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O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) sugeriu em representação nesta sexta-feira, 4, que a Corte de Contas apure e avalie a legalidade do pagamento de distribuição de dividendos da Petrobras aprovado na quinta-feira pelo Conselho de Administração da estatal, calculado em R$ 43,68 bilhões. A representação é assinada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, dirigida ao presidente em exercício do TCU, Bruno Dantas.

Na peça, Furtado sugere, se o tribunal entender pertinente para o caso, a "imediata suspensão" da distribuição desses dividendos até decisão de mérito da Corte. Qualquer ordem de suspensão caberá ao tribunal. Para o subprocurador, o TCU precisa avaliar a situação diante de possível risco à sustentabilidade financeira e esvaziamento da disponibilidade em caixa da estatal.

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"Proceda a adoção das medidas de sua competência necessárias a conhecer e avaliar a legalidade de pagamentos de distribuição em dividendos na órbita de R$ 43,7 bilhões aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras, diante suposto descumprimento aos preceitos da Lei das Sociedades por ações (6.404/1976), especialmente arts. 201 e 205, e aos preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (101/2000)", aponta também o MP de Contas, pedindo ainda que o TCU avalie a conveniência e oportunidade de apurar os fatos conjuntamente a outro processo que já tramita no tribunal. E que, se entender necessário, notifique a estatal de que os fatos "estão em apuração nesse Tribunal a ensejar eventuais possíveis responsabilidades".

A situação contestada pelo subprocurador-geral é resultado de decisão aprovada na quinta pelo Conselho de Administração da Petrobras, que chancelou a distribuição de dividendos no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação. O montante total soma R$ 43,68 bilhões.

Na representação, Furtado lembra que ofereceu representação ao TCU em outra oportunidade sobre o tema ainda neste ano. "Conforme demonstrado naquela época, os recursos gerados pelas atividades operacionais da empresa foram de R$ 71 bilhões e o fluxo de caixa livre seria de R$ 63 bilhões. Abatendo desse montante livre o valor de pagamento da amortização da dívida (20 bilhões), restaria um montante de 43 bilhões. Sendo assim, o valor distribuído de dividendos é o dobro do resultante dos fluxos do trimestre! Sendo assim, o fato denotaria que a empresa estaria utilizando da entrada de caixa com a venda de ativos da estatal que ocorreu", relata Furtado.

Segundo ele, agora, três meses depois, decisões da estatal novamente "surpreendem com distribuições de dividendos em valores astronômicos". "Ratifico minha preocupação no sentido de que possuo receio de que as eventuais distribuições possam comprometer a sustentabilidade financeira da Companhia no curto, médio e longo prazo, indo de encontro ao próprio Plano Estratégico da empresa", afirmou.

O Twitter está convocando seus acionistas para uma reunião no dia 13 de setembro, às 14h00 (de Brasília), para votar a proposta de aquisição feita por Elon Musk. A reunião será transmitida ao vivo e a votação ocorrerá de modo online, de acordo com documento do Twitter à Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM americana).

Se a fusão for concluída, cada acionista terá direito a receber US$ 54,20 por ação sujeito aos devidos impostos, diz a empresa. Hoje, a companhia encerrou a sessão com alta de 0,25%, a US$ 39,34 a ação.

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A notícia teve reação marginal do papel no after hours em Nova York e o Twitter subia 0,43%, às 18h37 (de Brasília).

A Petrobras informou na noite desta terça-feira (16) que recebeu indicação dos acionistas minoritários para ocupar uma vaga no conselho de administração da estatal. Marcelo Gasparino da Silva foi indicado pelos acionistas FIA Dinâmica Energia, Banclass FIA, RPS Equity Hedge Master FIM, RPS FIA Selection Master, RPS Long Bias Selection FIA, RPS Prev Absoluto Icatu FIM Master, RPS Sistemático FIA e RPS Total Return Master FIM. A eleição vai ocorrer no dia 12 de abril.

Gasparino da Silva é advogado, especialista em administração tributária empresarial pela ESAG. É presidente do conselho de administração da Eternit (2017-2022), além de ocupar uma vaga nos conselhos da Vale (2020-2021) e da Cemig (2020-2022) e ser membro do conselho fiscal da própria Petrobras (2020-2021).

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Conselho Fiscal

A petrolífera também recebeu indicações de acionistas detentores de ações preferenciais para uma vaga no conselho fiscal da companhia. A eleição ocorre em 14 de abril. Os candidatos indicados pelos acionistas FIA Dinâmica Energia e Banclass FIA são a advogada Michele da Silva Gonsales Torres (como titular) e o auditor Antonio Emílio Bastos de Aguiar Freire (como suplente).

O contrato futuro de ouro fechou em baixa nesta terça-feira, 30, pressionado pelo dólar forte, bem como ganhos nos mercados acionários americanos.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro fechou em queda de 0,18%, a US$ 1.225,30 a onça-troy.

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Os investidores continuaram a avaliar as tensões comerciais e observaram um aumento nas ações, um dia depois de uma sessão volátil que deixou as ações dos EUA em queda acentuada.

Os preços do ouro "diminuíram um pouco, à medida que o dólar avança encontrando apoio nas preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico e teme que a guerra comercial sino-americana possa se intensificar novamente", disse Dean Popplewell, vice-presidente de análise de mercado da Oanda.

Um dólar mais forte geralmente é negativo para commodities, uma vez que as torna mais caras para os detentores de outras moedas.

As ações globais pareceram encontrar consolo limitado nas declarações do presidente americano, Donald Trump, que disse que Washington e Pequim fariam um "grande acordo". Ao mesmo tempo, Trump disse à Fox News que ele tinha bilhões a mais em taxas de importação prontas para aplicar sobre produtos chineses se não for possível chegar a um acordo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os mercados acionários americanos encerraram em alta o pregão desta sexta-feira, 17, apoiados pelo cenário de menor aversão a risco diante de conversas entre Estados Unidos e China para que as tensões comerciais entre os dois países sejam resolvidas ainda este ano.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,43%, aos 25.669,32 pontos; o S&P 500 subiu 0,33%, aos 2.850,13 pontos; e o Nasdaq avançou 0,13%, aos 7.816,33 pontos. Já o índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo" de Wall Street fechou em queda de 6,02%, aos 12,64 pontos.

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A próxima semana será chave para as relações comerciais em todo o globo. Fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires informaram que negociadores americanos e chineses traçaram um planejamento para que os diálogos comerciais entre os dois países, que começarão na próxima semana, culminem em uma reunião entre Donald Trump e Xi Jinping em novembro. O plano representa o mais novo esforço das duas partes para evitar a escalada nas tensões que sacudiram os mercados globais nos últimos meses.

"Há conversas que foram anunciadas publicamente e essas conversas são um sinal positivo. A China tem muitas reformas a fazer e queremos conversar com eles sobre como fazê-las. E acreditamos que se eles fizerem reformas será bom para nós", disse o diretor do Conselho de Assuntos Econômicos da Casa Branca, Kevin Hassett. As reuniões da próxima semana ocorrerão em solo americano e serão conduzidas pelo subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass, e pelo vice-ministro de Comércio da China, Wang Shouwen.

Outra fonte de tensão também está sendo desfeita aos poucos pelas autoridades americanas. Após comentários positivos feitos por Trump na quinta-feira sobre as relações com o México, que estariam progredindo, Hassett apontou que os EUA estão "muito, muito próximos" de um acordo com o México no âmbito do processo de renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês). "Há alguns pontos difíceis, mas houve muito progresso", acrescentou o assessor econômico da Casa Branca, que deu apoio ao peso mexicano durante a tarde.

A expectativa é de que, sem o peso das tensões no comércio global, a confiança do consumidor americano possa voltar a aumentar. Nesta sexta-feira, a Universidade de Michigan informou que o índice de sentimento do consumidor caiu de 97,9 em julho para 95,3 em agosto, no menor nível em 11 meses. "As guerras comerciais e a volatilidade dos mercados parecem estar desencadeando as mais fracas leituras de confiança do consumidor vistas ainda este ano, o que não é um bom sinal para o futuro", apontou o economista Christopher Rupkey.

Ainda na pesquisa de sentimento do consumidor, o economista Richard Curtin, que comanda a sondagem, apontou que os dados sugerem que os consumidores "se tornaram muito mais sensíveis até mesmo às taxas de inflação". Ele disse, ainda, que, no geral, "os números indicam que os consumidores têm pouca tolerância para inflação excessiva e, para o benefício do Federal Reserve (Fed), as taxas de juros agora desempenham um papel mais decisivo nas decisões de compra". Entre os bancos, o Goldman Sachs fechou em alta de 0,16%, o Wells Fargo avançou 0,34% e o Citigroup subiu 0,16%.

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, está enfrentando pressão para abandonar seu papel duplo de presidente do conselho e executivo-chefe, depois que a companhia perdeu mais de US$ 120 bilhões em valor de mercado nesta quinta-feira (26).

Com a queda histórica das ações do Facebook, Mark Zuckerberg perdeu quase US$ 16 bilhões de seu patrimônio, segundo a Forbes, que monitora a riqueza de magnatas em tempo real. Ele caiu de 4º para 6º lugar no ranking de pessoas mais ricas do mundo.

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Durante uma teleconferência com analistas, o diretor financeiro do Facebook, David Wehner, disse a receita da companhia pode diminuir, à medida que a empresa prioriza novos formatos, como o stories, e oferece aos usuários mais opções de privacidade.

Wehner disse que a empresa vai investir bilhões de dólares por ano em seu objetivo, melhorando a proteção e segurança dos usuários. "Achamos que é a coisa certa a fazer pelo negócio", disse ele.

A pior performance anterior da empresa em um único dia foi em 27 de julho de 2012, quando as ações caíram 11,7%. Naquele dia, a empresa não conseguiu convencer os investidores de que poderia vender publicidade para dispositivos móveis. O celular agora representa 91% da receita de publicidade da empresa.

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Diante da queda na maior parte do mercado acionário mundial, o Ibovespa não teve força para seguir a trajetória de alta vista no início do pregão desta terça-feira, 13. Ainda assim, o índice à vista conseguiu se manter nos 86.383,84 pontos (-0,59%).

O setor financeiro influenciou fortemente na baixa de hoje com a desvalorização acima de 1%, uma vez que Itaú Unibanco e Bradesco têm o primeiro e o terceiro maiores pesos na carteira teórica. Além de espelhar o movimento negativo dos pares em Wall Street, bancos como Bradesco e Banco do Brasil tiveram suas notas de crédito rebaixadas pela agência de classificação de risco Fitch Ratings hoje. Ontem à noite, o Itaú Unibanco havia recebido o downgrade, na esteira do rebaixamento do rating soberano de BB para BB-, em 23 de fevereiro.

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Para Shin Lai, analista da Upside Investor Research, a revisão do rating perpassou por todos os bancos brasileiros e, juntamente com as seguradoras, pesou sobre o índice Bovespa. Itaú Unibanco PN fechou em queda de 0,81%, Bradesco PN recuou 1,44%, Banco do Brasil ON perdeu 1,29% e as units do Santander desvalorizaram 1,40%.

Também os contratos futuros de petróleo no mercado internacional operaram novamente em queda e as ações da Petrobras perderam valor - queda de 0,96% (ON) e de 0,99% (PN).

Os mercados acionários no exterior reagiram à nova troca na administração do presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Uma semana após o então assessor econômico Gary Cohn ter deixado o governo, hoje foi a vez do secretário de Estado, Rex Tillerson.

Por aqui, Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora, diz que influenciou o humor do mercado na segunda parte do pregão o enfrentamento do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso.

As questões políticas se sobrepuseram aos dados econômicos favoráveis tanto dos EUA quanto do Brasil. Por lá, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro em desaceleração ante janeiro na série com ajustes sazonais e no núcleo do indicador de inflação. Por aqui, as vendas no varejo em janeiro cresceram 0,9% contra dezembro e 3,2% ante janeiro de 2017.

Os principais mercados acionários da Europa encerraram o pregão desta sexta-feira, 9, em quedas consistentes, pressionados pela baixa forte na véspera em Nova York e a volta do impasse no processo de divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia, o chamado Brexit. O índice pan europeu Stoxx 600 terminou em 368,60 pontos, queda diária de 1,45% e semanal de 5,02%.

Sinais de que o aperto monetário global está próximo e o impasse em torno do orçamento federal dos Estados Unidos fizeram as bolsas de Nova York derreterem nos minutos finais do pregão desta quinta-feira. O índice Dow Jones fechou em queda superior a 4%, o que disparou ordens de venda nos demais indicadores acionários americanos.

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O novo recuo das ações em Nova York contaminou o sentimento dos investidores europeus desde a abertura nesta sexta-feira. Mas o noticiário político do continente também deu a sua contribuição.

No final de mais uma rodada de negociações do Brexit, a União Europeia subiu o tom e escancarou as críticas ao Reino Unido.

Em coletiva de imprensa, o negociador da UE para o Brexit, Michel Barnier, se disse surpreso com resistência do Reino Unido com termos da transição. David Davis, ministro do Reino Unido para o Brexit, alfinetou: "é surpreendente ouvir que posição britânica não está clara".

A discussão pública entre os dois negociadores azedou o sentimento dos investidores, e as bolsas da Europa tiveram fortes perdas diárias e semanais.

A Bolsa de Londres terminou em 7.092,43 pontos, queda diária de 1,09% e semanal de 4,72%. Com a forte queda do petróleo, as companhias do setor foram destaque de baixa - a BP terminou com perda de 2,30% e a Royal Dutch Shell (ações tipo B) cedeu 1,85%.

Em Lisboa, as ações que mais caíram foram as da Pharol (-4,72%), que sofre com o impasse das dívidas da Oi. O índice PSI-20 terminou em 5.294,90 pontos, queda diária de 1,55% e semanal de 4,02%.

A Bolsa de Paris recuou para 5.079,21 pontos, baixa diária de 1,41% e semanal de 5,33%. A de Frankfurt encerrou em 12.107,48 pontos, desvalorização respectiva de 1,25% e 5,30%. A de Madri caiu para 9.639,60 pontos, queda de 1,20% e 5,60%. A de Milão terminou em 22.166,75 pontos, perda de 1,33% e 4,46%.

A petroquímica Braskem deve enfrentar a maior parte de uma ação sobre seu papel no escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras. Em uma decisão divulgada ontem, o juiz Paul Engelmayer disse que os detentores de ações da Braskem podem processar a empresa por ter escondido que o pagamento de suborno permitiu a compra de nafta da Petrobras a preços inferiores aos de mercado.

O Facebook está sendo pressionado por um grupo de acionistas que buscam o afastamento do presidente-executivo, Mark Zuckerberg, do conselho de diretores. Uma proposta foi apresentada afirmando que um gestor independente seria mais capaz de supervisionar os executivos da companhia, melhorar a governança corporativa e estabelecer uma agenda mais responsável e pró-acionista.

A proposta vem dos acionistas do Facebook que são membros do grupo de vigilância de consumidores SumOfUs. A organização faz campanhas para responsabilizar as corporações em uma variedade de questões globais, como mudanças climáticas, direitos dos trabalhadores, discriminação, direitos humanos, corrupção e poder corporativo.

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A assessora de mercado de capital da SumOfUs, Lisa Lindsley, disse ao site VentureBeat que 333 mil pessoas assinaram a petição solicitando que o Facebook melhore sua cidadania corporativa, mas apenas 1,5 mil eram verdadeiros acionistas da empresa. "As ações detidas por quatro membros da SumOfUs nos permitiram registrar esta proposta", disse ela.

A proposta de tirar Zuckerberg da presidência da diretoria ganhou força depois que ele e sua esposa, Priscilla Chan, anunciaram a venda de 99% das ações da sua família para vários grupos com intenção de fazer caridade. Na ocasião, o comitê da diretoria do Facebook aceitou criar uma nova classe de ativos para permitir que Zuckerberg continue tendo controle majoritário da empresa.

Ainda é uma incógnita se o Facebook vai aceitar a demanda do grupo, especialmente porque Zuckerberg é um dos maiores acionistas e poderia recusar a proposta facilmente, juntamente com outros investidores aliados. A companhia se recusou a comentar sobre a proposta.

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O pacote de medidas tributárias anunciado ontem pelo Ministério da Fazenda é positivo, mas "incompleto" e "pontual", porque deixa de fora reformas para tornar a estrutura de impostos mais justa. A avaliação é de dois economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que sugerem a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre a parcela do lucro das empresas distribuída a pessoas físicas como saída para arrecadar de R$ 43 bilhões a R$ 59 bilhões por ano, mais do que a recriação da CPMF.

"A CPMF é a pior opção", afirmou Sérgio Gobetti, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea. Segundo ele, a CPMF é "regressiva", porque é cobrada em cadeia, de forma cumulativa, pesando mais sobre os mais pobres.

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Gobetti e seu colega de Ipea Rodrigo Orair sustentam, em artigo publicado mês passado, que a crise política e econômica, com rombo nas contas públicas e intolerância ao aumento de impostos por parte de empresários e consumidores, exige "uma reforma tributária que contemple as dimensões de equidade e eficiência", sem aumentar a carga tributária.

No estudo, com dados da Declaração Anual do Imposto de Renda, da Receita Federal - ao estilo do economista francês Thomas Piketty -, os pesquisadores do Ipea propõem a redução de tributos sobre empresas como contrapartida à cobrança de IR sobre os dividendos (como é chamada a parte do lucro pago aos acionistas) recebidos por pessoas físicas.

A redução dos tributos para as empresas seria feita aos poucos ao longo de anos. Se as medidas já estivessem valendo este ano, o resultado seria R$ 47 bilhões a mais nos cofres públicos ainda neste ano. Para comparar, quando o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou a proposta de volta da CPMF, em setembro passado, a projeção era arrecadar R$ 32 bilhões este ano.

Na proposta do artigo, a redução de impostos para ano a ano levaria a uma renúncia fiscal de R$ 500 milhões em 2022. Considerando que, até lá, a volta do crescimento econômico elevaria a arrecadação e haveria tempo para aprovar cortes de gastos, o efeito sobre as contas públicas seria positivo. "O ajuste fiscal precisa ser solidário e a estrutura tributária, mais eficiente", disse Orair.

Segundo os economistas, desde 1995, o Brasil é um dos poucos países com economia relevante que não cobram imposto algum sobre dividendos. Com isso, os muito ricos pagam menos impostos, proporcionalmente, do que os assalariados de classe média alta. Para os mais pobres, o peso é ainda maior, mas a conta é indireta: como há muitos impostos sobre bens e serviços, vários preços são mais altos no Brasil do que no exterior.

Segundo Gobetti e Orair, na média, países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, grupo que reúne os países mais desenvolvidos) tributam os lucros em 49%, sendo 25% nas empresas e 24% sobre as pessoas físicas que são acionistas. No Brasil, o lucro das empresas leva mordida de 34%, mas os acionistas não pagam nada.

Nas simulações dos pesquisadores, tributar dividendos na fonte com 15%, como era até 1995, atingiria 2,1 milhões de brasileiros e aumentaria a receita em R$ 43 bilhões (em valores de 2013). Se os dividendos fossem taxados pela atual tabela do IR, com faixa de isenção e alíquotas de 7,5% a 27,5% conforme a renda, apenas 1,2 milhão pagariam mais e a receita adicional seria R$ 59 bilhões.

Para Gobetti, o pacote de ontem poderia ter incluído o IR sobre dividendos, ainda que com uma alíquota pequena. "Teria a virtude de abrir essa discussão na sociedade", afirmou o economista, lembrando que, na lista de propostas para resolver a crise fiscal, há poucas medidas que afetam o "andar de cima". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do Banco Santander, Ana Botín, analisou nesta sexta-feira as perspectivas para as economias em que o Santander possui unidades. Ela disse que o Brasil está "passando por um ano de transição". Mas ela destacou que o novo governo está "tomando as medidas necessárias para que a economia perceba seu potencial assim que possível". Além disso, a executiva afirmou que a recuperação da Europa é um "trabalho em andamento".

Falando a acionistas, Ana Botín afirmou também que as taxas de juros muito baixas nos mercados desenvolvidos, as "exigentes" normas de regulação e a concorrência de empresas de tecnologia estão entre os principais desafios enfrentados pelos bancos. "Nossos concorrentes não são apenas as instituições financeiras tradicionais ou grandes fundos do mercado bancário paralelo (shadow banking), sujeitos a menos regulação e supervisão, mas também gigantes da tecnologia", disse Botín, em sua primeira assembleia geral ordinária como presidente executiva. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Os acionistas minoritários da Oi estão atentos às decisões que deverão ser tomadas nesta terça-feira, 25, na reunião do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entre os temas em pauta, está a análise do pedido de um grupo de minoritários de interrupção da assembleia da companhia, marcada para o dia 27, e a avaliação do recurso apresentado pela Oi após a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) ter se posicionado favorável a uma demanda de minoritários em janeiro.

No começo do ano, a SEP, em resposta à gestora de recursos Tempo Capital, uma das acionistas minoritárias da companhia, entendeu que os controladores da Oi e da Portugal Telecom não podem votar sobre o laudo de avaliação dos ativos da empresa portuguesa que entrarão no aumento de capital.

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A Oi recorreu e hoje é aguardada uma posição do colegiado, órgão máximo da autarquia, sobre o assunto. Na assembleia da Oi, está previsto até o momento que os controladores da PT não votarão, mas os controladores da Oi devem se posicionar. No caso do pedido de interrupção da assembleia, tratou-se de uma forma de aguardar a autarquia se posicionar definitivamente sobre a questão.

A solicitação foi apresentada pela Tempo Capital no último dia 17. A expectativa de consultores e advogados é de que a CVM se pronuncie sobre a decisão hoje, após o fechamento da Bolsa. Além da solicitação de interrupção, a gestora também pediu para representar os minoritários da assembleia. Os acionistas minoritários têm até a quarta-feira, 26, para entregar procuração para serem representados.

Esta é a primeira vez que a Tempo Capital entra com pedido público de procuração para representar acionistas minoritários. “Nossa exposição em ações da Oi é baixa. Mas entendemos que temos de defender o dever fiduciário”, disse Domenica Noronha, sócia da gestora de recursos. O escritório Faoro & Fucci Advogados representa a Tempo Capital. O advogado Luiz Leonardo Cantidiano, ex-presidente da CVM, também está no caso pela Tempo.

Domenica entende que a estrutura de capital da Oi é muito complexa e que os pontos que serão discutidos devem ser mais bem analisados. Um dos pontos mais importantes que serão colocados em assembleia é a aprovação do laudo dos ativos da Portugal Telecom para fins de aumento de capital da Oi. Além de defenderem que os controladores da Oi e da PT não votem sobre o laudo, os minoritários acreditam que os valores estão superavaliados.

Para Cantidiano, é temerário que a assembleia se realize em um período tão curto. Segundo ele, em uma operação de fusão ou incorporação de ativos, como é a que está sendo proposta não se pode analisar os pontos separadamente. A proposta que será colocada na assembleia é prejudicial ao minoritário, ao diluir o capital desses acionistas, diz Raphael Martins, sócio do Faoro & Fucci.

Pelo cronograma estabelecido pela Oi, a assembleia ocorrerá dia 27. No dia 16 de abril, será estabelecido o valor da oferta pública de ações, com a liquidação financeira da oferta no dia 23 do mesmo mês. A Oi pretende levantar de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões com a operação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seis conselheiros "de peso", indicados por minoritários, estão se articulando para garantir assentos em empresas de grande porte - como CSN, Banco do Brasil, CPFL, Bradespar, Usiminas e Eletrobras. Eles atuam profissionalmente em conselhos empresariais e, juntos, passaram a compor o Grupo de Governança Corporativa (GGC), formado em janeiro deste ano.

Desde então, o grupo se movimenta para ganhar mais espaço para os minoritários em conselhos de administração e fiscais de empresas de capital aberto.

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Arlindo Magno de Oliveira, atualmente integrante do conselho da Celesc e da Telemar Participações, candidatou-se para a CSN. Josmar Bignotto, para a CPFL.

Julio Sergio Cardoso, da Celesc, é candidato para a Usiminas. Marcelo Gasparino, atualmente na Eletrobras, Celesc, Tecnisa e Usiminas, concorre à Bradespar e à renovação da Eletrobras.

Manuel Jeremias Leite Caldas, do conselho de administração da AES Eletropaulo, Contax e São Carlos Empreendimentos, pode ir para o Conselho Fiscal da Eletrobrás. E Robert Juenemann concorre a uma vaga nos conselhos fiscais da Grendene e Eletrobrás.

Em última análise, a organização em um grupo é uma reação à derrocada de algumas companhias na bolsa. Sua primeira medida foi recorrer a fundos de investimento internacionais, como BlackRock, Dimensional Fund Advisors e Credit Suisse, além de empresas estatais em posição minoritária em outras companhias e fundos de pensão, para angariá-los como aliados.

Oficialmente, as propostas para que renovem suas participações ou entrem nos conselhos foram entregues às companhias em março, com 30 dias de antecedência para eleições que acontecem neste mês. Mas, para que tenham sucesso em suas empreitadas, dependem, sobretudo, da adesão dos minoritários nas assembleias gerais em que serão eleitos os novos conselheiros.

Usiminas

O mais recente embate ocorre na Usiminas. Atrair a simpatia da CSN (detentora de 14,13% do capital ordinário e 20,69% do preferencial da Usiminas) para eleger um membro no conselho é tido como imprescindível para a vitória. Caso contrário, terão de contar com a adesão de 80% dos minoritários, missão quase impossível. A CSN, no entanto, está impedida de se posicionar pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que entende a sua participação na Usiminas como interferência de concorrente nos negócios da siderúrgica mineira.

Do total de 15 vagas na Usiminas, restam seis a serem escolhidas na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que será realizada na próxima terça-feira. Para atrair a atenção dos minoritários à necessidade da tomada de posição na AGE, o GGC se articulou com o fundo de investimento Geração Futuro L Par, dono de 5,42% das ações preferenciais da Usiminas.

A intenção é eleger Julio Cardoso, que, de acordo com o GGC, traz no currículo de ex-sócio da Ernst & Young a defesa contra a acusação de um possível uso do conselheiro para atender os interesses da CSN na Usiminas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Lojas Americanas propõe investimentos R$ 679,0 milhões em 2013 para a assembleia de acionistas que irá se realizar em 30 de abril. Segundo a proposta, R$ 416,4 milhões, ou 61,3% do total, serão destinados a expansão (lojas novas e reformas das já existentes), R$ 152,0 milhões (22,4% do total) para operações e outros e R$ 110,6 milhões (16,3%) vão para atualizações tecnológicas.

Para financiar os investimentos previstos, a companhia utilizará recursos próprios, no montante de R$ 272,1 milhões (40,1%) e recursos de terceiros de R$ 406,9 milhões (59,9%).

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Os acionistas da Petrobras analisarão em assembleias gerais ordinária (AGO) e extraordinária (AGE) a serem realizadas no próximo dia 29 de abril a proposta da companhia de orçamento de capital no valor de R$ 66,920 bilhões para 2013. O montante é 13,8% superior à proposta de orçamento de capital do ano passado e inclui investimentos diretos no valor de R$ 66,873 bilhões, e operações financeiras que somam R$ 47,3 milhões.

A maior parte dos recursos, no total de R$ 51,140 bilhões, será proveniente de recursos próprios da Petrobras, oriundos principalmente dos lucros da estatal. Outros R$ 15,780 bilhões virão de recursos de terceiros. No ano passado, a proposta previa R$ 55,512 bilhões de recursos próprios e R$ 3,3 bilhões de recursos de terceiros.

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Do total dos investimentos previstos, a Petrobras prevê destinar 60,06% à área de Exploração & Produção (E&P), 30,45% para Abastecimento, 7,32% em Gás & Energia e 2,17 % às outras áreas de negócio.

Os valores do orçamento de capital propostos pela Petrobras para análise nas assembleias são distintos dos números apresentados pela estatal como previsão de investimento total no ano. Para 2013, a Petrobras comunicou em fevereiro passado a intenção de investir R$ 97,754 bilhões. Desse total, a área de E&P ficará com 53,1%. A área de Abastecimento receberá outros 33% e a área de Gás & Energia, outros 5,7%. O restante será direcionado às demais áreas da companhia.

A Eletrobras aprovou Marcelo Gasparino como o novo representante dos acionistas minoritários no Conselho de Administração da empresa no lugar de Luiz Alquéres, que deixou o cargo no mês passado com o argumento de que possui interesses contrários aos da Eletrobras no debate sobre a adesão à Medida Provisória 579.

Durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que é realizada nesta segunda-feira na sede da empresa, em Brasília, os acionistas pediram também que, no conselho de administração da empresa, seja incluído mais um representante, dos acionistas preferencialistas. A reivindicação foi incluída em ata e será avaliada em outra reunião.

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Nova York, 13 - O banco norte-americano JPMorgan Chase realiza sua reunião anual de acionistas nesta terça-feira, poucos dias depois de admitir perdas de US$ 2 bilhões em operações com instrumentos sintéticos de crédito e de perder cerca de US$ 14 bilhões em valor de mercado por causa dessa admissão. Um item da pauta que deverá causar desconforto aos acionistas é a proposta de pagamento de bônus referentes a 2011 aos executivos do banco.

A proposta do Conselho é conceder US$ 23 milhões em bônus ao executivo-chefe, Jamie Dimon, e US$ 15,5 milhões a Ina Drew, a chefe da divisão responsável pelas operações desastrosas. Fontes disseram ao Wall Street Journal que Drew está entre os executivos cujo afastamento deve ser anunciado esta semana; a expectativa das fontes é de que ela deixe o JPMorgan já nesta segunda-feira, antes da reunião de acionistas.

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Na semana passada, o CEO da seguradora britânica Aviva, Andrew Moss, viu-se obrigado a renunciar ao cargo em meio a uma revolta dos acionistas com os pagamentos elevados a executivos; os acionistas do Citigroup, por sua vez, fizeram recentemente críticas fortes ao executivo-chefe da instituição, Vikram Pandit, também por causa de pagamentos que consideraram despropositados. As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)

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