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Nos dias 22 e 23 de março, foi realizado em todo o Brasil um treinamento de gandulas que atuarão na Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014. A ação, promovida pela Coca-Cola Brasil, esteve presente em 11 cidades-sede do mundial, além de Santa Maria (RS), e capacitou cerca de 700 jovens através de aulas teóricas e práticas. No Recife, o treinamento foi no estádio dos Aflitos, antigo campo do Náutico. Os participantes do programa são os vencedores da Copa Coca-Cola 2013. Os gandulas selecionados no Recife também atuarão nos jogos em Natal, Rio Grande do Norte. O motivo é a ausência de times potiguares na Copa Coca-Cola.

Estiveram presentes mais de 50 crianças e adolescentes, entre 13 e 16 anos. O objetivo da Fifa em recrutar jovens para seus eventos é o de estimular o esporte. Através do Youth Programme, realizado no mundo todo, a organização mobiliza as crianças para participarem do mundial. Entre as atividades envolvidas estão as de acompanhar os jogadores ao entrar no campo, carregar a bandeira das seleções e atuar como gandula em todos os jogos da Copa. Segundo Pedro Paes, coordenador técnico do programa, a participação das crianças reforça vários valores na vida dos pequenos. “A Fifa está estimulando o esporte nos jovens, promovendo o espírito de equipe e a vida saudável”, comenta. 

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Treinamento busca capacitar os alunos para atuação no mundial

Participaram do treinamento meninos dos times Garoto Revelação, Escolinha de Futebol F.C. e 10 de Novembro; e meninas dos times Coração de Leão (Sport), Atletas de Cristo e São Lourenço da Mata. Após o treinamento, serão selecionadas as crianças que obtiveram melhor desempenho. Os jovens foram avaliados em critérios como conduta pessoal e ética, companheirismo e espírito de equipe. Em todos os jogos do mundial, participarão 18 gandulas; 14 efetivos e quatro na reserva. O treinador do grupo de gandulas no Recife designado pela Fifa foi o professor de educação física e árbitro Adriano Pereira. De acordo com Adriano, é importante o equilíbrio e a imparcialidade dos gandulas durante os jogos. “A criança precisa ser preparada para estar em um grande estádio, próxima a jogadores mundialmente conhecidos. O curso que nós oferecemos prepara os jovens para ter a melhor atuação durante o evento”, diz. 

APOSTA NO FUTURO

Todas as crianças participantes do treinamento de gandula vêm de escolas e clubes de futebol. Com um objetivo em comum, que é o de seguir na carreira do esporte, os jovens veem na oportunidade uma maneira de sentir o que é participar do maior evento de futebol do mundo. Com 15 anos de idade, Alana Warchavsky já está em seu 2º mundial. A jovem atuou durante a Copa das Confederações, também como gandula. “Foi muito bom, é uma emoção muito grande estar em um estádio lotado, ver os jogadores de perto. Foi emocionante”, comenta Alana. Com seu time, o Coração de Leão, a menina foi campeã da Copa Coca-Cola local, mas não chegou a vencer a competição nacional. 

Alana se prepara para seu segundo mundial

Participando pela primeira vez da seleção para a Copa do Mundo, Evelline Ferreira começou a se interessar por futebol por influência do tio, aos 7 anos de idade. Hoje, aos 13, Evelline quer seguir a carreira de atleta profissional. Campeã do campeonato da Coca-Cola com o time Coração de Leão, a jovem vê no esporte uma maneira de ajudar a família. Natural de Cavaleiros, bairro de Jaboatão dos Guararapes, a pequena jogadora se divide em ajudar a mãe, jogar futebol e estudar. “Tenho oito irmãos. Minha mãe trabalha na feira há 15 anos e quando eu posso vou lá ajudar, quando não estou na escola”, diz.

A Agência Câmara de Notícias, da Câmara dos Deputados, divulgou na tarde desta segunda-feira (23), que a Comissão de Turismo e Desporto aprovou o projeto de lei que determina que a contração de gandulas para atividades esportivas seja feita pelas respectivas federações de cada modalidade. Segundo a proposta do deputado José Otávio Germano (PP-RS), caberá também às federações o pagamento das remunerações aos trabalhadores.

O texto diz que o gandula é a pessoa que repõe as bolas para a continuação dos jogos ou enxuga a quadra para evitar que os atletas sofram lesões durante a prática esportiva. “Este projeto de lei atende e disciplina a atividade desses auxiliares de atividades esportivas e promove a isonomia entre os competidores”, argumenta o relator na comissão, o deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), segundo a Agência.

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Na atual situação, as contratações dos gandulas são realizadas pelos clubes esportivos. O projeto de lei pretende que cada federação defina os critérios para a seleção do profissional, porém, será necessária a conclusão de curso específico e a apresentação de atestado de saúde que demonstre a sua condição física. A capacitação poderá ser dada tanto pelas federações quanto por convênios.

A proposta tramita em caráter de conclusão. Ela ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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