Tópicos | Maracanã

Com base na minuta do edital divulgado ontem (22), organizações da sociedade civil avaliam que o governo do Rio quer transformar o Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã) em um espaço de consumo, beneficiando a iniciativa privada, em vez de assegurar o uso público, esportivo e cultural do Maracanã.

A preocupação será apresentada durante audiência pública marcada para novembro pelo Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas. Na audiência também serão questionadas a demolição de instalações que foram reformadas para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e a construção do Museu do Futebol, que consta da licitação para 35 anos de concessão. A outorga será de R$ 7 milhões por ano.

##RECOMENDA##

“O Museu do Futebol é um bom exemplo. É uma ideia importante, é algo que precisava ser feito há muito tempo. Mas será o empresariado quem definirá os itens do acervo, os fatos históricos narrados? Qual visão de futebol privilegiará? Será de baixo custo? ”, questionou Gustavo Mehl, da organização do comitê do Rio de Janeiro, pedindo mais clareza e participação popular.

Em entrevista sobre o edital, o secretário da Casa Civil Regis Fichtner disse que a meta é transformar o Complexo do Maracanã em uma área de entretenimento, atraindo frequentadores com serviços de alimentação, lojas, bares e serviços de alto padrão. “ Em uma época de internet, televisão a cabo e 3D, tem que se dar algo para estimular a ida do torcedor ao estádio”.

Ao avaliar a reforma e a nova proposta de multiuso do Maracanã, o professor visitante da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFF), Chris Gaffney, vê uma mudança do papel do estádio na cultura carioca. Ele avalia que o programa popular de ir ao estádio passará a ser privilégio de classes de renda mais altas.

“Comer, beber e comprar antes de assistir ao jogo faz os gastos com o passeio subirem e não faz parte do hábito do carioca, que vai da praia para o estádio”, disse Gaffney, em entrevista à Rádio Nacional do Rio. “Poucas pessoas podem dar R$ 40 por jogo, como é no Engenhão [Estádio Olímpico João Havelange, que fica no Rio] e ficarão de fora”.

Professor da pós-graduação da UFF, Gaffney é autor do livro Templos dos Deuses: Estádios nas Paisagens Culturais do Rio de Janeiro e de Buenos Aires, em que avalia as origens e as relação das arenas esportivas com a população local e as torcidas em ambas as cidades.

Gaffney também compartilha da mesma visão do mestre e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Erick Omena. Para ele, a tendência é aumento no preço de ingressos populares, conforme mostra levantamento feito desde a inauguração, em 1950, até o o fechamento para reformas, em 2010. No período, os preços em relação ao salário mínimo só inflaram.

“A relação entre o preço e o salário mínimo ficou entre 0,5% e 2,1% entre 1950 e 2005, quando foi encerrada a geral [localpopular onde as pessoas ficavam em pé]. Antes de o estádio fechar, em 2010, o preço pula para 6% do salário mínimo”, disse na mesma entrevista à rádio. Na visão do pesquisador do Observatório das Metrópoles é preciso dar enfoque púbico às atividades no estádio.

Os especialistas e ativistas cobram retorno dos investimentos feitos nos últimos anos no estádio, que somente para as próximas competições chegam a R$ 860 milhões.

O secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Regis Fichtner, confirmou nesta segunda-feira que o Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare, que integram o Complexo Esportivo do Maracanã, serão demolidos para atender as exigências da Fifa para a Copa do Mundo de 2014.

A demolição também tem por objetivo tornar a estrutura mais rentável. O anúncio foi feito durante convocação da audiência pública para o lançamento do edital de concessão do Maracanã. O consórcio vencedor terá direitos sobre o estádio por 35 anos.

##RECOMENDA##

Motivo de discussão nos últimos meses, o Júlio Delamare e o Célio de Barros deverão ser reconstruídos numa área um pouco mais distante do Maracanã, ao lado da Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristovão. A área pertence ao Exército e deve ser repassada à prefeitura do Rio em breve.

As novas estruturas deverão manter as características atuais, mas serão modernizadas. "Não queremos construir estádios para abrigar competições grandes porque teremos outras estruturas construídas para a Olimpíada. O Célio de Barros e o Júlio Delamare serão centros de treinamento muito modernos, com academias, vestiários, ginásios, salas de musculação, fisioterapia", explicou o secretário.

O governo do Estado do Rio prevê que o consórcio vencedor tenha de investir ainda R$ 469 milhões para modernização do Maracanãzinho, ao lado do Maracanã, construção e operação do Museu do Futebol, instalação e operação de estacionamentos e construção de bares, restaurantes, lojas e escritórios, além de infraestrutura de iluminação, pavimentação e drenagem.

O governo estadual também estipulou um valor mínimo de R$ 7 milhões para a outorga anual. Os consórcios que se candidatarem para administrar o Maracanã poderão oferecer valores maiores.

Outra obrigatoriedade do edital é que o consórcio não poderá dar exclusividade dos jogos de futebol a um único clube. Por outro lado, não foi estipulado um mínimo de partidas que o estádio deve receber por ano.

A reforma do Maracanã se aproxima de sua finalização. No balanço mensal divulgado nesta terça-feira pela Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio), as obras de adequação do estádio para a Copa do Mundo de 2014 atingiram 70% do cronograma previsto, o que mantém a meta de conclusão para fevereiro do ano que vem.

O presidente da Emop, Ícaro Moreno, contou que a parte mais "pesada" da reforma, que inclui a recuperação estrutural do estádio, a demolição e reconstrução da arquibancada e a construção de quatro novas rampas de acesso, já foi concluída. Resta o içamento da nova cobertura, que deve acontecer em novembro.

##RECOMENDA##

"A parte mais pesada da reforma, que envolveu muito trabalho com concreto e estruturas metálicas, acabou. É uma fase de muita exigência do ponto de vista da engenharia. Agora entramos numa outra fase, que é a dos detalhes. Esta exige mais mão de obra e mais cuidado nos acabamentos de banheiros, bares, camarotes, luminárias, enfim, de instalações diversas", relatou Ícaro Moreno.

O trabalho de acabamento inclui a conclusão dos 231 banheiros, dos 60 bares e dos 110 camarotes, além da finalização das salas de controle e da instalação do sistema de refrigeração do estádio.

Desta reta final, a parte mais complexa é a instalação da cobertura. A estrutura metálica que dará sustentação à lona que vai cobrir quase a totalidade dos assentos começou a ser montada. No início de novembro deve ser realizado o "big lift", quando 120 macacos hidráulicos irão erguer a cobertura.

O campo de jogo também começa a tomar forma. A área já foi demarcada, nivelada e drenada, mas o gramado será colocado apenas depois da instalação da cobertura do estádio.

Com reforma orçada em pouco menos de R$ 860 milhões, o Maracanã terá 79 mil lugares e foi escolhido como palco da final do Mundial de 2014. O estádio também será utilizado na Copa das Confederações, que acontecerá em junho do ano que vem.

A colocação da grama no Maracanã está prestes a começar, os anéis da arquibancada já estão fechados à espera das cadeiras. O palco das finais da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo já começou a ganhar as demarcações dos espaços reservados ao campo de futebol.

O terreno já está sendo preparado para receber o plantio da grama. De acordo com o Consórcio Maracanã Rio 2014, a construção da drenagem do campo está avançada. Um corredor também está sendo instalado no final das arquibancadas, onde ganhará uma grama artificial, colocação de placas publicitárias, posições de profissionais de imprensa e bancos de reserva.

##RECOMENDA##

O novo estádio terá um só lance de arquibancadas, sendo as partes inferior e superior separadas por 110 camarotes. A distância entre as cadeiras também passou de 48 para 50 centímetros, enquanto os assentos passarão a ser rebatíveis.

Segundo o último levantamento passado pelo governo do Rio de Janeiro, a reforma do Maracanã está 66% concluída e deverá ficar pronta em fevereiro de 2013. A arena terá  78.639 lugares e está orçada em quase R$ 860 milhões.

O Maracanã vai receber uma corrida de rua, ao redor do estádio, que está em reforma para a Copa do Mundo de 2014, no próximo dia 30 de setembro. É a Corrida das Torcidas, que pretende reunir torcedores dos principais clubes do país em um percurso de 8,2 km. 

“Falar em futebol é pensar no Maracanã, e uma corrida focada no esporte tem que ter ligação com ele. A arena será montada no portão principal, onde muitos já se emocionaram indo ao encontro de um grande clássico. O lugar é cenário de muitas emoções e alegrias", lembra Carlos Sampaio da Spiridon Eventos, organizadora da Corrida das Torcidas.

##RECOMENDA##

O corredor vai escolher um time da primeira divisão do campeonato brasileiro, na hora da prova todos os clubes irão competir entre si. E os atletas também irão ganhar prêmios para o melhor de cada time. O clube que tiver maio número de torcedores inscritos já leva o troféu.

A Corrida das Torcidas está marcada para o dia 30 de setembro, às 8h, em frente ao portão principal do Maracanã. A retirada dos kits será feita no Hotel Mar Palace, no dia anterior à prova, entre as 9h e 17h. O hotel está localizado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 552, em Copacabana.

A reabertura do estádio do Maracanã deve ocorrer no jogo em Brasil e Inglaterra, em 2013, segundo uma agência de notícias, as autoridades decidiram colocar a primeira partida no estádio reformado com um jogo da seleção brasileira. A partida será um amistoso, que ainda não tem data definida.

A escolha por um jogo do Brasil foi decidida para evitar uma possível briga entre torcidas, anteriormente o jogo de reestreia do estádio seria entre dois clubes do Rio de Janeiro.

##RECOMENDA##

Em agosto, torcedores de Fluminense e Flamengo foram presos e um torcedor do Vasco acabou sendo morto durante uma briga entre torcidas. Por conta desses recentes acontecimentos que as autoridades 'excluíram' os times cariocas do amistoso.

O Maracanã foi fechado em 2010 para passar por reformas para a Copa do Mundo de 2014 do Brasil. As obras estão previstas para encerrar em fevereiro de 2013 e receberá a Copa das Confederações, que começa em junho do mesmo ano.

O Estádio atingiu 66% de conclusão de sua reforma para a Copa do Mundo de 2014, segundo a última medição feita no fim de agosto. A projeção é de que ao fim deste mês, os trabalhos atinjam a marca de 70%. O avanço das obras foi constatado por uma comitiva de 70 pessoas entre equipe técnica da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), que visitou o estádio na manhã da última quinta-feira.

Cerca de dois terços das obras de reforma do Maracanã estão concluídas, informou hoje (6) o governo do Rio de Janeiro. O estádio inaugurado em 1950 passa por reformas para se adaptar às regras da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e receber jogos da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014.

Segundo o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, as obras devem ser encerradas em fevereiro do ano que vem. Neste momento, está sendo colocada a cobertura das arquibancadas, processo que deverá ser encerrado daqui a três meses.

##RECOMENDA##

“Vamos chegar ao final de setembro com, no mínimo, 70% da obra concluídos. Estamos avançados em 16 dias no calendário que tínhamos estabelecido. O Maracanã vai ser um dos estádios mais modernos do mundo. Estamos investindo aqui, principalmente em segurança, para tranquilizar a quem nos visitará”, disse Pezão.

Hoje, uma comitiva da Fifa se reuniu com uma equipe do governo fluminense para discutir questões relativas ao funcionamento do estádio durante os jogos. Trataram da movimentação da imprensa, do atendimento aos atletas, da chegada e saída dos torcedores e formas de evacuar o estádio no caso de uma emergência.

O Maracanã é o primeiro estádio a ser visitado pela comitiva. Nos próximos dias, o grupo irá a outras cidades que também sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014.

O Maracanã entrou na reta final de sua reforma para a Copa do Mundo de 2014. Em obras desde março de 2010 e fechado para jogos há quase dois anos, o estádio está com 62% dos trabalhos concluído. A expectativa do governo do Rio de Janeiro é que o estádio seja entregue no dia 21 de fevereiro de 2013.

Na semana passada o último anel de compressão da nova cobertura foi colocado. Em agosto também foi solucionado a compra dos assentos, que serão instalados até fevereiro. Os modelos serão os mesmos usados na Allianz Arena, em Munique, na Alemanha, palco da decisão da Liga dos Campeões deste ano, em arenas da Eurocopa na Polônia, entre outros.

##RECOMENDA##

No próximo mês serão finalizadas as instalações dos degraus de todo o estádio e depois começaram a colocar os cabos de aço para sustentação da cobertura, que será içada em novembro. Depois de instalados os cabos tensionados, serão levantados simultaneamente, por 120 macacos hidráulicos. Os cabos tensionados têm 20 mil metros de comprimento. As estruturas das arquibancadas estão praticamente concluídas.

A arena carioca será palco da final da Copa das Confederações e receberá sete jogos da Copa do Mundo de 2014, incluindo a decisão do torneio.

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entraram com uma Ação Civil Pública (ACP) na Justiça Federal com pedido de liminar para que os responsáveis pela obra do Maracanã ajustem o projeto de reforma do estádio de acordo com lei federal que obriga a reserva de 4% do total de assentos para deficientes físicos, visuais, pessoas com mobilidade reduzida e obesos. No projeto executivo atual, apenas 285 dos 79.313 lugares (0,35%) têm tal destinação. Uma decisão deve sair na próxima semana.

Na ação, o MP cobra que a Empresa de Obras Públicas do Rio (Emop) e o Consórcio Maracanã Rio 2014, responsáveis pela obras de adequação do estádio para a Copa do Mundo no Brasil, façam as alterações no projeto no período de 15 dias. Do contrário, solicitam à Justiça a interrupção imediata das obras e o bloqueio do financiamento do BNDES.

##RECOMENDA##

Segundo o MP, o projeto executivo do estádio no Rio também não contempla determinação da Lei Geral da Copa que estabelece a reserva de no mínimo 1% dos assentos para pessoas com deficiência garantida a acomodação de pelo menos um acompanhante.

Escolhido como palco da final da Copa de 2014, o Maracanã já atingiu 62% de conclusão das obras, segundo o último balanço feito no dia 31 de julho. A reforma do estádio, orçada em quase R$ 860 milhões, tem previsão de finalização para fevereiro do ano que vem.

Apesar da informação de que a Delta sairá de obras como a reforma do Maracanã e da construção do corredor expresso para ônibus Transcarioca, o governo do Estado e a prefeitura do Rio informaram nesta segunda que não foram comunicados oficialmente de nenhuma decisão da construtora.

"De toda forma, o contrato assinado com o município estabelece que, se uma das empresas decidir sair, a outra - neste caso, a Andrade Gutierrez - assume todas as responsabilidades pela obra, sem causar qualquer prejuízo à cidade", acrescentou a prefeitura do Rio. O corredor Transcarioca é uma das obras previstas para melhorar a mobilidade urbana até a Olimpíada de 2016 e deverá ligar a Barra da Tijuca, na zona oeste, ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na zona norte do Rio. O Governo do Estado informou apenas que "não houve comunicado oficial de que a Delta sairia" do consórcio do Maracanã ou de projetos como o Arco Metropolitano. Não há prazo para a conclusão da análise de contratos sob suspeita anunciada na semana passada pelo governo do Rio.

##RECOMENDA##

A Delta, do empresário Fernando Cavendish, é investigada pela Polícia Federal por suposta ligação com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso por explorar jogos ilegais e envolvido em um escândalo de tráfico de influência com políticos. Também procurada, a assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Rio, que mantém contratos com a Delta para a reforma de sua sede, não retornou recados deixados pela reportagem.

Em dificuldades para obter financiamento bancário a suas operações, a Delta Construtora suspendeu os aportes para a reforma do Maracanã. Esta semana, a empresa deixou de repassar mais de R$ 6 milhões - R$ 4,1 milhões na segunda-feira e R$ 2 milhões ontem - proporcionais à sua participação no consórcio. Esses recursos seriam usados no pagamento a fornecedores e despesas operacionais. Até o dia 1º de maio a construtora do empresário Fernando Soares Cavendish deve abandonar o consórcio responsável pela reforma do estádio.

Será a primeira baixa contabilizada pela construtora de Cavendish desde que começaram a aparecer denúncias de envolvimento da empresa no financiamento do esquema de corrupção capitaneado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Iniciada em setembro de 2010, a reforma do Maracanã está sendo tocada pelo consórcio formado por Odebrecht Infraestrutura (49%), Andrade Gutierrez (21%) e Delta Construtora (30%). Com prazo de conclusão previsto para fevereiro de 2013, a obra deve atrasar, mas ainda não a ponto de comprometer a utilização do estádio na Copa das Confederações.

##RECOMENDA##

O orçamento original de R$ 700 milhões foi elevado, em junho do ano passado, para R$ 931 milhões, quando foi detectado o comprometimento de toda a estrutura de cobertura. Depois de uma ação do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou sobrepreço, o valor baixou para R$ 859 milhões.

Até o início do mês, as obras de reforma do complexo esportivo consumiram R$ 328,3 milhões. O ritmo de liberação de verbas está acelerado. No ano passado, o governo do Estado reservou R$ 144,5 milhões no orçamento para o consórcio. Nos primeiros quatro meses deste ano, os empenhos de recursos para a reforma do estádio já somam R$ 161,7 milhões.

A saída da Delta é dada como irreversível. A empresa, responsável por diversas obras civis de porte no Estado do Rio, teria situado o Maracanã em último lugar em sua lista de prioridades. Como previu o próprio Cavendish, em entrevista esta semana, o crédito bancário rareou.

A Delta havia abandonado também a obra do Engenhão (Estádio Olímpico João Havelange). Depois de vencer a licitação, em 2003, por valor questionado pelo mercado, a construtora deixou a obra alegando não dominar a tecnologia necessária para a colocação da cobertura. O estádio, que teve orçamento inicial de R$ 60 milhões, foi construído por um montante mais de seis vezes superior (R$ 380 milhões). Foi inaugurado em 2007, nos jogos Panamericanos. A conclusão da obra ficou a cargo de Odebrecht e OAS.

A participação na reforma do Maracanã é uma das mais importantes obras que a Delta realiza no Estado do Rio atualmente. A empresa também é responsável pela ampla reforma na sede do Tribunal de Justiça fluminense, que consumiu R$ 154,1 milhões nos últimos três anos, e integra o consórcio que constrói o Arco Rodoviário Metropolitano do Rio de Janeiro, cujo orçamento inicial era de R$ 536 milhões e que está agora em R$ 1 bilhão.

O governo do Estado, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que só se pronunciará sobre o caso depois da confirmação oficial da saída da Delta do projeto do Maracanã. Procurados, o Consórcio Maracanã e a construtora não se manifestaram sobre o assunto.

As portas do canteiro de obras do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro, foram abertas hoje (14) para a visitação pública. Visitantes puderam entrar no local onde ficava o gramado e acompanhar o andamento da reforma do estádio, que é uma das 12 sedes de jogos da Copa do Mundo de 2014 e palco da partida final.

Mais de mil pessoas se inscreveram para participar da visita, mas apenas cerca de 300 foram selecionadas para visitar as obras neste sábado. Entre os primeiros visitantes estava o advogado Luciano Ribeiro de Andrade, de 30 anos. “É a primeira vez que eu piso no ‘gramado’ do Maracanã, que agora é barro. É a primeira vez que eu vejo o estádio da parte de dentro [do gramado]. E é bom fazer parte desse novo Maracanã. A gente está vendo que as obras estão caminhando. Não sei se vai dar tempo para a Copa das Confederações [em 2013]. Só o tempo dirá”, disse o advogado.

##RECOMENDA##

Vestido com a camisa da seleção da Espanha, atual campeã do mundo, o engenheiro espanhol Pablo Nieto, que mora no Rio de Janeiro há quatro anos, também quis conferir o andamento das obras de perto. “Aproveitei a visita para conhecer a obra. Sou engenheiro também e estava com vontade de conhecer a obra. Se a Espanha chegar na final já estará de bom tamanho, mas ganhar do Brasil será ainda melhor”, brincou o espanhol.

As obras começaram em agosto de 2010 e, segundo o governo fluminense, o Maracanã já está com 47% da reforma concluída. A previsão é que o estádio esteja pronto em fevereiro de 2013, a tempo de sediar os jogos da Copa das Confederações, uma prévia da Copa do Mundo que acontecerá em junho do ano que vem e reunirá as seis seleções campeãs de cada continente, além do Brasil e da Espanha.

As visitas serão realizadas no primeiro sábado de cada mês, com grupos de, no máximo, 50 pessoas, saindo de hora em hora, das 8h às 13h. Os interessados em participar das visitas deverão enviar um e-mail para o endereço eletrônico visitaguiada@maracanario2014.com.br.

Integrantes do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas fizeram na manhã de hoje uma manifestação em frente ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, na zona norte da cidade. O objetivo da manifestação foi protestar contra a intenção do governo do estado de entregar à iniciativa privada a gestão do Maracanã, que está sendo reformado para a Copa do Mundo de 2014.

Segundo informações da Agência Brasil, Marcos Alvito, integrante do comitê, disse que a reforma do estádio, que vai custar cerca de R$ 900 milhões, está sendo feita com dinheiro público. "O pensamento do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas é que o Maracanã é um bem público, é um patrimônio de todos os cariocas e dos brasileiros. É até um patrimônio da humanidade, que a gente não pode gastar R$ 1 bilhão de dinheiro público no Maracanã e entregar à iniciativa privada. Quer dizer, o Estado fica com o prejuízo e a iniciativa privada, com o lucro", disse.

##RECOMENDA##

Segundo Alvito, a manifestação também chamou a atenção para uma possível "elitização" do futebol, já que há uma tendência de aumento do preço dos ingressos, o que afasta famílias com renda menor.

Este foi o primeiro protesto da campanha O Maraca é Nosso. O comitê também faz campanhas contra a remoção de famílias de comunidades pobres para a construção das instalações da Copa e das Olimpíadas de 2016, como é o caso da Vila Autódromo, em Jacarepaguá.

O entorno do Maracanã, na zona norte do Rio, continua sem projeto de licitação para as obras de urbanização e dos acessos ao estádio para a Copa do Mundo de 2014. O Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio de Janeiro desaprovou o projeto de licitação feito pela prefeitura que, agora, é a responsável pelas obras do entorno do estádio. A tarefa, antes, estava sob a responsabilidade do governo do estado.

O representante do Tribunal de Contas do Município do Rio, Marcos Mayo Simões, informou hoje (3) que o projeto da prefeitura, no valor de cerca de R$ 118 milhões, é inconsistente. “O projeto não condizia com o orçamento. Eles revogaram a licitação no fim de outubro e um novo projeto deve ser apresentado ao Tribunal de Contas em breve e a licitação pode sair a qualquer momento”.

##RECOMENDA##

A declaração foi feita durante o 21º Seminário Nacional de Controle Externo do Tribunal de Contas, no centro do Rio. Simões disse ainda que, originalmente, a única responsabilidade da prefeitura, com investimentos para a Copa do Mundo de 2014, era a construção do corredor expresso Transcarioca, que ligará a Barra, na zona oeste, ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador.

As obras do entorno do Maracanã incluem urbanização, revitalização das ruas e equipamentos públicos nos arredores do estádio, construção das vias de acesso ao local das partidas, de estacionamento, entre outras ações.

A secretária-geral de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Elaine Faria de Melo, alertou para a demora nas obras do Maracanã, de responsabilidade do governo estadual. “Em março, estavam previstos gastos de cerca de 5% do total contratado, mas em agosto foram executados 3,57% do total empenhado para a obra do Maracanã. O percentual é baixo. Estamos monitorando e já apontamos uma série de determinações para o governo para que ele possa tomar as medidas necessárias para atender aos preparativos no prazo previsto.”

Logo após a Fifa anunciar oficialmente nesta quinta-feira o Maracanã como palco da final da Copa do Mundo de 2014, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, comentou o fato de que a seleção brasileira só poderá jogar no estádio se conseguir garantir classificação para a grande decisão. O dirigente minimizou o risco de o Brasil ficar sem atuar em seu principal palco na competição que o País voltará a sediar depois de 64 anos.

"Temos de convir que seria a coisa mais inacreditável tirar a final do Maracanã. Se Deus quiser nós vamos chegar à final, eu tenho certeza absoluta disso", afirmou Teixeira, em uma declaração controversa.

##RECOMENDA##

O Brasil jogará em São Paulo, Fortaleza e Brasília na primeira fase da competição e, em caso de classificação como primeiro ou segundo colocado do Grupo A do Mundial, o Maracanã ficou fora das duas possíveis rotas da seleção até a semifinal.

Durante a cerimônia de anúncio oficial das sedes da abertura e da final do Mundial, em Zurique, na Suíça, Teixeira chamou o Maracanã de "um dos grandes templos do futebol mundial" e, mais tarde, mostrou otimismo ao falar sobre a sua expectativa de o Brasil ter sucesso na organização da competição, além de elogiar a escolha de São Paulo como sede da abertura

"De qualquer maneira nós vamos iniciar bem. Foi uma grande discussão de dois a três anos sobre qual lugar receberia a abertura. O Brasil tem tudo para fazer uma grande Copa, que é intenção da Fifa e do comitê organizador", completou o dirigente. Em seguida, ele disse ter "convicção" de que Recife e Salvador se garantirão como sedes da Copa das Confederações até junho de 2012, prazo máximo estabelecido pela Fifa para que as duas cidades provem que terão condições de receber jogos da competição, em 2013.

Os funcionários da construção civil que trabalham na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 retomaram o trabalho na manhã desta segunda-feira, após 18 dias de greve, informou o Consórcio Maracanã Rio 2014, responsável pelas obras do estádio.

Os operários voltaram ao trabalho depois que o Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ) considerou a greve abusiva na sexta-feira e exigiu a retomada das obras até esta segunda. Com isso, o consórcio não precisará atender às novas exigências dos funcionários.

##RECOMENDA##

Eles reivindicavam aumento da cesta básica de R$ 160 para R$ 180, melhora da condição dos alimentos e maior limpeza em refeitórios e vestiários. Além disso, os operários apontaram que não havia médicos no turno da madrugada das obras. Insatisfeitos, eles iniciaram a paralisação no Maracanã no dia 1.º de setembro.

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT/RJ) avaliou como abusiva, em julgamento realizado nesta sexta-feira, a greve dos operários da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Assim, os trabalhadores, que estão há 16 dias sem exercer a função, deverão retornar ao seus postos na próxima segunda-feira.

Cerca de 100 destes trabalhadores esperavam a decisão do lado de fora do prédio-sede do TRT e, ao serem informados do veredicto unânime, esbravejaram contra a decisão, que acabou sendo favorável ao Consórcio Maracanã Rio 2014, que é quem os emprega.

##RECOMENDA##

O advogado que representa os trabalhadores promete entrar com recurso contra a decisão do TRT. Mas, como o julgamento do recurso não acontecerá até segunda-feira, os operários deverão se reunir para discutirem se aceitam ou não voltar ao trabalho após veredicto anunciado pela desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry.

A greve dos trabalhadores no Maracanã foi iniciada no último dia 1.º de setembro, sob as reivindicações de aumento da cesta básica de R$ 160 para R$ 180, melhora da condição dos alimentos e maior limpeza em refeitórios e vestiários. Além disso, os operários apontaram que não havia médicos no turno da madrugada das obras.

Em greve desde o dia 1º de setembro, os operários que trabalham na reforma do Maracanã realizaram na manhã desta terça-feira um protesto, em frente ao estádio, para reivindicar melhores condições de trabalho. A manifestação reuniu cerca de 400 trabalhadores e, acompanhada de perto pela polícia, não teve incidentes, mas atrapalhou o trânsito no Rio.

Essa é a segunda greve que afeta a reforma do Maracanã, estádio escolhido para receber a final da Copa do Mundo de 2014. No fim de agosto, a paralisação dos operários durou cinco dias, mas houve um entendimento com o consórcio responsável pela obra, formado pelas construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta, e eles voltaram ao trabalho.

##RECOMENDA##

Dessa vez, porém, os operários resolveram entrar em greve por causa do não cumprimento de algumas cláusulas do acordo fechado anteriormente. Eles cobram melhores condições de trabalho no canteiro de obras e a extensão do plano de saúde para o turno da madrugada, além do aumento no valor do cesta básica que é paga pelo consórcio "Maracanã Rio 2014".

O consórcio alega que a greve atual é abusiva e espera que a paralisação seja considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio - as duas partes, inclusive, chegaram a fazer uma audiência de conciliação na Justiça, na semana passada, mas não houve acordo. Assim, permanece o impasse, atrasando o cronograma da reforma do Maracanã.

Em nota, o consórcio minimizou o protesto desta segunda-feira, dizendo que "o número de operários que participaram corresponde a menos de 10% dos trabalhadores que atuam na reforma do estádio" - no total, o canteiro de obras do Maracanã tem atualmente 2,3 mil funcionários. E também ressaltou que está cumprindo todos os pontos do acordo fechado anteriormente.

Rio de Janeiro – O Ministério Público Federal entrou ontem (1º) na Justiça com uma ação civil pública pedindo a paralisação imediata das obras de reforma da marquise do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro. A ação solicita ainda a reconstrução da marquise antiga, que está sendo demolida.

O Ministério Público pede que a Justiça aplique uma multa diária de R$ 500 mil, caso a Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) continuem com a demolição. Outra multa diária, de R$ 1 milhão, é solicitada caso a marquise não seja reconstruída.

##RECOMENDA##

O Ministério Público baseia sua ação no fato de que o Maracanã foi tombado pelo Iphan em 2000, o que impediria modificações radicais, como as que estão sendo feitas para a Copa do Mundo de 2014.

A Emop informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não foi notificada sobre a ação do Ministério Público. Já o Iphan, que autorizou as modificações no Maracanã, discorda do MPF.

Segundo a assessoria de imprensa do instituto, o Maracanã não foi tombado por sua arquitetura, mas por sua importância etnográfica, isto é, por ser palco de uma manifestação cultural brasileira. Sendo assim, não há motivo para impedir as mudanças no estádio, por mais radicais que sejam.

Para o Iphan, as alterações do estádio são importantes para que ele continue sendo usado pela população e, assim, justifique seu tombamento etnográfico. A assessoria de imprensa do órgão lembra que já foram feitas outras modificações importantes no estádio em anos anteriores, como o fim da geral e a colocação de cadeiras nas arquibancadas.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando