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O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o Banco Central poderá continuar reduzindo os juros, se a reforma da Previdência for aprovada ainda em 2018. A porta para a redução adicional da taxa de juros, segundo o ministro, foi aberta pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de quarta-feira (7).

O Copom decidiu na reunião reduzir em 0,25 ponto porcentual da taxa básica de juros da economia (Selic), que desceu ao menor patamar histórico, de 6,75% ao ano.

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Padilha estima que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) poderá levar a uma alta de 4% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. A estimativa atual é de crescimento de 3% (governo) a 3,5% (mercado financeiro). O crescimento maior, disse, intensificará a arrecadação e permitirá à economia andar "a passos mais largos". "Acredito nisso piamente", afirmou ao Estadão/Broadcast.

Na avaliação do ministro, a reforma da Previdência terá "zero influência" para o governo do presidente Michel Temer, porque o Orçamento de 2018 já está lançado. Mas ele insistiu na tese de que a proposta precisa ser aprovada logo para evitar que o próximo presidente da República tenha problemas fiscais e seja obrigado a rever o teto de gastos - instrumento legal que limita o crescimento da despesa à inflação.

Segundo ele, a reforma "em si" não terá influência no governo Temer já que os números orçamentários já estão todos definidos, com a previsão de déficit nas contas públicas, que encolheu a capacidade de investimento. "Mas vai chegar 2019. E, aí, se não tiver feito a reforma, vamos ter grande dificuldade."

O ministro disse que o Brasil não pode continuar com déficit crescente e indefinido. Ele destacou que para 2018 o teto de gastos será cumprido, mas ponderou que o risco cresce sem a reforma. Na sua avaliação, a possibilidade de romper o teto não pode ocorrer sob o risco de o próximo governo perder o controle das contas públicas. "Será que é bom deixar adiar, ou tem que fazer isso de uma vez?", alertou.

Sem aparentar ceticismo em relação à chance de aprovação da reforma, o ministro disse, porém, que o "mundo não vai acabar" se a reforma não sair. "Nós vamos continuar. Como já está lançado o Orçamento, temos o rumo que vamos trilhar. Em 2019, aí sim, começa a depender de ter ou não a reforma", disse.

Demandas

Depois de atender a várias demandas de parlamentares no ano passado para a aprovação da reforma, o ministro disse que "este ano não tem nada". E minimizou a força dos governadores para aprovar o projeto. "Cada deputado é um reino separado", afirmou ele, enfatizando que o problema da Previdência é maior nos Estados e que os governadores precisam se manifestar a favor.

Para Padilha, o papel do executivo agora é insistir para que a matéria seja votada e colocar "dentro do possível, o número de parlamentares que são necessários à aprovação". Ao ser questionado se é de interesse do presidente colocar a matéria mesmo sem votos e manter o discurso de que "já fez a sua parte", Padilha disse que não afirmaria que "isso não existe" e reforçou que Temer cobrou na mensagem de abertura dos trabalhos no Legislativo que "é hora de decidir".

"Essa é a palavra do presidente Michel. Mas, de outra parte, a gente tem que reconhecer que a pauta da Câmara é feita pelo presidente da Câmara", completou, reconhecendo a resistência de Rodrigo Maia em pautar a matéria para ser derrotada.

Apesar de o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ter apresentado resistências à aprovação da proposta antes das eleições, o ministro disse que o presidente Temer e ministros têm conversado com senadores e que o governo não está descuidando das negociações com o Senado.

Segundo ele, o governo não trabalha com a hipótese de o Senado engavetar a proposta de reforma depois de aprovada na Câmara. Esse é um dos receios dos deputados. "É hora de decidir", afirmou. Ele avaliou que o governo conseguiu agora acertar na comunicação e acredita que o efeito desse acerto será a conversão da base aliada.

Concessões

O ministro confirmou que o governo está aberto a três novas mudanças no Congresso: a regra de transição para os servidores que entraram no serviço público antes de 2003; a elevação do teto para o acúmulo de pensões e aposentadorias, e a aposentadoria especial para os agentes penitenciários.

Mas ponderou que será preciso ter um teto para o acúmulo e não será aceita a proposta de acabar com essa restrição: "Aí, não. Se nós estamos estabelecendo um regime uniforme todos terão o teto do INSS. Acima disso, nada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que sete em cada dez brasileiros deixaram de pagar ou pagaram com atraso pelo menos uma conta em 2017. Os débitos mais comprometidos no último ano são cartão de crédito (39%), plano de internet (28%) e plano de celular e/ou telefone fixo (26%). 

Quase metade dos brasileiros (47%) está ou esteve nos últimos 12 meses com o nome incluído em algum serviço de proteção ao crédito, sobretudo entre as classes C, D e E, mostra o estudo. Foram entrevistados 805 consumidores acima de 18 anos de todas as classes sociais nas 27 capitais. 

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O último índice de inadimplência divulgado pelo SPC Brasil e CNDL revela que 39% da população brasileira adulta está registrada em listas de inadimplência. Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o endividamento não deve impedir a pessoa de pagar as suas contas fixas para não correr o risco de inadimplência. "Além disso, é recomendável poupar uma parte dos ganhos e deixar uma quantia para arcar com as despesas variáveis do mês. E sempre que o consumidor se vir obrigado a pagar juros, o certo é recorrer à reserva financeira ou fazer atividades extras para aumentar a renda e se livrar dessa situação o mais rápido possível", sugere.

Mudança de comportamento - A pesquisa também traz que 80% dos brasileiros mudam a forma de administrar os gastos após serem negativados. As principais medidas tomadas são: controlar todos os gastos (49%), pensar melhor antes de comprar algo (39%) e comprar somente quando puder pagar à vista (34%).

Desconhecimento - Ao todo, 43% das pessoas se consideram endividadas no momento. Apesar disso, o mesmo estudo destaca que 71% não sabem, de fato, o que significa estar endividado. Para 43% dos ouvidos, uma pessoa com dívidas é aquela que tem contas em atraso ou sem pagar. Já 28% disseram que está endividado quem possui o nome registrado em entidades de proteção ao crédito. Apenas 24% sabem que uma pessoa endividada é aquela que possui parcelas a vencer ou empréstimos feitos. 

O dólar opera com viés de alta frente o real e algumas divisas ligadas a commodities no exterior nesta segunda-feira (5). Os ajustes ocorrem em meio à persistente queda do petróleo nesta manhã, o aumento das apostas em quatro elevações de juros nos EUA neste ano após o forte relatório de empregos na sexta-feira e ainda uma agenda pesada nesta semana que antecede o feriado de carnaval no País.

Às 9h45, o dólar à vista subia 0,36%, aos R$ 3,2281, enquanto o dólar futuro de março avançava aos R$ 3,2375 (+0,31%).

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Nesta segunda, o destaque é o fim do recesso no Congresso, onde as articulações sobre a reforma da Previdência devem concentrar as atenções. Nos próximos dias estão previstos a reunião do Copom (na terça e quarta-feira), o IPCA de janeiro (quinta-feira) e as vendas no varejo (sexta-feira).

Na Câmara dos Deputados, a apreciação em plenário da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) está prevista para começar no dia 19 de fevereiro, após o carnaval. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se irritou com declarações do presidente Michel Temer sobre já "ter feito sua parte" sobre a Previdência.

Por isso, Maia pretende engavetar o texto da reforma da Previdência e prepara um discurso para isentar os parlamentares da responsabilidade pela eventual derrota da proposta. No dia 20, Maia vai abrir a sessão da Câmara e, se não houver quórum suficiente para a votação, dará o tema como encerrado. A proposta precisa do apoio de 308 deputados, em dois turnos de votação.

O governo conta 237 votos pró-Previdência, 71 a menos do que precisa. Nesta segunda à noite, está agendado um jantar na residência oficial da Câmara. No domingo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo definirá nesta semana qual versão da proposta de reforma da Previdência vai à votação na Câmara no dia 19 de fevereiro.

Como o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) já informou, entre os pontos que as mudanças que o governo negocia para conseguir os 308 votos necessários para aprovar a reforma na Câmara, em dois turnos, estão a ampliação do teto de acúmulo de benefícios e uma regra de transição para funcionários públicos que ingressaram antes de 2003.

A ideia é permitir que seja permitido o acúmulo de benefícios até o teto do INSS, hoje em R$ 5.645,81. No texto aprovado pela comissão especial, o limite era de dois salários mínimos (R$ 1.908). Já para os servidores que ingressaram antes de 2003, a ideia é criar uma regra de transição que deve durar 10 anos - para os trabalhadores da iniciativa privada, a transição vai durar 20 anos. Esses funcionários deverão cumprir a regra para ter direito à chamada integralidade (se aposentar com o último salário) e paridade (ter o mesmo reajuste da ativa).

Nos Estados Unidos, a posse de Jerome Powell como presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) acontece nesta segunda-feira em meio ao aumento das apostas de que a instituição poderá promover quatro elevações de juros neste ano, após o forte relatório de empregos divulgado na sexta-feira. Na semana, a agenda traz ainda o fim do prazo para elevação do teto da dívida americana (quinta-feira) e a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) (quinta-feira).

Os financiamentos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), administrado pelo Banco da Amazônia, a partir deste mês de janeiro, estão com taxas reduzidas para operações não rurais (comércio, industria e serviços), que variam de 5,75% a 7,79% ao ano, com bônus de adimplência, de acordo com o tipo de operação. De acordo com o diretor de Infraestrutura do Negócio do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, essa mudança ocorreu com a publicação da Medida Provisória (MP) n.º 812, de 27 de dezembro de 2017, que passou a reger os encargos financeiros incidentes sobre os financiamentos não rurais.

Com a nova legislação, os encargos do FNO não rural serão calculados com base na Taxa de Juros dos Fundos Constitucionais (TFC), composta pela variação do IPCA, acrescidos de um valor pré-fixado, metodologia similar à utilizada na formação da TLP (taxa de referência das operações do BNDES). “O valor pré-fixado, específico para os fundos constitucionais, considera as diferenças socioeconômicas das regiões na sua definição. Assim, como a renda per capita da região Norte é inferior à média nacional, as taxas do FNO serão menores que as praticadas com recursos do BNDES, imprimindo assim o diferencial necessário para o equilíbrio regional. A nova composição gerou juros altamente competitivos para os empreendedores da região. Vale a pena retirar seu projeto de investimento da gaveta e implementar. O Banco da Amazônia está pronto para analisar e apoiar”, explica o diretor.

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Os clientes adimplentes do Banco da Amazônia (aqueles que estão em dia com seus compromissos) continuam a receber bonificação de 15% de desconto incidente sobre a parcela prefixada da TFC - Taxa de Juros dos Fundos Constitucionais, nos financiamentos pagos em dia. Veja como ficam as novas taxas de juros do FNO para 2018:

• Operações de investimento para empreendedores com receita bruta anual de até R$ 90 milhões: 6,54% a.a (0,53% a.m).

• Operações de investimento para empreendedores com receita bruta anual acima de R$ 90 milhões: 7,01% a.a (0,57% a.m).

• Operações de capital de giro para empreendedores com receita bruta anual de até R$ 90 milhões: 7,32% a.a (0,59 a.m).

• Operações de capital de giro para empreendedores com receita bruta anual acima de R$ 90 milhões: 7,79% a.a (0,63% a.m).

• Financiamento de projeto de investimento em inovação de até R$ 200 mil: 5,75% a.a (0,47% a.m).

• Financiamento de projeto de investimento em inovação acima de R$ 200 mil: 6,38% a.a (0,52% a.m).

• Financiamento de projeto de investimento em infraestrutura para água, esgoto e logística: 6,22% a.a (0,51% a.m).

Da assessoria do Banco da Amazônia.

 

 

Os juros futuros recuam, especialmente os mais longos, na esteira do viés de baixa do dólar ante o real e no exterior. Segundo operadores do mercado de câmbio, os ajustes locais estão em linha com o viés negativo do Dollar Index e em relação a algumas moedas emergentes e ligadas a commodities.

Após a aprovação da reforma tributária no Senado norte-americano nesta quarta-feira (20). o projeto será votado uma segunda vez na Câmara dos Representantes, ainda pela manhã. O corte de impostos no país deve chegar a US$ 1,5 trilhão em dez anos, na maior revisão estrutural desde 1986.

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A agenda local traz nesta quarta a divulgação das contas externas de novembro, às 10h30, e o Tesouro divulgará relatório da dívida pública federal relativo ao mês passado, às 10h. Além disso, a CNI/Ibope divulga às 10h uma nova pesquisa sobre o desempenho do governo federal.

O Barômetro Político Estadão-Ipsos revela que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu o ápice de aprovação na série histórica, enquanto outros possíveis candidatos, como Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC), sofrem desgaste na imagem. Em dezembro, Lula teve seu sexto mês seguido de melhora na avaliação, chegando a 45% de aprovação.

Em junho, o ex-presidente era aprovado "um pouco" ou "totalmente" por 28% dos brasileiros, segundo o instituto. Nos meses seguintes, a taxa passou para 29%, 32%, 40%, 41%, 43% e, finalmente, 45%.

Já a desaprovação caiu 14 pontos porcentuais desde junho e está em 54%. O levantamento do Ipsos, porém, não estima as chances eleitorais dos presidenciáveis. A pesquisa mede apenas as taxas de aprovação e desaprovação.

No dia 24 de janeiro Lula será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) um recurso apresentado pelo ex-presidente contra a condenação a nove anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Se a condenação for confirmada, o petista poderá ficar legalmente impedido de concorrer novamente à Presidência.

Mais cedo foi revelado que o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,46% na segunda quadrissemana de dezembro, ganhando força em relação ao aumento de 0,39% verificado na primeira quadrissemana deste mês.

O Banco Central do Peru reduziu nesta quinta-feira a taxa básica de juros da economia de 3,50% para 3,25%, em meio à expectativa de diminuição da inflação nos próximos meses.

O BC peruano lembrou na decisão que a inflação em outubro continuou a perder força e a expectativa é de que siga se reduzindo nos próximos meses.

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No mês passado, lembra a instituição, o índice de preços apontou recuo de 0,47%, com taxa acumulada em 12 meses de 2,04%. No mesmo intervalo terminado em setembro, a inflação ao consumidor era de 2,94%.

A instituição lembra ainda que o crescimento da atividade econômica no país vem se recuperando rapidamente, ainda que se mantenha abaixo do potencial em um contexto de baixa inflação.

"Por sua vez, a economia mundial segue se recuperando gradualmente, ainda com uma relativa incerteza associada a uma eventual reversão dos estímulos monetários nas economias avançadas", pontuou a nota do BC peruano.

Com uma possível queda na taxa de juros de 1 ponto porcentual, os investimentos que dão retornos próximos ao juro básico vão perdendo a atratividade. Porém, mesmo diante de um cenário bem diferente do ano passado, quando a Selic estava em 14,25%, especialistas ainda recomendam cautela na hora de buscar opções que chegam perto dessa rentabilidade.

"Não tem milagre. O investidor gosta de pensar em retorno de 1% ao mês sem risco, mas era uma situação pontual", conta Arnaldo Curvello, diretor da Ativa Wealth Management. Ele pondera que o caso Joesley Batista mostra que a volatilidade sempre existe e, com as eleições de 2018 se aproximando, a incerteza tende a aumentar.

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Diante de um cenário que obriga o investidor a sair da zona de conforto, mas "sem se jogar de cabeça", Curvello indica ativos ligados ao crédito de empresas, como CRAs, e fundos que contenham esses títulos - por exemplo, CDBs, LCIs e LCAs. Ele explica que, com a taxa de juros em queda, o risco de crédito, ou seja, de um calote das empresas, também diminui, deixando essas opções mais vantajosas.

Rodrigo Puga, sócio da corretora Modalmais, aconselha o investidor a experimentar aplicações com mais risco por meio dos fundos multimercado, aplicação que mistura em um mesmo pacote renda fixa, ações ou moedas. Ele orienta o investidor a optar por fundos que apresentam rentabilidade constante em vez de olhar só para o retorno final.

Poupança

A queda da taxa de juros básica deixa a renda fixa tão desprestigiada que até mesmo a poupança, opção mais conservadora e conhecida do brasileiro, ganha na rentabilidade se comparada a fundos de renda fixa com mais de 1% de taxa de administração. Segundo levantamento da Anefac, isso se agrava porque, ao contrário da caderneta, que não sofre qualquer tributação , os fundos têm incidência de Imposto de Renda. Para conseguir ganhos melhores, o investidor do fundo tem de abrir mão da liquidez e não economizar tempo para pesquisar taxas menores.

Se o investidor aplicar R$ 10 mil por 12 meses na poupança, por exemplo, terá acumulado R$ 10.680. Em um fundo de renda fixa com taxa de administração de 1,50%, o mesmo valor renderia R$ 10.629. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um País que não é governado com firmeza, o primeiro aspecto a sofrer é a economia. Aqui no Brasil, felizmente, o que presenciamos é uma economia absolutamente controlada, em plena recuperação, com todos os sinais de crescimento, como juros em baixa, inflação em baixa, o emprego já mostra recuperação, obras reativadas com a transposição do São Francisco, ajuda aos Estados repactuando as dívidas, dólar controlado, estatais dando lucro e até a Petrobrás no azul.

A Democracia? Forte democracia que tem suportado ações mentirosas e caluniosas de setores da imprensa, que vão desde especulações acerca da renúncia do presidente até uma suposta cassação do seu mandato pelo Tribunal Eleitoral, além de alegações no sentido de que o presidente seria comparável ao deputado A ou ao senador B, sem contar que uma tal delação premiada findaria por comprometer o mandatário da República.

Porém, o que estamos assistindo é diferente de todos esses disparates noticiosos. Depois de alguns dias, o Brasil concluiu que não há nada além do vazio. O País quer seguir em frente e percebe o presidente desmanchando as questões maliciosamente a si imputadas, uma a uma, dentro da lei e da democracia. E também dentro da lei, fará com que as acusações falsas e indutoras de tentativa de desordem social sejam responsabilizadas e punidas.

O Governo Temer é setorialmente aprovado em todas as áreas. Educação, Cidades, Relações Exteriores, Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, todos os ministérios ganhando batalhas importantes para a retomada do crescimento do País. Outra área que sofre em governos frágeis é a segurança nacional. Assistimos também a competência do Ministério da Defesa nas intervenções pela segurança das cidades, nas guerras dos presídios, nas badernas de rua, como a de Brasília, ou nas enchentes do Sul e do Nordeste.

A partir desse rápido panorama, percebemos que o Brasil está, enfim, organizando-se. O presidente Michel Temer continuará aprovando as reformas que o País necessita. E daí ter que enfrentar uma acusação julgada contra ele, desde a primeira notícia (Barriga de Lauro Jardim). Caso da gravação, bem diferente do presidente Collor, com o irmão e com o PC Farias; do presidente Lula que envolve ministros, diretores de estatais, empresários, filhos, sítio, cobertura em Guarujá; da ex-presidente Dilma, com ministros, Lula, Dirigentes do Banco do Brasil, Petrobrás, os Marqueteiros, os empreiteiros, as contas bancárias no exterior.

Com o presidente Temer não existe isso, só a gravação que não diz nada, e a delação totalmente suspeita do Joesley. Vejamos: como profissional, sou acostumado a ouvir gravações, muitas ainda da época dos primeiros gravadores, com a qualidade bastante precária. Não consigo entender como uma gravação com a qualidade que Joesley fez do Presidente Temer está sendo considerada pela justiça e pela imprensa. A questão é simples e objetiva: se você recebe na sua casa à noite uma pessoa que tem a liberdade de falar qualquer assunto, pessoa que já lhe corrompeu outras vezes, que você é acostumado a pedir dinheiro, somas vultosas, tipo dez milhões de reais, trinta milhões de reais, e está aceitando um intermediário para receber quinhentos mil por semana durante vinte anos, tem intimidade para passar a mão nas nádegas do Presidente.

Aí, a conversa não ia ser cheia de enigmas, falhas e interpretações. O Joesley ia falar abertamente. “Michel, olha cara, encerrei o pagamento do Cunha, ficou tudo certo, fiz outro acerto com ele e com fulano para não fazerem delação, fica tranquilo que tá tudo certo. Olha cara, os juízes fulano e sicrano, comprei os dois, e nem foi caro, paguei X a cada um para segurar aqueles processos e despachando favorável a Friboi.

Michel, vamos subir que estou com uma fome danada. Pede pra a Marcelinha organizar o jantar agora. Sim, o CADE manda nomear José dos grudes que aí só faz o que eu quero. Garantida tua aposentadoria, quinhentos mil por semana, durante vinte anos. O Michelzinho tá feito. Vai ficar rico o resto da vida por conta da Petrobrás”.

Seria nesse nível, nesse tom, se Joesley tivesse a intimidade que alegou ter com o Presidente. Intimidade falsa, totalmente desmentida pela própria gravação. Além do mais, é muita confiança um sujeito com 76 anos fazer um negócio de 20 anos de boca. É preciso acreditar em Papai Noel. A gravação é uma farsa, cheia de arrodeios, falando coisas sem clareza para poder dizer depois que é outra. É simplesmente ridículo.

A verdade que o País precisa saber é por que um bandido como Joesley faz acordo com o Procurador da República para ficar impune? O único brasileiro, vivo ou morto, que tem um salvo conduto desses. É estranho ter sido de graça. O regime é capitalista, o governo Temer é apoiado pela imprensa Paulista, pela FEBRABAN, FIESP, Governador e Prefeito de São Paulo, pelos Senadores Aécio, Serra, Eunício e Jucá. O Ás da Câmara é o próprio Temer. O Brasil não terá um presidente que, apesar de Presidente da Câmara, não representa nem o baixo clero.

Os Paulistas não farão uma troca desastrosa para eles, além de ainda precisar esclarecer delações feitas, inclusive contra ele. É jovem, conhece a Câmara, está se saindo bem no caso, mas falta muito chão ainda. A mala com os quinhentos mil reais foi devolvida trinta dias depois pelo próprio Rodrigo Loures, que a recebeu. Tanto foi para o próprio que devolveu trinta e oito mil reais a menos. Quanto à substituição de membros da Comissão de Constituição e Justiça, o que os líderes governistas fizeram foi o certo. Já dizia Agamenon Magalhães: “Feio é perder”. O relatório que vai para o plenário, vai contra o Presidente Temer ser investigado.

NO PARALELO – A bancada do PMDB protocolou na manhã de ontem, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), um voto em separado contra a denúncia do presidente Michel Temer (PMDB). A ação é um movimento da bancada para mostrar que o relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que apresentou parecer pela admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), está isolado. O parecer paralelo é apoiado por membros titulares e suplentes da CCJ. Assinam a peça Alceu Moreira (RS), Daniel Vilela (GO), Darcísio Perondi (RS), Hildo Rocha (MA), Lelo Coimbra (ES), Soraya Santos (RJ), Carlos Marun (MS), Carlos Bezerra (MT) e o líder Baleia Rossi.

PSL no palanque de Paulo – O governador Paulo Câmara (PSB) estava na dependência apenas de uma conversa do deputado Kaio Maniçoba com o ex-deputado Luciano Bivar, ambos do PSL, para anunciar, formalmente, a escolha do primeiro para a Secretaria de Habitação no lugar de Bruno Lisboa, da cota do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB). Com a ida de Kaio para o Governo, Bivar volta ao Congresso como deputado e seu partido passa a integrar a aliança de apoio à reeleição do governador em 2018.

A cota do Solidariedade – As mudanças no secretariado do governo Paulo Câmara não devem parar apenas na Habitação. O partido Solidariedade, presidido no Estado pelo deputado federal Augusto Coutinho, há muito vem cobrando um espaço mais amplo na gestão estadual. É bem possível que o governador, já de olho na reeleição em 2018, reacomode o partido. Como o PMDB perde a Habitação, Câmara deve também incluir entre as suas preocupações a procurar de espaço para atender o deputado Jarbas Vasconcelos, padrinho da ida de Bruno Lisboa para Habitação.

Oposição contrariada - A ida de Luciano Bivar para o Congresso numa negociação direta com o governador contraria lideranças do PSL estadual, como a deputada Socorro Pimentel e o seu marido, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel. O casal faz oposição ao Governo do Estado e certamente sequer foi consultado. Quem também sai perdendo é o deputado federal Daniel Coelho, que já estava fazendo a travessia do PSDB para o PSL, inconformado com a posição das lideranças nacionais tucanas em apoio ao Governo Michel Temer. Indo para a legenda, o tucano passaria a comandá-la com mão de ferro no Estado.

Na jugular – Ao afirmar que o ex-vereador Zé Ailton, seu ex-líder na Câmara havia morrido desgostoso com a prefeita Raquel Lyra (PSDB), durante fala, ontem, na missa de sétimo dia pela alma do parlamentar, o ex-prefeito José Queiroz (PDT) incendiou de vez sua relação, já estremecida deste o resultado da eleição, com a tucana. Na verdade, Queiroz tem razão. A prefeita, conforme registrou esta coluna, além de negar espaço para o ex-vereador, assim como todos os suplentes que a apoiaram, ainda demitiu o seu filho, que ocupava a Diretoria de Esportes na gestão de Queiroz.

CURTAS

ELOGIOS – Na entrevista que concedeu ao programa Roda Viva, da TV-Cultura, segunda-feira passada, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), provocado a dar uma opinião na condição de ex-ministro da Educação sobre a gestão Mendonça Filho, foi generoso com o pernambucano. Disse que é um dos melhores auxiliares de Temer e que fez uma competente reforma no ensino médio.

MUTIRÃO – Com o objetivo de manter a cidade limpa e evitar a proliferação de focos do mosquito Aedes Aegypti, a Prefeitura de Serra Talhada realiza um mutirão de limpeza nas ruas do centro e bairros da cidade. A ação teve início na última sexta-feira pela Avenida Afonso Magalhães, com recolhimento do lixo, capinação dos canteiros e pintura de meio-fio. Coordenada pelas secretarias de Serviços Públicos, Saúde, Meio Ambiente, Planejamento e Gestão, e pelo vice-prefeito Márcio Oliveira, a ação percorrerá todos os bairros da cidade recolhendo lixo e entulhos espalhados pelas vias.

Perguntar não ofende: Quantos votos Tasso Jereissati, presidente interino e sem força do PSDB, influencia na bancada tucana da Câmara contra Temer na votação do pedido de investigação?

O Ministério da Educação (MEC) anunciou na manhã desta quinta-feira, 6, as novas regras para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), com a divisão do programa em três modalidades a partir de 2018. Serão oferecidas 300 mil vagas no ano que vem, das quais um terço terá juro zero para os alunos.

"A partir de 2018, o novo Fies garantirá 300 mil contratos ao ano", garantiu o ministro da Educação, Mendonça Filho. "Há a necessidade de adesão dos bancos e a constituição do novo fundo garantidor", completou lembrando que o governo editará uma medida provisória nesta quinta-feira com as novas regras.

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A primeira faixa - chamada Fies 1 ou Fies Fundo Garantidor - será voltada para os alunos com renda família mensal per capita de até três salários mínimos (R$ 2.811) e terá 100 mil vagas com juros reais zero, ocorrendo apenas a correção pela inflação. Nessa modalidade, os estudantes começarão a pagar as prestações do financiamento com no máximo 10% da renda mensal.

"O aluno saberá o valor da dívida e o índice de correção. O valor ficará travado para que aluno não seja cobrado por algo além de sua capacidade de pagar", avaliou o ministro.

Segundo o MEC, haverá um fundo garantidor com recursos da União e as mudanças vão gerar uma economia de R$ 300 milhões ao governo com taxas operacionais. Nessa modalidade, o risco de inadimplência será compartilhado com as universidades privadas.

"Em dez anos, a União irá poupar R$ 6 bilhões, que serão revertidos para investimentos na educação do País", completou Mendonça.

A segunda modalidade - chamada Fies 2 ou Fies Regional - será voltada para alunos com renda familiar mensal per capita de até cinco salários mínimos (R$ 4.685), com juros baixos - de até 3% ao ano mais correção monetária - e risco de crédito dos bancos. Nesta modalidade, serão ofertadas 150 mil vagas para a regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A fonte de recursos serão os fundos constitucionais regionais.

Na terceira modalidade - Fies 3 ou Fies Desenvolvimento/Trabalhador -, as fontes de recursos serão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos regionais de desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, também para estudantes com renda familiar mensal de até cinco salários mínimos per capita.

Nessa categoria - cujo risco do crédito também será dos bancos -, serão ofertadas 60 mil vagas em 2018. O MEC ainda discute com o Ministério do Trabalho uma nova linha de financiamento para mais 20 mil vagas nessa modalidade.

"Um funding com custo menor, como o do BNDES e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e com risco dos bancos sairá mais barato", completou o ministro.

Para Mendonça, as novas regras do programa possibilitarão uma governança "austera e sólida" e a gestão sustentável do novo Fies.

"Tínhamos um rombo fiscal sem controle e imprevisível, com inadimplência elevada na carteira de 46,4%, ante uma previsão de 10%. O risco do crédito era totalmente concentrado no Tesouro Nacional", afirmou. "Mesmo com patamares de mais de 700 mil contratos por ano, não significou ingresso de mais alunos. Muitos alunos substituíram pagamento das mensalidades por Fies."

O ministro destacou ainda que o MEC publicará nesta sexta-feira, 7, uma portaria com a abertura de 75 mil vagas para o 2º semestre de 2017. Essas vagas ainda serão oferecidas com os critérios atuais. Com isso, o total de vagas ofertas neste ano será de 225 mil contratos.

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) realizou um estudo que avaliou os juros do cartão de crédito. Segundo o relatório, os juros chegaram ao menor patamar desde julho de 2015, a taxa cobrada em maio foi de 345,10% ao ano. Em abril, a porcentagem chegou a 397,75% ao ano.

São responsáveis pelo resultado a diminuição da taxa básica de juros (Selic) e a expectativa da queda da inflação. A redução da taxa Selic diminui o custo de captação dos bancos. Segundo a Anefac, surgiram novas quedas nas taxas de juros de operações de crédito.

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As seis linhas de crédito para pessoa física analisadas pela associação apresentaram queda de juros no último mês. Entre abril e maio, a taxa média caiu de 148,20% para 142,20% ao ano, a menor desde dezembro de 2015.

Já na modalidade de cheque especial, os juros atingiram 301,45% ao ano, contra 302,31% em abril. Outra linha que foi avaliada, é o financiamento de automóveis crédito direto ao consumidor (CDC), passou de 30,30% em abril para 29,84% ao ano no mês passado.

O Departamento Econômico do Banco Central (BC) divulgou que as taxas de juros do rotativo, crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura, do cartão de crédito que tiveram queda “expressiva” em abril, devem continuar a cair nos próximos meses, com as novas regras de uso do empréstimo.

Desde o dia 3 de abril, os consumidores que não conseguem pagar o valor total da fatura do cartão de crédito, só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que cobra taxas menores.

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A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito teve queda recorde de 67,8 pontos percentuais de março para abril, quando ficou em 422,5% ao ano. No caso dos clientes que pagaram o valor mínimo da fatura a taxa de juros caiu de 431,1% ao ano, em março, para 296,1% ao ano, em abril. Àqueles consumidores que atrasaram ou não pagaram o valor mínimo, pagam uma taxa de juros maior, 524,1% ao ano com recuo de 4,6 pontos percentuais em relação ao mês de março. 

A taxa de compras parceladas com juros subiu 3,1 pontos percentuais para 161,6% ao ano. No caso das operações de financiamento parcelado no cartão de crédito, originárias do rotativo, a taxa ficou em 151,2% ao ano. 

“Os efeitos plenos da medida serão observados somente ao final de maio, ou talvez ainda em junho”, destacou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel.

A inflação deve fechar o ano em cerca de 4%, segundo o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. A queda do índice deve ser acompanhada do declínio continuado da taxa básica de juros da economia, a Selic.

Goldfajn disse apostar na aprovação das reformas propostas pelo governo como fator de indução da recuperação econômica. O presidente do BC participou hoje (12) do 19º Seminário de Metas para a Inflação, na sede regional do banco no Rio de Janeiro.

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“A reconquista do controle das expectativas de inflação se tornou prioridade, particularmente após anos de inflação alta. A ancoragem das expectativas é pré-condição para alcançarmos uma inflação baixa e estável. Ela precede qualquer processo de estabilização monetária”, disse Goldfajn.

Para o presidente do BC, o ajuste econômico feito pelo governo e as reformas propostas, como a da Previdência e a trabalhista, já se refletem na melhora da percepção do país pelos agentes econômicos e investidores.

“Todo o esforço de política econômica deste governo, que implementou várias reformas neste curto espaço de tempo, já mostram resultados positivos. Diversas reformas e ajustes na economia brasileira aumentaram a confiança e reduziram a percepção de risco. Isso evidencia maior confiança dos investidores na capacidade e solvência do país, fruto das reformas e do foco no combate à inflação”, analisou.

Goldfajn também destacou que a melhora na economia permite a redução da taxa básica de juros, o que, segundo ele, leva à expansão do crédito e ao consequente aquecimento das vendas e da produção, com reflexo no nível de emprego.

“A taxa básica de juros, a Selic, está em um processo de queda. Na última reunião do Copom [Comitê de Política Monetária], foi reduzida a 11,25% ao ano, queda de um ponto percentual. As taxas de juros reais também estão declinando no Brasil. Após atingir o auge, em setembro de 2015, com 9%, declinou para 4,5% nos últimos dias”, comparou.

Os juros futuros abriram com viés de baixa nesta quinta-feira (2) na contramão da alta do dólar, após um tom considerado "dovish" (suave) da ata da reunião do Copom da semana passada, que cortou a taxa Selic em 0,75 pp, para 12,25% ao ano.

Segundo operadores de renda fixa, o documento veio em linha com o comunicado da reunião da semana passada, e deixa a porta aberta para o BC acelerar o ritmo de corte para 1 ponto em abril.

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O ajuste, no entanto, é contido pela alta do dólar, dos juros dos Treasuries e a expectativa com o leilão do Tesouro no fim da manhã.

Às 9h27, o DI para abril de 2017 estava em 12,132%, de 12,133% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2018 exibia 10,285%, de 10,295%, enquanto o vencimento para janeiro de 2019 estava em a 9,78%, de 9,80% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 estava em 10,03% de 10,04% no ajuste anterior.

As taxas de juros futuras começaram em viés de alta na manhã desta segunda-feira (30) refletindo uma piora da percepção de risco do mercado. Internamente, a chegada de Eike Batista ao Rio de Janeiro, prevista para logo mais, às 10 horas, traz certa apreensão sobre um possível acordo de delação.

Ainda em Nova York, antes de partir para o Brasil, o empresário afirmou que "está na hora de ajudar a passar as coisas a limpo". Ele será preso assim que desembarcar, no Galeão, segundo a Polícia Federal.

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Também nesta manhã, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, homologou as delações premiadas dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. No exterior, o mau humor prevalece diante de reações negativas ao recente decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, para interromper o fluxo imigratório.

Por volta das 9h55, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 apontava 10,965%, ante 10,935% no ajuste da última sexta-feira. O DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 10,45%, ante 10,40%. Na ponta mais longa, considerada um termômetro da percepção de risco, o contrato com vencimento em janeiro de 2021 projetava 10,70%, de 10,64%. Lá fora, os juros dos Treasuries operam em leve queda antes de dados importantes dos Estados Unidos e diante da cautela com Trump. O retorno da T-Note de 2 anos recuava a 1,212% e o da T-Note de 10 anos caía a 2,483%.

A dívida da designer Camila Conti aumentou cerca de R$ 6 mil em menos de um ano somente por conta dos juros. Antes de deixar de pagar, ela afirma ter procurado seu banco, sem êxito, para tentar renegociar os valores que devia no cartão de crédito e no cheque especial. "Numa das últimas vezes, o gerente me passou uma proposta de parcelamento em que o valor final era o dobro da dívida", diz.

Assim como Camila, refinanciar débitos em atraso para fugir do endividamento é um obstáculo para os brasileiros. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com 1.815 internautas, obtida com exclusividade pelo Estado, mostra que, entre os que já tentaram uma negociação com as instituições financeiras, 60,8% não tiveram sucesso.

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Para 29,1% destes consumidores, a transferência da dívida para outra empresa impediu o processo. Isso porque é comum que os bancos terceirizem para escritórios ou financeiras o trâmite de cobrança. Outros 27,3% disseram não ter conseguido novo prazo para pagar; e 24,2% foram informados de que o banco não renegocia débito cujo pagamento ainda não esteja atrasado.

Em resposta ao Idec, os bancos alegam adotar políticas de educação financeira para evitar a inadimplência. Quando os atrasos ocorrem, as instituições dizem tentar dialogar para reempacotar as dívidas. "Existe um descolamento muito grande entre o discurso e a prática dos bancos. Os consumidores têm, sim, dificuldades na hora de renegociar as dívidas", afirma Ione Amorim, economista-chefe do Idec.

No caso de Camila, uma empresa de cobrança passou a fazer as propostas de renegociação mas, segundo a designer, as condições não foram vantajosas para que um acordo fosse fechado. Como possui conta em outro banco e um segundo cartão de crédito com limite mais baixo, ela optou por não pagar por ora o que deve.

Desemprego, problemas de saúde e descontrole do orçamento são os principais motivos que levam à inadimplência, segundo dados da plataforma de renegociação de dívidas Kitado. Em 2016, a empresa registrou 230 mil acordos fechados entre clientes e financeiras, sendo que 67% foram honrados. No ano anterior, houve pagamento em 55% dos 150 mil acertos mediados pela plataforma.

"As pessoas estão priorizando pagar dívidas relacionadas a algum bem, como casa e carro, e deixando para depois os débitos mais altos e sem garantia", diz o co-fundador do Kitado, Paulo de Tarso.

Na Serasa Experian, outro tipo de atraso, o de contas de baixo valor, como faturas de água e luz, também ganhou espaço no ano passado, passando de terceiro para segundo lugar entre as operações de renegociação mais registradas, segundo o gerente de recuperação de crédito da Serasa Experian, Raphael Salmi. A Serasa tem hoje 59,6 milhões de consumidores negativados em sua base de dados.

Rotativo

As altas taxas de juros e o endividamento dos consumidores brasileiros estão no radar do governo. Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou medida para limitar o uso do rotativo do cartão de crédito a 30 dias. Depois desse período, o banco será obrigado a migrar o consumidor para o parcelamento do cartão de crédito ou outra linha.

Questionado, o Banco Central não soube informar se, pelas novas regras de uso do rotativo, o crédito que for migrado passará a aparecer em suas estatísticas sobre renegociação. Os dados mais atuais mostram um descolamento entre o saldo de crédito renegociado (novos e velhos empréstimos) e a concessão (só os novos créditos). Enquanto o primeiro está crescendo a um ritmo de 10% ao ano, o segundo mostra retração de 25%. A evidência, portanto, é que o saldo está crescendo basicamente pela incidência de juros ou, em outras palavras, por meio da inadimplência.

Outro dado divulgado pelo BC corrobora essa tese. Os calotes da renegociação chegam a 18,3%, a segunda maior cifra do sistema financeiro, atrás apenas do rotativo do cartão de crédito.

"Esse dado é importante porque demonstra que as medidas estão sendo insuficientes e acabam levando o consumidor e reincidir nos calotes", diz Ione. A especialista do Idec também acredita que falta clareza sobre o processo de renegociação de dívidas. "Não conseguimos saber qual juro é oferecido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No mercado de juros futuros, as taxas rondam os ajustes da quinta-feira (12) na manhã desta sexta-feira (13). Os mercados locais não chegaram a reagir ao resultado do IBC-Br de novembro, que veio dentro do previsto, mas melhor do que a mediana projetada.

Após ceder 0,15% em outubro (dado já revisado), a economia brasileira registrou avanço em novembro de 2016, conforme o Banco Central. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) do mês teve alta de 0,20% ante outubro, com ajuste sazonal. O índice passou de 132,94 pontos para 133,21 pontos na série dessazonalizada de outubro para novembro. No acumulado de 2016 até novembro, a retração é de 4,59% pela série sem ajustes sazonais.

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Por volta das 10 horas, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 operava estável nos 11,0% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2019 estava em 10,48%, de 10,47% da quinta. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2021 apontava 10,76%, de 10,77% na véspera.

Após o corte de 0,75 ponto porcentual da Selic, promovido na noite de quarta-feira, 11, pelo Banco Central, o Santander anunciou queda de 5% a 10% nas taxas de juros das suas principais linhas de crédito de varejo. Segundo a instituição financeira, os clientes que contratarem financiamentos em qualquer canal de atendimento do Santander a partir de sexta-feira, 13, já terão acesso às novas taxas.

O Crédito Pessoal terá a taxa mínima reduzida de 2,09% para 1,99% ao mês, e a máxima, de 8,49% para 7,99% ao mês. Outro exemplo é o CDC veículos, cuja taxa mínima cai de 1,39% para 1,25% ao mês, e a máxima, de 2,99% para 2,79% ao mês. As linhas que terão os juros revisados correspondem a cerca de 90% do crédito concedido a pessoas físicas nas operações de varejo.

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Ontem, após o corte mais agressivo nos juros básicos, Bradesco e Banco do Brasil informaram imediatamente uma redução das suas taxas, válidas a partir de segunda-feira. A Caixa, por sua vez, disse estar monitorando suas carteiras para possíveis ajustes.

Os juros futuros reagem em firme queda à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que anunciou na quarta-feira (11) um corte de 0,75 ponto porcentual da Selic, para 13,00% ao ano - o maior em cinco anos. A decisão mais agressiva foi na contramão do que esperava a maior parte do mercado, que apostava em um Banco Central mais gradualista, que reduziria a taxa básica em 0,50 ponto porcentual.

O movimento das taxas tem influência ainda da fraqueza do dólar na manhã desta quinta-feira (12) e da trajetória de queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio à frustração dos mercados com a entrevista coletiva do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta. Ele não forneceu detalhes sobre planos econômicos ou incentivos fiscais, deixando os mercados no escuro.

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O movimento de baixa dos juros futuros é mais forte nos vértices curtos e intermediários. Perto das 9h50, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 marcava 10,99%, depois de abrir a 10,92%, ante 11,33% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2019 estava em 10,49%, de 10,84% na quarta. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2021 apontava 10,83%, de 11,11% na véspera.

A taxa média de juros das operações de crédito caiu entre novembro e dezembro de 2016, segundo dados divulgados hoje (9) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

A taxa de juros média geral para pessoa física passou de 8,2% ao mês (157,47% ao ano) em novembro para 8,16% em dezembro (156,33% ao ano), a menor desde agosto de 2016.

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Para pessoa jurídica, a taxa de juros média geral caiu de 4,82% (75,93% ao ano) em novembro para 4,74% em dezembro (74,32% ao ano).

Segundo a entidade, a queda é resultado da redução da taxa básica de juros, a Selic, e pela expectativa de novas diminuições.

De acordo com a associação, das seis linhas de operações de crédito pesquisadas, apenas os juros do cheque especial subiram no período, passando de 313,63% ao ano em novembro para 314,51% ao ano em dezembro, a maior desde março de 1999. No cartão de crédito, os juros passaram de 459,53% ao ano para 453,74% ano, menor taxa desde outubro de 2016.

Os juros do CDC para financiamento de veículos ficaram estáveis, em 31,68% ao ano. Registraram quedas entre novembro e dezembro os juros do comércio (de 98,95% ao ano para 98,50% ao ano), do empréstimo pessoal de bancos (71,94% ao ano em novembro para 71,15% ao ano em dezembro) e do empréstimo pessoal por financeiras (61,79% ao ano para 160,05% ao ano).

Segundo a Anefac, a recomendação para os consumidores que pretendem utilizar operações de crédito é pesquisar sempre a taxa de juros e demais acréscimos e evitar comprometer todo o orçamento com dívidas. Além disso, a associação indica evitar o crédito rotativo do cartão de crédito e do cheque especial, que têm as maiores taxas de juros do mercado.

Os juros futuros abriram próximos aos ajustes de terça-feira (3) mas com viés de baixa sobretudo a ponta mais longa da curva, influenciados pelo movimento de desvalorização do dólar ante o real.

Por volta das 10h desta quarta-feira (4), o DI para janeiro de 2018 estava em 11,46%, ante 11,45% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2019 marcava 10,96%, de 10,94%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 exibia 11,22% de 11,23%.

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