O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passa o domingo no Palácio da Alvorada sem receber visitas. Com pneumonia e influenza A, Lula cancelou a viagem que faria à China a partir deste fim de semana e se recupera da doença por recomendação médica.
O cardiologista Roberto Kalil, médico de Lula, disse que o quadro de saúde do mandatário é bom e que ele teria condições de fazer qualquer viagem em um prazo de 15 dias a um mês.
##RECOMENDA##"O estado geral é bom e ele deve retornar às atividades dele durante a semana", disse Kalil, em entrevista à CNN Brasil. "Ele volta à vida normal dele, claro, com uma precaução inicial depois de um quadro de pneumonia, nos próximos dias. Se você me perguntar, daqui a um mês ou daqui a 15 dias teria condição, evidentemente, de fazer qualquer viagem."
O governo gostaria de remarcar a viagem à China "o quanto antes" por causa da importância do país asiático para a economia doméstica e da aproximação que Lula quer ter com o presidente chinês, Xi Jinping, por causa de questões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia.
Além disso, o mandatário brasileiro quer participar da posse de sua antecessora Dilma Rousseff como a nova presidente do Banco dos Brics, que tem sede em Xangai.
Com o cancelamento da comitiva presidencial, a ex-presidente da República seguirá para a China sozinha na segunda-feira, 27,, como apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), mas a solenidade de sua posse aguardará a presença de Lula.
No sábado, Lula recebeu no início da noite no Palácio da Alvorada a visita do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que afirmou que, na próxima semana, o chefe do Executivo deve focar em agendas internas em Brasília.
De acordo com o ministro, a permanência do presidente no País permite que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se dedique, junto com Lula, à formulação da proposta do arcabouço fiscal.
O ministro Padilha foi a única visita, além da médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio.
Como médico, Padilha disse não recomendar que o presidente vá presencialmente à Marcha dos Municípios, nesta semana, em Brasília. O ministro disse que analisará se é possível Lula receber uma comitiva, de acordo com a recuperação.