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O clima no Santos segue quente, mesmo com os bons resultados dentro de campo. Após os jogadores exibirem publicamente a insatisfação com o atraso no pagamento dos direitos de imagem, o presidente José Carlos se reuniu com o elenco nesta segunda-feira, na reapresentação do elenco após a vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense, na Vila Belmiro, que deixou o time próximo da conquista do vice-campeonato brasileiro.

Marinho foi o jogador a liderar as cobranças ao declarar, em entrevista ao SporTV, que esperava um retorno do dirigente. Nesta segunda-feira, então, em vídeo vinculado pela página Santos Play no Instagram, o atacante revelou que Peres se reuniu com os jogadores para tratar da falta de pagamento de três meses de direito de imagem.

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"Sobre o episódio de ontem (domingo), pedindo publicamente a presença do presidente aqui no clube, hoje ele apareceu aqui, falou conosco sobre as dificuldades do clube. A gente entende isso, a gente sabe, mas a gente está simplesmente pedindo um posicionamento dele sobre as três imagens que estão atrasadas, até porque também é a última semana e a gente queria ouvir dele o que vai fazer, até porque temos que ter um planejamento, porque 2020 é um ano especial para o torcedor, para todo mundo, para nós, jogadores, com competições importantes, Libertadores. Então a gente simplesmente cobra aquilo que foi prometido. E seguimos firmes. Temos dois jogos para acabar o ano bem, na vice-liderança, e isso é que é o mais importante, com o Santos acima de todos", disse.

A declaração de Marinho se dá um dia depois de ele deixar a Vila Belmiro cobrando Peres publicamente. "Quero fazer um pedido para o nosso presidente, para amanhã, que segunda-feira, comparecer ao CT para a gente ter uma conversa. Regulariza tudo, fica tudo bonitinho, para todo mundo ficar feliz", afirmou, ao SporTV.

A regularização salarial também havia sido solicitada por Gustavo Henrique, um dos líderes do elenco, destacando que o Santos tem se saído bem no Brasileirão, apesar dos problemas extracampo. "O presidente sabe o que tem que ser regularizado, o pessoal está com direito de imagem atrasado, mas mesmo assim a gente mantém nosso profissionalismo. Cada um tem que fazer sua parte, estamos fazendo a nossa. Esperamos que acerte o mais rápido possível, o Santos é muito grande", disse.

A insatisfação com os atrasos salariais é o último de uma série de problemas que o Santos tem enfrentado nas últimas semanas com a diretoria, o elenco e a comissão técnica.

O departamento de futebol, por exemplo, já teve vários dirigentes, sendo Paulo Autuori o último a sair. Com acordo até 2020, o técnico Jorge Sampaoli já deixou clara a possibilidade de deixar o Santos ao fim da temporada, por insatisfação com decisões de Peres e o planejamento para o próximo ano. O clube também tem encontrado problemas para renovar contrato de jogadores, como Gustavo Henrique, que deve deixar o Santos de graça nas próximas semanas. E o presidente está em conflito há algum tempo com Orlando Rollo, que foi eleito na sua chapa para a vice-presidência.

Com 71 pontos, o Santos ocupa o segundo lugar no Brasileirão. O time visitará o Athletico-PR na quarta-feira, na Arena da Baixada, e no domingo receberá o Flamengo, na Vila Belmiro, encerrando a sua campanha. A equipe precisa de apenas uma vitória para assegurar o vice-campeonato nacional.

O presidente do Santos, José Carlos Peres, foi suspenso por 15 dias, nesta sexta-feira, em julgamento realizado pela 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por declarações consideradas desrespeitosas contra a arbitragem e ao uso do VAR no Campeonato Brasileiro.

Satisfeito com a pena aplicada, já que foi enquadrado em um artigo que prevê um possível gancho de até 180 dias, Peres pediu para o seu advogado, Marcelo Mendes, não recorrer, pois trata-se de uma pena mínima, assim como ocorreu com o presidente palmeirense Maurício Galiotte, punido pelo mesmo motivo.

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Nesta sexta-feira, durante o julgamento, Peres afirmou estar arrependido e que sua declaração foi tirada de contexto. "Me arrependi de ter falado, deveria ter calado a boca. Pedi desculpa para eles (do Flamengo). Eu ficaria aborrecido se falassem isso. Não foi minha intenção. Falando de coração: não foi minha intenção", disse o dirigente

Ao defender o seu cliente no julgamento, Marcelo Mendes argumentou que as declarações de Peres foram dadas em um programa humorístico (da Rádio Energia FM), ao contrário de outras ditas em entrevistas coletivas.

Em 11 de outubro, em entrevista à Rádio Energia 97, Peres declarou que a arbitragem estava favorecendo o Flamengo no Brasileirão. "Se depender do VAR, o Flamengo é campeão", disse. "Não falei que o Flamengo é culpado. Queria estar no lugar do Flamengo. É questão dos juízes... VAR veio para ajudar, mas é a mesma coisa de dar uma Porsche para quem não sabe dirigir. Vão falar que errada é a Porsche."

Quando apresentou denúncia contra Peres, a Procuradoria do STJD destacou que ele "extrapolou os limites da indignação e desrespeitou a arbitragem". "De acordo com a Procuradoria, a atitude imprópria do denunciado ao realizar uma reclamação pela via inadequada, causa extremo abalo na estabilidade da competição", justificou o órgão, revelando também que "inicialmente houve a tentativa de retratação do presidente do Santos em procedimento preliminar proposto pela Procuradoria da Justiça Desportiva, porém sem sucesso houve a denúncia".

Antes de ser punido com a pena mínima, o dirigente foi indiciado no artigo 258, em seu segundo incisivo, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala sobre "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou a ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código" e "desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões".

Nos últimos sete jogos do Campeonato Brasileiro, o Santos só conseguiu pontuar com uma vitória e dois empates e despencou na tabela de classificação. Vem de derrotas consecutivas para Flamengo e Grêmio, que o derrubaram da liderança isolada para o terceiro lugar, agora com oito pontos a menos que o rival carioca, o atual ponteiro da competição. Críticas já começaram a surgir com relação ao trabalho do técnico argentino Jorge Sampaoli, mas isso não parece abalar a confiança do presidente José Carlos Peres.

De acordo com o dirigente, o Santos conta com o treinador pata a próxima temporada e tem plena confiança em seu trabalho. "Confiamos, acreditamos nele, continuamos apoiando. Está se adaptando ao futebol brasileiro, resultados vieram até antes do que poderíamos imaginar. Planejamos um grande 2020 com ele. Queremos contar com ele e até estender por mais dois ou três anos. Confiança é total e absoluta no Sampaoli. Joga um futebol que todos gostam de assistir. Contra o Grêmio, o Santos engoliu no primeiro tempo, depois tomou gol e desestabilizou. Precisa arrumar isso", disse Peres, em entrevista à rádio Bandeirantes.

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Sobre o desempenho do time no Brasileirão, o presidente afirmou que ainda acredita em algo a mais. Para isso, segundo ele, precisa parar de perder pontos para times da parte de baixo da tabela de classificação. "É um time com grande capacidade técnica e acreditamos do fundo do coração que vai reagir logo logo. Flamengo jogará quarta e domingo, duas competições e também terá o aperto deles. Nada está decidido. Todos os times estão próximos e têm possibilidade. O que não pode é perder ponto para o Fortaleza e outros times que os grandes estão vencendo", comentou.

Outro assunto que Peres teve de falar foi sobre a divisão de jogos do Santos no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e da Vila Belmiro, em Santos. "Estamos conversando, aquele argumento... Tudo é argumento. Entre gosto pessoal e instituição, temos que pensar na instituição. Jogador gosta da Vila porque em 10 minutos está em casa. Em São Paulo se ausenta um dia antes, vai para o hotel e perde dois dias. É questão de gosto e conforto, mas não tem essa de conforto. Todos precisam se sacrificar, time bom joga no Pacaembu, Vila Belmiro, Maracanã e Argentina", concluiu.

Neymar deixou o Santos em 2013, negociado com o Barcelona, mas o clube espera lucrar com o atacante nas próximas semanas. Em busca de novos recursos para bancar suas contas e também se reforçar para a sequência da temporada 2019, a diretoria torce para que o atacante volte a ser envolvido em uma transferência milionária.

O presidente José Carlos Peres revelou, inclusive, que teve uma conversa recente com jornalistas espanhóis. E apontou que a expectativa deles é para que o Real Madrid, após uma temporada decepcionante, contrate o atacante brasileiro, hoje no Paris Saint-Germain.

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"A questão do Neymar, por exemplo: hoje eu dei uma entrevista para o jornal Marca, espanhol, e eles me disseram que a possibilidade de o Neymar ser negociado com o Real Madrid é grande. Temos nessa negociação 4% como clube formador. Seria um bom negócio para o clube também. Todo dinheiro é bem-vindo", disse o dirigente em entrevista ao SporTV.

Embora na torcida para que Neymar seja vendido, Peres admitiu que o Santos também poderá ser forçado a negociar algum jogador na próxima janela de transferências, até para bancar a chegada de reforços. Em períodos de negociações recentes, o zagueiro Lucas Veríssimo despertou o interesse de diferentes clubes europeus, como o italiano Torino, mas acabou permanecendo na Vila Belmiro. "Temos a previsão de vender um ou dois jogadores também, fazer dinheiro, para qualificarmos mais o elenco", afirmou.

Peres reiterou, porém, o desejo de qualificar o elenco santista. O dirigente voltou a comentar a dificuldade em contratar um camisa 9, principal carência do elenco dirigido por Jorge Sampaoli, mas prometeu não desistir. O time já tentou se reforçar, sem êxito, com Ricardo Oliveira, hoje no Atlético Mineiro, e Raniel, que está no Cruzeiro.

"A ideia é trazer um centroavante, temos trabalhado bastante. Acontece que um camisa 9 é uma joia rara no futebol brasileiro, é difícil encontrar. Mesmo no mercado sul-americano está cada vez mais escasso ter um jogador que faça gols e que atenda o esquema do Sampaoli", disse.

O meia Diogo Vitor poderá retornar aos gramados ainda em 2019. Nesta sexta-feira, o jogador do Santos teve recurso contra a sua suspensão por doping julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) e viu a sua pena ser reduzida para 18 meses.

Diogo Vitor havia testado positivo em exame antidoping realizado após duelo com o Botafogo de Ribeirão Preto pelas quartas de final do Campeonato Paulista de 2018, em 21 de março. O meia, que admitiu o consumo de cocaína, pegou uma pena inicial de quatro anos, depois reduzida para dois anos. E agora a punição caiu para 18 meses.

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No TJD-AD, foram três votos para que a pena fosse reduzida a 18 meses, dois para a manutenção em 24 meses e uma para que caísse a 12 meses, o que já o deixaria livre para atuar. O jogador esteve presente em Brasília para acompanhar o julgamento.

Com essa votação dos membros do tribunal, o fim da suspensão de Diogo Vitor se dará em 25 de outubro, o que permitirá a sua utilização pelo Santos na reta final do Campeonato Brasileiro.

O jogador teve o seu contrato com o Santos suspenso após a sua punição. E, nesta sexta-feira, o presidente José Carlos Peres explicou que o clube pretende reintegrar Diogo Vitor ao elenco assim que for permitido.

"Infelizmente, não é permitido o treino do jogador suspenso, o que eu acho muito ruim. Não dá para integrar assim, é tratamento desproporcional. E não é interessante. Teve um erro que confessou, não teve contraprova. Assumiu. Isso é louvável, fizemos uma carta para o pessoal do julgamento dizendo isso. Que errou e confessou, e tem se portado bem. Estou acompanhando e está se portando como alguém que quer colocar a carreira nos trilhos. Treinará à parte e, assim que terminar, será integrado ao elenco", disse.

Peres revelou, também, que tem conversado com frequência com Diogo Vitor para acompanhar a sua rotina de treinamentos. "Acompanho de ouvido toda semana, dando conselhos, é jovem e falei que precisava mudar bastante. Tenho orientado. Ele manda as fotos dos exercícios, para que eu não tenha dúvida", acrescentou.

Em entrevista coletiva, o presidente do Santos, José Carlos Peres, afirmou que estuda a possibilidade de contratar Robinho e Diego. Os atletas, hoje no Sivasspor (TUR) e Flamengo, respectivamente, foram ídolos da equipe santista em 2002. 

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De olho na dupla, o presidente José Carlos Peres se preocupa com os salários dos jogadores. "Ele seria bem recebido aqui, mas não podemos ficar falando. Flamengo pode vir com dinheiro. Ele teria que descer da cadeira (salário). Pelo que soube, R$ 850 mil por mês. Ele está definindo a situação no Flamengo. Acho que pode sair. Ou assina longo um contrato longo ou dispensa", diz ele sobre a contratação de Diego. 

Já quanto ao atacante Robinho, o empecilho para a contratação é uma suposta dívida do Santos com o jogador. "Ele alega que o Santos deve para ele, mas não encontrei em lugar algum. Depende dele (o suposto acerto de contas). Se tivermos dinheiro, pagamos. Se não, teremos que parcelar".

Em clima de crise política praticamente desde o começo da gestão de José Carlos Peres, o Santos realizará neste sábado a votação do processo de impeachment do presidente José Carlos Peres, marcada para começar às 10 horas, na Vila Belmiro, com previsão de encerramento às 18h, seguida pela apuração. Podem votar todos os sócios filiados há pelo menos um ano e adimplentes. São aproximadamente 17 mil, sendo que cerca de 5,7 mil participaram da eleição presidencial no fim de 2017.

A Assembleia Geral Extraordinária do Santos foi convocada após dois pareceres da Comissão de Inquérito e Sindicância do clube que defendiam o impeachment do dirigente serem aprovados em reunião do Conselho Deliberativo, ocorrida no início de setembro. Agora, então, se a maioria simples dos sócios votar favoravelmente ao pedido, a passagem de Peres pela presidência do Santos estará encerrada.

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Em dezembro, Peres foi eleito presidente, com um mandato de três anos. Porém, poderá ter encerrada precocemente uma gestão marcada pela constante crise, o que incluiu o rompimento com Orlando Rollo, seu vice-presidente e que vai sucedê-lo caso o impeachment seja aprovado. "Eu não esperava ter um fogo amigo que me espetou desde o primeiro dia", disse Peres. "É um boicote diário."

Duas denúncias foram apresentadas pedindo o impeachment de Peres. A primeira, do conselheiro Alexandre Santos e Silva, apontava como irregular uma portaria publicada por ele, na qual define que todas as contratações devem ser decididas pelo presidente, ignorando o Comitê de Gestão, principal órgão administrativo do clube.

O outro processo foi apresentado pelo conselheiro Esmeraldo Soares Tarquínio de Campos Neto e o acusava de ser sócio em uma empresa de agenciamento de atletas, a Saga Talent Sports & Marketing, sendo que nesse caso o dirigente se defende afirmando que não violou o Estatuto do Santos porque a empresa estava inativa.

Em 10 de setembro, os dois pareceres solicitando o impeachment de Peres foram aprovados por membros do Conselho Deliberativo do Santos com 165 de 242 votos em uma votação e 164 de 239 na outra, sendo que o processo precisava do apoio de 2/3 dos presentes àquela reunião para prosseguir.

Porém, Peres alega que a presença dos membros do Comissão de Inquérito e Sindicância na reunião do Conselho Deliberativo deveria ter sido contabilizada, ainda que eles não tivessem direito a voto. E isso impediria que a proporção de 2/3 dos votos tivesse sido alcançada, enterrando o processo de impeachment. Mas as tentativas de Peres anular a votação na Justiça não tiveram êxito. "Eles tiraram seis conselheiros, pegaram a varinha mágica e disseram: 'vocês não estão aqui' e fizeram a conta com 242", reclamou.

Mas ainda há outras polêmicas envolvendo o processo, incluindo denúncias de compras de voto. O empresário de jogadores Henrique Oliveira foi flagrado em vídeo oferecendo dinheiro a um sócio do Santos para o que o mesmo pudesse votar a favor do impeachment do presidente do clube. O valor em seguida foi usado pelo sócio, inadimplente, para pagar R$ 243 que ele estava devendo ao clube e, assim, ficar apto para poder participar da votação. Na gravação, o empresário pedia que o sócio lhe entregasse a nota fiscal, com a comprovação do pagamento, e prometeu camisas do Santos e ingressos de camarote supostamente em troca do voto favorável ao impeachment.

A revelação deste vídeo ocorreu depois de a diretoria do Santos ter anunciado, na última sexta-feira, que realizou uma denúncia à Polícia Civil apontando supostas fraudes envolvendo sócios do clube. De acordo com nota oficial, "mais de 500 nomes" estão em condição suspeitas e teriam direito a voto.

O local de realização da votação também foi alvo de polêmica. A Assembleia Geral foi marcada apenas para a Vila Belmiro, embora Peres desejasse que ela também ocorresse em São Paulo, no Business Center. E havia uma boa razão para isso: na eleição presidencial, em dezembro de 2017, Peres dominou a disputa na capital, recebendo cerca de 50% dos votos. E preocupado em atrair esse apoio, disponibilizará ônibus gratuito, ida e volta, para associados de São Paulo participarem do pleito que definirá seu futuro.

POSSÍVEL SUCESSOR - Orlando Rollo, que assumirá a presidência do Santos caso o impeachment do presidente seja aprovado, já avisou que está preparado para assumir a função. "Se isso ocorrer, estou preparado para assumir", afirmou o vice, que cumpriria o mandato até o final, até dezembro de 2020.

Tentando evitar transformar a votação do impeachment em uma disputa "Peres x Rollo", o vice assegurou que conversará com as lideranças políticas para definir o que será feito, indicando uma possibilidade de convocar novas eleições em breve. Existe a chance de Peres alegar irregularidades e levar o caso à Justiça em caso de derrota. Mas, se o pedido de impeachment for negado, ele ganhará um fôlego para seguir na presidência. Nesse caso, é difícil imaginar que Rollo fique na gestão.

No que depender das declarações do presidente do Santos, José Carlos Peres, o técnico Jair Ventura pode ficar tranquilo. Nesta quarta-feira, o mandatário concedeu entrevista coletiva e afirmou que não pretende mudar o comando da equipe.

"O Jair continuará sendo o técnico do Santos. Eu tenho minhas razões, até por conta da responsabilidade. Ele está tranquilo no cargo", disse. "Ele não chegou de graça no clube, ele é o nosso técnico. Ele não é o culpado", prosseguiu.

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O Santos tem oscilado bastante na atual temporada e não vem conseguindo somar pontos especialmente fora de casa. O time vem de derrota para o São Paulo por 1 a 0 no Morumbi e levou uma goleada do Grêmio por 5 a 1, nas duas últimas partidas que fez fora de casa pelo Campeonato Brasileiro.

No entanto, Peres olhou para outras competições e deu respaldo ao atual treinador. "O Santos foi um dos primeiros a se classificar para a próxima fase da Libertadores, conseguimos classificação na Copa do Brasil", disse.

"A culpa é da diretoria, se é que ela existe. Sem dinheiro, não fazemos verão. Não conseguimos dar o que ele precisa. Não podemos ser irresponsáveis com um clube que está se reconstruindo. Temos que ter criatividade e não é agora, estamos desde o início da temporada", afirmou Peres.

RODRYGO FICA - Quando os clubes estão sem dinheiro, o que geralmente a diretoria costuma fazer é tentar negociar seus principais jogadores. O jovem Rodrygo de 17 anos despertou o interesse do Barcelona, mas, segundo Peres, ele ainda não está à venda. Talvez fique depois que os clubes resolverem a pendência sobre a negociação de Neymar.

"Não há reunião. Temos um processo contra o Barcelona sobre o Neymar. Quatro meses antes do Mundial de 2011, o Barcelona adiantou um dinheiro sobre a transação, entendemos que houve um aliciamento. Nós exigimos receber 14,5 milhões de euros (cerca de R$ 61 milhões) do Barcelona. Quando pagar, vamos discutir sobre outras coisas", disse o presidente do Santos.

Nesta quinta-feira, às 19h15, o Santos recebe o Real Garcilaso na Vila Belmiro pela última rodada da fase de grupos. Uma vitória garante ao time alvinegro a liderança do Grupo F. No domingo, a equipe enfrentará o Cruzeiro no Pacaembu pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

O Santos vai fechar a sua participação na primeira fase do Campeonato Paulista e iniciar a campanha na Copa Libertadores sem o meia que tanto queria. Embora a busca por um camisa 10 tenha se iniciado no clube desde a saída de Lucas Lima, que não renovou o seu contrato com o clube e se transferiu para o Palmeiras, as negociações da gestão de José Carlos Peres não avançaram a ponto de o time fechar uma contratação. E a solução será caseira, ao menos nas próximas semanas.

A situação ficou exposta na última sexta-feira (23), com o fim do prazo para inscrições na primeira fase do Paulistão. O Santos ainda tinha uma vaga a preencher na sua lista principal de 26 nomes e o fez, mas com o lateral-esquerdo Dodô, recém-contratado por empréstimo de um ano após passagem pela Sampdoria.

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E o presidente José Carlos Peres, que havia prometido a chegada de um meia, afirmou que o desejo continua vivo, mas avisou que não estipulará um prazo para fechar a contratação de um 10. "Não dou mais prazo. Prazo no futebol é mortal. Na questão do meia, é um sonho que persiste, mas sem prazo", afirmou.

Sem um reforço, o técnico Jair Ventura deverá manter a aposta no argentino Vecchio na sequência no Paulistão e também na Copa Libertadores, torneio em que o time vai estrear na quinta-feira, quando visitará o Real Garcilaso, no Peru.

Para a fase final do Paulistão, o Santos pode fazer quatro mudanças nessa relação, o que abre caminho para a entrada de algum reforço. Já a lista para a fase grupos da Libertadores terá 30 nomes e precisa ser fechada 48 horas antes do primeiro compromisso no torneio - depois, no mata-mata, poderá ter modificações.

Mais uma vez, porém, o Santos pode apostar em uma solução das divisões de base. O meia Diogo Vitor teve o seu contrato renovado por três temporadas pelo clube nas últimas semanas e também foi inscrito no Paulistão, na lista reservada para jovens, ficando regularizado para ser aproveitado por Jair.

Na última terça, inclusive, Diogo Vitor se destacou em jogo-treino dos reservas com o São Bernardo. A atividade terminou empatada em 2 a 2, com um gol do meia, de 21 anos, e uma assistência. E a expectativa é para que ele ganhe em breve uma oportunidade de Jair.

"Temos o Diogo Vitor, que é um grande meia, estava perdido. Tratamos de renovar e apresentamos um meia. Não é o meia que achavam que viria, não dá para trazer o Messi. Ele trará resultados", afirmou Peres, exibindo a confiança da diretoria no jogador, que no passado teve diversos problemas comportamentais.

Quando Peres deu um prazo de dez dias para o Santos contratar um meia, a aposta era toda em Lucas Zelarayán, argentino do Tigres, negociação que acabou não se concretizando. Agora, o dirigente evita dar pistas sobre quem seria a nova aposta da diretoria.

O dirigente, inclusive, tentou negar interesse em Paulo Henrique, mas reconheceu que o meia ex-Santos é um sonho. O jogador tem contrato até 2021 com o Sevilla, mas não está sendo aproveitado no clube espanhol.

"Nunca houve (o interesse), a situação nem se cristalizou. Houve boatos porque ele está acertando sua saída do Sevilla, mas isso não se concretizou. A partir do momento que ele estiver livre, é diferente. É um ídolo, tem identidade com o clube, joga por amor a camisa. Mas não tem essa hipótese", assegurou.

Confira a lista principal de jogadores inscritos pelo Santos para o Paulistão:

Goleiros: Vanderlei, Vladimir e João Paulo.

Laterais: Victor Ferraz, Daniel Guedes, Romário, Caju e Dodô.

Zagueiros: David Braz, Lucas Veríssimo, Luiz Felipe, Cleber Reis e Gustavo Henrique.

Meio-campistas: Alison, Vecchio, Jean Mota, Leo Cittadini, Matheus Jesus, Renato, Yuri e Vitor Bueno.

Atacantes: Rodrigão, Bruno Henrique, Copete, Sasha e Gabriel Barbosa.

Confira a lista de jogadores da base inscritos pelo Santos:

Lateral: Emerson.

Zagueiros: Robson Bambu e Matheus Guedes.

Meio-campistas: Lucas Lourenço, Victor Yan, Guilherme Nunes, Gabriel Calabres e o Diogo Vitor.

Atacantes: Arthur Gomes, Yuri Alberto e Rodrygo.

Presidente eleito para comandar o Santos nos próximos três anos, José Carlos Peres destacou, em suas primeiras declarações após a votação, o desejo de aproximar o clube dos ídolos recentes, caso de Robinho, hoje perto de sair do Atlético Mineiro. O dirigente destacou, porém, o processo judicial enfrentado pelo jogador na Itália pode levar a nova diretoria a desistir de contratá-lo.

Robinho foi condenado em novembro a nove anos de prisão em primeira instância pela Justiça italiana por "violência sexual em grupo". Ele nega a acusação e vai recorrer. A acusação se deu por um incidente que teria ocorrido em 2013, quando o atacante defendia o Milan, e envolveu uma jovem albanesa em Milão.

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Peres admitiu preocupação com a possibilidade de uma eventual condenação definitiva de Robinho atingir a imagem do Santos. "Temos que privilegiar a marca do Santos e trazer as mulheres para o estádio. Mas o Robinho tem todo o direito de se defender e a Vila e o CT são a segunda casa dele. Não abriremos mão da imagem do Santos e temos, inclusive, que expandi-la", afirmou o dirigente eleito em entrevista à ESPN Brasil.

Recentemente, torcedoras do Atlético-MG colocaram faixas em frente à sede social do clube, em Belo Horizonte, cobrando um posicionamento oficial da diretoria sobre a condenação de Robinho.

Com contrato até o final de 2017 com o Atlético-MG, Robinho parece estar de saída do clube, pois rejeitou a primeira oferta salarial para renovação do seu vínculo, algo que abriria caminho para o Santos buscar o seu retorno.

De acordo com Peres, ele ainda não sabe se o presidente Modesto Roma Júnior negociava a contratação de Robinho, o que deverá tomar conhecimento nesta terça-feira, quando terá uma reunião para iniciar a transição no comando do Santos. "Temos que preservar imagem do clube, que não pode ser marcada por uma condenação. Espero que o Robinho não seja culpado e ele tem que se defender", concluiu.

A eleição de José Carlos Peres para a presidência do Santos pode representar um passo para a reaproximação entre o clube e o atacante Neymar. A relação da equipe e seus torcedores com o hoje jogador do Paris Saint-Germain acabou ficando estremecida por causa da sua polêmica transferência ao Barcelona e suas repercussões na Justiça.

O Santos considerou que foi ludibriado por Neymar e seu pai com a revelação de que o valor final da transação, concluída em 2013, girou em torno dos 90 milhões de euros, embora o clube tenha recebido apenas 17,1 milhões de euros.

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Por causa disso, o Santos levou a sua insatisfação para a Justiça, requerendo uma participação maior no valor final da negociação, assim como a DIS, e também para a Fifa, também defendendo que o jogador teria sido aliciado pela direção do Barcelona para trocar de clube.

O imbróglio jurídico estremeceu a relação entre o Santos e Neymar, situação que ficou exposta por declarações do pai do jogador e também do próprio atacante, que, inclusive, aproveitou a disputa de uma partida da seleção brasileira no Allianz Parque para declarar seu carinho pelo Palmeiras, o clube para o qual torcia na sua infância.

Peres prometeu trabalhar para recuperar a identificação entre Neymar e Santos. E embora tenha adotado cuidado ao comentar as ações judiciais contra o jogador, avaliou que houve erro na estratégia adotada pelo clube. "Entendemos que houve um problema de quando se moveu o processo, que nunca deve se mover contra o ídolo, mas contra o clube que contratou o ídolo. Mas tenho que entender onde estamos pisando", disse.

Além de buscar uma reaproximação de Neymar, o novo presidente do Santos prometeu valorizar os ídolos históricos do clube. "Todos os ídolos do Santos serão bem tratados, essa relação não pode ser quebrada. O que aconteceu, aconteceu, mas o ídolo continua. Teremos as portas abertas para todos eles, sem exceção. Eles tem que sentir que o Santos é a casa deles e não dizer que vai jogar em outro time, a identificação dele é aqui", afirmou.

As declarações de Peres reforçam a possibilidade de o Santos buscar se reforçar com ídolos recentes do clube. São os casos de Robinho, que está em fim de contrato com o Atlético Mineiro e rejeitou a proposta apresentada para renová-la, e também de Gabriel, que não teve sucesso desde que trocou o Santos pela Europa - foi adquirido pela Inter de Milão e está emprestado ao Benfica.

O presidente do Santos para o triênio de 2018 a 2020 evitou, porém, comentar a possibilidade de contratá-los, explicando que em um primeiro momento precisará saber como estavam as negociações de reforços da gestão de Modesto Roma Júnior. "Quero entender com a diretoria o leque de opções que temos e juntar com a nossa para optar pela melhor opção", comentou.

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