualmente. No caso das grandes cidades, o valor do FPM não é tão importante quanto para os Estados. Quero dizer que é muito importantes nesse momento, mas não sei se justificaria um acordo para fazer um ajuste forte em suas contas, que já estão razoavelmente equilibradas. Não há déficit pesado como nos Estados. Agora, se for preciso estar em calamidade para receber alguma coisa que se tem direito, é absurdo. Nós entendemos que temos direito ao rateio da multa da repatriação via FPM independentemente de o município estar em dificuldade financeira ou não. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

[@#galeria#@]

Os prefeitos dos municípios do Nordeste se reuniram, nesta quinta-feira (22), no Hotel Mercure, em Boa Viagem, zona sul do Recife. A ocasião serviu para explanar os assuntos abordados em reunião na manhã de hoje em Brasília com a presidente Dilma Rousseff, dentre eles, a aceitação da CPMF. O encontro faz parte do 2° Congresso Nordestino de Municípios e conta com a Confederação Nacional de Municípios (CMN) e Associações Municipalistas do NE.

##RECOMENDA##

De acordo com o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, a reunião foi satisfatória, visto que foi uma boa oportunidade para que vários assuntos fossem discutidos abertamente. “A minha avaliação é que o principal avanço foi reestabelecer o diálogo que estava prejudicado o que demonstrava, para nós, a falta de elo de interlocução com os municípios e isso estava deteriorando a relação, pois os problemas iriam acontecendo nas cidades e não existia uma conversa franca, o que piorava a situação”, esclarece.

O presidente ainda explica que a adesão à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não era a pauta principal da reunião com Rousseff e que também os municípios não estão aderindo ao tributo porque querem, mas por necessitarem, visto que foi a única abertura encontrada para conseguir alguma contribuição em prol das cidades. Patriota informou que a proposta inicial com a presidente eram os lucros e dividendos. 

Com isso, a proposta feita foi de que tanto os estados quanto os municípios recebam 0,9%, cada, dessa contribuição e a federação ficaria com uma fatia de 0,20%. Já a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que representa os 80 maiores municípios do país, luta para que esse valor não seja distribuído entre as demais cidades brasileiras, apenas para as que estão sendo representadas por eles. 

De acordo com os representantes na ocasião, a situação dos municípios está cada vez mais complicada e, por isso, assuntos como a seca, o subfinanciamento dos programas, incluindo o Programa Saúde da Família; a merenda escolar e o piso de carreira para os prefeitos foram assuntos levados à presidente. No entanto, a abertura encontrada foi sobre a CPMF e, como sendo a única forma de tentar conseguir mais verba para as prefeituras, o assunto foi abordado. “Gostaria que não fosse necessário, não está bom, mas já que tem que ser, os municípios querem um pedaço”, pontuou Patriota. 

Os prefeitos afirmaram durante a coletiva que se a proposta for realmente assinada, o valor recebido será gasto na educação e saúde dos municípios. Eles também afirmam que as pessoas de baixa renda não deverão ser prejudicadas e podem ter, inclusive, isenção, mas esta questão ainda entrará em discussão.  

Descrença – Apesar de esperançosos, nem todos os prefeitos estão satisfeitos com a proposta. “A gente tem que saber se isso não é mais um golpe, porque os prefeitos estão fazendo papel de besta indo para Brasília discutir assuntos, garantir direitos que não são colocados em prática”, expressou exaltado Evilásio Araújo (PSB), prefeito de Taquaritinga do Norte. 

Agenda – Na próxima terça-feira (27), haverá, em Brasília, o fechamento da proposta da CPMF, com a presença da Confederação Nacional de Municípios (CMN), Associações Municipalistas do NE, representantes dos governos federais, os ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner. No dia 9 de novembro também haverá agenda com os entes federais e o congresso. 

Uma comissão de prefeitos será recebida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta quarta-feira (17), para discutir demandas dos municípios. O encontro terá o mesmo molde da reunião com os governadores, realizada em maio.

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) apresentou uma lista com 15 reivindicações, durante a Marcha dos Prefeitos. Entre os pontos, está o aprimoramento do diálogo entre os entes federados, alternativa para o pagamento de precatórios, a redistribuição dos recursos entre União, Estados e municípios, incentivos para o transporte coletivo urbano e a alteração em alguns impostos.

##RECOMENDA##

Na pauta também está a aprovação da proposta de emenda à Constituição 172/2012, do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que proíbe a transferência de encargos aos estados e municípios sem repasse dos recursos correspondentes. O mesmo item foi defendido pelos governadores durante reunião com Renan.

Segundo a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que reúne os administradores das cidades mais populosas do país, de 2000 a 2013 as despesas do conjunto dos municípios brasileiros cresceram meio ponto percentual, enquanto suas receitas aumentaram 5,8 pontos percentuais, acentuando o desequilíbrio entre os entes federativos.

Calheiros se manifestou favorável à revisão do pacto federativo. Ele também prometeu acelerar a votação de projetos que garantam a regularidade dos repasses de recursos pela União aos municípios. “O pacto federativo está andando. O importante é que tenhamos pontos sobre os quais haja acordo de todas correntes dos municípios e do próprio Parlamento para que a gente possa avançar sem recuo”, disse.

Com informações da Agência Senado.

 

No momento em que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) acenam com a possibilidade de uma agenda federativa no parlamento, o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda (PSB), defende que os municípios se unam para conseguir a aprovação desses pleitos.

A FNP está preparando uma lista de pautas prioritárias para encaminhar ao Congresso Nacional, com propostas para a revisão do pacto federativo. "Existe hoje um otimismo, um sentimento de esperança que consigamos passar no legislativo importantes mudanças e que antes não enxergávamos que essas mudanças poderiam acontecer", disse ele, em entrevista à reportagem.

##RECOMENDA##

Ele pondera, entretanto, que mesmo que algumas medidas sejam aprovadas ainda neste ano, a situação de aperto fiscal para os municípios ainda persistirá em 2015. "O momento é de muita preocupação, todo mundo procurando reduzir custeios, reduzindo até ou adiando investimentos", emendou.

Dentre os pontos propostos da FNP para o legislativo, estão o tratamento diferenciado e favorecido para o G100, que reúne os 100 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes e que possuem as mais baixas receitas correntes per capita e os mais altos índices de vulnerabilidade socioeconômica; a judicialização de políticas públicas; nova legislação de precatórios. A aprovação do Regime Especial de Incentivos para o transporte coletivo urbano e de caráter urbano de passageiros (PL 1927/2003) e a repactuação de recursos entre os entes federados também são considerados pelo grupo.

A FNP defende ainda a modernização da legislação do Imposto sobre Serviços (ISS), a proibição de transferência de encargos sem a previsão de repasse financeiro necessário ao seu custeio e a alteração da lei 11.705/2008, que regulamenta os consórcios públicos. E reivindica a retirada do impedimento de celebração de contratos pelos consórcios quando um dos municípios integrantes esteja no Cadastro Único de Convênios (CAUC) e que a contratação de pessoal seja via CLT. "Isso ajudaria nas deficiências em saúde, por exemplo", disse Lacerda.

CNM

De acordo com Lacerda, a FNP quer trabalhar também junto com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em uma mesa federativa, proposta ao governo em abril. "Fizemos uma pré-agenda com as relações federativas do Planalto para agendar a primeira dessa mesa em julho, onde levaríamos propostas prévias e debatidas do grupo técnico entre os municípios." Segundo ele, seriam, no mínimo, duas reuniões por ano, com a possibilidade de ampliação e com a participação dos governadores. "A FNP também quer se apoiar no trabalho dos fóruns dos secretários de capitais, que são muito qualificados em finanças, procuradoria municipal, educação e saúde, entre outros", ressaltou.

O vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer (PMDB), se reunirá nesta quinta-feira (7) com o presidente da Frente Nacional de Prefeitos e prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB). De acordo com a entidade, que congrega prefeitos de cidades médias e grandes do País, a pauta do encontro é a consolidação das propostas feitas pela presidente Dilma Rousseff depois de reunião no dia 8 de abril.

Na ocasião, Dilma falou aos prefeitos sobre o cenário econômico difícil neste ano, mas acenou com a criação de uma mesa permanente para discutir o pacto federativo. Esta foi umas das reivindicações dos gestores municipais para o combate e prevenção à corrupção, envolvendo União, Estados e municípios. O objetivo é permitir que a troca de informações estratégicas e o compartilhamento de tecnologias entre os entes federativos contribuam para o cerco aos desvios e ao desperdício.

##RECOMENDA##

O encontro de amanhã deve ter a participação também do vice-presidente da FNP e prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), e do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB).

Na próxima segunda-feira (10) o vice-presidente da República, Michel Temes (PMDB), se reúne com prefeitos e gestores municipais de todo o país na 66ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Campinas, São Paulo. Na pauta do encontro, o aprimoramento do pacto federativo e as necessidades e urgências dos municípios brasileiros. 

Durante a reunião os prefeitos irão entregar ao vice-presidente as necessidades dos municípios que foram expostas na carta que a FNP envio aos candidatos a presidência em setembro, antes do primeiro turno das eleições. Temer se mostrou favorável a autonomia das cidades. "Quanto maior a autonomia municipal, com os recursos necessários, melhor para os estados e para o país", declarou.

##RECOMENDA##

O presidente da FNP e prefeito de Porto Alegre (RS), José Fortunati, acredita em um diálogo maior sobre o pacto federativo durante a reunião.  "Teremos a oportunidade de avançar no diálogo e nas propostas para um pacto federativo que contemple mais adequadamente as necessidades dos municípios", afirmou.

Os portos de Suape (PE) e de Paranaguá e Antonina (PR) não sofrem com a paralisação de trabalhadores e operam normalmente nesta sexta-feira (24), segundo informações das assessorias de imprensa dos respectivos portos. Em Suape, a administração portuária informou não ter recebido nenhuma informação de funcionários com braços cruzados.

No caso dos portos paranaenses, a assessoria de imprensa informou que a manifestação atinge portos sob administração federal e este não é o caso de Paranaguá e Antonina, pois a autoridade portuária, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), é uma entidade estadual.

##RECOMENDA##

Na Bahia, a paralisação não afeta a operação dos três principais portos do Estado - Salvador, Aratu e Ilhéus - informou a Companhia Docas (Codeba), responsável pela administração dos terminais. De acordo com a estatal, a paralisação abrange apenas funcionários dos setores administrativos dos portos baianos. Os trabalhadores responsáveis pelas operações dos terminais não foram impedidos de entrar nos portos e cumprem as funções normalmente.

A Federação Nacional dos Portuários (FNP) informou que a paralisação desta sexta-feira foi marcada para o período das 7 às 13 horas. Segundo a FNP, a manifestação serve como uma "advertência" ao governo federal para reivindicações a respeito de plano de carreira, regulamentação de atividades da Guarda Portuária e regularização de pagamentos da previdência complementar da categoria. Uma nova paralisação, desta vez de 24 horas, foi programada para o próximo dia 30.

A Federação Nacional dos Portuários (FNP) informou há pouco que trabalhadores de 14 dos 24 portos sob administração pública no País estão com as atividades paralisadas na manhã desta sexta-feira (24). A estimativa é de que ao menos 5,5 mil trabalhadores ficarão sem trabalhar durante seis horas - das 7 às 13 horas. O porto de Santos não aderiu à paralisação.

De acordo com a FNP, estão com as atividades suspensas os portos de Paranaguá (PR); Salvador, Ilhéus e Aratu (Bahia); Rio de Janeiro, Angra, Niterói e Sepetiba (RJ); Maceió (AL); Vitória (ES); Natal (RN); Belém e Vila do Conde (PA); Recife (PE).

##RECOMENDA##

Segundo a FNP, os atos de hoje são uma "advertência" ao governo federal para negociar as reivindicações do trabalhadores. Além da greve parcial de hoje, os portuários estão programando para o próximo dia 30 uma paralisação de 24 horas, que deve contar com mais adesões, incluindo os trabalhadores de Santos.

Os trabalhadores reivindicam um Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), a regulamentação das atividades da Guarda Portuária sem terceirização e que o Portus, previdência complementar da categoria, regularize o pagamento a beneficiários.

Conforme a FNP, em novembro a Secretaria de Portos apresentou uma proposta que permite a contratação de segurança privada para vigilância, mas a federação avalia que isso traria riscos aos portuários.

O prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati (PDT), calculou nesta quarta-feira em 9% a queda do preço do transporte público na capital do Rio Grande do Sul, com a aprovação do projeto de lei que cria um regime especial para o setor no País (Projeto de Lei Complementar 310/2009) e que poderia levar a uma redução nas tarifas. Fortunati disse que, atualmente, o preço de tabela do transporte na capital gaúcha é de 3 reais, embora, por força de uma liminar dada pela Justiça, os passageiros paguem 2,85 reais.

Com a eventual isenção de impostos e tributos federais, estaduais e municipais, a tarifa de tabela poderia chegar a 2,73 reais para o passageiro. "Esse é o impacto. Para muitos, pode parecer pouco, mas para quem usa o transporte todo dia é um grande impacto", afirmou, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em que se discute o projeto.

##RECOMENDA##

O presidente da comissão e relator da proposta na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), tem afirmado que o projeto pode levar a uma redução de até 15% na tarifa. Farias defende a aprovação "o mais rápido possível" do projeto pelo Congresso. A intenção é votar o texto na comissão na terça-feira, 15, e, por ser terminativo, devolvê-lo para a Câmara dos Deputados realizar mais uma votação, uma vez que o texto terá recebido modificações no Senado.

A nova diretoria da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) foi empossada na manhã desta quinta-feira (25), durante o II Encontro de Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (II EMDS), que acontece em Brasília. A eleição foi realizada na noite dessa terça-feira (24).

O prefeito de Porto Alegre (RS), José Fortunati, é o novo presidente, que estará à frente da entidade até o início de 2015. No discurso de posse, Fortunati destacou o fortalecimento da Frente. "Estamos cada vez mais fortes, trabalhando em parceria na busca de soluções para cada uma das nossas cidades. Afinal, tudo começa e termina nas cidades, onde as pessoas moram, vivem, trabalham", frisou.

##RECOMENDA##

Ele também salientou que é preciso repensar a distribuição de recursos no país. "Nós, prefeitos, sofremos a pressão por demandas cada vez maiores, que enfrentamos com orçamentos cada vez mais apertados. Essa conta não está fechando. Os recursos arrecadados não cobrem as despesas", disse.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi eleito primeiro vice-presidente. “Queremos e podemos ser efetivamente braços fortes na criação de agendas de desenvolvimento deste país. Municípios fortes, estruturados, bem administrados e sustentáveis farão com que o Brasil cresça 4, 5% ao ano”, afirmou. O segundo vice-presidente eleito é o prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), Maguito Vilela.

Estiveram presentes na cerimônia de posse o presidente em exercício Michel Temer e as ministras de Relações Institucionais, Ideli Salvati, e de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Nesta semana, prefeitos e demais gestores municipais têm encontro marcado em Brasília. É que a partir desta terá-feira será realizado o II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável. O evento seguirá até quinta (25) e é promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). São esperadas mais de três mil pessoas.

Na semana passada, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, convidou a presidente Dilma Rousseff para participar da cerimônia de abertura, mas a presença dela ainda não está confirmada.

##RECOMENDA##

Com o tema Desafios dos novos governantes locais, o encontro será uma oportunidade para que os governantes locais dialoguem sobre os desafios comuns às cidades brasileiras e busquem soluções que garantam qualidade de vida à população. Muitas palestras e debates também irão abordar a importância de integrar sustentabilidade e desenvolvimento local.

Para o presidente da FNP e ex-prefeito de Vitória (ES), João Coser, a discussão é de extrema importância, pois as prefeituras têm assumido cada vez mais responsabilidades. “Hoje somos ouvidos, mas temos que ser ainda mais atuantes e unidos para enfrentarmos os nossos desafios”, frisou.

Em março, a FNP e os prefeitos das capitais entregaram a pauta de reivindicações dos municípios aos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. Estão entre as prioridades a redução da dívida dos municípios com a União, o pagamento dos precatórios, a desoneração do transporte público, a contratação de mais médicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a disponibilização de mais recursos para a saúde.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando