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Rebeldes houthis do Iêmen, que são apoiados pelo Irã, disseram neste domingo, 29, ter matado ou ferido 500 soldados da Arábia Saudita e capturado outros 2 mil militares, entre eles muitos oficiais. Para corroborar a história, eles divulgaram imagens de vídeo que mostram centenas de soldados presos e veículos blindados destruídos.

A ação teria ocorrido na fronteira entre Iêmen e Arábia Saudita. Se comprovada, seria a maior operação dos rebeldes contra os sauditas desde o início da guerra civil iemenita. O Exército saudita não emitiu nenhum comunicado sobre o assunto. O governo do Iêmen, que luta contra os houthis, classificou a ação de "fantasiosa". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Combatentes anti-rebeldes do Iêmen afirmaram neste sábado (15) que conseguiram retomar o controle da capital da província Shabwah, que fica na região sul do país. Representantes dos rebeldes aliados ao Irã confirmaram a retirada de suas tropas da região.

Autoridades das forças de segurança que lutam contra os rebeldes xiitas conhecidos como houthi afirmaram que consolidaram o controle sobre a província após tomarem a capital, Ataq. Segundo os oficiais, a coalizão liderada pela Arábia Saudita, que também luta contra as forças rebeldes, enviou armamentos pesados para uso em terra ao porto de Shabwah nos últimos quatro dias. Em março, a coalizão, que tem apoio dos Estados Unidos, começou a realizar ataques aéreos aos rebeldes houthis xiitas e seus aliados, que controlam a capital e boa parte do norte do país.

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A luta no Iêmen coloca de um lado os houthis e as forças leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh e do outro os separatistas do sul, milícias locais e tribais, milicianos islâmicos e partidários do exilado presidente Abed Rabbo Mansour Hadi. Fonte: Associated Press.

Os rebeldes xiitas do Iêmen e seus aliados abriram caminho pelo centro comercial de Áden nesta quinta-feira e tomaram o palácio presidencial da cidade portuária, localizada numa colina estratégica, informaram autoridades.

A tomada das instalações representa um grande golpe para a coalizão liderada pela Arábia Saudita, que tem realizado ataques aéreos há uma semana em todo o território iemenita, incluindo a capital Sanaa, com o objetivo de conter o avanço dos rebeldes, conhecidos como houthis.

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O palácio Maasheeq, um conjunto de moradias coloniais no topo de uma colina rochosa que se projeta para o Mar Adriático, foi a última moradia do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi antes de ele fugir para a Arábia Saudita, no mês passado, por causa do avanço houthi. Ainda havia combates na noite desta quinta-feira entre forças ligadas a Hadi e rebeldes na cidade portuária.

A tomada do palácio aconteceu apenas horas depois de militantes da Al-Qaeda terem capturado a cidade costeira de Mukalla, outro porto importante a leste de Áden.

Durante a ação, militantes da Al-Qaeda libertaram 300 detentos de uma prisão local, dentre eles vários militantes, segundo autoridades de segurança, que falaram em condição de anonimato.

Dentre as pessoas libertadas está Khaled Baterfi, graduado operador da Al-Qaeda, que estava preso desde 2011.

Os militantes se espalharam pelas principais estradas que dão acesso a Mukalla, a capital da província de Hadramawt. Confrontos esporádicos ainda eram registrados na cidade. Porém, a província ainda está majoritariamente nas mãos de forças do governos leais a Hadi.

A campanha saudita tem atacado os houthis e seus aliados, que são forças leais ao antecessor de Hadi, o presidente deposto Ali Abdullah Saleh. Nos últimos dois dias, os ataques aéreos se concentraram em Áden, com o bombardeio de forças ligadas a Saleh que se aproximavam da cidade pelo leste e pelo norte.

A hipótese era que se Áden não caísse nas mãos dos rebeldes, Hadi poderia voltar em algum momento para o país pelo porto.

Rússia retira seus cidadãos do Iêmen

A Rússia enviou dois aviões para retirar centenas de seus cidadãos do Iêmen. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, Alexander Lukashevich, disse que os jatos de passageiros pousaram na capital, Sanaa, e que devem levar cerca de 300 russos para Moscou ainda nesta quinta-feira. Fonte: Associated Press.

A TV estatal saudita informou há pouco que o presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, está na capital da Arábia Saudita, Riad.

A emissora informou que Hadi chegou à base aérea de Riad e foi recebido pelo ministro da Defesa do país, o príncipe Mohamed, filho do rei Salman. Ontem, Hadi fugiu do Iêmen de barco por meio do porto de Áden, à medida que os rebeldes xiitas fecham o cerco à cidade.

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A chegada de Hadi à Riad ocorre horas depois de a Arábia Saudita e seus aliados lançarem ataques aéreos contra os rebeldes no Iêmen, conhecidos como houthis, e contra as forças leais ao antecessor de Hadi, o autocrata deposto Ali Abdullah Salh.

É esperado que Hadi participe de uma cúpula árabe no Egito, que começa no sábado. A TV estatal saudita não informou detalhes sobre a rota que o presidente iemenita fez de Áden para Raid. Fonte: Associated Press.

Sana, Iêmen, 21/02/2015 - O ex-presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, deixou a capital do Iêmen, Sana, depois de ser liberado por rebeldes que o mantinham preso em sua residência há várias semanas. De acordo com assessores de Hadi, os rebeldes teriam cedido à pressão das Nações Unidas, dos Estados Unidos, Rússia e partidos políticos locais.

Mansour Hadi chegou em Áden e pessoas próximas ao ex-presidente disseram que ele pretende buscar tratamento médico fora do País. Hadi foi mantido em sua casa por várias semanas por rebeldes do grupo xiita Houthi, que tomou a capital em setembro.

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O enviado das Nações Unidas, Jamal Benomar, disse ontem que as facções rebeldes, incluindo os houthis, chegaram a um consenso sobre um novo corpo legislativo, formado por novos e antigos deputados para servir durante o período de transição. Mas a coalizão dos partidos do Iêmen demonstrou objeção ao plano, descrevendo-o como uma meia solução e insuficiente.

O porta-voz do Partido do Encontro Unionista, Ahmed Lakaz, que participa do diálogo, disse que os partidos informaram aos houthis que deveriam ficar de fora do processo se Hadi não fosse libertado.

O Iêmen encontra-se em uma crise política desde que o Houthi assumiu o controle da capital, forçou a renúncia do presidente apoiado pelo ocidente e dissolveu o Parlamento, além de manter Hadi preso em sua residência. Fonte: Associated Press.

Autoridades militares do Iêmen afirmaram que 26 pessoas foram mortas em conflitos entre rebeldes xiitas e tribos sunitas no sul do país. Os rebeldes, conhecidos como houthis, foram apoiados por tropas do exército no combate contra tribos sunitas na província de Bayda. Entre as vítimas, 16 eram houthis e 10 eram de tribos sunitas contrárias aos rebeldes.

Milhares de pessoas foram às ruas no Iêmen neste sábado (14) para protestar contra a tomada do governo por rebeldes xiitas. Manifestações aconteceram nas cidades de Ibb, Taiz, Hodeida, Dhamar e na capital do país, Sanaa.

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Além disso, a imprensa dos Emirados Árabes Unidos afirmou hoje que o país fechou sua embaixada em Sanaa. Durante a semana, Arábia Saudita, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália e Alemanha tomaram a mesma medida. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos devem fechar a sua embaixada no Iêmen em meio ao impasse político e a deterioração das condições de segurança do país após os rebeldes xiitas tomarem o controle do poder, informaram altos funcionários de defesa norte-americanos.

Os funcionários disseram que os diplomatas foram retirados do Iêmen nesta terça-feira (10) e a embaixada irá suspender as operações até que as condições políticas melhorem. O Iêmen tem enfrentado há meses uma crise com os rebeldes xiitas do grupo Houthis, que sitiou a capital e, em seguida, tomaram o poder. Os funcionários dos EUA falaram sob condição de anonimato.

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Segundo as fontes, os fuzileiros navais que dão a segurança para a embaixada provavelmente também sairão do país, mas as forças norte-americanas que realizam missões de contraterrorismo em outras partes do Iêmen não seriam afetadas.

Na semana passada, o Houthis dissolveu o parlamento e formalmente assumiu depois de meses de confrontos. Eles, então, colocaram o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e todo o seu gabinete de ministros sob prisão domiciliar. Hadi e os seus ministros renunciaram em protesto. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas do Iêmen reúnem-se com seus rivais políticos pela primeira vez desde que tomaram o poder na semana passada, quando dissolveram o Parlamento e transformaram seu principal organismo de segurança no governo de facto do país.

As negociações desta segunda-feira, intermediadas pelo enviado da Organização das Nações Unidas (ONU), Jamal Benomar, incluíram representantes da coalizão dos principais partidos políticos do país, assim como do partido do presidente deposto Ali Abdullah Saleh.

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As negociações haviam sido interrompidas na quinta-feira, depois de políticos acusarem os rebeldes, conhecidos como Houthis, de recusarem-se a fazer qualquer concessão política, o que inclui a retirada do cerco imposto ao presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e aos membros de seu gabinete, que já haviam renunciado a seus cargos em protesto contra os rebeldes.

Na sexta-feira, os houthis dissolveram o Parlamento e indicaram um Comitê Revolucionário para governar o país. Fonte: Associated Press.

Milhares de pessoas foram às ruas no Iêmen neste sábado (7) para protestar contra a tomada do governo por rebeldes xiitas. Na capita, Sanaa, os militantes atiraram para o alto para tentar dispersar os manifestantes, que foram agredidos com pedaços de pau. Protestos também ocorreram nas cidades de Hodeida, Taiz e Ibb.

Mais cedo, autoridades relataram a explosão de uma bomba em uma das ruas que dá acesso ao palácio presidencial. O atentado deixou três pessoas feridas. Os rebeldes tomaram o controle das instituições estatais, dissolveram o parlamento e instalaram um novo comitê para governar a nação mais pobre da região - lar do que Washington considera como a mais perigosa ramificação da Al-Qaeda.

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Os rebeldes, conhecidos como Houthis, são inimigos da organização terrorista, mas também são hostis aos norte-americanos e à Arábia Saudita, que é predominantemente sunita. Acredita-se que, nos bastidores, os Houthis recebam o apoio dos iranianos. Fonte: Associated Press.

Os principais partidos políticos do Iêmen anunciaram hoje que estão suspendendo as conversas com o grupo xiita Houthis, responsável pela renúncia do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi há duas semanas.

As discussões tentavam encontrar um consenso nacional depois da longa disputa política entre Hadi e os rebeldes, que tomaram controle da capital há meses. Segundo um político iemenita, os partidos queriam que o Parlamento liderasse o período de transição de governo. De acordo com a Constituição, o presidente do parlamento é quem assume o executivo na ausência do presidente.

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O Houthis rejeita a legitimidade do parlamento, e lançou um ultimato de três dias, começando no domingo, para que partidos rivais compareçam com um plano alternativo. Caso isso não seja possível, os rebeldes prometem tomar todo o governo.

Os rebeldes também demandaram que seus cerca de 20 mil combatentes sejam integrados ao exército e à polícia nacional como pré-condição das negociações, afirmou Abdullah Noaman, líder do partido Nasserista. Ele também acusou o Houthis de usar as negociações como "embuste político para completar o golpe."

O Houthis pertence a uma minoria xiita no país, praticante da seita Zaidi, cujos praticantes são cerca de 30% da população. Eles vieram do norte em setembro e tomaram a capital. Críticos do grupo afirmam que eles têm ligação com o regime iraniano. Eles negam qualquer ligação. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas armados com facas e cassetetes atacaram e detiveram nesta segunda-feira manifestantes que protestavam contra a tomada da capital do Iêmen pelo grupo, informaram testemunhas.

Os rebeldes houthis tomaram Sanaa em setembro. Na semana passada, após vários dias de confrontos, eles colocaram o presidente, o primeiro-ministro e importantes integrantes do gabinete de governo em prisão domiciliar. Após chegar a um acordo preliminar com os houthis, o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e o primeiro-ministro Khaled Baha renunciaram a seus cargos, embora o Parlamento ainda não tenha aceitado os pedidos de demissão.

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Enquanto os manifestantes se reuniam nesta segunda-feira na Praça da Mudança, em Sanaa - epicentro do levante de 2011 no país - milicianos houthis atacavam manifestantes e jornalistas e quebravam suas câmeras fotográficas. Não estava claro quantas pessoas haviam sido detidas, embora testemunhas tenham afirmado que os rebeldes atacaram as pessoas que estavam reunidas no local.

A violenta dispersão aconteceu enquanto estudantes da Universidade de Sanaa realizavam uma manifestação no interior do campus. Do lado de fora, houthis armados, usando uniformes militares, ostentavam fuzis Kalashnikov.

Os houthis, que controlam muitas instituições estatais desde que invadiram a capital, a partir de seu reduto no norte do país, dizem querer apenas participação igualitária de poder. Críticos afirmam porém, que eles querem manter Hadi como presidente apenas nominalmente, enquanto governam com mão de ferro. Há também quem acredite que os rebeldes são representantes do Irã, país e maioria xiita, assim como os houthis, mas o grupo nega a acusação.

O vácuo de poder no país eleva os temores de que o ramo iemenita da Al-Qaeda - que recentemente assumiu a autoria do ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo e é considerado por Washington o braço mais perigoso do grupo terrorista - se tornará ainda mais poderoso, na medida em que o Iêmen parece encaminhar para a fragmentação e o conflito assume um tom cada vez mais sectário. Os houthis e o grupo terrorista são ferozes inimigos.

No domingo, o presidente norte-americano Barack Obama defendeu sua estratégia de contraterrorismo no Iêmen, afirmando que sua abordagem "não é limpa e não é simples, mas é a melhor que temos".

"A alternativa seria o envio de uma grande quantidade de tropas, de forma perpétua, o que poderia criar situações adversas e, provavelmente, mais problemas do que poderiam potencialmente resolver", declarou Obama aos jornalistas durante visita à Índia. Ele disse também que o Iêmen "nunca foi uma democracia perfeita ou uma ilha de estabilidade". Fonte: Associated Press.

Um cessar-fogo interrompeu intensos confrontos nas proximidades do palácio presidencial na capital do Iêmen, Sanaa, nesta segunda-feira (19), depois de os rebeldes xiitas terem tomado o controle da agência de notícias e da televisão estatal.

Os combates, concentrados na região do palácio e na área ao sul da residência presidencial, representa o maior desafio enfrentado pelo presidente Abed Rabbo Mansour Hadi em relação aos rebeldes, conhecidos como houthis, que deixaram seus redutos no ano passado para tomar a capital em setembro.

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A violência levou o mais pobre país árabe da África a um caos ainda maior e pode complicar os esforços dos Estados Unidos no combate ao braço iemenita da Al-Qaeda, que assumiu a responsabilidade pelos ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo e é considerado por Washington o ramo mais perigoso da rede terrorista.

Os houthis são vistos por seus críticos como representantes do Irã xiita, acusação negada pelo grupo. Acredita-se também que tenham ligação com o ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, derrubado em 2012 após protestos da Primavera Árabe. Eles prometeram erradicar a Al-Qaeda, mas também são hostis aos Estados Unidos. Seu slogan é "morte a Israel. Morte à América".

Os houthis e forças leais a Hadi estão num impasse há meses na capital. Cada lado culpava o outro pela explosão de violência na manhã desta segunda-feira. Testemunhas disseram que tiros de metralhadora podiam ser ouvidos, enquanto disparos de artilharia atingiram áreas próximas ao palácio presidencial.

Hadi não vive no palácio, mas uma quantidade extra de soldados e tanques foram enviados para proteger sua residência privada, que fica próxima da área dos ataques. Um cessar-fogo foi negociado por um comitê presidencial que incluiu os ministros do Interior e da Defesa, um auxiliar presidencial e um xeque de uma tribo que é próximo aos houthis.

A mais recente explosão de violência parece ter ligação com a rejeição dos houthis ao esboço na nova Constituição, que divide o país em seis regiões federais. No sábado, os houthis sequestraram um dos principais auxiliares do presidente para prejudicar uma reunião sobre o assunto.

Hadi e os houthis acusam-se mutuamente pela não implementação de um acordo de paz, negociado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que pede a Hadi que forme um novo governo de unidade nacional e reforme as agências do governo. O acordo prevê também que os houthis retirem seus combatentes das cidades. Os rebeldes exigem a integração de seus homens às forças de segurança, algo que Hadi se opõe.

A longa luta pelo poder prejudicou a capacidade do Iêmen de combater a Al-Qaeda na Península Arábica e o avanço houthi em áreas predominantemente sunitas elevou o apoio local ao grupo terrorista. Fonte: Associated Press.

Rebeldes xiitas do Iêmen entraram em confronto com militantes da Al-Qaeda para conquistar mais territórios no País nesta quarta-feira (15). O embate entre os grupos rivais aconteceu em uma província ao sul da capital, Sanna, de acordo com autoridades de segurança.

A luta entre os Houthis, insurgentes xiitas, e os integrantes da Al-Qaeda começou na noite da terça-feira e seguiu madrugada adentro na cidade de Raad, na província de Bayad. Informações preliminares indicam que cinco rebeldes e seis militantes da Al-Qaeda morreram. Milhares de habitantes fugiram da cidade para evitar o conflito.

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O avanço dos Houthis, que são anti-americanos, acontece em um país central para a campanha dos Estados Unidos contra os líderes da Al-Qaeda. Além disso, a proximidade do Iêmen de campos de petróleo de aliados de Washington no golfo árabe lhe confere valor estratégico. Analistas acreditam que os Houthis estão ganhando impulso para conquistar mais territórios no país.

A ramificação da Al-Qaeda no Iêmen é descrita por Washington como a ramificação mais ativa da rede de terroristas e jurou enfrentar os Houthis. A entidade reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida em Sanna que, na semana passada, matou 51 pessoas, em sua maioria Houthis.

Nesta quarta-feira, autoridades do Iêmen afirmaram que quatro suspeitos de serem integrantes da Al-Qaeda foram mortos quando o veículo em que estavam foi atingido por um foguete atirado por um drone. A identidade dos quatro mortos não foram divulgadas e não se sabe ainda se eles eram agentes importantes da organização terrorista.

O Iêmen tem sido assolado por anos por uma insurgência liderada pela Al-Qaeda, que tem realizado ataques suicidas contra alvos militares e do governo. O país também tem sofrido com a pobreza extrema, que inflamou movimentos de rebelião separatistas na região sul do Iêmen. A nação está unificada desde 1990. Fonte: Associated Press.

Dois ataques suicidas foram realizados nesta quinta-feira (9) no Iêmen, deixando pelo menos 50 mortos, informaram autoridades. Um deles teve como alvo uma reunião de xiitas rebeldes na capital do país, Sanaa, e o outro atingiu um posto militar avançado no sul.

Pelo menos 30 pessoas morreram quando um suicida detonou os explosivos que levava junto ao corpo em Sanaa, tendo como alvo uma reunião de partidários dos houthis, grupo rebelde xiita que tomou a capital durante uma ofensiva no mês passado.

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Antes de detonar os explosivos, o homem-bomba se misturou aos manifestantes nas primeiras horas do dia, quando eles se preparavam para um evento da rua Tahrir, disseram agentes de segurança e funcionários de hospitais, sob condição de anonimato.

O segundo ataque aconteceu no subúrbio da cidade portuária de Mukalla, província de Hadarmout, no sul do país. Um homem jogou o carro que dirigia contra o posto avançado de segurança, matando pelo menos 20 soldados e ferindo 15, disseram autoridades.

Hadarmout é um dos vários redutos do braço iemenita da Al-Qaeda, considerada por Washington a mais perigosa ramificação da rede terrorista.

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelos ataques, mas eles têm características das ações da Al-Qaeda, que há anos realiza atentados suicidas contra tropas do Exército, agentes de segurança e instalações do governo.

Em Sanaa, os mortos e feridos foram levados a três hospitais. Seis crianças estavam em estado grave. No local da explosão, na rua Tahrir, havia poças de sangue no chão enquanto voluntários recolhiam pedaços de corpos.

Na semana passada, a Al-Qaeda no Iêmen advertiu que atacaria os houthis e convocou os sunitas do país a cerrar fileiras e lutar contra os rebeldes xiitas.

Os houthis convocaram o evento na capital iemenita nesta quinta-feira para protestar contra a escolha do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi de entregar o cargo de primeiro-ministro para Ahmed Awad bin Mubarak. A crise se intensificou a tal ponto que o premiê designado pediu a Hadi na manhã desta quinta-feira que o liberasse do cargo.

Apesar do atentado suicida e da saída de Bin Mubarak da chefia do governo, o evento aconteceu mais tarde, reunindo cerca de 4 mil houthis que pediram a renúncia de Hadi e gritavam palavras de ordem contra os Estados Unidos e a Arábia Saudita.

O líder rebelde Abdel-Malik al-Houthi fez uma declaração, transmitida pela televisão na noite de quarta-feira, convocando seus partidários a se reunirem nesta quinta-feira contra e escolha de Bin Mubarak. Ele disse que seu grupo ficou surpreso com a nomeação, afirmando que ela aconteceu depois de Hadi ter se reunido com o embaixador norte-americano no Iêmen. Al-Houthi disse que Hadi é uma "marionete" nas mãos de poderes estrangeiros.

"A flagrante interferência estrangeira é uma forma de contornar a revolução popular", declarou.

Os houthis tomaram o controle de Sanaa no mês passado, mas um acordo intermediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu encerrar os combates nas ruas da capital. A tomada de Sanaa pelos houthis aconteceu após semanas de protestos de seus partidários na capital com o objetivo de fazer pressão para um maior compartilhamento de poder e uma troca no governo.

O acordo de 21 de setembro estabeleceu a indicação de um novo chefe de governo e a saída de houthis armados da cidade. Fonte: Associated Press.

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