Durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), os aplicativos de videoconferência se tornaram essenciais para os trabalhos remotos. Por conta disso, as empresas que administram esses serviços registraram aumento de usuários.
A Microsoft é dona de duas plataformas de reuniões virtuais, sendo elas o Skype e o Microsoft Teams. Durante o período de isolamento social, a empresa de Bill Gates registrou um aumento de 70% no número de seus usuários.
##RECOMENDA##Devido à pandemia, as aulas do estudante de Direito Alan Souza, 39 anos, estão ocorrendo online, por meio da plataforma Microsoft Teams. “É uma mega ferramenta, só acho que os professores não estão utilizando todos os recursos, estão usando apenas para transmitir uma aula ao vivo”, comenta.
Além da Microsoft, outras empresas também oferecem opções para chamadas de vídeo, entre elas a Google, dona do serviço “Hangouts”, que permite que várias pessoas se conectem por meio do seu navegador Chrome.
Graças ao isolamento social, a companhia divulgou um aumento de 60% de usuários. O designer Yuri Miyoshi, 28 anos, de Santo André, utiliza o Google Hangouts para reuniões diárias de trabalho. “Não é algo que me incomoda, mas eu acho que seria legal se o serviço oferecesse mais ferramentas de interação no momento em que eu compartilho minha tela” diz.
Outro que cresceu bastante nesse período de coronavírus foi o Zoom, que contabilizou mais de 200 milhões de usuários. O aplicativo Slack registrou um aumento de 12,5 milhões no mês de março. O WhatsApp, que é bem conhecido como aplicativo de texto, também pode ser uma opção para videoconferência. Por conta da pandemia, o recurso teve um aumento de 76%.
Prós e contras
O especialista em Tecnologia da Informação (TI) Fábio Menezes destaca que o Hangouts pode se conectar aos principais serviços da Goolgle, como Gmail, Google Drive e Agenda.
Já o Zoom permite que até 100 pessoas se conectem a uma videoconferência de até 40 minutos no plano gratuito.
“O Teams é uma plataforma mais comercial, é mais robusta e tem algumas vantagens acadêmicas”, diz. “Em se tratando de universidades, acredito que a melhor solução seria escolher produtos de empresas mais renomadas para essa finalidade, como Google e Microsoft” complementa.
Embora todos esses aplicativos ofereçam ótimos recursos, Menezes alerta que existem desvantagens que devem ser observadas. O Microsoft Teams apresenta um ambiente mais complexo que os aplicativos da Google, porém, o Hangout obriga o usuário a ter uma conta no Gmail. “Em relação ao Zoom, há uma desconfiança quanto à segurança dessa aplicação, pois existe uma limitação comercial”, destaca.
Por outro lado, o especialista não vê o WhatsApp como uma opção de reunião para muitos integrantes. “Uso bastante, mas com a finalidade de conversar pontualmente com alguém ou fazer alguma ligação”, explica.