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O Partido dos Trabalhadores já está se articulando para uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão. Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, uma das providências que estão sendo tomadas pela legenda caso o líder-mor seja preso é a escolha de um porta-voz oficial. Ou seja, alguém que possa visitar Lula e expor as opiniões dele diante do cenário político e das eleições presidenciais.

Lula foi condenado a cumprir a pena em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, no litoral paulista. Para que a sentença seja executada, os recursos impetrados pela defesa dele devem ser julgados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A previsão é de que o TRF4 aprecie os recursos entre os dias 26 e 28 de março. 

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Para evitar isso, a defesa do ex-presidente ingressou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a execução da pena aconteça apenas com o esgotamento de todos os recursos em todas as instâncias judiciais, inclusive no próprio STF. Apesar disso, dentro do PT já há quem cogite que a prisão seja efetuada no início de abril. 

O próprio Lula, no livro "A Verdade Vencerá - o povo sabe por que me condenam" que lançará nesta sexta-feira (16), já admite a possibilidade de enfrentar a cadeia e pondera estar pronto para ser preso. 

Em entrevista feita exclusivamente para o livro, o jornalista Juca Kfouri pergunta a Lula: "O senhor está cogitando a hipótese de ser preso?" E o ex-presidente responde: "Estou. O que não estou é preparado para a resistência armada, nem tenho mais idade. Como sou um democrata, nem aprender a atirar eu aprendi".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu, nesta quinta-feira (25), que não quer ser candidato à Presidência da República para se proteger da condenação que recebeu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O nome dele foi oficializado pelo PT como pré-candidato durante um ato em São Paulo. Ao discursar no evento, ele expressou o desejo de "ser candidato para ganhar as eleições" e recuperar o país.

"Não quero ser candidato para me proteger. A minha proteção é a minha inocência. E se for candidato não é pra me inocentar, é pra governar esse país decentemente e recuperar o Brasil", salientou e emendou o discurso já fazendo promessa: "Se eu ganhar, quem for ministro vai tirar mais a bunda da cadeira e vai conhecer esse país". "Sentado numa cadeira em Brasília a gente perde a sensibilidade. Não basta saber que a pessoa está com dor de barriga, a gente tem que ver de perto", declarou.

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Lula ainda disse que não ficará de cabeça baixa diante da sentença e da disputa eleitoral, porque tem " a consciência tranquila". "Sem nenhuma arrogância, quero dizer pra vocês que quero ser candidato pra ganhar as eleições", frisou.

O anúncio da pré-candidatura de Lula aconteceu um dia depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) condenou ele a cumprir 12 anos e um mês de prisão no processo da Lava Jato que investigou o recebimento de benefício e vantagens ilícitas oferecidas pela empreiteira OAS ao petista por meio do triplex no Guarujá (SP). Condenado em segunda instância, o ex-presidente passou a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, mas há brechas na legislação que possibilitam a participação dele na disputa já que apenas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode cassar o registro de candidato.

 

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) participa, nesta quinta-feira (25), do ato de lançamento do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como pré-candidato do PT à Presidência da República, em São Paulo. Ao discursar no evento, o parlamentar pernambucano pregou a necessidade de insistir na participação de Lula no pleito em outubro e da legenda e seus aliados partirem para uma “desobediência civil” para, segundo ele, defender a democracia no país.

“A única maneira de barrarmos esse golpe e impedirmos um futuro funesto [para o Brasil] é se nós insistirmos na candidatura de Lula e partirmos para uma desobediência civil, sob pena de ao não fazermos comprometer a democracia no Brasil”, assegurou Humberto. “Estamos com você até a última hora e vamos fazer que você volte para dar continuidade ao que fez”, completou, direcionando-se a Lula. 

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O anúncio da pré-candidatura de Lula acontece um dia depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) condenou ele a cumprir 12 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O líder-mor petista está presente no evento que acontece na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo. Além dele, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), governadores, senadores, deputados e presidentes estaduais da legenda participam do encontro. 

Ao comentar a sentença em segunda instância, Humberto disse que “cada [desembargador] ali estava fazendo era julgando o que vai acontecer em 2018 e temos que perguntar, é justo que três cidadãos tenham o direito de cassar o voto de milhões e milhões de brasileiros?”. O senador também disparou críticas contra os adversários. “Não têm coragem de colocar para uma disputa política os nomes de que dispõem e por isso jogam sempre”, cravou. 

Assunto mais comentado nas redes sociais desde o início da manhã desta quarta-feira (24), a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já rendeu diversos memes na internet. Em algumas manifestações, inclusive, o triplex do Guarujá, alvo da investigação do processo da Lava Jato que rendeu a sentença ao petista de 12 anos e um mês de prisão, aparece como o ponto principal de ironia. Já em outros, aparece foto do ex-presidente sendo preso anteriormente.  

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O Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) manteve a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso da Lava Jato que investiga o benefício de vantagens ilícitas oferecidas pela empreiteira OAS ao petista por meio do triplex no Guarujá (SP). A decisão foi unânime e, inclusive, aumentou a pena de Lula diante da sentença proferida em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro.

O resultado do julgamento cabe recursos denominados embargos de declaração e, com isso, Lula não será preso de imediato; eventual prisão só ocorre depois de esgotadas as apelações. O placar da votação também deixa a vida eleitoral do ex-presidente mais complicada, já que os recursos possíveis tramitam de forma mais rápida e não podem mudar a pena aplicada.

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