Tópicos | Guerra Mundial

Nesta quinta-feira (2), completam-se 48 anos que John Ronald Reuel Tolkien (1892 – 1973) morreu. Conhecido pela abreviação J.R.R. Tolkien, ganhou notoriedade no mundo inteiro por criar o universo mítico na Terra Média. Suas maiores obras são "O Hobbit" (1937), e "O Senhor dos Anéis" (1954), que posteriormente serviram como base para adaptação cinematográfica.

Vale lembrar que apesar de ser conhecido mundialmente por ter sido escritor, Tolkien foi professor na Universidade de Oxford e dedicava seu tempo aos estudos literários, além de praticar traduções de obras antigas. Devido ao seu alto desenvolvimento em técnicas linguísticas, Tolkien criou seus próprios idiomas, que acabou sendo inserido em suas obras, como a língua élfica.

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A inspiração que Tolkien usava para escrever suas histórias aconteceu em decorrência de suas vivências na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), quando tinha pouco mais de 20 anos, e na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), quando estava com cerca de 50 anos. Além disso, o escritor e professor repudiou os acontecimentos da guerra, e chegou a proibir publicamente que suas obras fossem traduzidas para o alemão.

Aliás, é possível reconhecer muitos desses traços em  suas obras, como em “O Senhor dos Anéis”, em que Frodo e Sam são parceiros e protegem-se um ao outro, a fim de conseguir destruir o “Um Anel” no topo do vulcão de Mordor. Assim como acontecem com os soldados nas guerras, que precisam se proteger para atingir um objetivo em comum.

 

 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recordou nesta quarta-feira (24) o sacrifício soviético e a dívida que, segundo ele, o mundo ainda tem com a URSS 75 anos depois da derrota nazista, no início de um desfile militar dominado pelo patriotismo.

A poucos dias do referendo constitucional, que permitiria sua permanência no poder até 2036, Putin presidiu o desfile de 14.000 militares na Praça Vermelha de Moscou, que deveria ter acontecido no dia 9 de maio, mas foi adiado devido à epidemia do novo coronavírus.

"É difícil imaginar como seria o mundo se o Exército Vermelho não tivesse saído para defendê-lo", afirmou Putin.

Os soldados soviéticos "libertaram os países da Europa dos invasores, deram fim à tragédia do Holocausto e salvaram do nazismo, essa ideologia mortal, o povo da Alemanha", completou o presidente russo diante das tropas, com uniformes cerimoniais, mas sem máscara apesar da epidemia.

No discurso patriótico, mas conciliador, o chefe de Estado russo evitou críticas aos países ocidentais, os quais acusa de tentar minimizar, com fins políticos, o papel soviético na derrota do nazismo.

Em sua única referência ao mundo contemporâneo, Putin defendeu a unidade da comunidade internacional para enfrentar os desafios atuais.

"Compreendemos que é importante reforçar a amizade, a confiança entre os povos, assim como a abertura de um diálogo e uma cooperação sobre as questões atuais que estão na agenda internacional", disse.

O Dia da Vitória, no qual Moscou exibe tanques, mísseis, sistemas antiaéreos e aviões, é uma oportunidade para celebrar o fim da Segunda Guerra Mundial e para ressaltar o retorno da força política e militar da Rússia no cenário internacional, da anexação da Crimeia até a guerra na Síria.

Depois do ataque dos Estados Unidos contra o Irã, matando o general Qasem Soleimani e o líder paramilitar iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis, Ciro Gomes (PDT) postou um vídeo em sua conta no Twitter afirmando que esse ataque pode desencadear uma terceira guerra mundial ou, no mínimo, "uma escalada de violência contra inocentes, inclusive de norte-americanos". 

O ex-governador do Ceará revela o seguinte: "O assassinato de uma autoridade política de uma nação soberana, em pleno território estrangeiro, deve ser objeto da mais clara e direta censura por parte da comunidade internacional. O motivo alegado de prevenir ações futuras viola qualquer regra do direito penal internacional", pontua.

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O deputado Paulo Pimenta (PT) também segue a mesma linha de raciocínio de Ciro Gomes. Para Pimenta, o mundo precisa de paz para que a economia seja recuperada. "Se qualquer chefe de Estado no mundo fizesse o que Donald Trump fez ontem, seria considerado um criminoso apto a ser julgado nos tribunais internacionais", endossa o petista.

A deputada Carla Zambelli (PSL) vai de encontro ao que foi dito por Ciro e por Paulo. Para ela, Suleimani "era um dos principais inimigos de Israel e liderava diversas forças iranianas na Síria que tentaram atacar Israel nos últimos anos". Zambelli ainda diz em seu Twitter que a eliminação do general iraniano "é uma vitória contra o Irã e contra o terrorismo mundial", pontua. 

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A marca de roupas "Lança Perfume" foi acusada de apologia ao nazismo por causa de sua nova coleção de inverno, inspirada na Segunda Guerra Mundial.

"Uma Noite em Berlim" ilustra a Alemanha dos anos 1940 e é caracterizada pelas referências ao uniforme militar alemão usado na época. Símbolos como a cruz de ferro, usada pelo Exército nazista, também aparecem nas roupas. Nas redes sociais, diversas pessoas criticaram a postura da marca, acusando-a de apologia ao regime de Adolf Hitler.

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A "Lança Perfume" divulgou uma nota se desculpando pela referência. A marca aproveitou para anunciar a exclusão dos conteúdos sobre as roupas e a remoção das peças em questão da coleção de inverno de 2018.

"A associação negativa e o sentimento gerado são suficientes para que a Lança Perfume opte por dar início a tais procedimentos", informou a empresa em seu Facebook.

"A Lança Perfume lamenta o ocorrido e enfatiza seu repúdio a qualquer movimento de natureza fascista", acrescentou.

Da Ansa

Nas últimas semanas, a tensão que permeia a relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte é o assunto mais citado na imprensa internacional. Provocações mútuas, ameaças nucleares e o uso da retórica agressiva entre os países se intensificaram em 2017 e levantaram o alerta de uma Terceira Guerra Mundial.

A relação dos dois países nunca foi amistosa. Os EUA e a Coreia do Norte têm desavenças antigas, desde a Guerra da Coreia, na década de 1950. Na época, a Força Aérea americana bombardeou e usou o químico ‘napalm’ em regiões norte-coreanas, matando um total de 20% da população do país.

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Já entre os anos de 1958 e 1991, os EUA mantiveram armas nucleares destinadas a um possível uso contra os norte-coreanos no território da Coreia do Sul. Já o país asiático, que havia assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TPN), em 1985, foi acusado pelos americanos de desenvolver atividades nucleares irregularmente. Em 1993, o país anunciou a saída do Tratado. 

Treze anos após a saída do TPN, em 2006, a Coreia testou a primeira bomba atômica com sucesso. Mais quatro testes nucleares foram realizados nos anos 2000.  Desde então, a relação do país com o ocidente se estremeceu a diversas sanções foram impostas aos norte-coreanos por causa dos testes atômicos.

No dia 8 de abril de 2017, um novo teste de míssil frustrado foi realizado pela Coreia do Norte. Em resposta, o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ter enviado "uma arma muito poderosa" para a península coreana. No último dia 24 de abril, o site oficial norte-coreano Uriminzokkiri declarou que os Estados Unidos serão "varridos da face da Terra" se desencadearem uma guerra na península.

Para entender se o mundo está à beira de um novo conflito nuclear em nível global, o LeiaJa.com consultou especialistas em Geopolítica mundial e Relações Internacionais. Os estudiosos consultados entendem que as chances de um conflito nuclear entre os países são remotas, nas condições atuais.

Para o cientista político e especialista em Relações Internacionais, Thales Castro, a comunidade internacional tem que estar atenta aos fatos, mas a chance uma nova guerra mundial é uma realidade distante. “A Coreia tem muito a perder diante do potencial bélico dos EUA. Já os norte-americanos sabem que não podem ser muito incisivos nessa relação porque existem países aliados no comércio exterior no entorno da Ásia, como o Japão e a própria China”, afirmou Castro.

O estudioso acredita que as ameaças devem seguir no campo da retórica agressiva porque uma eventual guerra seria mais negativo do que positivo para ambos os países. “A imprensa norte-coreana utiliza essa tônica de expressões como varrer do mapa e dizimar americanos. É uma retórica repetitiva e apesar de não ser vazia, falta muita substancialidade. Soa mais como provocação e propaganda política interna, já que na Coreia os aparelhos de mídia são controlados pelo estado”, apontou Thales.

Especialista em Segurança Internacional e Relações Internacionais, o professor Antônio Lucena faz uma ressalva de que na administração do republicano Donald Trump houve um aumento da tensão entre os países. Para ele, assim como a auto-afirmação da política norte-coreana, o presidente dos EUA também precisa se legitimar com seus eleitores. “É uma tendência natural as farpas continuarem pela importância do fortalecimento na política interna”, explicou.  

Lucena admite que na política internacional nada pode ser totalmente descartado, muito menos uma guerra na península coreana, apesar disso, o pesquisador não acredita em um conflito armado. “Atualmente não temos as mesmas condições da 2ª Guerra Mundial, como a grande potência que era a Alemanha nazista”, diz. Para o professor, uma das razões que poderiam levar ao conflito armado seria o ataque da Coreia do Norte a alguma base dos EUA ou a construção do míssil balístico intercontinental. “Ele teria condição de atingir os americanos com uma ogiva nuclear e, nesse caso, acho que o Trump reagiria militarmente”.

De acordo com Lucena, o desenvolvimento de armas nucleares é muito importante para a Coreia do Norte por serem o único impeditivo de uma invasão norte-americana. “Durante o governo Obama houve uma tentativa frustrada para o país abandonar as armas. Com esses equipamentos, a tendência é que eles evitem uma possível invasão, assim como aconteceu no Afeganistão e no Iraque”, afirmou.

Já Marcos Costa Lima, professor do departamento de Ciência Política da UFPE e coordenador do Instituto de Estudos da Ásia, defende que o futuro da situação entre os países é uma incógnita. “Não dá pra saber se teremos um conflito. Os líderes dos dois países são desequilibrados e radicais, representando um perigo para o mundo. A situação se complica mais ainda porque ao que parece a Coreia do Norte não vai retroceder”, lamentou.

Fotos:Ed Jones/AFP

A cegueira e os erros das potências europeias após o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, no dia 28 de junho de 1914 em Sarajevo, desencadearam uma guerra que varreu a velha ordem mundial. Os líderes europeus pensaram até o último minuto que poderiam evitar um conflito generalizado, como já haviam feito nos Bálcãs ou no Marrocos.

No entanto, mais ou menos de forma consciente, no verão de 1914 cada país temia uma agressão e desconfiava mais do que nunca dos demais. A existência de um rígido sistema de alianças de blocos também não ajudou. Faltava apenas uma faísca para provocar o grande incêndio.

Essa faísca aconteceu no dia 28 de junho com o estudante nacionalista servo-bósnio Gavrilo Princip, autor dos disparos que acabaram com a vida do herdeiro do Império Austro-Húngaro.

A imprensa europeia divulgou amplamente o atentado, mas este novo sobressalto balcânico não preocupou muito a opinião pública, sobretudo se for levado em conta que a primeira reação de Viena parecia moderada.

Depois de vários dias de reflexão, a Áustria-Hungria, que acusava há tempos a Sérvia de apoiar os nacionalistas eslavos do império, decidiu aproveitar o incidente para restabelecer sua autoridade na região e dar uma lição no seu indisciplinado vizinho.

No dia 5 de julho, quando os aliados russo e francês da Sérvia, conscientes de uma possível escalada, pediam prudência a Belgrado, a Alemanha deu em segredo seu apoio incondicional a um memorando que havia sido apresentado por seu aliado austro-húngaro sobre a necessidade de eliminar o poderio sérvio nos Bálcãs.

Esse cheque em branco de Berlim convenceu Viena de que o melhor era a via militar contra Belgrado, apesar do risco de que a Rússia saísse em defesa de seu protegido eslavo. É "um salto no desconhecido", declarou na época o chanceler alemão Bethmann-Hollweg a pessoas próximas.

Em uma tentativa de conter o conflito, a Alemanha convocou seu aliado austro-húngaro a agir rapidamente, aproveitando-se da onda de críticas procedente de todas as capitais após o atentado.

Mas Viena levaria dez dias para inventar uma estratégia, e depois ainda esperaria a conclusão da visita do presidente francês, Raymond Poincaré, à Rússia, nos dias 21 e 22 de julho, com a ideia de complicar um eventual acordo franco-russo antes de dar o passo seguinte.

Por isso, foi preciso esperar o dia 23 de junho, quase um mês após o atentado, para que Viena desse à Sérvia um ultimato. "Embora não tivessem esquecido o atentado de Sarajevo, muitos o haviam arquivado", declarou o historiador Jean-Jacques Becker.

O presidente Poincaré viajava tranquilamente para a França a bordo de um navio da Marinha nacional, e escreveu em seu diário: "Travessia agradável".

Viena deu um ultimato difícil de aceitar, com o objetivo de ter um pretexto para uma ação militar contra Belgrado. Consciente do que estava em jogo e impelida à moderação por Paris e Moscou, a Sérvia aceitaria nove dos dez pontos no dia 25 de julho.

O próprio Guilherme II, que defendia uma lição nos sérvios, considerou que o Império Austro-Húngaro havia conseguido o que queria e que já não existiam razões para a guerra.

No entanto, por razões pouco claras, a opinião do kaiser chegaria tarde a Viena e, enquanto isso, o chefe do Estado-Maior alemão, Helmuth von Moltke, encorajou seu colega austríaco Franz Conrad von Hötzendorf a agir, reiterando o apoio de Berlim.

Muitos historiadores consideram crucial o papel de Moltke, partidário declarado de uma guerra preventiva contra França e Rússia. As chancelarias europeias despertaram: Londres propôs no dia 26 de julho uma conferência internacional com França, Itália e Alemanha. No mesmo dia, Berlim pediu à França - que mostrou uma passividade surpreendente durante toda a crise de julho - que pressionasse a Rússia para que não interviesse. Paris aceitou desde que Berlim fizesse o mesmo com a Áustria, algo que a Alemanha rejeitou.

Uma fatalidade paira sobre a Europa

O chanceler Bethmann-Hollweg parecia resignado a uma guerra total: "Uma fatalidade mais forte que o poder do homem paira sobre a Europa e sobre o povo alemão", escreveu no dia 27 de julho.

No dia 28, a Áustria declarou guerra à Sérvia e bombardeou Belgrado. Tudo se acelerou. No dia seguinte, Guilherme II iniciou um diálogo direto com Nicolau II. Ambos tentavam convencer um ao outro de que desistissem de mobilizar suas forças para conter a escalada. Mas sua troca de mensagens, às vezes fora da realidade, não deu resultado algum.

No dia 30, apesar da advertência dos alemães, a Rússia, que queria dissuadir Viena de prosseguir com seu ataque contra a Sérvia, decretou a mobilização geral sem se preocupar em consultar a França, sua aliada militar.

Já Paris, em um gesto destinado a tranquilizar a Alemanha, fez suas tropas retrocederem dez quilômetros das fronteiras. Mas no dia seguinte, a Áustria-Hungria respondeu à mobilização geral russa com uma ação similar. A Alemanha fez o mesmo no dia 1º de agosto e foi seguida pela França.

Poincaré proclamou na época: a "mobilização não é a guerra". Mas o Estado-Maior alemão, obcecado pelo risco de que a aliança franco-russa cercasse a Alemanha - que havia considerado a mobilização russa um motivo de guerra -, obteve a autorização do kaiser para provocar um conflito geral, seguindo um velho plano: lançar de início todas as forças alemãs contra a França para esmagá-la em algumas semanas, antes de voltá-las para a Rússia.

Às 19h00 de 1º de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia. No dia 3, entrou em guerra contra a França, com as tropas alemãs invadindo a Bélgica. No dia seguinte, a Grã-Bretanha declarou guerra à Alemanha por violação da neutralidade belga.

Havia começado a Primeira Guerra Mundial. Em quatro anos, deixaria dez milhões de mortos e 20 milhões de combatentes feridos, assim como dezenas de milhares de vítimas civis mortos, feridos ou deslocados.

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