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Os presentes para o Dia dos Namorados poderão ter mais de 70% de taxas de tributo, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O perfume importado, por exemplo, é taxado com 78,99%, e o nacional, com 69,13%.

No caso do perfume importado, o diretor do IBPT, Carlos Pinto, explicou que pesam também o imposto de importação, o frete, a dolarização, o desembaraço aduaneiro e a taxa de comércio exterior, que elevam o preço do produto internamente.

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Os chocolates são tributados em 39,61% e as flores naturais, em 17,71%. Objetos pessoais, como relógios, tem taxação de 56,14% e joias, de 50,44%. Se a opção for por bijuterias, os impostos serão de 43,36%.

No caso de livros, que não têm taxação na saída, os impostos alcançam 15,52%, porque consideram fatores como produção na indústria editorial, energia elétrica, equipamentos, funcionários, frete, gasolina. Já outros produtos, como bolsas, têm taxa de tributo que pode atingir 39,95% de cobrança.

O presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, explica que a alta carga tributária dos presentes se deve ao fato de serem itens considerados supérfluos, sendo que alguns deles também passam por processo de industrialização ou são importados, o que elevada ainda mais a tributação.

"O sistema tributário brasileiro é excessivamente concentrado no consumo. Certamente, se a carga tributária fosse menor, o contribuinte poderia escolher melhor como presentear em ocasiões como o Dia dos Namorados", afirma Olenike. O cálculo considera os tributos sobre o consumo, folha de salários e lucro.

Com a proximidade da volta às aulas, é chegada a hora da compra do material escolar. Mas essa tem sido uma tarefa cada vez mais difícil, pois a carga tributária brasileira pode elevar o preço dos produtos em quase 50%. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a caneta é o item que sofre maior tributação (47,49%), em seguida aparecem a régua ( 44,65), apontador e borracha (43,19). Na lista de matérias, o que recebe a menor carga é o livro escolar, cujo percentual do imposto sobre a mercadoria é de 15,52%. 

Tramita no Congresso Nacional, desde 2009, o Projeto de Lei 6705/2009 que solicita a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), incidentes sobre os produtos escolares fabricados no Brasil. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), Rubens Passos, a entidade solicitou apoio do governo e do Ministério da Educação para aprovação  do PL que está em tramite na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal.  “Em um país onde os governantes cansam de afirmar que educação é prioridade, torna-se no mínimo contraditório, se não um absurdo, convivermos com a elevada carga tributária que incide sobre cadernos, borrachas, agendas, lápis, estojos, canetas e, até mesmo, tinta guache e folhas para fichário”, pontuou.

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A comerciária Daniele Costa acredita que a aprovação da proposta iria melhorar seu orçamento familiar. “Tenho dois filhos e gasto, em média R$500,00 com o material escolar deles, fora o colégio, pois eles estão no 3° e  9° ano do ensino fundamental. Se é verdade que o imposto sobre os produtos escolares é realmente de quase 50%, eu também teria meus gastos com esses materiais reduzidos pela metade. Agora cabe ao governo aprovar essas medidas, já que agora eles só fazem aumentar tudo”, cravou.

O IBPT divulgou  uma relação com vinte produtos escolares, informando o percentual de tributação aplicado sobre eles. 

Confira: 

A carga tributária brasileira correspondeu a 36,27% do Produto Interno Bruto em 2012, calculou o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). No ano anterior, o estudo apontou uma participação de 36,02% do PIB. Em 2000, a porcentagem era de 30,03%, pelos mesmos cálculos.

Para a instituição, o baixo resultado do ano passado, de 0,9% de expansão do PIB na comparação com 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a alta arrecadação ocasionaram o aumento da carga tributária. Em 2011, a arrecadação do País tinha chegado a R$ 1,49 trilhão. No ano passado, avançou para R$ 1,59 trilhão. Em termos nominais, conforme o IBPT, a arrecadação tributária variou 7,03% e o PIB 6,26%

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"O IBPT havia previsto uma pequena queda da carga tributária de 2012, mas a surpreendente arrecadação de novembro e dezembro e o fraco desempenho do PIB resultaram em novo recorde histórico", disse nesta segunda-feira, em nota distribuída à imprensa, o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. Para ele, as desonerações no ano passado "não afetaram" a arrecadação.

Na participação do PIB, a única esfera de governo em que a arrecadação tributária respondeu por porcentagem menor em 2012 foi a federal - 25,38%, o que é 0,01 ponto porcentual menor do que em 2011. Tributos estaduais responderam por 8,96% (uma alta de 0,19 ponto porcentual) e municipais, 1,93% (0,07 ponto porcentual mais em 2012).

Em variação porcentual, os tributos federais foram os que menos cresceram no ano passado ante 2011, com aumento de 6,22%. Os municipais subiram 10,53% e os estaduais, 8,64%. Em valores, a arrecadação de tributos federais foi R$ 65,38 bilhões maior em 2012, a de estaduais cresceu R$ 31,38 bilhões e a elevação dos tributos municipais foi de R$ 8,11 bilhões.

O item que registrou o maior crescimento, em valores, de 2011 para 2012 foi o INSS - Previdência Social. Foram arrecadados R$ 30,73 bilhões a mais de um ano para o outro. Na sequência, apareceram o ICMS (aumento de R$ 28,48 bilhões), Cofins (R$ 16,39 bilhões) e o Imposto de Renda (R$ 14,33 bilhões).

Pelas contas do IBPT, cada brasileiro pagou R$ 8.230,31 em tributos ano passado, R$ 460,37 a mais do que em 2011. Foram arrecadados no País R$ 4,36 bilhões diários, ou mais de R$ 50 mil por segundo.

Metodologia

A instituição esclareceu que há diferenças entre as metodologias utilizadas para calcular a carga tributária nacional, o que pode gerar diferentes resultados. No caso do IBPT, são considerados todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo (tributos mais multas, juros e correção). Além disso, para levantamento das arrecadações estaduais e do Distrito Federal são considerados dados do Confaz, das secretarias estaduais de Fazenda e da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. Para analisar as arrecadações municipais, entre outros fatores, a instituição acompanha os números divulgados por 1.425 municípios nos Portais da Transparência.

No caso da análise feita pela Receita Federal, assinalou o IBPT,são desconsiderados os valores recolhidos a título de multas, juros e correção monetária, nem são computadas as contribuições corporativas e custas judiciais, entre outras diferenças.

A Associação Comercial de Pernambuco através do Conselho de Jovens Empresários (Cojac) e em parceria com o UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau realizam em várias partes do Recife, a 10ª edição do Feirão do Imposto. Com o objetivo de informar e conscientizar a população sobre a alta carga tributária embutida em serviços e bens de consumo no Brasil, a ação que este ano é Nacional, contará com a participação de 16 estados brasileiros e cerca 200 cidades.

As ações do Feirão do Imposto, que tiveram início neste mês de setembro, vão até o mês de outubro. Até o dia 14 deste mês, ciclo de palestras sobre o assunto acontecerão nas principais Instituições de Ensino Superior do Estado (IES).

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O evento tem como objetivo apresentar ao público a quantidade de tributos inseridos em itens da alimentação, remédios, veículos, bebidas e serviços como telecomunicações e energia. Além de revelar como esses impostos impactam no custo do salário mínimo. 

Segundo o coordenador do Feirão em Pernambuco, Messias Santos, uma das propostas é também criar um ambiente para discutir a reforma tributária e provocar os consumidores a fiscalizarem aplicação correta dos tributos por parte do governo.

Oficialmente, os dias 15 e 16 de setembro marcam o calendário do Feirão Nacional do Imposto. Dois eventos, que simbolizarão a conscientização para o cidadão recifense. No sábado (15), a ação será integrada à Marcha para Jesus. Já no domingo (16), o feirão estará presente no desfile da Parada LGBT, ambos acontecerão na avenida Boa Viagem.   

Durante os dois dias, das 13h às 19h, estarão montados stands no Polo Pina, em frente ao Boi Preto, com informações e demonstrações de bens de consumo que agregam maior ou menor carga tributária. As amostras vão desde produtos de gênero alimentício e medicamentos, até eletroeletrônicos.

No mês de outubro, de 17 a 20, ocorrerão palestras em entidades ligadas ao setor comercial e em instituições do terceiro setor. No dia 21 do mesmo mês será sorteado no Polo Pina o direito à compra sem impostos de produtos da linha branca e de um carro 0km. Os interessados devem inscrever-se a partir do dia 15 de setembro através do site: ajepe.org.br. 

O cidadão que quiser conferir o valor exato da alta carga tributária recolhida desde o dia 1º de janeiro de 2012 poderá acompanhar através do Impostômetro, instalado no bloco F da UNINASSAU, na rua Joaquim Nabuco, no bairro das Graças. O equipamento recebe as mesmas informações e é atualizado da mesma maneira que o impostômetro criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Do R$ 1 trilhão em tributos pagos pelo brasileiro neste ano - marca registrada na quarta-feira (29) pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) -, a principal parte corresponde a um único tributo estadual: o ICMS. O contribuinte já teve de recolher neste ano R$ 202,1 bilhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ou 20,21% do total, informou nesta sexta-feira a ACSP e o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Ao todo, 26,14% do R$ 1 trilhão, ou R$ 261,4 bilhões, correspondem a impostos estaduais.

A parcela federal equivale a 68,74% do total (ou R$ 687,4 bilhões), distribuídos em 17,94% pagos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 16,72%, ao Imposto de Renda e 10,42%, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A parte municipal somou R$ 51,2 bilhões, ou 5,12% do total arrecadado no ano até a última quarta-feira (29).

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A Região Sudeste concentrou 63,07% de toda a arrecadação e a Região Norte ficou com a menor parte, de 3,37%. Na divisão por Estados, São Paulo liderou a arrecadação, com 37,63% do total, o equivalente a R$ 8.959,22 para cada habitante. Roraima ficou com o menor valor, com R$ 879 milhões arrecadados (0,09%), ou R$ 1.891,12 por habitante.

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