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O Dia Mundial do Skate celebrado hoje (21) foi instituído em 2004 pela Associação Internacional de Companhias de Skate (IASC), em homenagem a todos os praticantes do skatismo, que abrangem os profissionais do esporte e os que se utilizam da prática como um hobby ou estilo de vida.

O motoboy e atendente Mateus Fernandes da Fonseca, 20 anos, morador de São Mateus (SP), teve seu primeiro contato com o skate na infância, mas foi na adolescência que ele encontrou a paixão pelo esporte. “Quando eu era criança eu não era bom em empinar pipa, jogar bola ou andar de bicicleta. Foi no skate que eu me encontrei, pois ele representa a rua e abraça os renegados que a sociedade excluí”, comenta.

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Para Fonseca, o skate também significa aprendizado e persistência. “É um esporte que te molda para a vida, pois ele consegue trabalhar vários problemas internos que temos, como questões de ansiedade, paciência e a busca por realizar algo novo”, aponta.

Segundo Fonseca, a pandemia do Covid-19 foi um obstáculo devido ao lockdown e também pela situação financeira causada pela crise sanitária. A princípio, o jovem trabalhava nos setores de eventos, que foi um dos principais prejudicados pela proliferação do vírus.

O repositor de estoque de mercado Wesley Araujo Cardoso, 19 anos, de São Mateus (SP), também teve contato com skate em sua infância e lembra que, na época, não tinha condições possuir um skate com materiais de qualidade, algo que só foi possível aos 16 anos, quando conseguiu seu primeiro emprego. “Um amigo forneceu o contato de uma pessoa que tinha peças originais. Na época eu não pensei duas vezes e investi quase a metade do meu salário”, recorda.

Cardoso destaca que o skate significa paz de espírito e amizade. “Aos 16 anos eu não andava de skate muito bem, mas todos os meus amigos me apoiaram a continuar. Hoje, com 19 anos, eu já consigo realizar umas manobras e fico muito feliz com o que conquistei”, ressalta.

A cena do skate nas Olimpíadas

Pela primeira vez, o skate foi incluído nas Olimpíadas, e marcará presença na edição de 2020/2021 que ocorrerá em Tóquio. Entre os participantes estão nomes como o americano Nyjah Huston e a brasileira Letícia Bufoni. A inclusão do esporte entre as modalidades olímpicas para Fonseca  é benéfico, uma vez que incentiva a prática do skate na sociedade. “Mas o malefício disso tudo são presidentes e prefeitos que se aproveitam dessa onda para ganhar publicidade”, explica.

Fonseca lembra que há pouco tempo, a Confederação Brasileira de Skate (CBSK), divulgou uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quando foi anunciado o patrocínio da Caixa Econômica Federa (CAIXA). “Isso é bem complexo, pois o skate não apoia nada do que o presidente prega, como machismo, homofobia ou desigualdade social. O skate é uma ferramenta de manifestação”, detalha.

Já Cardoso, define a inserção do skate nas Olimpíadas como hipocrisia, uma vez que todos os elementos da periferia eram encarados com alto nível de preconceito. “Para nós, mesmo que seja uma evolução notória na sociedade e no skate, o skatista não aceita isso fácil. É difícil ver como um esporte, pois é uma cultura alternativa que abraça diversos segmentos. Você não pode dar uma característica para o skate, já que ele abraça todo mundo que não se vê em qualquer outra ‘tribo’”, comenta.   

Se você é fã da cantora e ex-BBB Manu Gavassi, pode estar sendo stalkeado por ela. A artista revelou, em um vídeo nos seus stories, que está aproveitando o tempo durante o isolamento social para conhecer melhor seu público. As stalkeadas geram curtidas e muita diversão, segunda ela própria.

No vídeo, Manu compartilhou com os seguidores dois novos hobbies que adquiriu durante essa quarentena. Um deles é gravar vídeos personalizados para crianças, a pedido de seus pais e familiares. “Toda criança que me pede, eu gravo vídeo. Amigos, pais de amigos e familiares me pedem e eu gravo, e isso me deixa muito feliz. Acabei de gravar um vídeo de parabéns para uma menina muito fofinha chamada Ruth”.

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Além disso, a cantora também está aproveitando para conhecer melhor seus fãs. Aqueles que lhe deixam mensagens diretas recebem uma visita em seus perfis e ganham até curtidas em suas postagens. “Outro hobby que descobri é ler as mensagens que vocês me mandam por mensagem direta, que são muito lindas e impactantes, que me deixam muito bem. É uma maneira de conhecer vocês. Em vez de só ler a mensagem, eu entro no perfil da pessoa, escolho a foto que acho mais linda da pessoa e dou um 'like'. Stalkear e dar likes".

A mudança da rotina, trazida pela pandemia do novo coronavírus, também serviu para despertar a criatividade em novos afazeres. Com a recomendação de isolamento social, as opções que estão ao alcance das mãos, dentro da própria casa, passaram a ser as atividades diárias de quem respeita a quarentena. Em alguns casos, as novidades deixaram de ser apenas hobbies e devem virar companhia para os novos tempos.

Aposentada há mais de uma década, a dona de casa Vera Lucia Pires, 69 anos, nunca teve uma rotina tranquila. Ela cuida do marido que tem Alzheimer, de três cães e dois gatos, além do cotidiano de casa. Com o distanciamento social, ela divide o tempo restante entre o zelo pela casa e as aulas de francês que passaram a ser online.

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A aposentada Vera Lucia Pires tem feito jardinagem no quintal | Foto: arquivo pessoal

Vera também passou a se dedicar ainda mais a um estilo de terapia: a jardinagem em seu quintal. "Trato de minhas plantas todos os dias, começo pela manhã e muitas vezes vou até a tarde", comenta. Apaixonada pelo verde e com um espaço ocupado por várias espécies, ela acompanha o crescimento dos brotos. "Gosto de fazer mudas e plantar sementes de frutas, principalmente para vê-las brotam. Atualmente, meu xodó são as Rosas do Deserto. Já tenho 20 variedades e estudei muito para cultivá-las", complementa.

Já a paisagista Rayra Lira, 29 anos, deixou o trabalho com os projetos de decoração natural um pouco de lado para assumir seu perfil gastronômico. Acostumada a cozinhar para amigos e familiares aos finais de semana, agora é ela quem está no comando do fogão todos os dias. "Com a rotina agitada, não comia em casa ou não parava para apreciar a refeição. Agora tenho aproveitado mais e acaba sendo a hora mais gostosa do dia. Eu mesma invento e preparo meus pratos", conta.

Bebida e prato elaborados por Rayra Lira | Foto: arquivo pessoal

O período de isolamento social tem servido tanto para Rayra preparar novas receitas quanto para ficar mais atenta a uma alimentação que alivie as tensões. "Mesmo em casa direto e às vezes ansiosa, tenho procurado montar pratos bem coloridos e mais saudáveis", afirma. A paisagista ainda usa o espaço no apartamento em que mora para cultivar os próprios temperos, aqueles que vão fazer parte do cardápio. "O que me deixa satisfeita nos dois [paisagismo e gastronomia] é que ambos mexem com os nossos sentidos, geram pensamentos positivos, trazem alegria e são 100% manuais", acrescenta.

Outra que encontrou um amor do passado na quarentena foi turismóloga Milene Giese, 39 anos. Morando sozinha há cerca de um ano e meio em Londres, na Inglaterra, a veia musical da infância voltou à tona, e o ukulele, instrumento de cordas, é seu mais novo companheiro. "Tem feito muito bem para mim, pois ocupo muito a minha mente. Estou afastada do trabalho, em casa sozinha, então começar a tocar o ukulele foi uma coisa que mudou a minha vida", declara ela, que estudava piano quando criança e tem familiaridade com música. "Dediquei a aprender acordes, depois fazer exercícios para as mãos e dedos, escolhi uma música e comecei a praticar. Pego músicas em inglês e fico traduzindo, estudando. Passo umas cinco, seis horas do meu dia tocando", complementa ela, que usa canais no YouTube para aprender as lições musicais.

Milene Giese passou a tocar ukulele no isolamento | Foto: arquivo pessoal

Como o restaurante em que trabalha se mantém fechado devido ao isolamento social, Milene afirma que o ato de aprender a tocar o ukulele soma-se a outras atividades que a fazem preencher o dia. "Continuo fazendo exercícios físicos no quintal e me alimento melhor. Assim me sinto em paz, esperando esse momento passar, aproveitando o tempo livre para cuidar da saúde e da mente", ressalta. Ainda segundo a turismóloga, a música tem sido uma terapia durante os dias da pandemia. "O novo hobby virou uma grande paixão. A música alimenta a alma e tem sido minha terapia nessa quarentena. Com certeza vou continuar tocando", complementa.

O primeiro passo é uma saudação, seguida de apresentação: quantos anos tem, onde mora, o que faz da vida, o que gosta de ler, de assistir, fazer. Depois, é o momento das perguntas para descobrir interesses em comum e, também, de acrescentar alguns mimos, como adesivos, recortes e afins. Esse passo a passo faz parte de um tutorial que, embora publicado no YouTube, tem objetivo mais analógico: ensinar a escrever cartas.

A troca de correspondência até deixou de ser um meio prático de comunicação, mas continua a ter milhares de adeptos no Brasil, tanto entre saudosos quanto entre aqueles que o adotaram já em plena era digital. Mais que isso: a tecnologia tem ajudado a atrair interessados por meio de blogs, sites, hashtags, grupos em redes sociais e até aplicativos.

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"É uma forma de se desligar do ambiente veloz, de parar, sentar e escrever para produzir uma coisa à mão. Precisa sair de casa, ir nos Correios, postar a carta, esperar uma resposta. Sai do contexto de hoje em dia, em que tudo é uma correria", descreve Carolina Santiago, de 23 anos, mestranda em Literatura e moradora de Salvador.

Carolina começou a trocar cartas em 2017 e, hoje, mantém contato com cerca de sete "penpals" (amigos por correspondência, em inglês). "Não sabia que era uma comunidade tão forte nos dias atuais. Quando comecei, queria conhecer pessoas diferentes das que estava acostumada, de gerações diferentes, conhecer novas formas de pensar."

A jovem compartilha parte dessas experiências no canal Carolinaismo no YouTube, com vídeos de até 2 mil visualizações. Fora do País, publicações semelhantes chegam a passar as 900 mil visualizações. Elas são focadas especialmente em técnicas para escrever letras mais caprichadas e decorar cartas e envelopes com recortes de jornais e revistas, adesivos e itens afins.

Tudo isso ganha força com o crescimento do interesse por lettering, uma espécie de caligrafia que não precisa seguir regras ortográficas (como misturar letras cursiva e de forma, por exemplo), em que a escrita vira quase um desenho feito à mão. Outras tendências do mesmo nicho são o bullet journal e o scrapbooking, espécies de agendas e álbuns feitos à mão.

Grupos

Além de dicas, os interessados têm na internet a principal plataforma para encontrar pessoas para se corresponder, principalmente por meio de hashtags no Instagram, grupos no Facebook e sites especializados. Esse é o caso, por exemplo, do Envelope de Papel, que mantém site, perfil em redes sociais e um grupo de WhatsApp. O objetivo principal é apresentar breves descrições sobre pessoas que querem se corresponder, com interesses, hobbies, cidade natal e idade, dentre outras informações básicas.

"Em 2016, comecei a pesquisar na internet sobre cartas e aí encontrei um site internacional, que estava meio desatualizado. Não sabia se os endereços eram os mesmos. Comecei um grupo de cartas, passei a receber algumas e a me identificar com esse mundo", conta a idealizadora do Envelope de Papel, a publicitária mineira Mariana Loureiro, de 23 anos.

Hoje, a iniciativa reúne perfis de 585 pessoas de todos os Estados do País e alguns brasileiros que moram no exterior, com uma média de dez novas inscrições por semana, "sem divulgação", como ressalta Mariana. "A faixa etária é bem variada, tem jovens de 15, 20 anos, tem pessoas com mais de 50 anos muito ativas e um grupo infantil, de 7 a 14 anos", comenta.

A publicitária conta que se interessou por cartas e foi procurar mais informações online após uma conversa com o pai, que se correspondia com estrangeiros nos anos 1980. "A internet é essencial (para a popularização das cartas). A maioria das pessoas vai, em primeiro lugar, na internet para procurar."

A assistente técnica Ana Lúcia Abreu, de 51 anos, é uma das usuárias cadastradas do Envelope de Papel. "Antes, mandava cartas para pessoas que conhecia, que trabalhavam comigo. No Natal, mandava cartão para irmãos, tios, amigos mais chegados. Gosto da sensação de que alguém lembrou de você. A sensação é muito boa, de receber uma carta."

Ana Lúcia costuma escrever no fim de semana, especialmente nos fins de tarde e início de noite de domingo. "Deixo a coisa fluir. O melhor presente que a gente pode dar a alguém é o tempo, porque ele nunca mais volta."

Já a professora de Língua Portuguesa Lygea de Souza Ramos, de 36 anos, costumava se corresponder quando era adolescente e retomou o hábito há três anos. "Sempre foi uma coisa que me agradou muito, é uma forma de demonstrar carinho pela pessoa. Telefone, e-mail, é tudo muito imediatista, com mensagens curtas, não tem aquele tempo de elaboração como a carta."

"Pensar como fazer até a decoração da carta abre um universo muito diferente. Hoje tem um universo de papelarias enorme, uma infinidade de coisas que posso usar para decorar, trocar", conta ela, que se corresponde com cerca de dez pessoas. "Gosto de conhecer outras culturas, as pessoas se mostram mais por meiodas cartas, o que gostam, o que fazem."

Versão digital

O hábito também ganhou impulso por intermédio do aplicativo Slowly, que simula a troca de cartas de forma virtual e tem cerca de 2 milhões de usuários mundialmente. O app propõe matches (combinações) com pessoas de interesses semelhantes (fotos de perfil não são permitidas), com as quais é possível trocar cartas virtuais - que podem levar até dias para chegar ao destinatário, a depender da distância geográfica.

"Em um app normal, geralmente a pessoa fala 'Oi, tudo bem', é difícil a coisa pegar. Fiz bons amigos assim, mas é uma coisa rara, precisa de muitas conservas para ter uma interessante. O Slowly é mais fácil, tem isso de não estar tentando conversar com um monte de gente ao mesmo tempo, de escrever como se fosse carta, com um monte de informação", comenta o mineiro Marcelo Fonseca, de 32 anos, professor de idiomas.

De férias fora do País, Marcelo pretende voltar a se corresponder em 2020. Uma das principais motivações é praticar idiomas com nativos. "Tinha de colocar no meu planejamento. Chego em casa às 20, 21 horas. Às 23 horas, sentava para escrever. O app passou a ser parte da minha vida, é uma coisa que você não para qualquer instante e responde. Tem mensagens que levei 1h30 ou mais escrevendo, tem de ser pensado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quando foi a última vez que você utilizou uma caneta ou um lápis? Em uma realidade em que usar aplicativos, redes sociais e e-mail é uma tarefa ordinária, escrever à mão está ganhando espaço de outra forma: como trabalho manual. Em cursos, canais na internet ou no mercado editorial, a escrita à mão se populariza com os nomes de caligrafia e lettering.

O conceito principal é o mesmo, de desenhar letras. A diferença é que a caligrafia tem por base regras tipográficas, enquanto o lettering é feito no improviso e mistura as mais variadas técnicas (como combinar letra cursiva e de forma em uma mesma frase, por exemplo).

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Escritora em tempo integral, Tati Lopatiuk, de 33 anos, aderiu à caligrafia há pouco mais de um mês. O hobby surgiu quase como uma necessidade para melhorar a preparação do bullet journal - tipo de diário semanal.

Agora, ela criou um grupo com cinco amigas para organizar encontros sobre o tema. "Quando estava no colégio, gostava de ter a letra bonitinha, cuidar do caderno. É legal ver que é uma coisa sua, não um recorte", diz. A escritora aprendeu a técnica por meio do livro "Caligrafia para relaxar", aposta da Editora Sextante para o mercado de livros interativos.

Lançado em novembro, o livro traz exercícios diversos, amparados em textos motivacionais, e é personalizável. "A pessoa sai do mundo digital para fazer as tarefas, mas, depois, quer fotografar e compartilhar o resultado", comenta a gerente de aquisições da Sextante, Nana Vaz de Castro. Só no Instagram, as hashtags "lettering" e "caligrafia" tem 7,2 milhões e 324,5 mil postagens, respectivamente.

Adepta dos livros de colorir, a contadora Ilca Lacerda, de 42 anos, começou no lettering há quase um ano. Acostumada a praticar todos os dias, aprendeu tudo de forma autodidata e é, hoje, administradora de um dos principais grupos do tema no Facebook, o Hand Lettering Brasil, com quase 1,9 mil membros.

Segundo Ilca, a procura aumentou desde agosto e é maior principalmente entre paulistas e curitibanos. "Estou começando a fazer vídeos ao vivo para ensinar o que já aprendi, mesmo não sendo profissional."

Já o programador Nelson Antunes, de 28 anos, entrou em contato com a caligrafia em um curso de curta duração. A ideia veio por meio de uma postagem do designer Hugo Cruz, de 32 anos, que já costumava seguir no Instagram. "Minha maior preocupação era se eu teria as habilidades necessárias", diz o jovem, que não costuma escrever à mão no dia a dia.

A organizadora de eventos Camila Iwazaki, de 43 anos, adotou o hábito diariamente, escrevendo desde cartas para sobrinhos até cartões-postais - por ser "de outra geração". Mesmo assim, encarou a caligrafia como um hobby, assim como o crochê e o tricô, que começou há um ano. "Sou de outra geração, não funciono assistindo tutorial, prefiro ver na minha frente alguém fazendo", diz ela.

Tanto Camila quanto Antunes aprenderam em uma oficina de Hugo Cruz. Originalmente ligado mais a trabalhos de outro tipo, o designer se voltou ao lettering e à caligrafia há um ano. "Vai de ações publicitárias de personalizar bolsas até cardápios escritos a giz e ilustrações para revistas", explica.

Também atuando no mercado, a arquiteta Marina Viabone, de 28 anos, do canal Primeiro Rabisco, transformou há dois anos o hobby em lettering em profissão. "É um resgate do analógico. As pessoas gostam de ganhar o produto na hora, com a frase que escolheu", comenta ela, que diz atender um público de 14 a 65 anos em suas oficinas.

Novos significados

O professor de Sociologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rogério Baptistini observa que as pessoas "estão buscando desenhar letras como se estivessem fazendo uma atividade manual, artesanal". "Talvez essa busca de frases que têm sentido, que chegam a ser de autoajuda, até demonstre uma tentativa de buscar novos significados, como se nós, humanos, estivéssemos tentando humanizar um mundo cada vez mais desumanizado", arrisca.

Para o professor de Linguística da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcelo Buzato, a escrita é uma prática sociocultural, que permanece, embora esteja em constante transformação. "Nos anos 1920, 1930, não se deixava crianças pegarem em lápis, porque eram afiados, os pais tinham medo. (Hoje) muitas das funções da escrita que estavam amarradas à escrita cursiva perderam valor, estão sendo substituídas. Ao mesmo tempo, as pessoas se apropriam da escrita com outras funções", analisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos passatempos favoritos da rainha Elizabeth II é apostar em corridas de cavalos. E, segundo um levantamento da mídia britânica, esse hobby já rendeu para a monarca cerca de sete milhões de libras esterlinas (quase R$ 30 milhões) nos últimos 30 anos.

Os cavalos em que a rainha apostou venceram 451 vezes, o que representa 15% de aproveitamento. Elizabeth ainda tem muito o que comemorar, já que no ano de 2016 lucrou mais de 550 mil libras (R$ 2,3 milhões), a maior quantia recebida por ela em três décadas de apostas.

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Mesmo que o Palácio de Buckingham tenha afirmado que o assunto seja "privado" e ter se recusado a falar para onde os ganhos de Elizabeth com as apostas vão, é estimado que grande parte da quantia é destinada para treinadores de cavalos.

De acordo com fontes próximas da monarca, há anos Elizabeth possui interesse na criação de cavalos, além de ler diariamente na parte da manhã o jornal "Racing Post".

Neste ano, a rainha contabiliza 20 vitórias e ocupa a 11ª colocação no "Flat Owners Championship", o principal campeonato de apostadores de cavalos.

Da Ansa

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Quando a noite chega e as “baladas” começam a divertir o grande público, é fácil notar um ritmo envolvente que superou preconceitos e críticas, chegando à várias classes sociais. O brega já é sucesso nas camadas pernambucanas, com suas músicas envolventes e letras que geralmente falam de amor. Uma das disseminadoras do estilo em Pernambuco é a Banda Faringes da Paixão.

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O grupo, formado por cinco amigos, existe desde a época em que eles estudavam no ensino médio, por volta do ano de 2004, porém, foi em 2008 que a Faringes começou a conquistar os “bregueiros”. Mas, antes que o sucesso chegasse de fato para os integrantes do grupo, alguns deles tiveram que tomar importantes decisões, no que diz respeito à escolha da profissão. Uns formados em cursos de nível superior, outros com empregos públicos garantidos, mas, com uma incerteza, que era se dedicar a carreira profissional, ou levar a frente um hobby.

Esses rapazes são apenas uma pequena parcela de milhares de pessoas que têm a coragem de largar uma formação profissional tradicional para se dedicar à uma paixão ou simplesmente um hobby, que, com o passar do tempo, pode se tornar uma nova profissão para eles. Entretanto, pela convenção que já se instalou na cultura brasileira, uma boa parcela da sociedade ainda prima por uma formação tradicional, em universidades, ou então por cargos ditos comuns.

Algo que é muito corriqueiro em nosso País, por causa da paixão que o povo tem pelo futebol, é o fato de que jovens têm o sonho de se tornarem jogadores, e em um determinado período das suas vidas, têm que decidir continuar em busca do sucesso dentro de campo ou se serão trabalhadores comuns. No caso de quem gosta de música ou da carreira artística também não é diferente. Em tempos mais remotos, as pessoas que procuravam trabalhar com arte eram taxadas de vagabundas.

Publicitário que virou percussionista

“Eu queria trabalhar com comunicação, pois achava uma área muito legal. Em 2008 me formei em publicidade e propaganda e comecei a atuar no meio. Mas, não curti o mercado. Era um trabalho meio que escravocrata”. Quem conta é o percussionista da Faringes da Paixão, Emmanuel Ferreira, de 26 anos. O músico, antes de assumir de vez sua posição como integrante da banda, viveu o impasse de optar pela atuação como publicitário, após anos de graduação, ou viver uma paixão que existia desde a época da escola, que era tocar.

Antes, até o próprio Ferreira não enxergava a banda como um recurso profissional. “Não pensava o grupo como profissão. Era mais uma diversão. Não tinha isso de ganhar dinheiro tocando e cantando brega". Curiosamente, próximo ao fim da sua graduação, o rapaz e os outros integrantes da banda tiveram a oportunidade de, pela primeira vez, fazer um show comercial. Depois dessa oportunidade, a banda foi caindo no gosto do povo, se tornando mais conhecida no cenário artístico pernambucano, e em consequência disso, os shows, pouco a pouco, geraram uma rentabilidade financeira para os jovens amigos.

“Quando terminei o curso, pensei, e agora, o que vou fazer? Já não estava tão satisfeito trabalhando em agências publicitárias. Resolvi então encarar a banda”, explica Ferreira. Depois da decisão, chegou o momento de convencer a família que a banda também poderia se tornar uma profissão. “Às vezes minha mãe perguntava assim: meu filho, você está tocando na banda, mas, quando você vai começar a trabalhar?”, comenta o rapaz, aos risos. Ele tentava refletir junto com a família o que era trabalhar de fato, como exemplo, se era conseguir honestamente e poder se sustentar.

“É engraçado que às vezes eu encontro umas pessoas que dizem que estudaram tanto e ganham menos que eu”, brinca Emmanuel Ferreira. Apesar de estar feliz com o sucesso que a Faringes da Paixão atingiu em Pernambuco, o jovem admite que tem planos, caso a banda um dia acabe. “É um fantasma que ainda existe, porque eu tenho medo que a banda um dia acabe. Mas, eu aproveitei muito do que aprendi na minha formação para me especializar como produtor de eventos. Sei que posso atuar nessa área futuramente”, projeta.

Antes concursado e agora “bregueiro”

O baixista da Faringes da Paixão, Pedro Mascarenhas, 25, além de ter passado por várias faculdades, em 2009, conseguiu aprovação no concorrido concurso do Banco do Brasil. Parecia então que Mascarenhas estava decido quanto a sua vida profissional, até porque, um cargo público é sinal de estabilidade financeira e na própria função.

Mas chegou um momento que o rapaz já não mais conseguira conciliar suas atividades. “A banda estava numa crescente e tinham dias que chegava em casa cansado do banco e tinha que ir tocar”, conta. De acordo com ele, apesar do banco proporcionar boas condições de trabalho, aquilo ainda não era o que ele queria. “Nunca foi algo que eu quisesse fazer. Eu até estava feliz como caixa de agência, mas não de forma plena”, explica.

Em 2011, depois de pensar bastante, Pedro Mascarenhas tomou uma decisão. “Minha família percebia que eu estava desgastado e até meus pais me falavam que chegaria um momento que eu teria que escolher entre o Banco do Brasil e a Faringes. Eu acho que eles queriam que eu escolhesse o banco, mas, optei pela banda”, diz.

Hoje, o músico está de fato realizado com a sua escolha, porém, explica que nem tudo é diversão. “Sinto muito prazer no que faço, mas, não temos fins de semana e às vezes sinto falta de algumas coisas, como sair com amigos”, comenta o baixista. Sem revelar valores, Mascarenhas diz que ganha duas vezes mais do que quando trabalhava no banco, já Emmanuel Ferreira, recebe cerca de seis vezes mais do que quando trabalhava como publicitário.

Confira um vídeo sobre as decisões que os músicos tiveram que tomar:

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