Logo após o encerramento do debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, TV Gazeta e Twitter, a candidata à prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina (PSOL), criticou seus oponentes pela falta de apresentação de propostas e de um plano de gestão para a cidade. "Foi um debate pobre, com propostas pontuais e desarticuladas entre elas", disse a candidata em entrevista.
Sua avaliação contrapõe-se às percepções de João Doria (PSDB) e Major Olimpio (Solidariedade). O candidato tucano ressaltou justamente a oportunidade de apresentar propostas e voltou a dizer que não é político e sim gestor. Ele atacou a atual administração petista e afirmou que vai "colocar a cidade em outro patamar de gestão". "Venho com padrão de eficiência do Poupatempo", acrescentou.
##RECOMENDA##
Já Major Olimpio, depois de afirmar que considerou o debate "produtivo", aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, pedir votos diretamente ao eleitorado. "Me apoie nessa jornada pois São Paulo se tornou um caso de polícia", disse.
Disputando a prefeitura pelo PRB e líder nas pesquisas de intenção de voto mais recentes, o candidato Celso Russomanno evitou fazer comentários. Limitou-se a repetir que fará uma gestão voltada à melhoria dos serviços públicos e disse que quem avalia os debates é o eleitor.
A candidata do PMDB, Marta Suplicy, não dispensou a oportunidade para continuar atacando o candidato João Doria, com quem disputa passo a passo o segundo lugar nas preferências eleitorais, até o momento. "Me chamou a atenção o fato do Doria não ter respondido à pergunta sobre educação inclusiva. Me chamou a atenção ele não saber o que isso significa. E, se sabe, não respondeu", afirmou.
Por sua vez, o candidato à reeleição, Fernando Haddad, que durante o debate foi constantemente associado por seus oponentes a Lula e aos casos de corrupção do PT, tentou explorar o que considerou uma incoerência de seus oponentes - que, segundo ele, defendem uma coisa no palanque e fazem outra no Congresso. Segundo Haddad, as propostas de melhorias em questões sociais, além de educação e saúde, são incompatíveis com a aprovação das medidas econômicas propostas pelo governo federal.
"Deixei um recado firme mostrando que quem está prometendo melhorias aqui e lutando contra o trabalhador em Brasília não vai conseguir entregar o que promete", disse. Haddad afirmou ainda que está denunciando os partidos que estão sustentando o governo e em Brasília brigam contra os direitos do cidadão. "Temos que falar a verdade para as pessoas, que estão confusas com a crise", afirmou.