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Interventor de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, o coronel Mário Cavalcanti assumiu o comando do município na manhã desta quarta-feira (18). Depois de receber representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o interventor reuniu a comissão de transição para preparar uma reforma administrativa na Prefeitura e iniciar a produção do diagnóstico das contas públicas.

Cinco secretários estaduais acompanham o primeiro dia do coronel Mário Cavalcanti na cidade, entre eles, o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira (PSB). 

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Compõem a equipe de intervenção estadual, os servidores João Charamba (Educação e Cultura), Ricarda Samara (Saúde), Felipe Oliveira (Articulação Política e Defesa Social), Flávio Figueiredo (Planejamento e Gestão), Carlos Júnior (Infraestrutura e Serviços Públicos), Renato Cirne (Finanças), Arthur Cunha (Comunicação e Imprensa), Rafael Amorim (Procuradoria) e Ila Carrazone (Administração).

O interventor assume o cargo do prefeito Bruno Martiniano (sem partido) após a aprovação do pedido de intervenção, por unanimidade, pelo TJPE. Com a medida, foi declarada vacância na função e o governador Paulo Câmara (PSB) precisou nomear alguém para administrar o município até dezembro de 2016. A determinação, entretanto, não cassa o mandato de Martiniano, fazendo com que ele permaneça o prefeito da cidade, mas sem a possibilidade de exercer os direitos políticos. 

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Contas de Bruno Martiniano são bloqueadas

O juiz da 1ª Vara Civil de Gravatá, Severiano de Lemos, determinou o bloqueio de R$ 200 milhões nas contas da prefeitura e de outros R$ 4,5 milhões nos depósitos bancários do prefeito Bruno Martiniano.

Anunciada na noite dessa terça-feira (17), a medida cautelar contra as contas da administração do município pode ser recorrida assim que o interventor estiver inteirado da situação financeira da cidade. 

Já as contas do prefeito, de acordo com o juiz, só serão liberadas após o ressarcimento de verbas que porventura tiverem sido desviadas da prefeitura. Além dos valores bancários, também foram bloqueados alguns bens de Martiniano. 

A apreciação do pedido de intervenção estadual no município de Araripina, no Sertão do estado, feito pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), foi remarcada para a próxima segunda-feira (10). O prolongamento da pauta, por causa de um julgamento administrativo da corte especial, que durou seis horas, motivou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) remarcar a data. A corte se reunirá extraordinariamente às 9h. O desembargador em exercício do TJPE, Fernado Ferreira, solicitou que a corte incluísse o atual prefeito do município, Lula Sampaio (PTB), como litisconsorte do processo.

O pedido de intervenção foi apresentado pela Procuradoria Geral  de Justiça  a partir de auditorias do Tribunal de Contas do Estado  (TCE-PE) que constatou 12 irregularidade na gestão, como a dispensa indevida de licitações, ausência de prestação de contas de 2012, entre outras. Ao se defender Lula Sampaio, que já foi afastado do cargo duas vezes, declarou ser vítima de perseguição pelo órgão de controle do estado.

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Pela terceira vez, o atual prefeito da cidade de Araripina, Lula Sampaio (PTB), foi afastado de suas funções. A Ação Civil Pública que corre em segredo de justiça, movida pelo grupo de atuação Especial de combate ao crime organizado (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em parceria com a promotoria do município, apresentou várias irregularidades cometidas no período de um mês.

De acordo com membros do MPPE, o prefeito repetiu as mesmas práticas cometidas em 2009 e 2010. Lula Sampaio foi afastado de suas funções desde o começo do ano, mas uma decisão do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jovaldo Nunes, no dia 19 de junho, fez com que ele permanecesse no cargo até 23 de julho, sendo afastado, novamente, a pedidos do Ministério Público e retornando uma semana depois.

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Dessa forma, Lula Sampaio responde por duas ações civis públicas, sendo uma destas, um pedido de intervenção estadual protocolado na semana passada no TJPE. Se o tribunal aceitar a solicitação, o vice-prefeito, Alexandre Arraes (PSB), pode não assumir a prefeitura e o governador Eduardo Campos (PSB) ficaria responsável por nomear um interventor.

A maioria das irregularidade diz respeito ao exercício de 2010, quando não se aplicou o percentual de 15% determinados pela constituição na área de saúde. Também foram efetuados desvios de recursos públicos e saques sem finalidade pública declarada, sendo transferidos R$ 500 mil para a conta do filho do tesoureiro municipal.

Lula Sampaio também seria responsável por desviar o dinheiro que pagaria o INSS dos servidores municipais. Segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE), houve dispensa de licitação no valor de R$ 520 mil, referente ao contrato com a empresa Voz Comunicação Ltda., da esposa do secretário de turismo. Houve também uma transferência bancária no valor de um milhão de reais, o que motivou a justiça a bloquear as contas do município.

O presidente do TJPE, Jovaldo Nunes, vai realizar uma audiência preliminar nesta quarta-feira (22), às 10h, no intento de resolver assunto relacionado à intervenção estadual em Araripina. Foi convocada a Procuradoria Geral de Justiça e o prefeito Lula Sampaio. Caso as partes não consigam entrar em conciliação, o processo será distribuído para alguns integrantes da Corte Especial, responsável por julgar esses casos.

O pedido de intervenção, feito pela procuradoria, levam em consideração o inciso III do artigo 35 da Constituição Federal, no qual consta que o Estado e a União não intervém em municípios localizados em território federal, exceto quando não for aplicado o mínimo exigido por lei para a manutenção e desenvolvimento do ensino e ações do serviço público de saúde.

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