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Lionel Messi está dando show no futebol dos Estados Unidos. Em somente seis jogos pelo Inter Miami, o astro argentino já anotou nove vezes. Nesta quinta-feira, dia em que foi indicado para prêmio de melhor jogador da Uefa, ao lado de Haaland e De Bruyne, campeões da europa com o Manchester City, o camisa 10 falou sobre a mudança na carreira e, questionado se gostaria de ganhar nova Bola de Ouro da Fifa, deu de ombros para a premiação, dizendo-se totalmente realizado.

Normalmente as conquistas da Copa do Mundo têm peso maior nas eleições da Fifa, o que deixaria Messi em vantagem sobre a concorrência ao levar a Argentina ao tricampeonato mundial em dezembro, nos pênaltis, diante da França. Seria a oitava Bola de Ouro do astro, que ganhou em 2009, 2011, 2012, 2013, 2016, 2019 e 2021. Ano passado o escolhido foi Karim Benzema.

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"O que eu acho de outra Bola de Ouro? Sempre disse que este é um prêmio que significa muito no futebol e é um dos melhores a nível individual, mas nunca dei tanta importância a isso porque sempre disse que prefiro os troféus de clubes", disse. "Para falar a verdade, não estou pensando nisso. Se chegar é bom, se não, não acontece nada. Já ganhei e conquistei tudo no futebol e agora só estou aproveitando o momento."

Erguer a taça da Copa do Mundo completou a galeria de troféus do camisa 10. "Conquistei o mais importante da minha carreira, que é a Copa do Mundo. Não me importo com nada depois disso", enfatizou.

Messi ainda revelou que está bastante feliz pela mudança da França para os Estados Unidos, onde sempre quis viver e mora em um apartamento luxuoso com a mulher e os três filhos. A família, por sinal, foi o motivo de ter acertado com o Inter Miami.

"Mudar de Barcelona para Paris foi difícil, mas aqui em Miami a situação é diferente, e estou feliz", garantiu. "Minha mulher e os meus filhos foram parte da decisão de vir. Vim para cá para continuar a desfrutar do futebol."

O Inter Miami oficializou nesta terça-feira a contratação do lateral-direito Jordi Alba, mais um atleta ex-Barcelona. O jogador foi apresentado no Estados Unidos e prometeu fazer de tudo para ganhar muitos títulos na nova casa. Revelou que essa sede de conquistas veio do ídolo Messi.

"Messi é muito exigente e veio para Miami para ganhar tudo. Estamos aqui para ajudá-lo", disse Alba, que conversou bastante com o argentino durante o treino, em papo descontraído e ambicioso. Além da dupla, o clube também trouxe Busquets do clube catalão.

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"Grupo de jogadores muito bom para competir por todos os títulos que disputaremos. Emocionante estar aqui e chego para competir forte e deixar o Inter Miami no mais alto possível", disse Alba. "Tive muita sorte em ganhar tudo com mo Barcelona e quase tudo com a seleção (da Espanha). Sou muito competitivo e venho aqui para ganhar."

Messi e Busquets já estrearam e Jordi Alba garante que também está preparado caso Tata Martino opte por ele já no próximo jogo, nesta quarta-feira, contra o Orlando City. O lateral revelou que vinha trabalhando fisicamente na Espanha e que se sente muito bem fisicamente e animado com o novo desafio da carreira.

Tata Martino deixou no ar a possibilidade de estreia do lateral já nesta quarta-feira. "Ele chegou em boas condições. Na quarta-feira definimos se ele joga ou não, mas está entre os relacionados para a partida contra o Orlando City", disse o treinador argentino.

Messi não escondeu de ninguém que queria jogar seus últimos anos da carreira sem pressão. O experiente argentino não quis voltar ao Barcelona e acertou com o Inter Miami, dos Estados Unidos, para se divertir. Na nova casa terá o ex-companheiro Busquets a seu lado e será comandado pelo amigo Tata Martino, confirmado nesta terça-feira como novo treinador da equipe por influência do astro.

Será a terceira vez que Tata Martino dirige Messi. Nas outras duas, o encontro só foi possível por causa da opinião do camisa 10, que ajudou a levar o treinador para o Barcelona em 2013 e depois ainda o indicou para dirigir a seleção da Argentina.

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"O Inter Miami dá as boas-vindas a Gerardo 'Tata' Martino, que já foi técnico em duas Copas do Mundo, três vezes finalista da Copa América, vencedor da Copa Ouro da Concacaf e que dirigiu Barcelona e a seleção argentina, como seu diretor técnico. O argentino assumirá suas responsabilidades de treinador após receber sua documentação de trabalho", anunciou o clube americano.

Na última Copa do Mundo, Martino dirigiu o México no Catar e acabou sendo adversário de Messi. Após a queda do país na primeira fase, deixou o cargo e passou os últimos seis meses desempregado. Volta, aos 60 anos, a trabalhar nos EUA, onde treinou o Atlanta United e conquistou a MLS de 2018.

"Estou muito animado para ingressar em um grande clube como o Inter Miami e sei que juntos podemos conseguir coisas importantes", disse Martino. "O clube tem a infraestrutura necessária para competir na região e acho que com o trabalho e empenho de todos podemos conseguir reerguê-lo."

"Estamos muito felizes em receber Tata no Inter Miami. Sentimos que ele é um treinador que cumpre as aspirações do clube e estamos otimistas sobre o que podemos alcançar juntos", afirmou Jorge Mas, proprietário e gerente da equipe. "Tata treinou no mais alto nível e acreditamos que a experiência será de grande benefício para nós enquanto competimos para ganhar títulos."

Um acordo surpreendente movimentou o mercado de transmissões esportivas durante esta terça-feira. A Major League Soccer (MLS) e a Apple anunciaram um acordo para transmissão dos jogos da competição pelos próximos dez anos. O acordo entra em vigência a partir de 2023 e terá a Apple TV como plataforma exclusiva. Estima-se que o contrato deva movimentar mais de US$ 2 bilhões durante este período. A parceria também será válida para a Copa das Ligas e partidas da MLS Next Pro e MLS Next.

Além da exibição dos jogos, que serão transmitidos ao vivo por streaming, também será disponibilizado um programa semanal e alguns destaques das rodadas por meio de programação produzidas pela própria plataforma, isso sem custo adicional para assinantes do Apple TV+, com um número limitado de partidas disponíveis gratuitamente. O acesso ao novo serviço de streaming da MLS será incluído como parte dos pacotes de ingressos da temporada completa da MLS.

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"Pela primeira vez na história do esporte, os fãs poderão acessar tudo de uma grande liga profissional de esportes em um só lugar. É um sonho tornado realidade para os fãs da MLS, fãs de futebol e todos os que amam esportes. Sem fragmentação, sem frustração, apenas a flexibilidade de se inscrever em um serviço conveniente que oferece tudo MLS, em qualquer lugar e a qualquer hora que você quiser assistir. Mal podemos esperar para tornar mais fácil para ainda mais pessoas se apaixonarem pela MLS e torcer pelo seu clube favorito", disse Eddy Cue, vice-presidente sênior de Serviços da Apple. Atualmente, os jogos da MLS são exibidos na ESPN +, ESPN, ABC e Fox Sports.

Para Bruno Maia, executivo de inovação no esporte e CEO da Feel The Match, empresa que produz conteúdos esportivos para streaming, o investimento da Apple na MLS apenas comprova uma tendência que já vinha acontecendo.

"A Apple TV vem confirmando a importância de combinar o esporte ao vivo com conteúdos complementares para o consumidor seguir navegando depois que a partida acabar. Ela já vem investindo gradativamente em ligas norte-americanas, especialmente de hóquei e beisebol. A chegada na MLS mostra um posicionamento em esportes importantes para o mercado norte-americano", explica.

Para o advogado especializado em direito desportivo, Eduardo Carlezzo, o acordo entre as duas partes pode ser considerado impressionante para o mercado do futebol. "Estamos falando do prazo, do significado da marca Apple e o fato que de que todos os jogos serão transmitidos pela Apple TV. Além disso, a MLS terá participação sobre receita gerada pela assinatura do pacote de jogos. No futebol não estamos acostumados a acordos de transmissão de tão longa duração. Normalmente, seguindo o padrão das principais ligas europeias, são três anos. Contudo, o mercado americano tem uma lógica diferente e, por exemplo, no ano passado NFL e Disney também fecharam acordo por 10 anos", apontou.

Outra novidade divulgada no acordo é que, no lançamento, todas as partidas da MLS e da Leagues Cup incluirão locutores chamando a ação em inglês e espanhol, e todas as partidas envolvendo equipes canadenses estarão disponíveis em francês.

"O mais interessante no movimento deles é vê-los investindo ao mesmo tempo em conteúdos que apostam no esporte fora das competições, com muito êxito. É deles séries de referência como as da vida de Magic Johnson, The Greatness Code ou mesmo Ted Lasso, que é ficcional, baseada na história de um treinador", complementa Bruno Maia, que também é diretor e produtor da série 'Romário, o Cara', que será exibido pela HBO+.

"Sempre houve uma grande expectativa quanto a uma entrada forte das big techs no mercado de transmissão esportiva. Demorou mais do que o previsto, mas ocorreu. Cabe agora ver os efeitos que isso causará nos competidores", concluiu Eduardo Carlezzo.

Eles são os maiores fornecedores de atletas olímpicos. Não é de se espantar que estejam sempre revezando as primeiras posições durante os Jogos Olímpicos de Verão. China e Estados Unidos são donos das maiores economias do mundo e investem em estrutura e formação de futuros desportistas para colher os frutos em cada medalha de ouro acrescentada ao já recheado histórico. Quando tais esforços são relocados para o futebol, o bretão, e não o americano, é de se esperar que a modalidade ganhe corpo. É assim que os países estão avançando para ter as ligas e seleções nacionais mais fortes. Entenda porque americanos e asiáticos podem passar de coadjuvantes a candidatos ao título em Copas do Mundo em um futuro não tão distante.

China: Se o presidente aprova, o empresariado compra

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Superliga Chinesa ainda engatinha no futebol, mas as projeções não poderiam ser melhores (Reprodução/CSL-China)

Fã declarado de futebol, o presidente chinês Xi Jinping o tornou uma das prioridades de seu governo. Com uma economia reduzindo o ritmo de expansão, os chineses estão buscando novas fontes de renda e a indústria do esporte tem no futebol uma opção viável para serviços, tecnologia e inovação, setores que despertam o maior interesse dos asiáticos. Os empresários enxergam no incentivo do Governo uma oportunidade de faturar alto, e entre 2015 e o começo de 2017 já foram gastos quase R$ 7 bilhões para comprar partes de gigantes europeus da Itália e Inglaterra. Além de milhões investidos em atletas renomados do futebol mundial como Lavezzi, Oscar, Hulk, Paulinho e Graziano Pellé, entre outros.

Já existe um plano para colocar a Liga Chinesa entre as melhores do mundo até 2050, algo bem distante do atual 78º lugar. A expectativa também é boa para o empresariado, já que a indústria do esporte deve alcançar quase R$ 1,5 trilhão, o que equivale a 1% do Produto Interno Bruto do país até 2020. Entretanto, não basta apenas contratar craques de outras ligas e clubes europeus se o objetivo é fortalecer também a seleção nacional. É preciso criar uma cultura de futebol em um país onde não há identificação com a modalidade. Sabendo disso, o Governo estima que nos próximos quatro anos haverá 50 milhões de chineses praticando em mais de 20 mil centros de treinamento e 70 mil campos espalhados pelo território.

Buscando implantar esse pensamento de 'respirar' o futebol, são implantadas milhares de escolas com tutores brasileiros visando engajar os jovens que, até então, não tinham o menor interesse no esporte bretão. Mesmo que a Superliga Chinesa esteja mais próxima de seu objetivo, ainda deve levar alguns anos antes de despontar como a potência que os asiáticos tanto esperam: especialistas estimam em uma década ao menos. Para a seleção, a previsão é ainda mais demorada. Como a atual geração ainda não entrou na onda, é algo que deve acontecer com mais 20 anos. Não é absurdo falar que as crianças de hoje podem crescer assistindo aos craques chineses atuando em gigantes europeus.

Estados Unidos: A liga nunca recebeu tanta atenção

Estádio lotados são cenas comuns em partidas no futebol dos Estados Unidos (Reprodução/MLS)

O 'soccer' já é uma realidade nos Estados Unidos. Ávidos consumidores de esporte e grandes eventos, os americanos tomam as arenas para assistir as partidas da Major League Soccer, a liga nacional. Importar craques como Kaká, Pirlo, Lampard e Gerrard elevou o nível do campeonato e atraiu o público. A média de espectadores é entre 18 e 20 mil pessoas por jogo, o que, por si só, colocaria a MLS como a 9ª maior do mundo. Mesmo assim, o desporto ainda está em fase de amadurecimento na terra do Tio Sam. Maior economia mundial, o segredo para voltar a crescer, depois de um marasmo causado pelo fracassado modelo, que remete ao Brasileirão, está na gestão. Os EUA voltam com tudo e atraem olhares pelas cifras.

Na década 1970, a mudança de liga para MSL foi o primeiro passo no sentido de emplacar o futebol em terras norte-americanas. Contratações como Pelé e Beckenbauer eram eventos grandiosos, porém a gestão dos clubes era precário, criando grandes dívidas com folhas salariais superiores à arrecadação, o que é bem parecido com a atual situação dos clubes brasileiros. A solução encontrada foi tratar o esporte como negócio. A divisão igualitárias das cotas e valores de patrocínio é algo que a própria liga garante aos clubes, tendo, em contrapartida, a imposição de teto salarial e orçamentário que deve ser respeitado pelos mesmos. A unidadade deu corpo ao torneio: financeiramente, ele é mais equilibrado do que a Premier League (Inglaterra), atualmente, a maior do planeta.

De acordo com a revista Forbes, o faturamento dos clubes, entre 2008 e 2012, passou de R$ 1,312 bilhão para mais de US$ 3,3 bilhões. Resultado direto do talento natural americano em realizar grandes eventos que incluem apresentações de grandes craques, como foi nos casos de David Beckham e Thierry Henry, hoje já aposentados dos gramados. Somando isso ao pensamento de formar jovens universitários em futuros atletas, importando de países da América Latina, muitos brasileiros, é de se esperar que a ascenção para o posto das grandes ligas seja mais rápido que na China, onde é preciso criar uma cultura 'do zero'.

Para os responsáveis, a MLS deve levar cinco anos para emplacar o alto nível técnico que as gigantes ligas européias como Alemanha, Espanha e Inglaterra. Com tanto dinheiro, cultura do desporto em expansão, e investimentos na formação de atletas, é de se esperar que a seleção nacional também ganhe corpo. Com maior tradição em Copas do Mundo, o caminho para os americanos é mais curto que o dos asiáticos, entretanto, também exige algumas décadas antes de aparecer levantando o troféu mais cobiçado do futebol mundial.

O mais estrelado elenco do futebol norte-americano está de técnico novo. Nesta segunda-feira, a direção do New York City FC, time de Lampard, Pirlo e David Villa anunciou a contratação do francês Patrick Viera, de 39 anos, que já vinha trabalhando como treinador nas categorias de base do Manchester City.

O time de Nova York pertence ao mesmo grupo que é dono do Manchester City - por isso Lampard jogou pelo City antes de estrear nos Estados Unidos. Assim, a ida de Vieira ao New York FC é mais um estágio dentro do trabalho para que ele um dia assuma o comando da equipe inglesa.

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Desde que se aposentou como jogador, em 2011, o ex-jogador da seleção francesa passou a ser treinador. Trabalhou primeiro do time juvenil e depois da equipe de aspirantes do City. Agora, vai comandar um elenco estrelado, que conta também com Andoni Iraola, ex-Athletic de Bilbao e seleção espanhola.

Apesar do time caro, o New York City FC foi só 17.º colocado na sua primeira temporada na Major League Soccer (MLS), sem conseguir se classificar para os playoffs. O técnico Jason Kreis não resistiu e foi demitido na semana passada.

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