Ao longo do ano de 2018, em Pernambuco, segundo levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS), 33 vítimas identificadas como LGBT foram assassinadas no Estado. Segundo órgão, em comparação com o ano de 2017, esse número representa uma queda de assassinatos dos LGBTs. Em 2017, foram registrados 57 assassinatos, o que mostra que menos 24 pessoas LGBTs foram vitimadas em Pernambuco.
Não há divisão específica se as vítimas são gays do sexo masculino, lésbicas, bisexuais ou transexuais. A equipe de reportagem do LeiaJá tentou saber junto com a SDS dados de pessoas trans mortas no Estado e registrados oficialmente, mas tal recorte não é feito pela secretaria. "Não temos os dados de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) num recorte tão específico", responde a SDS.
##RECOMENDA##A Secretaria de Desenvolvimento Social acentua que as "mortes de pessoas LGBT em Pernambuco não quer dizer (necessariamente) que foram mortas por homofobia ou qualquer tipo de preconceito", esclarece.
A última semana do mês de janeiro é voltada para a Visibilidade Trans no Brasil. É a partir do dia 29 deste mês que a comunidade LGBT tenta intensificar as discussões sobre os preconceitos, falta de direitos e a luta diária pela manutenção de suas vidas.
A Secretaria de Defesa Social aponta que desenvolve iniciativas educativas para prevenir a violência contra a população LGBT. "Nessas ações, policiais ministram palestras para alunos de escolas públicas do estado, nas quais fomentam o respeito à diversidade", diz a SDS.
Assassinatos de Trans no Brasil
No país, ao longo do ano de 2018, aconteceu 163 assassinatos de travestis e transexuais, segundo dossiê elaborado pela Associação Nacional De Travestis e Transexuais Do Brasil (Antra), junto com o Instituto Brasileiro Trans De Educação (Ibte).
Este documento mostra que no Rio de Janeiro foi onde mais se matou trans em 2018, com 16 assassinatos. A Bahia ficou em segundo lugar, com 15 casos. Pernambuco aparece em décimo lugar, com 7 assassinatos de transexuais.
O nordeste é a região de maior concentração dos assassinatos de pessoas trans no Brasil, com 36,2% dos casos, seguido da Região Sudeste, com 27,6%. Os Jovens são os que mais estão diretamente ligados às diversas formas de violência. O Mapa dos assassinatos aponta que 60,5% das vítimas tinham entre 17 e 29 anos.
A Secretaria de Defesa Social orienta a população vítima de preconceito procurar uma delegacia mais próxima para prestar queixa do fato. A Ouvidoria da SDS também está disponível, diariamente, das 7h às 17h, pelo telefone 0800.0815001, e 24h por dia, pelo portal da secretaria.