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A Bolsa brasileira caminha para ter um desempenho muito positivo em 2018, apesar da volatilidade que as eleições presidenciais podem causar, na visão de Emy Shayo, estrategista para América Latina e Brasil do banco americano JP Morgan. Ela tem uma recomendação de compra da Bolsa brasileira, baseada num cenário externo benigno e na perspectiva de um crescimento forte nos lucros das empresas brasileiras. No seu cenário mais otimista, o Ibovespa pode chegar a 97.100 pontos ao fim de 2018. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O JP Morgan tem uma recomendação de compra para a Bolsa brasileira? Por quê?

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No JP Morgan, gostamos de dizer que os investidores em mercados emergentes são turistas do crescimento. Temos observado que as economias emergentes têm crescido acima das dos países desenvolvidos. Onde entra o Brasil nisso? Entre todos os países emergentes, principalmente os mais relevantes, o Brasil está apresentando o maior delta de crescimento: o PIB cresceu 1% no ano passado e deve crescer 3% neste ano, que é a nossa estimativa. Essa diferença de 2 pontos torna o Brasil muito atraente em termos de investimentos. Comparando com outros mercados emergentes, a Bolsa brasileira oferece a maior perspectiva de crescimento de lucros das empresas.

Como as eleições presidenciais podem afetar a Bolsa ao longo deste ano?

A corrida presidencial pode afetar a Bolsa em particular pelo grande nível de incerteza. Não sabemos quem pode chegar ao segundo turno nem ao menos quem são os candidatos hoje. Mas uma mensagem importante é a seguinte: os investidores estrangeiros acreditam que as pessoas no Brasil já entenderam que as reformas são necessárias. E mesmo os principais candidatos têm, de uma forma ou de outra, uma plataforma reformista. Pode-se dizer que, obviamente levando em conta as diferenças entre os candidatos, de um jeito ou de outro, o resultado das eleições será um que estará no caminho das reformas.

O que vai pesar mais na Bolsa, o cenário externo ou fatores locais, como as eleições?

Até a metade do ano, no mínimo, as questões globais ainda vão ter um peso importante, exatamente por esse nível elevado de incertezas em torno das eleições presidenciais.

Em março, até o dia 20, os investidores estrangeiros já haviam retirado quase R$ 4,5 bilhões da Bolsa brasileira. Como explica isso?

Assim como a nossa recomendação para a Bolsa, os investidores estrangeiros estão com uma posição de compra ou "overweight" no Brasil, isto é, tem uma alocação maior do que recomendaria o índice. O que talvez esteja acontecendo é que os investidores estrangeiros talvez estejam retirando dinheiro do mercado ativo, isto é, de compras diretas de ações, como se pode observar nos dados reportados pela B3, porém estão com uma carteira mais balanceada, uma vez que estamos observando uma certa criação de ETFs. Não ameniza esse grande fluxo que estamos vendo de saída na B3, mas não acho que seja preocupante, pois estamos vendo um fluxo forte para fundos de mercados emergentes. Em 2018, já entraram US$ 41 bilhões em fundos de mercados emergentes. Em 2017, foram US$ 80 bilhões. O Brasil corresponde a 7,5% do índice de mercados emergentes. Então não é possível que dinheiro esteja entrando nos mercados emergentes e não chegue ao Brasil.

Nos últimos dias, o Ibovespa tem tido muita dificuldade de subir e superar a resistência dos 87 mil pontos. Mas após as reuniões de política monetária do Fed e do Copom, que foram favoráveis aos ativos de risco, até onde o Ibovespa pode chegar?

 

No JP Morgan, trabalhamos com bandas para a Bolsa. Aos 87 mil pontos, o Ibovespa está no cenário base (86.400 pontos) que traçamos em novembro passado. Jamais imaginei que em março a Bolsa já atingiria o nosso cenário base. O que aconteceu? O crescimento da economia mundial foi melhor que o esperado, levando a um aumento dos preços de commodities. E o Ibovespa tem um peso importante de commodities, mesmo comparado aos outros mercados emergentes. A Bolsa brasileira é a que tem maior peso de commodities no índice, mais do que a Rússia até. O nosso cenário otimista para o Ibovespa é de 97.100 pontos no fim deste ano. O pessimista é em torno de 65.300 pontos. Fazemos uma revisão dos nossos "targets" (alvos ou metas) duas vezes ao ano, em novembro e em junho, e acredito que teremos uma revisão para cima, exatamente pelo desempenho dos preços de commodities, os quais não estavam no nosso tabuleiro quando traçamos as expectativas para este ano.

Tudo indica que 2018 será um ano positivo em termos de desempenho da Bolsa. E para 2019? Sem aprovar a reforma da Previdência, é possível a Bolsa manter o fôlego de alta?

2019 será o ano da verdade para o Brasil. Precisamos ter alguém que venha e confirme que o País vai cuidar das suas contas fiscais. O que está em jogo nesta eleição é o Brasil poder manter esse ciclo de juros estruturalmente baixos. É normal se houver um aperto monetário de, digamos, 1 ou 2 pontos porcentuais, o que é normal no ciclo de negócios. O importante é não voltarmos a ter juros elevados como havia antes. Para isso acontecer, tem que mexer no fiscal. O Brasil não vai tolerar passar 2019 sem ter mudanças importantes na área fiscal. Por isso, a reforma da Previdência é essencial. Apesar de termos falado sobre ela em 2017 inteiro, puxamos esse tema para frente, entendo que não houve acordo político para sua votação num ano eleitoral, mas isso vai ser cobrado no dia seguinte à votação do segundo turno das eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ajustes promovidos pelo governo nas metas fiscais de 2015, 2016 e 2017 não foram uma surpresa para as agências de classificação de risco, na avaliação de Joaquim Levy. O ministro da Fazenda deu a declaração nesta quinta-feira, 23, durante teleconferência organizada pelo banco JP Morgan.

Apesar do quadro delicado, o ministro diz não acreditar em rebaixamento da nota de crédito do Brasil a ponto de se perder o selo de grau de investimento. "Não temos ameaça importante neste momento", disse, acrescentando que a Petrobras, envolvida em investigações de corrupção, conseguiu, segundo ele, resolver seus problemas.

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Segundo Levy, o comprometimento do governo para ajustar suas contas é claro e o Brasil, na sua avaliação, tem capacidade para reagir a choques.

"Estamos comprometidos a tomar as medidas necessárias", reforçou o ministro, repetindo que o governo vai continuar mantendo a disciplina fiscal. Levy disse, também, que o cenário econômico atual ainda é gerenciável, bem diferente do que já havia ocorrido em outras ocasiões.

Levy fez questão de lembrar que o Brasil conta com "colchões importantes de proteção, como as reservas internacionais". O ministro comentou que, mesmo com a deterioração fiscal, não houve mudança fundamental na dinâmica da dívida pública.

O ministro admitiu, porém, que colocar as contas em ordem não deve ser tarefa fácil. "Queremos cortar gastos em várias áreas, mas é uma questão complicada", afirmou. Ele ainda observou que a receita tributária caiu em vários meses e que o governo vai continuar a buscar receitas adicionais. "Vamos voltar ao crescimento quando os agentes se sentirem confiantes na política econômica", concluiu.

A crise do setor elétrico deverá representar um custo de R$ 66 bilhões para o Brasil, sendo que a grande maioria desse montante será paga pelo consumidor na conta de luz. O cálculo consta de relatório feito pelos analistas do banco JP Morgan, Marcos Severine e Henrique Peretti. No documento, eles preveem que a tarifa de energia poderia subir até 29% no ano que vem.

Segundo os analistas, só o custo da energia térmica custará R$ 28,9 bilhões. Desde o ano passado, com menos chuvas e queda no nível dos reservatórios, todas as térmicas - desde as mais baratas até as mais caras - estão sendo obrigadas a operar de forma ininterrupta para poupar água. Na quarta-feira, 30 de agosto, por exemplo, as térmicas representavam 24,81% da geração nacional e as hidrelétricas, 56,28%. Em tempos de reservatório cheio, as hídricas podem gerar cerca de 90% da energia consumida no País.

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No último cálculo feito pelo JP Morgan, há dois meses, Severine e Peretti apontavam para um custo de R$ 55 bilhões neste ano no setor elétrico. Mas no meio do caminho a exposição dos geradores no mercado de curto prazo aumentou e pode representar R$ 25,1 bilhões (a previsão inicial era R$ 14 bilhões).

O problema surgiu com a redução do consumo e manutenção da geração termoelétrica nos últimos meses. Na prática, isso significou menos geração das hidrelétricas, que entregaram quantidade inferior à prevista nos contratos. Os geradores querem um tratamento especial, a exemplo do dado às distribuidoras. Mas, por enquanto, o governo federal afirma que essas perdas são risco do negócio dos produtores.

Para completar a conta, ainda há a exposição involuntária das distribuidoras que ficaram sem contrato para garantir 100% do mercado, que somaria R$ 11,8 bilhões.

Todos esses custos, uma hora ou outra, serão repassados para o bolso do consumidor brasileiro. Pelo documento, só de repasses que não foram feitos este ano são 18,5% que teriam de entrar na tarifa em 2015. Junta-se a isso subsídios concedidos pelo governo federal em 2013, empréstimo feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) que começa a ser pago no ano que vem e repasses da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). No final, a conta poderia subir até 29%.

O Ministério de Minas e Energia, no entanto, garante que o aumento ficará abaixo de dois dígitos e que será escalonado ao longo dos próximos anos. Por outro lado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela análise e autorização dos reajustes anuais das distribuidoras, já havia previsto que só o empréstimo para socorrer as distribuidoras acrescentaria 8 pontos porcentuais no aumento das tarifas em 2015 e 2016. O ministério conta com o retorno de algumas usinas (de empresas que não aceitaram renovar a concessão) para reduzir o impacto na tarifa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O banco JP Morgan chegou a um acordo preliminar de US$ 13 bilhões com o departamento de Justiça dos Estados Unidos para resolver uma série de inquéritos de seu negócio de ativos lastreados em hipotecas residenciais, diz uma fonte próxima ao tema.

Os termos gerais do acordo foram alcançados na noite de sexta-feira, 18, em uma conversa telefônica entre o procurador Eric Holder, seu assistente Tony West, e o conselheiro geral do banco, Stephen Cutler, disse a fonte. Segundo a fonte, o acordo não foi finalizado e alguns detalhes ainda estão sendo discutidos, como o texto final do acordo.

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Se finalizado, representará o maior acordo que o governo norte-americano selou com uma única empresa. O acordo não resolve o inquérito criminal em andamento sobre a conduta do banco, que está sendo tratado pelo Ministério Público Federal em Sacramento, na Califórnia, disse a fonte.

Mas inclui aproximadamente US$ 4 bilhões com a Agência Federal de Financiamento de Habitação para resolver acusações de que o JP Morgan teria enganado a Fannie Mae e a Freddie Mac a respeito da qualidade dos empréstimos que foram vendidos a eles às vésperas da crise financeira de 2008, disse a fonte.

A Fannie Mae e a Freddie Mac são instituições de financiamento imobiliário que compram hipotecas e as transformam em ativos vendidos com a garantia de que os investidores serão reembolsados mesmo em caso de calote dos devedores. O acordo também resolve uma ação judicial separada aberta pelo procurador-geral do Estado de Nova York, Eric Schneiderman. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os advogados do ex-gerente de estratégia de negócios na capital britânica do JP Morgan Chase Javier Martin-Artajo disseram nesta terça-feira que seu cliente está "confiante" de que ele vai ser "inocentado por qualquer irregularidade" nas investigações sobre as perdas bilionárias em operações financeiras da instituição.

Martin-Artajo estava no comando da equipe que fez apostas gigantes em investimentos de crédito corporativo, que deflagraram em perdas bilionárias no início de 2012. Ele era responsável pela supervisão das operações de Bruno Iksil, o investidor conhecido como a "baleia de Londres", em função do tamanho de suas apostas. Promotores norte-americanos estão planejando apresentar acusações contra Martin-Artajo e outro ex-funcionário do JP Morgan, segundo pessoas familiarizadas com a situação.

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Em comunicado, a empresa de advocacia Norton Rose Fulbright, disse que Martin-Artajo tem "cooperado com cada inquérito interno e externo" no Reino Unido. "O ex-funcionário do JP Morgan está confiante de que ele vai ser inocentado , uma vez que a "reconstrução completa e justa desses eventos complexos seja concluída", acrescentou o comunicado.

Em 2012, a então diretora de investimentos do JP Morgan Ina Drew ordenou que os operadores do escritório de investimentos em Londres realizassem operações para proteger o banco da turbulência econômica na Europa. Mas, quando os mercados viraram abruptamente, entre abril e o começo de maio do ano passado, as instruções de Drew pareceram ter chegado tarde demais para evitar perdas gigantescas, estimadas em US$ 2 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Bolsa de Nova York fechou em queda, refletindo as preocupações quanto à possível saída da Grécia da zona do euro. O índice Dow Jones fechou no nível mais baixo desde 31 de janeiro. Todos os dez setores que compõem o S&P-500 encerraram em baixa, com destaque negativo para as ações dos setores bancário e de energia.

"Se a Grécia acabar saindo da zona do euro, ninguém sabe o quanto de ruptura isso vai representar", comentou Wasif Lanif, vice-presidente para investimentos em ações da USAA. Já o estrategista Brian Gendreau, da Cetera Financial, observou que a turbulência política na Grécia "poderá ser um precedente para o que virá na Espanha e em outros países da periferia da zona do euro que têm muito a fazer para fechar seus déficits orçamentários".

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As ações dos bancos estavam entre as que mais caíram. As do JP Morgan Chase, que haviam caído 9% na sexta-feira, em reação ao anúncio de US$ 2 bilhões em perdas, recuaram mais 3,17%; outros destaques negativos do setor foram Citigroup (-4,12%), Wells Fargo (-2,70%), Goldman Sachs (-2,31%) e Morgan Stanley (-4,35%).

No setor de tecnologia, as ações da Yahoo! subiram 2,04%, depois de a empresa anunciar o afastamento de seu CEO, Scott Thompson, acusado de mentir sobre seu currículo acadêmico. As do site de compras coletivas Groupon avançaram 18,54%, devido à expectativa positiva com seu informe de resultados. No setor de cosméticos, as ações da Avon Products subiram 3,81%, depois de a empresa dizer que vai estudar a oferta de aquisição feita pela concorrente Coty.

No setor de energia, as ações da Chesapeake Energy subiram 4,79%, recuperando-se da queda forte da sexta-feira, depois de a empresa anunciar que conseguiu um empréstimo de US$ 3 bilhões junto ao Goldman Sachs e ao Jefferies Group.

O índice Dow Jones fechou em queda de 125,25 pontos (0,98%), aos 12.695,35 pontos. O Nasdaq terminou em baixa de 31,24 pontos (1,06%), aos 2.902,58 pontos. O S&P-500 acabou com recuo de 15,04 pontos (1,11%), aos 1.338,35 pontos. O NYSE Composite fechou em queda de 110,45 pontos (1,41%), em 7.705,44 pontos. As informações são da Dow Jones.

Nova York, 13 - O banco norte-americano JPMorgan Chase realiza sua reunião anual de acionistas nesta terça-feira, poucos dias depois de admitir perdas de US$ 2 bilhões em operações com instrumentos sintéticos de crédito e de perder cerca de US$ 14 bilhões em valor de mercado por causa dessa admissão. Um item da pauta que deverá causar desconforto aos acionistas é a proposta de pagamento de bônus referentes a 2011 aos executivos do banco.

A proposta do Conselho é conceder US$ 23 milhões em bônus ao executivo-chefe, Jamie Dimon, e US$ 15,5 milhões a Ina Drew, a chefe da divisão responsável pelas operações desastrosas. Fontes disseram ao Wall Street Journal que Drew está entre os executivos cujo afastamento deve ser anunciado esta semana; a expectativa das fontes é de que ela deixe o JPMorgan já nesta segunda-feira, antes da reunião de acionistas.

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Na semana passada, o CEO da seguradora britânica Aviva, Andrew Moss, viu-se obrigado a renunciar ao cargo em meio a uma revolta dos acionistas com os pagamentos elevados a executivos; os acionistas do Citigroup, por sua vez, fizeram recentemente críticas fortes ao executivo-chefe da instituição, Vikram Pandit, também por causa de pagamentos que consideraram despropositados. As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)

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